Os mesmo que estão considerando Siqueira um leproso só vão a convenção se ele não for. Será que as criaturas vão deixar isso acontecer?
Por: Edson Rodrigues
Sou testemunha ocular e participativa da história da criação, instalação e consolidação do Estado do Tocantins, assim como o jornal O Paralelo 13, que teve a sua primeira edição em circulação no ano de 1987, um ano antes da criação do Estado pelo Congresso Nacional.
Eu e meu irmão, o escritor Edivaldo Rodrigues, ora afastado da editoria por ocupar o cargo de secretário de Comunicação da prefeitura de Porto Nacional, fundamos esse veículo de comunicação orientados, tão somente, pelo intuito de viabilizar informações que contribuíssem para o crescimento e desenvolvimento do Tocantins, não só como unidade federativa, mas como uma instituição forte e progressista, com um povo instruído e participante dos processos inerentes ao seu dia-a-dia.
Sou seu diretor-presidente desde então. O jornal esta na mesma cidade, no mesmo endereço, desde sua criação, com a mesma linha editorial e durante esses anos sempre nos pautamos pelo respeito ao nosso povo, às instituições, aos dirigentes sociais e aos possuidores de mandatos e cargos eletivos.
Já tivemos embates jurídicos com diversos personagens do teatro político, inclusive com o ex-governador Siqueira Campos e com auxiliares de seus governos, mas sempre dentro da ética e do respeito mútuos e, por isso, sempre fui respeitado por ele, pois, apesar dessas discordâncias pontuais, nunca faltamos com o repeito um com o outro, mesmo nos embates que chegaram até ao STF.
Podemos afirmar com tranquilidade que se houve algum vitorioso nesses embates, foi o povo tocantinense, que pôde acompanhar um verdadeiro exercício de democracia entre o poder instituído e a imprensa cumprindo o seu papel.
Fazemos este relato para esclarecer aos chegantes e paraquedistas que não constam em nenhuma fotografia de nenhum cenário do que foi a luta pela criação do Estado do Tocantins e de Palmas, e não tem seu nome registrado em nenhum ato ou documento que o vincule a qualquer iniciativa pela questão, que Siqueira Campos não é leproso, não é ficha suja – como alguns que insistem em se colocar como baluartes da honestidade e da boa vontade, fazendo de tudo para pegar um resquício da luz jogada nos principais atores da luta pela emancipação - e não pode ser jogado aos leões!
Siqueira tem uma invejável vida pública de mais de 50 anos, que começou como vereador em Colinas do Tocantins, se consolidou com cinco legislaturas como deputado federal, sendo que em uma delas foi um dos constituintes (honra de poucos políticos brasileiros!), autor da emenda da criação do Estado do Tocantins, e chegou ao seu auge como o primeiro governador eleito, que viabilizou o Estado e suas instituições, criou e instalou a capital, Palmas, interligou o Tocantins, via rodovias pavimentadas, aos estados fronteiriços e, por consequência, ao restante do País e, mesmo derrotado politicamente em alguns embates, se manteve altaneiro e trabalhando pelo Tocantins.
Não obstante o relatado acima, José Wilson Siqueira Campos tem como seu principal patrimônio uma história que, talvez, nenhum cidadão com tantos cargos políticos assumidos possa igualar: Siqueira tem sua ficha limpa e manteve seu patrimônio financeiro sem agregar fazendas, empresas, muito menos fortunas financeiras.
Baseados apenas neste breve relato sobre a história deste ícone, não tem como nos calar, diante da irresponsabilidade de alguns recém-nascidos políticos que estão poluindo o ambiente político tocantinense, talvez por não terem condições de voltar de onde vieram sem enfrentar as barras da Justiça.
O ex-governador tentou realizar um sonho ver seu filho, o ex-deputado federal, ex-senador e ex-prefeito de Palmas, o primeiro prefeito eleito de nossa capital, Eduardo Siqueira Campos. Para isso, o ex-governador renunciou ao seu último mandato e, assim, tornar seu filho elegível, atitude que, no fim, acabou não resultando no esperado, pois diante das dificuldades financeiras herdadas das administrações anteriores, o seu governo teve muito desgaste popular, o que inviabilizou seu sonho.
Outra de suas pretensões seria se candidatar ao Senado, um direito de todos, que acabou lhe sendo negado.
