Frase de Dia:

 

"Se você não mudar hoje, todos os seus amanhãs serão igual a ontem."

 

Ana Maria Braga

 

Grande confraternização dos Amigos do Mergulhão

 No próximo sábado, dia 10, a partir das 9hs., acontecerá uma grande festa em Porto Nacional, momento em que OS AMIGOS DO MERGULHÃO, celebrarão a vida, cada uma muito  bem vivida. A confraternização, ocorrerá nas dependências do Aero Clube da cidade, espaço social aberto a essa turma dos "mais de sessenta", pelo seu diretor Nilton Santos, que tem o respeito e carinho de todos. Cerca de 50 marmanjos, que dizem as mais "cabeludas besteiras", pelo WhatsApp, e que então na fase de mentir para as esposas, ao mesmo tempo que lambem os netos, certamente vão beber todas.

 

Empresário diz que foi agente infiltrado de Moro

 

O empresário e ex-deputado estadual do Paraná, Tony Garcia, disse em entrevista que em 2004, quando assinou um acordo de delação premiada, com membros da Lava jato, foi incentivado e até orientado pelo então juiz e hoje senador Sérgio Moro, a se infiltrar e prestar falso testemunho contra políticos e empresários processados   pelo magistrado. Segundo o delator, revelações mentirosas levaram a condenação vários e importantes nomes da política e da máquina econômica brasileira.

 

O "Padre de Festa Junina" está de volta

 

O indecifrável Padre Kalmon, que foi candidato a presidente da República nas eleições de outubro do ano passado, o mesmo que ficou nacionalmente conhecido como "Padre de Festa Junina", volta novamente à figurar na mídia. Dessa feita ele vem a público pedir ao governador Wanderlei Barbosa, que atue ao arrepio das leis, reassumindo as despesas com as tarifas de água para a irrigação do Projeto São João. Continua o mesmo!!!

 

Erdogan inaugura sua terceira década no comando da Turquia

 

O líder turco Recep Tayyip Erdogan, tomou posse nesse último dia 3 de junho, em Ancara, para  mais um mandato. Ele, que tem 69 anos, entra na terceira década de mando,  com uma verdadeira mão de ferro, controlando tudo, de comunicação a costumes, e mantendo encarcerados seus principais adversários políticos, além de professores universitários, jornalistas, religiosos, empresários e militares, que tentaram um golpe em 2016. Sua negligência com os horrores humanitários deixados por 2 grandes terremotos, e a diuturna luta   travada contra uma inflação que já beira 85%, provocou um segundo turno nas eleições de maio passado, mas prevaleceu sua história e seu carisma.

 

Gilberto Gil revela sua bissexualidade

 

O cantor, compositor e membro da Academia Brasileira de Letras, Gilberto Gil, em uma destacada entrevista para a grande mídia americana, falou sobre a saúde da filha Preta Gil, da turnê que realizou na Europa, junto com toda família, destacou o momento político conturbado que o País passou e, revelou ainda que, já se relacionou sexualmente com outros homens, o que segundo ele, foram momentos vibrantes e de intensas descobertas.

 

 

 

 

O Papa Francisco convida Lula para debater a paz

 

 Depois de elogiar o presidente Lula, defender sua luta em favor dos mais pobres, o Papa Francisco convida o chefe do executivo brasileiro para uma audiência com ele no Vaticano, no próximo dia 21 de junho, oportunidade em que os dois debaterão alternativas para a paz. Segundo trechos do documento da Santa Sé, que chegou ao Palácio do Planalto, o conflito entre Ucrânia e Rússia, tomará parte da agenda.

 

 

 

 

 

 

 

Cruz credo!!!

 

A Assembleia Nacional Constituinte foi o palco definitivo para a criação do Estado do Tocantins,que ficou definido no artigo 13 do Ato das Disposições Transitórias, leis essas que também determinava a instalação da nova unidade de federação, inclusive com a realização das primeiras eleições para governador, deputados estadual, federal e senador.

 

José Wilson Siqueira Campos, membro do PDS, e deputado federal por Goiás, que apresentou na Assembleia Nacional Constituinte um projeto de lei criando o Estado do Tocantins, lançou seu nome como candidato a governador, e começou a viajar por todo o antigo Norte Goiano, agora terras tocantinense, levando sua mensagem, e pedindo votos.

 

Porto Nacional, que sempre foi um tambor de resonância nos debates pela causa separatista, queria também ser parte da história política do novo Estado, e assim suas principais lideranças participavam, tanto dos comícios e reuniões de Siqueira Campos, quanto do seu adversário naquele embates eleitoral, o também deputado federal José Freire, do MDB.

 

Após ser recebido nos principais município do Sudeste, Siqueira Campos chega a Natividade, uma das cidades mais importantes daquela região do recém criado Tocantins, detentora de cultura e história relevantes. No casarão de um amigo fraterno, o candidato do PDS armou estrutura no quintal daquela centenária moradia, e ali, ele e seus acompanhantes falaria para centenas de nativitanos.

