A senadora e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, deixa o PSD e tenta aproximar os ruralista de Dilma
O Jornal O Paralelo 13, (versão impressa) em sua edição de nº 455, veiculada no dia 13 de agosto de 2013, deu o furo de reportagem: “Comando do PMDB Tocantinense pode cair nas mãos de Kátia Abreu ”, e os “modebas” tocantinenses “traídos”, afirmavam que a noticia não tinha procedência. 10 dias depois, a grande mídia noticiava que a Senadora Kátia Abreu, estava ingressando no partido fundado pelo lendário Ulisses Guimarães, exatamente como nosso jornal havia afirmado com antecedência. Só então a imprensa tocantinense, que não havia dado nenhum crédito à nossa informação exclusiva, com exceção do nosso amigo Cleber Toledo, começou a se atentar para o fato.
Em 2014, Kátia Abreu poderá concorrer ao governo do Tocantins ou a mais um mandato no Senado. Nas duas opções, faz questão de ter Dilma em seu palanque. A presidente, por sua vez, cultiva a proximidade com Kátia por entender que ela é um importante canal de aproximação com o setor do agronegócio, tradicionalmente refratário ao petismo.
A senadora já foi recebida algumas vezes em audiências no Palácio do Planalto não como representante do Congresso, mas como presidente da CNA. Nem os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso costumavam receber líderes da entidade. O setor reclama que em governos anteriores, somente a Confederação Nacional da Indústria (CNI) tinha voz ativa no Executivo federal.
É nesse contexto que a ida de Kátia Abreu para o PMDB - partido do vice-presidente da República, Michel Temer, e aliado preferencial do PT em 2014 - representa uma maior proximidade da senadora com Dilma e uma guinada em sua trajetória política.
Proximidade. Kátia Abreu era filiada ao PFL, que depois se transformou no DEM, partido que fez a mais contundente oposição ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2011, foi para o PSD do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab - que é apadrinhado pelo ex-governador paulista, José Serra, do PSDB, opositor da presidente e Dilma. Com a ida para o PMDB, a senadora vai para o lado do governo.
Apesar disso, Kátia Abreu deixa na cúpula do PSD do Tocantins seu filho, o deputado federal Irajá Abreu.
Questionada sobre a mudança tão radical, Kátia Abreu responde que não foi sua ideologia que se transformou, mas o governo que mudou seu modo de agir, dando atenção à CNA e ao setor agropecuário. A opinião crítica sobre o ex-presidente Lula, porém, não mudou.
Mas a filiação da senadora no PMDB causou descontentamento em corrente dos ruralistas que repudiam sua aproximação com o PT.
No Tocantins o ex-governador Marcelo Miranda diz que Kátia é bem vinda e que divergências no PMDB serão sanadas, defendeu que todos que quiserem formar uma oposição construtiva são bem vindos ao PMDB.