Por isso, é quase desumano – e nada ortodoxo – jogar o ex-governador aos leões, ficar esnobando e humilhando este grande ícone.
Outra coisa que nos causa tamanha estranheza é o fato de alguns “companheiros” do ex-governador Siqueira Campos, inclusive – e principalmente – aqueles que são “criaturas” do ex-governador e que jamais teriam suas vidas como homens públicos, estarem acompanhando essa “fritura” caladinhos, omissos como marionetes, ignorando todo o absurdo que está sendo feito com a história política do Tocantins, para não perder o apoio de um “importador de auxiliares”, apoio esse que pode se mostrar efêmero em um futuro bem próximo.
Essa atitude nada mais é que uma covardia das mais vis que se pode perpetrar.
Chegou ao nosso conhecimento, na última madrugada, que o “importador de auxiliares” colocou como condição para a sua participação na convenção de amanhã, que escolherá os candidatos da base governista, que Siqueira Campos não esteja presente. Isso é uma afronta gritante à história política do Tocantins e servirá de marco para que se conheça a índole de cada um dos atores políticos que orbitam o poder. Se o atual governador Sandoval Cardoso se curvar à essa exigência estará derrubando por terra toda a confiança que lhe foi conferida e confirmando com todas as letras que os políticos tocantinenses se renderam a um novo “rei” e à sua corte de desconhecidos.
Por essa e por outras, cresce exponencialmente a importância de que o cidadão tocantinense de nascença ou de opção, que estará no próximo dia 5 de outubro, a escolher seus representantes na Assembleia Legislativa, na Câmara Federal, no Senado e no comando do Estado, faça uma profunda reflexão sobre suas escolhas, e revolva o fundo do seu baú de memórias políticas para poder tomar uma decisão – ou decisões – acertada.
Que me desculpem os nossos leitores, mas não há outro nome para esta eleição no Tocantins a não ser de “bacanal”, um prostíbulo, onde se negociam e se transferem colégios eleitorais como se fossem gado, uma propriedade privada.
Felizmente, não tenho nem nunca tive “rabo preso” com nenhum grupo político ou com nenhum candidato. Estou muitíssimo bem informado, e como jornalista, trabalho com informações privilegiadas. Deus levou meu amigo, irmão, professor e conselheiro, o saudoso Salomão Wenceslau, logo depois que, juntamente com outro amigo e irmão, Cleber Toledo, tínhamos feito um pacto de trabalhar juntos nesta eleição, por um pleito honesto e comprometidos em ser os fiscais da população em relação à idoneidade dos candidatos que vão concorrer e que serão nossos representantes junto aos poderes.
Mesmo com o passamento de Salomão, eu e Cleber reafirmamos nosso pacto com nossa amiga e irmã, Joana, viúva do Salomão. Assim, permanecemos firmes em nosso propósito e vamos buscar outros amigos, irmãos para conseguirmos nosso intento.
Se hoje estão jogando o ex-governador Siqueira Campos aos leões, já pensou como será o nosso amanhã?
Jamais pecaremos por omissão, por medo ou por covardia.
obs: este artigo será veiculado na próxima edição do jornal o paralelo 13, impresso.
Por Edson Rodrigues
O Paralelo 13 não pode fingir que está tudo normal, tranquilo, uma vez que a panela de pressão sucessória já começou a dar sinais que pode explodir a qualquer momento. Ouso afirmar que o fogo já está alto e bem quente! O senador Vicentinho Alves que já foi Siquerista, Marcelista, Avelinista, Siqueirista agora não faz parte do grupo de Siqueira e deve anunciar oficialmente nos próximos dias o seu rompimento com o Palácio Araguaia e também com a base do atual Governador Sandoval Cardoso.
O clima ficou apimentado com os comentários feitos por assessores mais próximos do senador Vicentinho referente ao ex-governador Siqueira Campos e ao ex-senador Eduardo Siqueira, que segundo as línguas um verdadeiro míssel, para outros uma total falta de respeito.
Os episódios foram vistos em Paraíso quando o governador Sandoval foi entregar máquinas para diversos prefeitos. O outro ocorrido aconteceu Porto Nacional com o aeroporto totalmente lotado, enquanto a população aguardava a chegada do corpo do bispo Dom Celso Pereira de Almeida.