 

O advogado João Cavalcante, do mesmo partido de Siqueira Campos, vereador em Porto Nacional por vários mandatos, era um entusiasta da causa separatista e queria fazer parte de tudo e se fazia presente em todos os lugares em que o candidato ao Governo do Tocantins estivesse. Em Natividade não foi diferente. Mesmo adoentado, com os dois joelhos travados, e os tornozelos inchados, ele compareceu ao evento.

 

Como a reunião era no quintal, cercado por altos muros e a entrada principal do casarão tinha uma escada, feita de grandes pedras canga, com 6 degraus, João Cavalcante não tinha condições de escalar aquela subida, e então seus assessores encontraram a solução. Ataram uma grosa corda aos portais da porta central e, amarraram a outra ponta na cintura do político portuense, e ajudados por outros presentes, tentaram empurrá-lo casa a dentro. Não deu certo, o portal arriou e todos foram ao chão.

 

Para não perder a reunião política de Siqueira Campos em Natividade, onde pretendia fazer um histórico pronunciamento, o próprio João Cavalcante anunciou uma saída e a sussurrou no ouvido do seu principal assessor, que saiu correndo e em alguns minutos  voltou com uma rede e um longo pedaço de madeira. Rapidamente colocaram o caibro nos punhos, usando as duas extremidades e ali acomodaram o político portuense.

 

E assim, deitado na rede, João Cavalcante, expressivo líder das mais desassistidas camadas sociais de Porto Nacional, carregado por dois assessores, radiante como um senhor de engenho,adentrou ao recinto e diante do público presente e de Siqueira Campos, atropelando o protocolo do evento, com voz embargada, se pronunciou por um tempo incontável.No final do discurso arrematou:

 

- Em qualquer lugar que esse homem estiver, estarei junto, mesmo que for dentro de um caixão, eu e ele!!!

 

Siqueira campos se benzeu, e sibilante balbuciou:

 

- Cruz credo!!!    

 

 

Posted On Terça, 06 Junho 2023 04:18 Escrito por O Paralelo 13

Frase do dia:

 

"Coragem é a resistência ao medo, o domínio do medo, e não a ausência do medo"

 

Mark Twain

 

 

Ex-Pink Floyd rebate críticas sobre seu figurino nazista

 

O cofundador do Pink Floyd, Roger Waters, afirmou que o uniforme de estilo nazista que ele usou no palco de um show em Berlim, que levou a polícia alemã a abrir uma investigação  contra ele, mostrava sua oposição ao fascismo  e à intolerância. O músico, de 79 anos, disse ainda que, os elementos de sua apresentação na Alemanha, que foram questionados pelas autoridades eram claramente uma declaração contra o fascismo, a injustiça e o fanatismo.

 

Bolsonaro está se recolhendo

 

O ex- presidente Jair Bolsonaro, frustrou o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, e desanimou  a militância ao informar que vai se recolher, e que não viajará pelo País, para fortaler a oposição, e nem vai mais participar das motociatas em fase de organização. Essa decisão do ex-presidente é motivada pela repercussão negativa dos escândalos das joias milionárias, do seu cartão de vacinação e de sua filha, além da movimentação de dinheiro vivo nas despesas de sua esposa, Michelle, o que provocou a prisão dos seus principais auxiliares. Além disso, ele se mostra muito preocupado com as ações que tem que responder no Judiciário, o que precisará de cerca de dois milhões de reais, recursos que não tem.

 

Vinicius Júnior fez história

 

O jogador brasileiro, Vinícius Júnior, do Real Madrid, com uma multa rescisória de cinco bilhões de reais, fez estremecer o futebol espanhol. A sua coragem e ousadia em enfrentar mais um ataque de racismo, mobilizou o governo brasileiro, a ONU, e dezenas de entidades e organizações que atuam em defesa das minorias espalhadas pelo mundo. Além disso, a postura acertiva do futebolista, manchou a imagem da Espanha e forçou LaLiga, organizadora do campeonato do país europeu, e autoridades locais a se movimentarem.

 

 

 Amigos garantem que Paulo Mourão vai disputar a prefeitura de Porto Nacional

 

No universo triturador da política, quem não tem mandato está sempre à margem do processo, flertando com o ostracismo. No Tocantins, muitas lideranças que atuaram com expressividade no seu quadrado, estão nessa situação e temem o distanciamento, cada vez maior, da convivência com o poder e suas conveniências, e por isso buscam insistemente um novo mandato. Esse é o caso do ex- deputado Paulo Mourão, que já se candidatou a tudo nos últimos anos, e agora provavelmente disputará a Prefeitura de Porto Nacional.  Várias pessoas ligadas a ele garantem que ele vai disputar, e pra ganhar.

 

Carla Zambelli foi abandonada

 

A deputada federal Carla Zambelli, está pagando caro por seu extremismo. Ela, principal figura na lista negra do Judiciário por propagar milhares de notícias falsas, além de ameaças à mão armada, fatos que têm resultado em vários processos, pesadas multas e pedidos de casacão de seu mandato, também será abandonada. Pra ilustrar ainda mais o seu inferno, o partido PL, no qual é filiada, já avisou que não a defenderá. Além disso, o bolsonarismo raiz e seu líder maior

mandam avisar que querem distância dela.

