Segundo a Agência Estado, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou que tenha engavetado os pedidos de impeachment do presidente Michel Temer protocolados na Câmara, com base na delação premiada da JBS. Segundo ele, uma questão "tão grave como essa não pode ser avaliada num drive-thru".
"Eu não posso avaliar uma questão tão grave como essa num drive-thru. Não é assim. Não é desse jeito. Quanto tempo se discutiu, se passou aqui na crise do governo Dilma? As coisas não são desse jeito", afirmou o presidente da Câmara em entrevista à imprensa ao chegar à Casa.
Maia disse que é preciso ter "paciência". "Estão dizendo que eu engavetei. Não tomei decisão. Não é uma decisão que se tome da noite para o dia", declarou.
Ele reforçou, porém, mais uma vez, que, como presidente da Câmara, "não será instrumento para desestabilização do Brasil".
"Esse tem sido meu comportamento, de muita paciência, muita calma, tentando construir uma agenda de recuperação da crise econômica. Estou olhando para 2018 com Brasil podendo crescer 3%, 4%. E acho que, com esse olhar, preciso ter agenda que garanta essa possibilidade no ano que vem", afirmou Maia.
Exército coloca 1.300 soldados na Esplanada dos Ministérios
Para cumprir o decreto assinado pelo presidente Michel Temer (PMDB), as Forças Armadas irão mobilizar 1.300 soldados do Exército e 200 fuzileiros navais para garantir a segurança dos prédios da Esplanada dos Ministérios. A matéria foi veiculada na quarta-feira, 24, pela Agência Brasil.
Segundo o Ministério da Defesa, em um primeiro momento, as tropas passaram a ocupar o Palácio do Planalto, o Palácio do Itamaraty, o Ministério da Defesa e os Comandos da Marinha e da Aeronáutica.
Em meio aos protestos desta quarta-feira , que terminaram em confrontos entre policiais e manifestantes, 49 feridos, sete presos e prédios de ministérios incendiados e depredados, Temer determinou uma ação de Garantia da Lei e da Ordem, que permite a convocação de tropas do Exército e da Força Nacional para atuação na segurança pública. A manifestação pedia a saída do peemedebista do cargo diante das revelações das delações premiadas de executivos da JBS.
O decreto assinado por Temer, publicado em edição extra do Diário Oficial da União, autoriza o uso das Forças Armadas no Distrito Federal por uma semana, entre hoje e o dia 31 de maio. Os militares atuarão apenas nos prédios públicos.
“Uma manifestação que estava prevista como pacífica degringolou na violência, no vandalismo, na agressão ao patrimônio público e na ameaça às pessoas, muitas delas servidores que se encontram aterrorizados, dos quais garantimos a evacuação dos prédios. O senhor presidente da República solicitou, a pedido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, uma ação de garantia da lei e da ordem. Nesse instante, tropas federais se encontram nesse Palácio, no Palácio do Itamaraty e logo mais estão chegando tropas para assegurar que os prédios dos ministérios sejam mantidos. O presidente faz questão de ressaltar que é inaceitável a baderna e o descontrole e que ele não permitirá que atos como esse venham a turbar os processos que se desenvolvem de forma democrática e com respeito às instituições”, declarou o ministro da Defesa, Raul Jungmann, no Palácio do Planalto.
Temer aciona tropas federais para proteger Planalto e ministérios após vandalismo, anuncia Jungmann
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou em notícia veiculada pela Globo.com, que o presidente Michel Temer decretou a "ação de garantia da lei e da ordem" e, com isso, tropas federais passarão a reforçar a segurança na região da Esplanada dos Ministérios (assista à íntegra do pronunciamento no vídeo acima).
A determinação, publicada em uma edição extra do "Diário Oficial da União", prevê o uso das Forças Armadas e, segundo Jungmann, veio depois de um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. O notícia sobre a autorização para atuação do Exército causou discussões e tumulto durante sessão da Câmara. Maia, porém, disse que havia pedido a Temer o emprego da Força Nacional, não das Forças Armadas.
O decreto prevê a atuação das tropas entre 24 e 31 de maio. A ordem é assinada pelo presidente, por Jungmann e pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen. Enquanto Jungmann fazia o anúncio, manifestantes ocupavam a Esplanada dos Ministérios para pedir a saída do presidente Michel Temer do governo.
Temer ignora Renan e não convida líder para encontro com PMDB do Senado
O presidente Michel Temer não convidou o líder do PMDB do Senado, Renan Calheiros, para o encontro com a bancada no Palácio do Planalto. Renan vem fazendo duras críticas ao governo do presidente e se transformou num dos principais líderes da oposição a Temer no Congresso. Temer chamou a bancada para discutir apoio ao governo em meio ao desgaste pela delação da JBS.
Em meio à crise, Temer se reúne com senadores do PMDB no Planalto
No esforço para garantir sustentabilidade ao governo após a crise política causada pela delação dos executivos da JBS, o presidente Michel Temer se reuniu na manhã desta quarta-feira (24) com a bancada do PMDB no Senado.
O encontro estava marcado para as 10h no Palácio do Planalto, começou depois das 10h30 e terminou por volta das 14h30.
Dos 22 senadores que o partido tem, 17 se reuniram com o presidente de acordo com o Planalto.
Segundo o Blog da Andréia Sadi, Temer não convidou para o encontro o líder do partido na Casa, Renan Calheiros.
Após reiteradas críticas às reformas encampadas por Temer, o senador alagoano decidiu romper de vez com o presidente e passou a defender sua renúncia.
Lista mostra 28 políticos mineiros que receberam doações da JBS.
Grupo dos irmãos Joesley e Wesley Batista ajudou governador, senadores e deputados nas eleições daquele ano; documento entregue à PGR foi divulgado pelo site Congresso em Foco
Os irmãos Batista, controladores da maior empresa de proteína animal do mundo e protagonistas da delação premiada que abalou o governo Temer, entregaram à Procuradoria Geral da República (PGR) uma lista com os nomes de políticos que teriam recebido doações do grupo empresarial nas eleições de 2014. Entre os citados, 28 são mineiros, sendo 25 deputados, além do governador Fernando Pimentel (PT), e dos senadores tucanos Antonio Anastasia e Aécio Neves, que concorreu ao cargo de presidente da República. O levantamento foi divulgado pelo site Congresso em Foco.
De acordo com a lista, a maior doação da JBS aos políticos mineiros foi para Aécio Neves, afastado das funções parlamentares desde a última quinta-feira (18) por determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). O tucano teria recebido R$ 30,4 milhões. O segundo valor mais alto foi para Pimentel (R$ 5,98 mi) e o terceiro para Anastasia (R$3,9 mi).
Entre os deputados, aquele com a maior doação conforme o documento é Lincon Portela (PR), com R$ 1,5 mi, seguido de Luiz Fernando Faria (PP), com R$ 1 mi, e Dimas Fabiano (PP), com R$ 900 mil.