Prefeito de Palmas não quer correr o risco de ter seu cargo requerido por desfiliação partidária
Por Edson Rodrigues
Dizem que todo mineiro é desconfiado, mas, hoje, O Paralelo 13 descobriu que a desconfiança também é uma característica dos colombianos. Senão de todos, pelo menos do prefeito de Palmas, Carlos Amastha.
Após ter sua filiação ao PSB comemorada e festejada pelo presidente estadual do partido, o prefeito de Gurupi Laurez Moreira, que, inclusive, aproveitou-se do advento para lançar a candidatura de Amastha à reeleição para a prefeitura de Palmas pelo PSB, uma pesquisa realizada pelo O Paralelo 13 junto ao TRE e ao TSE, trouxe à tona outra realidade: O nome do prefeito de Palmas não aparece na lista de membros do PSB e ainda está ligado ao PP, partido pelo qual se elegeu.
O Paralelo 13 imediatamente entrou em contato com Laurez Moreira para esclarecer os fatos. Assim como você, leitor, nós também sabemos que há um tempo para que as tramitações se realizem e, claro, poderia ser – apenas – por isso que o nome do prefeito de Palmas ainda estivesse fora da lista de filiados ao PSB. E foi exatamente essa a resposta dada por Laurez, que citou, inclusive, a existência de um prazo para desfiliação e outro prazo para a filiação.
Tudo certo, então né?
Mas, como diz a juventude de hoje em dia, “só que não”!
CARGO E CONCORRÊNCIA
Fontes ligadas ao prefeito de Palmas nos esclareceram o real motivo para a descoberta de O Paralelo 13.
Na verdade, Amastha não deu entrada na tramitação de sua filiação ao PSB porque não quer correr o risco de ter seu cargo requerido por causa da desfiliação partidária, coisa que no próprio Tocantins já aconteceu.
Desconfiado e ressabiado, não com o seu partido, mas com o PMDB, legenda do atual presidente da Câmara Municipal de Palmas, Rogério Freitas, que pode dar o start num hipotético processo de destituição de cargo caso se desfilie realmente do PP, o prefeito de Palmas vai esperar a fusão entre o PSB e o PPS, que resultará em um novo partido, condição esta que o livra de qualquer tentativa de tomada de seu cargo.
Ou seja, toda a festa e animação de Laurez na cerimônia de “filiação” de Amastha ao PSB, não passou de jogo de cena – para seus correligionário e para o povo – já que Amastha e o PSB ainda não coabitam o mesmo ecossistema político.
ADVERSÁRIOS SE MOVIMENTAM
E é bom que Amasta cuide muito bem do seu futuro político e tenha o poder de prever os diversos cenários que se horizontam para as eleições municipais do ano que vem na Capital.
De um lado, Raul Filho e Marcelo Lélis – alvos de críticas recentes de Amastha – já se mancomunam rumo à uma candidatura de Raul pelo PR, tendo como aliado certo Sargento Aragão e o apoio do senador Vicentinho Alves e do deputado federal Vicentinho Filho.
E de outro Lado, o ex-governador Carlos Gaguim chega de Brasília cheio de novidades quanto à formação de seu grupo político visando a disputa da mesma cadeira que Amastha e Raul Filho, pelo PMDB, que já se provou capaz de façanhas como a improvável união em torno do nome de Derval de Paiva para presidente estadual da legenda e que deve conduzir Gaguim a presidente do diretório municipal, em Palmas.
Resumindo, a disputa pela prefeitura de Palmas, no ano que vem, tem muito mais ingredientes de uma disputa palaciana que de um pleito apenas municipal.
Serão as articulações, movimentações partidárias e coligações dessa eleição que ditarão o andar da carruagem para eleição para o governo do Estado, em 2018.
Como eu sempre digo: quem viver, verá!