 

 

 Premiê da Espanha dissolve Congresso e convoca novas eleições

 

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchez, anunciou no último dia 29 a suspensão do Congresso e a convocação de novas eleições gerais para o dia 23 de julho. O anúncio ocorreu logo após o desempenho ruim do Partido Sosialista Obreiro Espanhol (PSOE) nas eleições municipais e regionais. Sanchez só anunciou sua decisão após uma longa reunião com o rei Felipe VI, oportunidade em que discutiu com o soberano a humilhante derrota de seu partido.

 

 

 

 

 

Uma disputa fúnebre

 

Naquela segunda metade dos anos setenta, as lideranças mais expressivas do Norte de Goiás, faziam de suas vidas uma batalha diária pela criação do Estado do Tocantins, mas era preciso seguir as regras, e uma delas era votar. Nas eleições de 1978, o MDB de Porto Nacional escolheu Jurimar Macedo para ser o candidato a prefeito pela sigla. Do outro lado, pela Arena, o nome era o de Deijayme Aires, um fortíssimo candidato. A decisão seria voto a voto. Sabedor dessas dificuldades, o candidato emedebista elegeu estratégias variadas para superar o adversário e nelas incluía velórios, lágrimas e muita conversa.

 

Quando outubro abriu as portas uma nova pesquisa foi divulgada, apontando um empate técnico entre os dois postulantes a Prefeitura de Porto Nacional. Antes que se discutisse esses resultados, Dona Sirína, matriarca de tradicional família portuense,  passa dessa para melhor. Só deu tempo de Jurimar Macedo calçar as botinas. Ele foi um dos primeiros que chegou ao local do velório. Ao adentrar a sala principal, além dos familiares em volta do caixão, lá estava Deijayme Aires, contrito, em orações, confortando filhos, netos, genros e noras da defunta. Pra tirar aquela diferença, Jurimar teve que chorar a noite toda. Mas prometeu a forra, e decidido,falou baixinho próximo ao ouvido do adversário:

 

Deijayme ouviu calado, esboçando um leve sorriso no canto da boca.

 

No dia seguinte, hora do sepultamento, Jurimar deu o troco. Antes de baixar o caixão à sepultura ele pediu a palavra e fez um emocionante discurso, tirando lágrimas de todos os presentes. Olhando de soslaio para Deijayme, ele percebeu que este ajeitava a garganta para também se pronunciar. Foi aí que valeu a astúcia do candidato do MDB. Ao findar suas palavras, de imediato puxou uma ladainha, ligada a um bendito, no que foi acompanhado por todos. Quando terminou a reza, ele emendou uma cantiga, convocando os presentes às lagrimas, e chorando junto entoou: “Segura na Mão de Deus! Segura na Mão de Deus e vai...”, cantoria repetida por três vezes. Em seguida  cantou o Hino Nacional e o Hino de Porto Nacional. Quando o candidato da Arena quis entoar a voz, não havia mais tempo para nada, pois já era noite e imediatamente Dona Sirína foi sepultada.

 

Por essa e por muitas outras, Jurimar Macedo venceu aquelas eleições.

 

 

Posted On Quinta, 01 Junho 2023 06:31 Escrito por O Paralelo 13

Frase do dia

 

“Acho difícil que um indivíduo comtemplando o céu possa dizer que não existe um Criador*.”

*Abraham Lincoln

 

Henry Kissinger celebra 100 anos fazendo previsões sombrias

No último dia 27 de maio, Kissinger celebrou 100 anos. Nenhuma pessoa viva tem mais experiência em assuntos internacionais, primeiro enquanto estudioso da diplomacia do século 19, depois como conselheiro de segurança nacional dos EUA e secretário de Estado — e ao longo dos últimos 46 anos como consultor e emissário de monarcas, presidentes e premiês. Kissinger está preocupado com americanos, chineses e russos. Os três lados convenceram a si mesmos de que o outro representa um perigo estratégico”, afirma ele. “Nós estamos no caminho do confronto entre grandes potências.” Kissinger é categóricoem afirmarque a competição entre China e EUA e o conflito entre Rússia e Ucrânia descambe para a guerranuclear, que será uma hecatombe destrutiva que poderá aniquilar a vida no planeta terra.

 

Fernando Collor de Mello é uma vergonha nacional

O ex-presidente Fernando Collor de Mello, depois de ser expulso do Palácio do Planalto por liderar uma quadrilha tendo PC Farias como gerente; depois de falir o Grupo Arnon de Melo, composto por televisões, rádios e jornais, e na surdina tentar surrupiaros recursos da massa falida, agora vai pagar tudo isso e mais alguma coisa olhando o sol quadrado, com a decisãoO Supremo Tribunal Federal (STF), que o condenou pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por um placar de 8 a 2. O último voto foi da ministra Rosa Weber, que acompanhou o relatorEdson Fachin, que propôs a pena de 33 anos pelos crimes cometido pelo “Caçador de Marajás”, que envergonha Alagoas, que deu ao Brasil três Presidentes da República: Deodoro da Fonseca, FlorianoPeixoto,e esse cidadão citado acima, que também joga lama na história do Brasil.

