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COLUNA FIQUE POR DENTRO

Posted On Quinta, 27 Novembro 2025 10:44
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GOVERNADOR LAUREZ EM MODO “GOVERNABILIDADE”

O governador Laurez Moreira e sua equipe política trabalham em várias frentes para consolidar a governabilidade. As conversas envolvem composição com aliados, ajustes na base na Assembleia Legislativa e pactos com os 139 municípios. Tudo em ritmo discreto, “sem sombra, luz, rastro ou cheiro”, como definem interlocutores do Palácio Araguaia.

 

A expectativa é que, antes do Natal e do Ano-Novo, o governo anuncie um pacote de medidas e parcerias, dando o tom do que Laurez pretende entregar à população em 2026. A mensagem de fim de ano do governador é aguardada como um sinal claro das prioridades da nova gestão.

 

DORINHA COM CHAPA MAJORITÁRIA PRATICAMENTE DESENHADA

A senadora professora Dorinha Seabra já trabalha com a chapa majoritária de 2026 praticamente fechada. Falta apenas bater o martelo em algumas conversas para anunciar oficialmente quem será seu vice ou sua vice.

 

Para o Senado, dois nomes são tratados como candidaturas sacramentadas na aliança: o vice-presidente do Senado, Eduardo Gomes, que disputará a reeleição, e o deputado federal Carlos Gaguim. Há mais de um ano, ambos se comportam como defensores intransigentes da candidatura de Dorinha ao governo do Tocantins em 2026.

 

ARREMATES: QUEM SÃO OS NOMES AO SENADO

No desenho atual, as duas principais chapas majoritárias que se movimentam no tabuleiro de 2026 já contam com nomes para o Senado.

Chapa governista – Laurez Moreira (reeleição)

Na base do governador Laurez Moreira, dois nomes despontam como os principais cotados para o Senado: o senador Irajá Abreu que disputará sua reeleição e o deputado federal Vicentinho Júnior. Nos bastidores, ambos são tratados como “candidatos naturais” da aliança governista às duas vagas em disputa.

Chapa de oposição - Professora Dorinha Seabra

No campo da senadora Dorinha Seabra, pré-candidata ao governo, o cenário é mais nítido e para as duas vagas ao Senado, aparecem o vice-presidente do Senado, Eduardo Gomes, candidato à reeleição, e o deputado Carlos Gaguim. O movimento vem sendo costurado há mais de ano, com reforço público e nos bastidores.

 

IMPEACHMENT DE WANDERLEI FORA DE PAUTA

Com equilíbrio e liderança no colegiado, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Amélio Cayres, reuniu-se nesta quarta-feira (26), com 13 deputados estaduais e o entendimento foi o de fechar questão para não votar o pedido de impeachment do governador afastado Wanderlei Barbosa. A sinalização é de que o tema não deve entrar na pauta.

 

Isso, porém, não significa ruptura com o Palácio Araguaia José Wilson Siqueira Campos. Pelo contrário, muitos dos parlamentares presentes, incluindo o próprio presidente da Casa, defendem a governabilidade e uma convivência harmônica entre Executivo e Legislativo no Tocantins, qualquer que seja o desfecho jurídico envolvendo Wanderlei.

 

TERCEIRA VIA NÃO ESTÁ FORA DO JOGO

O observatório político de O Paralelo 13 avalia que o espaço para uma terceira via em 2026 está longe de estar sepultado. Tudo passa pelo que o STF decidir sobre a situação do ex-governador Wanderlei Barbosa.

 

Se a Corte negar a volta de Wanderlei ao comando do governo, ele tende a ficar fora das duas chapas principais: a de Laurez Moreira e a da professora Dorinha Seabra, abrindo espaço para uma alternativa fora desses dois blocos.

 

Por outro lado, caso o STF decida pela volta de Wanderlei ao governo, ganha força nos bastidores o nome do deputado federal Alexandre Guimarães como possível candidato ao governo com apoio de Wanderlei e da infraestrutura política ligada ao Palácio Araguaia. Essa expectativa se concentra especialmente até o dia 20 de dezembro, quando se inicia o recesso da Justiça Federal e Estadual, que só retorna em 6 de janeiro de 2026.