Por outro lado os governistas rebatem tudo isso afirmando que são chantagens para que a construtora que é de propriedade do Senador consiga obras no Estado. De acordo com o que foi confidenciado por uma fonte ao O Paralelo 13, o atual governador não permite ser chantageado, nem extorquido com isso o Senador continua no “congelador Palaciano.”
Um outro fato novo
A senadora Kátia Abreu está em maus lençóis com a população tocantinense depois da vinda do maior líder brasileiro de futebol de campo Edson Arantes do Nascimento, o rei Pelé. Edson foi trazido ao Tocantins como garoto propaganda do SEBRAE e da CNA – Confederação Nacional da Agricultura e convidado ilustre da presidente, a atual Senadora.
O Governador Sandoval Cardoso, autoridade máxima do Estado foi barrado por duas vezes na entrada do estande onde Pelé estava. Segundo consta, o barraco foi tamanho que o comandante da Polícia Militar também foi agredido verbalmente. Foi noticiado por vários veículos de comunicação a suposta ofensa feita pela Senadora, no qual chamou o Coronel Alfrenésio Martins Feitosa, que acompanhava Sandoval, de “Seu soldadinho de merda, seu puxa-saco”, e ele respondeu-a chamando-a de “senadorinha”.
O que a população tem a dizer diante disso?
Em edições anteriores já havíamos previsto, inclusive fomos o primeiro veículo de comunicação que em um editorial previu que essa eleição será judicializada, além de muitas agressões, inclusive entre os membros das famílias dos candidatos. No entanto ainda não conseguimos saber qual será o comportamento dos cidadãos e da juventude tocantinense.
É importante salientar que toda discussão política faz parte da nossa liberdade de ir e vir, não podemos alimentar um clima de retrocesso na nossa liberdade de expressão. Ao longo da semana, diversas matérias demonstraram a insatisfação de vários segmentos com a Senadora Kátia Abreu referente a Polícia Militar do Tocantins.
De acordo com uma notícia veiculada no Portal CT, “Kátia é reincidente na agressão verbal a policiais militares. Em 2004 ela agrediu o ex-comandante-geral da Polícia Militar do Tocantins, coronel José Tavares de Oliveira, quando era reponsável pelo destacamento da coporação em Aliança do Tocantins. Foi condenada pela Justiça de Palmas e a decisão foi mantida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para onde ela recorreu alegando que tinha imunidade parlamentar.
Naquela época, o irmão do coronel, Levi Tavares, era candidato a prefeito na cidade. Kátia acusou os policiais militares de trabalharem pelo candidato de seu comandante. Num belo dia - nas palavras de Tavares -, a então deputada federal “invadiu” o destacamento, ainda segundo o ex-comandante, “desacatando todos os policiais” e se referindo a ele como “coronelzinho de merda”. Tavares ingressou com uma ação por danos morais. Kátia ingressou com um recurso extraordinário no Supremo Tribunal Federal, alegando que agiu sob o manto sagrado da imunidade parlamentar”.
O que a Senadora Kátia Abreu tem a dizer?
Aragão diz que Kátia Abreu desrespeitou a instituição PM: “Feitosa é um coronel exemplar, não merecia o xingamento.”
O deputado estadual Sargento Aragão (Pros) afirmou ao blog na noite desta segunda-feira, 12, que a senadora Kátia Abreu (PMDB) “saiu do padrão” de comportamento ao dirigir as palavras que utilizou contra o secretário-chefe da Casa Militar, coronel Alfrenésio Martins Feitosa, na visita do ex-jogador de futebol Pelé à 14ª Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins), na sexta-feira, 9. Conforme Feitosa e testemunhas, Kátia o chamou de “soldadinho de merda” e “puxa-saco”. “Não vamos compactuar nunca com esse tipo de comportamento, nem ficar ao lado de quem se porta dessa maneira”, disse o parlamentar.
Aragão avaliou que o coronel estava no evento cumprindo um papel institucional, ao acompanhar o governador. “Então, a agressão foi à instituição Polícia Militar, porque ele não estava ali apenas como coronel”, defendeu o deputado.
Segundo ele, também o Estado sofreu agressão quando o governador Sandoval Cardoso (SD) foi barrado, ainda que “por 3 ou 4 minutos”. “O evento era do Estado, ainda que ele estivesse no estande de um expositor”, observou Aragão.
Para o parlamentar, “o que se está discutindo” nessa polêmica “é a forma de tratamento”. “Não podemos tratar assim quem quer que seja, quanto mais um coronel em cumprimento de uma função institucional”, disse.