 

Interferência estrangeira quer revisar a milenar história do Egito


Americanos e Europeus brancos querem impor suas verdades absolutasaos estudiosos, pesquisadores e cientistas egípcios,buscando reescrever a história do antigo Egito ao tentar contar uma enviesada narrativa sobre a vida deCleópatra 7ª (69 a.C-30 a.C.) que descendia de Ptolomeu 1º Sóter, general greco-macedônio, companheiro de Alexandre Magno e fundador da dinastia ptolemaica. Mas ninguém realmente sabe como ela era fisicamente, pois a origem étnica de sua mãe não está esclarecida.Uma série documental em quatro partes da Netflix propõe uma nova imagem da regente do Reino Ptolemaico do Egito de 51 a.C. a 30 a.C.. Ecom sua estreia a polêmica ganhou força, pois seu trailer mostrava que o papel-título de Rainha Cleópatra caberia a Adele James, a qual, segundo entrevista ao jornal britânico Express, se autodefine como "uma mulher birracial".No Egito, a decisão provocou indignação oficial e até reações jurídicas. Para Mostafa Waziri, presidente do Conselho Supremo de Antiguidades, uma monarca negra não passa de uma "falsificação da história egípcia". Não se trata de racismo, frisa, mas simplesmente de "defender a história da rainha Cleópatra, que é parte importante da história do Egito na Antiguidade".

 

Wanderley na Europa


O governador Wanderlei Barbosa, que vem capitaneando uma administração que está levando o Estado a um patamar que está enchendo de orgulho esse povo, vítima de um sofrimento institucionalizadoque durou décadas, e agora, essa agonia foi encerrada por um gestor “curraleiro”. Agora,por suas ousadas iniciativas administrativas,a desesperança da gente do Tocantinsse transforma, a cada dia, em bem-estas, qualidade de vida e cidadania. Com a firme convicção de promover continuidadenessa gestão de resultados, eleestará em missão oficial na Europa, no período de 28 de maio a 9 de junho. Na ocasião, o chefe do executivo tocantinense e sua comitiva cumprirão agenda institucional na Estônia, Espanha e Suíça. Dentre os temas debatidos estão a Governança Digital, intercâmbio para o Programa Jovem Trabalhador e questões ligadas ao meio ambiente.Durante o período dessa missão governamental no exterior, assume a cargo o vice-governador, Laurez Moreira.

 

Toinho Andrade é mesmo pre-candidato a prefeito de Porto


O deputado federal Antônio Andrade, que foi eleito nas eleições passada como o mais bem votado do pleito, inclusive superando todos os candidatos no município portuense, vem desempenhando um excelente trabalho no Congresso Nacional, sempre com os olhos voltados para as demandas de sua gente. Com a convicção deque pode fazer muito mais, trabalhando mais perto de seu povo, ele já definiu que é pre-candidato a prefeito de Porto Nacional, nas eleições de 2024. E vem forte e preparado para a disputa. Além de uma extensa folha de serviços prestados ao município, o ex-presidente da Assembleia Legislativa, por dois mandatos, terá o apoio incondicional do governador Wanderlei Barbosa, e de vários congressistas, que certamente,se for confirmada sua vitória, serão parceiros de uma gestão que promete mudar a cara dessa cidade, machucada durantes anos.

 

Guardiola não acredita que a Espanha vai mudar sua postura sobre racismo


O técnico do Manchester City, Pep Guardiola, mostrou estar pouco otimista que os casos de racismo vão diminuir após a agressão contra o jogador brasileiro Vinícius Júnior. O treinador disse que o racismo é um problema de todos os lugares, mas a forma como se lida com isso é diferente nos lugares. Mais do que isso, o treinador não está otimista que essa situação vai mudar na Espanha.“Acreditar que nossa língua é melhor que a outra, que nosso país é melhor que o outro… Temos que aceitar a diversidade como um ser humano, mas agora mesmo estamos muito longe disso. Não sou muito otimista, sobretudo conhecendo a Espanha, que isso vai mudar… Muita gente negra está dando um passo à frente para defender o que têm que defender. Espero que seja feito justiça”, afirmou o treinador.

 

 

Não deu certo

 

Nas eleições gerais de 1994 as candidaturas de Siqueira Campos (PPR), e João Cruz (PMDB), à cadeira número um do ao Palácio Araguaia, se destacaram e polarizaram a disputa de uma certa forma que, pouco se ouvia falar dos demais postulantes ao Governo do Tocantins, Neilton Araújo (PT), e Carlos Augusto Solino (PRONA).

 

Naquela corrida eleitoral, Siquera Campos, amparado por uma grandiosa estrutura de campanha, com palcos gigantescos, ocupados por renomados cantores, dezenas de candidatos a deputado estadual de federal, além dos postulantes ao senado, e de expressivas lideranças políticas e classistas de todas as regiões do Estado. E assim que ele percorria as principais cidades tocantinenses, usando uma frota de potentes aviões.

