No lançamento de sua candidatura à presidência da República, tucano discursa ao lado de caciques do PSDB e pede fim aos quase 12 anos de hegemonia petista
O PSDB se reúne, na manhã deste sábado (14/6), em São Paulo, para lançar candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República. O senador Aécio exaltou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, enfatizando seus dois mandatos à frente do País (1995 a 2002), reforçando o discurso de união dos tucanos para impedir a reeleição de Dilma Rousseff (PT).
Nas últimas eleições presidenciais, Fernando Henrique foi pouco lembrado pelos correligionários. Será a primeira vez que um paulista não será o postulante tucano ao cargo máximo da Nação.
Ontem, durante a convenção nacional do PSDB, Aécio destacou que o ex-presidente quando foi ministro da Economia no governo de Itamar Franco (PMDB), criando o Plano Real, estabilizando a moeda e freando a inflação. “O Plano Real não garantiu apenas o poder de compra do salário, mas reconquistou para o Brasil o mais forte valor que uma Nação pode dispor: confiança nela própria.”
O senador ressaltou que o ex-presidente foi responsável por programas sociais importantes, como o Fundo de Combate à Pobreza.
“Fomos nós, o PSDB, que criamos o primeiro e definitivo programa de transferência de renda nacional (o Bolsa Escola). Demos início ao que se transformaria depois no Bolsa Família”, frisou o tucano, referindo-se ao programa assitencial adotado na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e mantido por sua sucessora.
Ao discursar, Fernando Henrique relatou a insatisfação popular com o governo petista por meio das manifestações populares. “As ruas deram o recado. Precisamos ouvir a voz das ruas. As pessoas cansaram de corrupção, mentira e de distanciamento entre o governo e o povo”, declarou.
Realizada na Capital, a convenção tucana foi marcada por críticas à estagnação econômica e à elevação dos índices inflacionários deram o tom nos discursos de tucanos e aliados.
O governador Geraldo Alckmin e o ex-ministro da Saúde, ex-prefeito paulistano e ex- comandante paulista José Serra foram efusivos a favor de Aécio. “Essa é a convenção da esperança e confiança na nossa vitória. O Aécio será o presidente da inovação e do desenvolvimento”, considerou o governador. Em 2006 e 2010, quando Alckmin e Serra disputaram, respectivamente, o Palácio do Planalto, Aécio foi criticado por não se empenhar na campanha dos correligionários. Para sanar o mal entendido, um paulista deve ser indicado para ser vice de Aécio. O senador Aloysio Nunes é cotado.
Pelo menos 5.000 militantes tucanos e de siglas aliadas participaram da convenção. Destes, 451 delegados votaram, com 447 dizendo sim a Aécio. Foram registrados três votos em branco e um nulo.
Um dos coordenadores da campanha de Aécio Neves em São Paulo, o deputado estadual Orlando Morando está confiante no triunfo do aliado. “As pessoas querem mudar. O nosso desafio é mostrar que o Aécio é a mudança com segurança”, disse Morando.
Cotado para coordenar a campanha à reeleição de Alckmin no Grande ABC, o secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, José Auricchio Júnior (PTB), destacou a experiência do pré-candidato como gestor. “O Aécio significa modelo de política do bem e de gestão pública com eficiência”, disse.
Com Agencias e assessoria PSDB