Contudo, Sargento Aragão lembrou que esses tipos de abuso têm ocorrido também dentro da caserna. Ele citou o cabo Edilson Cardoso de Castro, acusado, em 2011, de desacato e abandono de serviço em 2011, porque não quis cumprir mais 48 horas de trabalho depois de uma jornada de 24 horas. “Um absurdo também, que não pode ocorrer”, defendeu.
De toda forma, Aragão afirmou que coronel Feitosa não merecia receber o tratamento como o que teve por parte de Kátia Abreu. “Ele é um cidadão de bem, um coronel exemplar, não merecia ouvir xingamento”, lamentou o parlamentar, que também é militar. “E, nessa hora, a PM tem que se unir para ganhar força.”
Servidores da Faet, presidida por Kátia, fazem ‘nota de desagravo’ e chamam coronel de ‘despreparado’ (Material veiculado no portal CT).
Edson Rodrigues
José Wilson Siqueira Campos nasceu em Crato no Ceará, em 1928, filho de mestre Pacífico Siqueira Campos - que tinha a profissão de seleiro e sapateiro - e de dona Regina Siqueira Campos.
Ficou órfão de mãe aos 12 anos, falecida em trabalho de parto, e viajou pelo país por quase 10 anos, em busca de oportunidade,chegando a passar parte da adolescência na ruas, até se estabelecer. Nesse período, trabalhou em vários ofícios em diversas cidades, até chegar à cidade de Colinas, no então Norte de Goiás, atual Colinas do Tocantins. Antes, passou pelos estados do Amazonas (onde foi seringueiro), Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Em Colinas, Siqueira começou a trabalhar na área rural, o que despertou nele a vocação política: fundou a Cooperativa Goiana de Agricultores e deflagrou o movimento popular que pedia a criação do Tocantins. Na eleição seguinte foi candidato a vereador, tendo sido eleito com votação expressiva.
Elege-se vereador de Colinas com maior votação (1965) e escolhido presidente da Câmara (1966). Era então filiado a Arena. Integraria também ao longo de sua carreira ao PDS, PDC, PFL, PL e PSDB.
Como deputado federal chegou à presidência nacional do PDS, um dos partidos com maior bancada no congresso nacional, o que lhe possibilitou compor a mesa dos líderes que definia a pauta de votação do parlamento, bem como os projetos e emendas a serem aprovados pelas bancadas.
Desmembramento
A defesa da criação do Tocantins causou reações violentas e Siqueira foi vítima de várias tentativas de assassinato. Cercado por forças federais armadas, foi preso por 21 dias, sendo libertado.
Convençãonacional do PSDB em 2007
Após o episódio Siqueira foi eleito deputado federal, reeleito por mais quatro mandatos, permanecendo no cargo entre 1971 e 1988, enquanto representante do norte goiano. Chegou a fazer uma greve de fome de 98 horas em favor da causa separatista. Siqueira foi, inclusive, deputado federal Constituinte e relator da Subcomissão dos Estados da Assembleia Nacional Constituinte, tendo redigido e entregado ao presidente da Assembleia (deputado Ulisses Guimarães) a fusão de emendas (conhecida como Emenda Siqueira Campos) que, aprovada, deu origem ao Estado do Tocantins, com a promulgação da Constituição Federal de 1988.
A criação do Tocantins, pelos deputados membros Assembleia Constituinte, finalizou uma luta de quase 200 anos dos moradores do então Norte de Goiás em prol da redivisão do Estado, trazendo a perspectiva de desenvolvimento para uma região que viveu séculos de relativo isolamento. Com o Tocantins finalmente criado, Siqueira Campos se elegeu o primeiro governador, para mandato de dois anos (de 1º de janeiro de 1989 a 15 de março de 1991). Nessas eleições foi eleito na oposição aos governos federal e estadual de Goiás, sendo que este último ainda exercia grande influência sobre política do recém-criado Tocantins.
Foi também responsável pela construção da capital, Palmas, que é a última cidade brasileira planejada do século 20. À época, a decisão da construção de uma nova cidade para abrigar a capital foi amplamente criticada, sobretudo pelos prefeitos das maiores cidades do Tocantins e pelos maiores líderes que enxergavam na proposta um desperdício de recursos, no que foram totalmente infelizes, sem Palmas, hoje, uma cidade pujante e progressista.