 

Por sua ver, João Cruz, tendo a seu lado o inseparável companheiro de campanha, Vicentinho Alves, que disputava uma vaga no Senado Federal, além um pequeno grupo de assessores, resolveu fazer sua campanha caminhando pelas principais ruas dos municípios de tocantinenses.Em cada final de dia, na praça principal da localidade, unia as carrocerias de dois caminhões, e usando um aparelho de som totalmente detonado, realizava o comício, onde todos apresentavam seus projetos e, em seguida, pedia votos. 

 

Foi numa dessas caminhadas que João Cruz e seus seguidores descobriram que a parada seria muito difícil. Ao adentrar a cidadezinha de Taipas do Tocantins, no Sudeste do Estado, todos desceram dos carros e acanhada rua, nas cercanias da cidade, começaram a entrar de casa em casa, sempre tendo os candidatos à frente. Moradores de algumas daquelas moradias não aceitavam a visita grupo político contrário a Siqueira Campos e fechavam portas e janelas. Mesmo assim nãos desestimularam daqueles postulantes, nem tiraram a vontade  deles continuar com as caminhadas.

 

Naquele final de setembro de 1994, com o sol causticante e chegando o horário do almoço, uma moradora, na porta de uma singela moradia, feita a pau a pique, acenou para o grupo e com a voz embargada indagou:

 

 

- Cadê o homi?

 

Era uma senhorinha de cerca de 80 anos, com uma das mãos em forma de concha cobrindo um dos olhos, e o outro semicerrado. Um sinal claro de que ela tinha uma  avançada deficiente visual. E ela insistiu:

 

- Quero conhecê o homi, pegá nele e provápra ele minha devoção. – Dito isso, guiada por assessores, ela pegou na mão de João Cruz, e o conduziu para o interior daquela simples moradia e, na minúscula sala, levantou o dedo indicador e mostrou um retrato, e em seguida exclamou e m lágrimas:

 

- Oia ocê aí!!! Sempre votei nocê e agora vai ser com muita aligria, pois tô pegando nocê, dentro do meu  barraco.

 

Na parede daquela singela morada, uma foto debotada de Siqueira Campos, sorridente e confiante. Envolto num silêncio desolador, o grupo se despediu da senhorinha e já na rua, Vicentinho Alves comentou:

 

- Parece que não vai dar certo!!!.

 

E não deu. Siquera Campos venceu aquelas eleições com 58, 73% dos votos válidos.

 

Posted On Segunda, 29 Mai 2023 04:02 Escrito por O Paralelo 13

Entre os últimos dias de março e o raiar de abril de 1964, após turbulento processo político encabeçado pela extrema direita brasileira, que se escorou nas Forças Armadas, forçando uma estratégica movimentação das tropas, o presidente João Goulart foi deposto

 

Por Edivaldo Rodrigues

 

Em todo o Brasil focos de resistência se estruturaram e o combate aos generais governantes se consolidou, tendo em suas fileiras a expressividade de intelectuais renomados, políticos compromissados com os interesses do povo e principalmente jovens idealistas.

Em Porto Nacional, celeiro de cultura nacionalmente reconhecida, muitos de seus filhos, quase todos nascidos dentro das cercanias limítrofes que mais tarde se consolidaria ficticiamente como Vila Xurupita, foram vitimas deste conflito, dentre eles  Pedro Tierra, Atos Pereira, Professora Dagmar, Cristóvão Teixeira, Getúlio Matos, Edmilson Pereira, que, por definitivo, tiveram suas vidas transformadas.

Não se sabe se pela expressiva capacidade intelectual da coletividade portuense, que imediatamente se posicionou contra o Golpe Militar de 1964, ou se por ser este município, na época, estratégico geograficamente e por isso membro do Conselho Militar das Américas, responsável pela elaboração do Tratado da Rota Aérea Internacional, o certo é que tanto o Exército, quanto a Aeronáutica, basearam, por muito tempo, centenas de seus homens no aeroporto local da cidade, oportunidade em que agiam dissimulados, camuflados em suas intenções e assim se portavam simpáticos para com os portuenses, criando com isso uma relação falsa de respeito e até de cordialidade, influenciando negativamente muitos jovens da localidade, desavisados daquela impositiva realidade ditatorial.
A chegada dos militares do regime golpistas a Porto Nacional, liderados por experientes pilotos de caças, na função de patrulha, além de comandantes de  aviões de combate e de helicópteros, atiçaram a imaginação desses jovens sonhadores, que passaram a planejar uma ligação apaixonada com novas esperanças a serem alcançadas. Estes, oriundos das principais famílias portuense, passaram a desenhar mentalmente um futuro promissor para suas vidas, gravitavam pelo território da ficcional Vila Xurupita, aglomerado humano formado pelo largo da Catedral Nossa Senhora das Mercês e suas artérias viárias convergentes.

O ápice desse período se deu em janeiro de 1967, quando o grupamento de paraquedistas da Aeronáutica fez uma serie de exercícios nos céus de Porto Nacional. Vários desse militares desceram, com suas asas de lona, na Pracinha das Mercês, futuro “QG da Vila Xurupita”, e na Praça do Centenário. Nas duas localidades a tropa já era aguardada por dezenas de crianças e adolescentes, que a partir daquele momento passaram a planejar os próprios voos e pular com seus “paraquedas improvisados”, como sombrinhas e guarda-chuvas, além de outras invencionices moldadas com lençóis, cobertores e toalhas. Todo este aparato de tecido atado improvisadamente nas quatro pontas com cordas, arames e até barbantes.

