Presídios de São Paulo têm fugas e rebeliões

Posted On Terça, 17 Março 2020 04:37
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Cinco penitenciárias paulistas se rebelaram após presidiários ao saberem que saída do dia 17 de março seria cancelada por conta do vírus Covid-19 Cinco penitenciárias paulistas se rebelaram após presidiários ao saberem que saída do dia 17 de março seria cancelada por conta do vírus Covid-19

Presos fazem rebelião após cancelamento de saídas por conta do coronavírus. Fugas aconteceram no fim da tarde desta segunda-feira (16). (veja vídeo )

 

Com iG

 

Uma rebelião foi instaurada no presídio Dr. Edgar Magalhães Noronha (Pemano), em Tremembé , em São Paulo. O motim iniciou após os detentos recebem a notícia que a saída temporária, prevista para esta terça-feira (17), foi suspensa devido à pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus .

 

Outras quatro penitenciárias paulistas também se rebelaram. Elas ficam em Mongaguá, na Baixada Santista, Porto Feliz e Mirandópolis, no interior do estado, e em Taubaté , no Vale do Paraíba.

 

No presídio do litoral, centenas de presos fugiram e oito agentes foram feitos reféns. Viaturas da Polícia Militar estão no presídio de Tremembé. Houve relatos de barulhos de bombas e tiros no local, de acordo com o G1 São Paulo.

 

 

De acordo com a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) presos fugiram do Centro de Progressão Penitenciária de Mongaguá. Em Mirandópolis, os detentos colocaram fogo em seus pertences.

 

As unidades são frequentadas por detentos que cumprem penas em regime semiaberto , com direito a seis saídas por ano. O presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo (Sinfuspesp), Fabio Jabá, disse à Veja que muitos estavam preparados para sair. "Ficaram revoltados com a notícia".

 

No estado de São Paulo há um total de 30 mil presos em regime semiaberto e as prisões rebeladas estão superlotadas.

 

No CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Mongaguá, no litoral, a capacidade é de 1.640 presos, mas ela abriga 2.796 detentos. Já as penitenciárias Mirandópolis I e Mirandópolis II, no interior, abrigam 1.400 presos a mais.

 

Em Porto Feliz, o CPP tem 700 presos acima da capacidade, assim como no CPP de Tremembé, que deveria ter no máximo 2.672 detentos, mas conta com 3.006 presos.