Os papéis que cada um assume na hora de livrar o Tocantins do caos econômico e quem o povo acredita que pode conseguir
Por Edson Rodrigues
Após fazermos uma leitura das principais reportagens dos mais importantes veículos de comunicação do País, que destacam a crise financeira e econômica que assola o Brasil, atingindo todos os estados, o Distrito Federal e os seus mais de cinco mil municípios, destacando como causa suprema dessa situação a corrupção endêmica, que provocou inflação, recessão, índices recordes de desemprego, pudemos observar que esse é um mal que começou desde baixo, desde o mais elementar cargo eletivo que é o de vereador, e chegou até o cargo supremo de presidente da República em todos os governos passados.
Os grandes combatentes desse mal que vem corroendo nossa economia são o Ministério Público – estadual e federal –, a Polícia Federal, a Controladoria Geral da União, o Tribunal de Contas da União, o Superior Tribunal de Justiça, o Supremo Tribunal Federal, o Tribunal Superior Eleitoral e seus correspondentes estaduais.
INCONSEQUÊNCIA TOTAL
Não tem sido uma tarefa das mais fáceis, pois o colarinho branco é poderoso e se move nas sombras, com manobras que chegam ao extremo do processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff, uma caminhada sangrenta e desgastante para as instituições nacionais, mas que, ao que parece, não é nada com que se preocupar, pois o líder (?) sindicalista tocantinense Cleiton Pinheiro escolheu exatamente esse caminho, o de desgastar as instituições, para levar adiante seu projeto pessoal, sabe-se lá político ou o que, numa demonstração de desrespeito à democracia, de leviandade e, principalmente, de inconsequência total, uma vez que pode colocar todos os esforços do governo tocantinense a perder e fazer com que o povo – sempre o povo – seja o único sacrificado para atender interesses pessoais.
Cleiton Pinheiro, presidente do Sisepe, montou uma trincheira que protege somente á ele próprio, que não tem apoio popular, baseamento legal muito menos moral, pois se trata de uma questão exclusivamente pessoal, uma radicalização desnecessária em que 95% dos que ele diz representar estarão a postos em seus locais de trabalho já nesta segunda-feira, num esvaziamento do movimento grevista que ele insiste em incitar e que vai vira, agora, uma guerra sem soldados e sem inimigos, pois representa a vitória da união suprapartidária daqueles que exercem legitimamente seus cargos eletivos e que querem ver o Tocantins longe do atraso e da crise financeira.
Temos que pedir a Deus para que este senhor, Cleiton Pinheiro, tenha a humildade de reconhecer sua derrota, pois seu tresloucado pedido de impeachment do governador Marcelo Miranda será fragorosamente derrotado, assim como foi derrotada sua greve.
RETOMADA E REFLEXÃO
Aos demais líderes sindicais e seus afiliados que, nesta segunda-feira, retomam seus postos de trabalho e suas contribuições para a recuperação do Tocantins, desejamos as mais sinceras boas-vindas e damos os mais sinceros parabéns pela decisão, pois o povo tocantinense precisa do vosso trabalho e, mais que isso, o Estado do Tocantins precisa da sua força, de vocês que são os que realmente fazem as engrenagens rodar.
Agora, que o Tocantins inicia uma retomada do seu desenvolvimento, é necessária uma reflexão por parte de todos aqueles que querem este Estado melhor e nos trilhos do desenvolvimento.
Por isso convidamos a todos, desde os servidores que voltam às suas atividades até os políticos, empresários, comerciantes e população em geral, para que aproveitem este domingo para refletir sobre a tamanha irresponsabilidade que foi a condução dada a essa greve pelo senhor Cleiton Pinheiro, justamente no momento em que o País, os Estados e os Municípios passam por seus piores momentos econômicos .
Um momento tão terrível que levou a antigos rivais e desafetos políticos a unirem forças para tirar o País do atoleiro econômico, em busca da sobrevivência e da melhoria das condições de vida da população, transformando um momento de alta periculosidade em um momento de harmonia e equilíbrio de poderes, em que reinou a convivência republicana, pois todos sabiam que só com união se conseguiria condições para esse livramento.
Pois, justamente nesse momento, um líder sindical, Cleiton Pinheiro, resolveu ir contra todos os sinais de emergência e urgência de bom-senso, travestindo-se de representante classista, mas agindo como representante de si mesmo, e atenta contra a coerência e a inteligência, apelando pela subversão de um pedido de impeachment contra um governador que agiu rigorosamente de acordo com a Lei.
Acreditamos piamente no bom-senso dos servidores e do povo tocantinense em perceber que está, realmente, ao seu lado e quem realmente representa seus interesses de melhoria de condições de vida e de recuperação econômica, e quem está apenas tentando, irresponsavelmente tumultuar um momento de união e de resgate de dignidade.
Não estamos tentando defender ninguém, nem tentando tapar o sol com a peneira. Sempre divulgamos e noticiamos a crise na Saúde do Estado, na Educação, na Segurança Pública e na Infraestrutura, assim como sabemos, também, que eles precisam ser resolvidos da melhor maneira possível.
Também não nos omitimos em cobrar a substituição de, pelo menos, 60% do quadro de auxiliares do atual governo para que a máquina volte a funcionar em sua plenitude, mas não podemos, também, deixar de ressaltar que em meio à essa grave crise, o Tocantins manteve-se no topo da lista dos Estados mais responsáveis, mantendo o salário dos servidores em dia, enquanto os estados mais desenvolvidos e tradicionalmente fortes, atrasaram pagamentos e, mais que isso, atrasaram até o parcelamento dos salários dos servidores.
No Tocantins, contra tudo e contra todos, o salário sempre saiu no mês correto.
E agora, caro tocantinense, de que lado você está?