As duas principais torres da Catedral Nossa Senhora das Mercês e um rochedo gigante, lambido pelas águas do rio Tocantins, seriam as rampas de partidas das traquinagens aéreas dos xurupitenses. Aprisionando as correntes daquela caudalosa  aquavia, o Terceiro Paredão se apresentava imponente aos olhos de todos, que sem nenhuma outra referência, enxergavam nele uma altura abismal. Não muito diferente o campanário da igreja avançavam em direção ao céu, desenhando um “Altar de Perra Canga”, segredando sinos, morcegos e histórias. Dali, daqueles dois pontos estratégicos e antagônicos, crianças e adolescentes, daquela secular região de Porto Nacional, queriam imitar os opressores de 64, pois enxergavam em suas ações de ditadores uma outra forma de liberdade, para eles a liberdade enraizada nas asas do vento.

No dia 27 de fevereiro de 1967, sem nenhuma explicação plausível, foi anunciada a chegada do presidente da República, General Humberto Castelo Branco a Porto Nacional. Antes dele, cerca de 20 paraquedistas fortemente armados, coloriram de verde o céu portuense e desceram no aeroporto local com a missão de promover a segurança daquela autoridade. Os olhos das crianças e adolescentes paralisados pelas ruas, ruelas, becos e ladeiras da cidade, voltaram a brilhar e novas ideias começaram a tomar corpo, principalmente na cabeça de Dominguim Boy, que queria voar com suas próprias asas, e Eteraldo “O Malvado”, pretendente saltar livre por entre as nuvens.

Naquele período de chumbo, sangue, lágrimas e desesperanças, os anos corriam na velocidade da busca das liberdades cidadãs, e por isso, após meses incontáveis, dedicados a estudos aprofundados, Dominguim Boy, que liderou um projeto secreto para voar, preparou-se paciencioso para imitar os pássaros. Durante longas noites ele trabalhou na construção de um par de asas para que pudesse vagar pelas nuvens. Num “laboratório científico” improvisado, segredado por entre frondosas mangueiras, que sombreavam monturos e criações domésticas, que davam vida e burburinho àqueles largos quitais dos casarões da secular Rua do Cabaçaco, foi moldado um ousado e visionário projeto de liberdade.

Dominguim Boy, assessorado por seus mais próximos amigos, manuseou materiais caseiros, como arames, barbantes, tecido, penas de aves e algumas pedras que, segundo o mesmo, era para formar o contrapeso do seu corpo e desviar o balanço do pé do vento. Já Eteraldo “O Malvado”, que era um rapaz estranho, solitário e perverso, pois capturava pássaros em alçapões e arapucas e, em seguida, usando uma tesoura, cortava as duas pernas das minúsculas aves e as soltava num voo de encontro à morte certa, queria simplesmente ser o primeiro a saltar das torres da Catedral Nossa Senhora das Mercês, usando uma das sobrinhas de sua mãe.

E ele conseguiu. Furtivo e rasteiro Eteraldo “O Malvado” driblou “Seu Manel”, mítico guardião do mais emblemático tempo católico da Região Norte do Brasil, e no inicio de uma noite serena ele executou seu salto. Como era esperado por todos que conheciam as leis da física, a sobrinha fechou-se ao contrário e aquele pretendente a paraquedista despencou-se desprotegido, atingindo o solo com extrema violência, quebrando gravemente os pés, tornozelos e joelhos, o que obrigou seus pais a procurar tratamento especializado em Goiânia, onde o jovem portuense foi acometido por uma grave infecção bacteriana, o que levou a amputação de suas duas pernas. Quando a noticia chegou a Porto Nacional, muitos que o conheciam lembraram dos minúsculos pássaros com as pernas cortadas por ele.

O acidente de Eteraldo “O Malvado” virou tema de acalorados debates familiares, obrigando pais a alertar professores e estes a oficializar suas preocupações ao clero local.  A tragédia anunciada obrigou os padres dominicanos a lacrar, com cadeados, as várias portas de acesso às principais torres da Catedral Nossa Senhora das Mercês. Precavidos, os religiosos franceses também aumentaram o número de seminaristas, exercendo o papel de vigias, na tentativa de vetar a escalada das paredes da igreja por alguns mais afoitos que elegeram o telhado daquele “Altar de Pedra Canga” como pista de saltos para voos.

Com esse impedimento ocorreu então a definitiva migração, em massa, desses “ícaros de primeira viagem”, para o Terceiro Paredão. Ali, todos os finais de semana, durante um longo tempo, ocorreram saltos de todos os tipos. Sombrinhas, guarda-chuvas, cobertores, toalhas de mesa, lençóis com as pontas amarradas por cordas, arames ou barbantes, coloriam o céu sobre o rio Tocantins, que em suas águas recebiam um especial grupo de sonhadores. Na “Semana da Asa” de 1974, as ribanceiras do Porto da Manga pareciam um formigueiro, e sempre no entardecer, num canto observando o burburinho, Dominguim Boy media e pesava o tempo, na expectativa do seu voo, que aconteceria na manhã do dia de domingo, final das celebrações que homenageavam aos aeronautas brasileiros, quando suas “Asas de Pedras” estariam prontas.