Eduardo Siqueira Campos
José Eduardo Siqueira Campos, nascido em Campinas - SP, em4 de março de 1959, é um empresário, pedagogo e político brasileiro filiado ao PTB com base política no estado do Tocantins.Primeiro prefeito eleito de Palmas (1993-1997), Eduardo também exerceu outros três mandatos, dois como deputado federal e um como senador da república. Atualmente, é secretário das relacionais institucionais no governo do estado do Tocantins. É filho do também político José Wilson Siqueira Campos.
Desde a infância, Eduardo acompanhou o seu pai Siqueira Campos distribuindo panfletos da plataforma de projetos de seu pai, então candidato a vereador por Colinas de Goiás (hoje Colinas do Tocantins).
Daí para frente esteve ao lado do pai na Constituinte de 1988, onde ficou conhecido por ter ficado por dois dias iniciando a fila de inscrição de emendas à Constituinte na sua fase de elaboração, para que o projeto de criação do estado do Tocantins recebesse a numeração 001.
Com a criação do estado do Tocantins em 5 de outubro de 1988, foi o deputado federal mais votado no estado, pelo PDC. Nas eleições de 1990, foi novamente o deputado federal mais votado com 35.619 votos (17,5% dos válidos), recorde ainda não alcançado até a presente data. Em 1992, votou a favor do impeachment do então presidente Fernando Collor. Com atuação destacada, foi eleito pelos pares líder da bancada do PDC na câmara federal.
Prefeitura de Palmas
Com quadro político adverso, sendo oposição nos níveis estadual e federal, Eduardo Siqueira Campos liderou a campanha vitoriosa que terminou o pleito com 67% dos votos válidos, tornando-se o primeiro prefeito eleito da capital do Tocantins. Durante o mandato, marcou a cidade com a implantação do traçado urbanístico monumental, ousado e moderno que ainda caracterizam Palmas. Investiu nas primeiras obras de saneamento básico da capital, levando esgoto e água tratada a maior parte do plano diretor.
Eduardo Siqueira Campos também deu início e consolidou vários bairros de Palmas, como os setores Jardim Aureny e as antigas ARNOS, região norte da cidade cuja ocupação ocorreu majoritariamente por meio de invasão. Nas ARNOS, setor também conhecido como Vila União, Eduardo promoveu forte intervenção urbanística, construindo milhares de casas, em substituição aos barracos de lona e palha, e pavimentando diversas quadras, após o grande incêndio sofrido em 1993.
Governou a cidade de 1º de janeiro de 1993 a 1º de janeiro de 1997, com ampla aprovação popular. Eduardo Siqueira Campos construiu nesse período as obras que ainda hoje compõem o grupo dos maiores equipamentos socioculturais de Palmas e que marcam pela grandeza e utilidade para a população do estado, como o Espação Cultural de Palmas e o Ginásio Ayrton Senna. Em 18 de abril de 1993, o Prefeito Eduardo Siqueira Santos lançou a pedra fundamental da Escola Técnica Federal de Palmas, hoje IFTO, campus Palmas.
No Senado Federal
Em 1998, foi eleito senador pelo Tocantins com 291.624 votos (74,6% dos votos válidos). E em 1º de fevereiro de 1999, tomou posse como senador. Foi o vice-líder do 2° mandato do governo Fernando Henrique Cardoso no Senado entre 1999 e 2003 quando o líder era o senador Artur da Távola.
Ocupou o cargo de vice-presidente do Senado Federal quando o presidente do Senado era José Sarney (entre 1º de fevereiro de 2003 e 1º de fevereiro de 2005). Foi eleito o 4º secretário da Mesa do Senado para o biênio 2005–2006.
Como senador, Eduardo Siqueira Campos teve atuação municipalista, com destaque para a proposição de vários projetos de lei e de emendas à constituição para redefinir os percentuais da repartição de tributos em favor dos municípios. Propôs também várias medidas de proteção e ampliação dos direitos dos idosos. Lutou ainda pela criação da Universidade Federal do Tocantins, alcançada em 2000.
Foi autor do projeto de lei que propôs a abolição da figura do fiador como condição de concessão da bolsa de estudo para estudantes junto ao FIES. À época, Eduardo defendia que seria injusto e um abuso não conceder crédito educativo ao jovem de baixa renda que não conseguisse um fiador. A proposta foi posteriormente adotada de maneira limitada para os estudantes bolsistas parciais do ProUni.