Ao raiar daquele dia histórico, após os ajustes finais no par de asas, construídas com tecidos, penas de aves, arame, barbantes e algumas pedras e a realização dos últimos encaixes no corpo, Dominguim Boy, sempre ladeado por seus principais assessores, dentre eles Dilmar Aires, Gá, Torres, Mercês Porroma, Dídimo, Nego Pacari e Capanga,  partiu rumo ao Porto da Manga. Ele ia voar. A notícia correu a cidade e muitos curiosos invadiram as ribanceiras do rio Tocantins, próximas ao Terceiro Paredão, para presenciar o que com certeza se tornaria um acontecimento impar. E lá, daquele rochedo edificado pelas mãos da natureza, um corpo esguio, miúdo, de pele escura e cabelos crespos na moda “Black Power”, abriu os braços, moldurados por aquelas asas de sonhos e se lançou no vazio.

Ali, naquele rochedo secular, lambido pelo vento e pelas límpidas e bravias águas do rio Tocantins, se encontravam dezenas de admiradores daquele “jovem cientista”. A pequena multidão, organizada pelo respeitado Soldado Odonel, que impunha respeito a partir de sua barriga descomunal, era composta por adolescentes como os irmãos Cristóvão, Paulo, Pedro e Bira, além dos curiosos Honorinho, Vando e Gilmar, Teinha, Vanderlei, Neurimar e Lorivan, Tuzu, Pacau, Nem Capeta, Gabriel e Nego Tata, dentro outros.   Naquele instante, um sem número de olhos arregalados focaram o menino-pássaro que abria e fechava suas “Asas de Pedras”, plainando suave no ar, fazendo volteios elegantes e impossíveis para os que não ousaram sonhar. Após um incontável tempo, Dominguim Boy abraçou as nuvens e em seguida pousou suave, no que foi ovacionado por aquela massa de admiradores. Assim era a Vila Xurupita.

Posted On Quarta, 05 Julho 2017 08:04 Escrito por O Paralelo 13

No final do segundo semestres de 2015, de 12 a 20 de outubro, a sociedade portuense vai celebrar um histórico aniversário, os 90 anos da passagem da Coluna Preste por Porto Nacional. Naquele longínquo1925, rebelados, seus comandantes, os frades dominicanos, as autoridades constituídas e toda a coletividade local, escreveram na linha do tempo um indissolúvel registro de convivência fraternal entre todos, o que muito contribuiu para a consolidação da vocação acolhedora desta centenária comunidade.

Por Edivaldo Rodrigues
A Coluna Prestes teve origem com o surgimento do Tenentismo. Esse movimento político-¬militar, que atuou no interior do Brasil, entre os anos de 1925 e 1927, tinha como bandeira um convincente discurso, tendo as reformas políticas e sociais e o contundente combate à forma administrativa do governo do presidente Artur Bernardes. Segundo estudiosos este foi, sem sombra de dúvida, o maior levante deste gênero já ocorrido no País, que promoveu a maior marcha militar já registrada no planeta.
Esse movimento, que conturbou a país, teve seu nascedouro após a derrota do Movimento Tenentista de São Paulo, em 1924. Deste levante, alguns descontentes recuaram para o interior sob o comando de Miguel Costa. No início de 1925 eles se depararam, no Estado do Paraná, com a Coluna do capitão Luiz Carlos Prestes, que havia partido do Rio Grande do Sul.
Durante todo este período, os rebelados mantinham um clima de batalha permanente, tendo sempre as forças federais em seu encalço, o que causava pavor nas regiões de combates, pois a Coluna Prestes mantinha um batalhão de 1700 homens, armados com uma artilharia pesada, que incluía fuzis, metralhadoras, canhões e bombas de alto poder de destruição. Nessa histórica marcha, a Coluna Prestes cortou o Brasil passando por vários estados, dentre eles Mato Grosso, Minas e Goiás, percorrendo tambémboa parte do Nordeste.
A Coluna Prestes, em toda sua história de enfrentamento com o exército, jamais foi vencida. Mesmo as forças oficiais tendo o apoio de bandos armados, de jagunços e cangaceiros, recrutados pelos coronéis e estimulados por promessas oficiais de anistia, Luiz Carlos Prestes e seus camaradas de ideais foram vitoriosos, tanto nas ações militares quantos nas pretensões políticas.

As notícias de que a Coluna Prestes passaria por Porto Nacional, virou alarme. Foi preocupado com a aproximação dos revoltosos, que tanto mal poderia provocar à comunidade portuense e região, que o Superior do Convento Santa Rosa, Frei José Maria Audrin, na ausência do Bispo Dom Domingos Carrerot, em viagem de desobriga pelo sertão nortense, enviou um emissário ao comando dos rebelados, levando a eles uma longa e decisiva carta, onde se suplicava aos militares que usassem do amor, da fraternidade e elevassem seus sentimentos patrióticos e familiares ao entrarem na cidade, pois o povo portuense os receberia com o devido respeito. Na carta, além do apelo de patriotismo aos revoltosos, o religioso francês, abriu a eles as portas do Convento Santa Rosa.

Na manhã do dia 12 de outubro de 1925 a coluna Prestes entrou em Porto Nacional. O sol começavaa lançar claridade sobre os telhados do casario, dos becos, ruas e ruelas da pacata cidade, quanto o Capitão Paulo Kruger, comandando o primeiro batalhão dos rebelados, com 500 soldados, adentrou o Largo das Mercês e foram imediatamente reconhecidos e recepcionados pelos frades dominicanos, autoridades municipais e populares.
Duas horas depois, pelo mesmo caminho, adentrou à cidade o segundo batalhão comandado pelo Tenente-Coronel João Alberto. Eram mais 700 homens que se juntaram à primeira tropa e passaram a aguardara chegada do último pelotão. E este não tardou. Era um efetivo composto por outros 500 soldados, tinha em seu comando o Tenente-Coronel Siqueira Campos, que como os demais, foi festejado pela comunidade portuense.
O largo da Catedral Nossa Senhora das Mercês já estava lotado de autoridades municipais, religioso, militares e de populares, quando o Estado Maior dos rebelados se aproximou para juntar-se ao restante da tropa. Na frente vinha General Miguel Costa, seguido pelos coronéis Luiz Carlos Prestes, Cordeiro de Farias e o Tenente-Coronel Juarez Távora. Após serem saudados pela multidão, imediatamente passaram a determinar deveres, direitos e obrigações a seus subordinados. Depois de um longo diálogo entre o Estado Maior da Coluna Prestes e Frei José MariaAudrin, ficou acertado que os comandantes dos revoltosos ficariam hospedados no Convento Santa Rosa e o restante da tropa seria dividia, em batalhões, com acampamentos nas cercanias da cidade, sendo que um grupo, revezando em turnos, montaria guarda nas entradas e nas principais ruas e becos de Porto Nacional. Foram de muitas confraternizações os sete dias em que a Coluna Prestes permaneceu na cidade.
No Convento Santa Rosa foram dias de longas conversas amistosas e muitas confidências entraram na pauta de discussão entre militares e religiosos. As refeições, para os oficiais dos rebelados, eram servidas na sala da biblioteca dos frades dominicanos e contavam com os mais saborosos pratos preparados pelas irmãs dominicanas.
Tanto no centro como nas cercanias de Porto Nacional reinava uma disciplina de caserna. Seguros da não existência da tão propalada violência, praticadas pelos revoltosos, muitas famílias que tinham abandonado seus lares retomaram à cidade. Nas tardes daqueles dias históricos, gaúchos, mineiros, goianos, dentre outros brasileiros, integrantes da Coluna Prestes, cantavam e dançavam, lembrando o calor de cada cultura de muitos brasis dentro deste Brasil continental.
Nas missas, na Catedral Nossa Senhora das Mercês, que passaram a ser celebradas diariamente, a pedido do alto comando dos rebeldes, para atender a fé dos combatentes, foram realizados muitos casamentos, crismas e batizados, pois centenas daqueles soldados, ingressaram naquela luta acompanhados pelas esposas ou namoradas e durante a marcha muitas crianças nasceram e muitos amores foram consolidados.
Para o Estado Maior da Coluna Prestes, Porto Nacional serviu como um bálsamo naquela dura batalha pela vida e pela justiça social. Ali, tanto o oficialato como os soldados, passaram a ter uma convivência mais racional, mas humana e harmoniosa, a ponto de grande parte da tropa, juntamente com seus comandantes, passar boa parte das tardes, banhando nas límpidas águas do rio Tocantins, a brincar com a criançada local, lavando ali as desesperanças de não se alcançar o ideal pretendido.
Foi numa destas tardes que desavisadamente o coronel Luiz Carlos Prestes, o “Cavaleiro daEsperança”, ousou desafiar as temidas águas do rio Tocantins. Ali, nos lajedos da “escadinha”, onde boa parteda sociedade portuense de então tonava banho, ele foi tragado pelas corredeiras e já agarrado aos fios invisíveis do desespero, foi providencialmente salvo da morte certa pelo Major Márcio Alves Lira.
Na madrugada do dia 20 de outubro de 1925, após uma semana em terras portuenses, a Coluna Prestes levantou acampamento e seguindo suas estratégias militares, retirou, um a um os seus batalhões, que voltaram a marchar e a buscar os mais puros e sublimes ideais já defendidos pelos militares brasileiros. Preocupado com o desfecho, que poderia vitimar aqueles destemidos homens, Frei José Maria Audrin, no dia seguinte à partida, enviou-lhes nova missiva. Desta feita, na busca desesperada da paz entre a Coluna Prestes e as topas do Governo Federal.

 

Posted On Quarta, 29 Abril 2015 15:06 Escrito por O Paralelo 13
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