Em 2010, articulou a aliança de partidos que apoiaram o candidato da oposição ao governo do estado, Siqueira Campos. Foi também coordenador da campanha que venceu o candidato do PMDB ao governo, o então governador Carlos Henrique Gaguim. Após a vitória, Eduardo Siqueira Campos liderou a transição do governo e tomou posse no cargo de secretário de planejamento e, posteriormente, no de secretario das relações institucionais.
Em 29 de maio de 2012, durante solenidade com a ministra das relações institucionais, Ideli Salvatti, Eduardo pleiteou recursos para o que ele classificou de “o Brasil sem Copa”. No seu pronunciamento, Eduardo considerou que os empréstimos concedidos no valor de um bilhão para a construção e reforma de estádios nas cidades-sede poderiam também ser liberados para o Tocantins, por meio do governo do estado, com o fim de financiar investimentos na infraestrutura logística, na saúde, educação e na segurança pública dos 139 municípios que padeciam da falta de recursos.
Eduardo Siqueira Campos lançou, em dezembro de 2012, o Programa de Apoio aos Municípios (PAM) pelo qual oito mil quilômetros de estradas vicinais foram recuperados em mais de cento e trinta municípios, tendo também dado início a pavimentação da malha urbana das maiores cidades do Tocantins.
Considerado como sucessor político do pai, José Wilson Siqueira Campos, e apontado como provável e forte candidato a governador do Tocantins em 2014, Eduardo Siqueira Campos se filiou ao PTB estabelecendo uma plataforma de governo com o governador Siqueira Campos de responsabilidade fiscal, fortalecimento de programas de assistência social e qualificação técnica, integralização da educação e investimentos na infraestrutura logística do estado aliado a um forte e efetivo programa de apoio aos municípios.
Os ventos sopram em direção do judiciamento das eleições gerais no Tocantins, tendo o PMDB como seu principal foco de discussão frente à legalidade. É importante salientar a divisão que há dentro do partido, e que já na realização das convenções existe e poderá continuar existindo dois ou três grupos habitando balaio peemedebista.
Por Edson Rodrigues
O grupo que é conhecido como “PMDB Legal”, composto por vários filiados e membros diretivos eleitos em assembleia, está apto a participar da Convenção Estadual que escolherá os candidatos que disputarão os cargos de Governador, Vice-governador, Senador e seus suplentes, Deputado Federal e Deputado Estadual, como também chancelará as possíveis alianças e coligações.
Apesar do afastamento temporário do Presidente Estadual do Partido, deputado Júnior Coimbra, devido atritos internos com o grupo denominado “Autênticos”, que também é PMDB, os membros e delegados da convenção continuam legalmente amparados pela Lei.
Até agora o PMDB no Tocantins tem demonstrado prioridade na tentativa de viabilizar em Brasília a posse do ex-governador Marcelo Miranda no Senado Federal. O partido insiste em esquecer a cassação do então Senador eleito, quando ainda era governador do Estado, demonstram acreditar na possibilidade de Miranda assumir a sua vaga no Senado.
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal- STF, ao analisar o Recurso Extraordinário manteve a condenação de Miranda por abuso de poder econômico, bem como a sua inelegibilidade naquele momento. Já o ex-governador Carlos Gaguim foi condenado pelo uso indevido dos meios de comunicação, tendo feito propaganda eleitoral nas Eleições 2010 com veículos institucionais. Isso significa que dois membros do PMDB podem ter suas pretensões contestadas nos tribunais, o que sugere que o pleito de 2014 poderá resolvido no STF – Supremo Tribunal Federal.
Paralelamente aos processos e recursos, percebe-se que qualquer tentativa do partido em um eventual registro de candidatura dos ex-governadores a disputar um cargo nas eleições deste ano encontrará barreiras na Justiça Eleitoral Tocantinense. Vale ressaltar que assim como Miranda, o ex-vice governador Paulo Sidnei, que teve o seu mandato cassado em 2009.
Diante deste cenário, o Júnior Coimbra, primeiro vice-líder do PMDB na câmara Federal e pré-candidato a Governador pelo PMDB tocantinense cresce o seu ‘poder de fogo’ com a declaração de independência da bancada do PMDB na câmara Federal do palácio do Planalto com a maioria de membros e diretoria na executiva nacional do Diretório do PMDB.
Apesar das diversas declarações no qual cita que o Partido vem buscando um consenso interno, nota-se que cada dia que passa o quadro político no PMDB tocantinense se complica mais ainda. O sonho de paz tem se distanciado cada vez mais distanciando de se tornar realidade. O PMDB pode se tornar uma lenda, onde ninguém mais acredita em seu sucesso de união.
Já do lado Governista, o ex-senador Eduardo Siqueira Campos, impõe a oposição sucessivas derrotas. Na Assembleia, ano passado conquistou a aliança de vários Deputados Estaduais, obtendo a maioria no parlamento tocantinense. Eduardo tem hoje ao seu lado a maioria dos prefeitos, sendo que dez estão nos principais municípios. Além de vários partidos já consolidados no Estado.
Resta saber se o Governador José Wilson Siqueira Campos vai renunciar, se será candidato ao Senado ou ele mesmo candidato a reeleição. Caso renuncie Eduardo é o candidato a governador pelo Palácio Araguaia com a maior coligação da história do Tocantins. Os demais e próximos passos só serão conhecidos após o dia seis de abril, ultimo prazo para a renúncia ou não de Siqueira Campos.
Porto Nacional sempre foi uma cidade que, por meio de seus filhos ilustres, sempre marcou sua posição política nos principais acontecimentos na história do Tocantins. Assim foi desde o primeiro comício do então deputado constituinte José Wilson Siqueira Campos, quando foi lançado oficialmente candidato a governador. Porto foi também a cidade que deu a largada para a candidatura do então prefeito de Paraíso do Tocantins, Dr. Moises Avelino, como candidato a governador.
Por Edson Rodrigues
Esta mesma Porto Nacional foi palco do primeiro movimento “volta Siqueira”, assim como sediou o lançamento da candidatura de Marcelo Miranda à reeleição, não esquecendo que até pouco tempo atrás, mantinha 2, 3 até 4 deputados na Assembleia Legislativa, e 2, 3 e até 4 filhos seus nos primeiros escalões do governo do Estado, além de sempre presente no Congresso Nacional, no Senado e na Câmara dos Deputados. Dessa forma Porto sempre esteve presente nos principais fatos e acontecimentos políticos da história do Estado, independente de cores partidárias, se situação ou oposição, seus filhos sempre foram e são peças importantes e decisivas no tabuleiro político.
Valorização e mérito
Na semana passada, em Porto Nacional, mineiramente, no silêncio da sabedoria, o PMDB “tronco e base do povo” deu o sinal de que não está satisfeito com o atual momento que vive a legenda.
Estava marcado um encontro regional do PMDB, com as presenças do ex-governador biônico Carlos Gaguim, do deputado federal e presidente estadual do partido, Jr. Coimbra, do deputado estadual José Augusto e do empresário e pré-candidato a deputado federal, Dito do Posto. Essa reunião tinha a finalidade de apresentar à militância peemedebista as pré-candidaturas a governador e senador de Jr. Coimbra e Carlos Gaguim, respectivamente, às lideranças dos municípios de Ponte Alta, Monte do Carmo, Brejinho de Nazaré, Oliveira de Fátima, Ipueiras. Mas Porto disse não! As principais lideranças do PMDB portuense não acharam legitimas tais posições do atual diretório Estadual, não reconheceram a liderança do ex-governador biônico, Carlos Gaguim e nem dos demais.
O PMDB portuense quer que os caminhos do partido sejam os da união, e reconhecem como seu maior líder o ex-governador Marcelo Miranda, ao qual Porto Nacional é muito grato
A reunião foi desmarcada 32 horas antes por não encontrar abrigo nem apoio partidário. Isso é mais um recado de que Porto Nacional, através de seus filhos independentemente de sua corrente política, sabe dar na hora certa e tomar sua posição de crucial importância para os desígnios do partido.
Pelo visto, o PMDB de Porto Nacional é de Marcelo Miranda, de quem tem boas lembranças de quando foi governador, pela realização de dezenas de obras e por reconhecer a capacidade dos portuenses, prestigiando-os com nomeações para cargos de primeiro e segundo escalão do seu governo.
Esse é o grande recado de Porto Nacional:valorização e mérito em primeiro lugar, reconhecimento e lealdade sempre!