 

RECESSO DA JUSTIÇA NO RADAR POLÍTICO

No tabuleiro político que mira 2026, um marco de calendário pesa nas contas dos articuladores: no dia 20 de dezembro começa o recesso da Justiça Federal e Estadual, com retorno apenas em 6 de janeiro de 2026. Até lá, decisões sensíveis, inclusive as que envolvem o xadrez do Palácio Araguaia e os rumos de lideranças como Wanderlei Barbosa seguem no centro das expectativas de governistas, oposicionistas e da turma que ainda sonha com uma terceira via.

 

CARLOS AMASTHA SEM PERSPECTIVA DE ENTREGAS

Não se discute a capacidade de bom relacionamento do vereador afastado e agora secretário de Estado da Indústria e Comércio, Carlos Amastha, nomeado pelo governador em exercício Laurez Moreira. Pelo desenho atual, se Amastha mantiver a intenção de disputar um mandato de deputado federal em 2026, deverá permanecer no cargo até 4 de abril de 2026, prazo de desincompatibilização.

 

No entanto, o problema é outro: sem orçamento efetivo para os próximos três meses as condições de fazer entregas concretas que gerem dividendos políticos para a gestão Laurez Moreira são quase nulas. A pasta tende a operar muito mais no discurso do que na realização.

 

CARLOS AMASTHA SEM PERSPECTIVA DE ENTREGAS II

 

Por se tratar de um governo que se apresenta como de transparência, e de um quadro com a visibilidade de um vereador e ex-prefeito da Capital, o Observatório Político de O Paralelo 13 não acredita que a nomeação de Carlos Amastha para a Secretaria da Indústria e Comércio seja apenas um gesto administrativo.

 

Na prática, tudo aponta para um trampolim eleitoral, abrindo caminho para que Amastha consolide seu nome como pré-candidato a deputado federal pelo PSB em 2026, usando a visibilidade do cargo, mesmo sem grandes entregas, como ativo político.

Os comentários nos bastidores são inevitáveis, uma vez que a mudança ocorre após o excelente trabalho de Estado que vinha sendo conduzido pelo ex-secretário Carlos Humberto Lima e sua equipe, reconhecido por interlocutores do setor produtivo.

Estamos de olho.

 

LAUREZ ACERTA AO MANTER AÇÕES DA ENERGISA

O Observatório Político de O Paralelo 13 considera louvável a decisão do governador em exercício Laurez Moreira de barrar a venda dos 23% de ações que o Estado detém na Energisa Tocantins. Em vez de abrir mão de um patrimônio que rende cerca de R$ 70 milhões por ano em dividendos, o governador opta por preservar uma fonte estratégica e permanente de receita para o povo tocantinense.

Ao classificar a proposta de venda como uma “irresponsabilidade grande”, Laurez sinaliza que pretende equilibrar as contas com gestão e corte de gastos, e não vendendo ativos essenciais do Estado. Uma decisão rara num cenário em que muitos preferem soluções fáceis e efeitos irreversíveis.

 

THIAGO DIMAS E VICENTINHO JÚNIOR DE MOCHILAS PRONTAS

Com a janela partidária que se abre até 4 de abril de 2026, a expectativa é de mudança no tabuleiro dos aliados do Palácio Araguaia. O deputado federal Tiago Dimas, hoje presidente do Podemos no Tocantins, deve deixar a sigla. Nos bastidores, a avaliação é de que o partido não tem condições políticas nem estrutura de fundo eleitoral para sustentar uma nominata competitiva para federal e estadual, nem para ancorar um novo projeto de Dimas. A tendência é que ele migre para um partido da base do governador em exercício Laurez Moreira.

 

Já o deputado federal Vicentinho Júnior, cotado como candidato ao Senado ao lado de Irajá Abreu, também está de malas prontas. Segundo fontes ouvidas pelo Observatório Político de O Paralelo 13, ele deve desembarcar no PDT, comando do secretário da Fazenda Jairo Mariano, pré-candidato a deputado federal. Na prática, um clássico movimento de agasalhamento político: rearrumação de siglas e espaços em véspera de ano eleitoral, com a base do governo tentando sair da janela partidária com a “mochila” bem arrumada.

 

PSDB SEM COMANDO POLÍTICO EM PALMAS

 

Em Palmas, o PSDB da ex-prefeita Cinthia Ribeiro e do secretário extraordinário Eduardo Mantoan, já na gestão Laurez Moreira, praticamente não exerce controle político-partidário sobre sua própria bancada na Câmara Municipal. Os quatro vereadores eleitos pela sigla – Márcio Reis (2.912 votos), Folha (2.645 votos), Waldson da Agesp (1.518 votos) e Eudes de Assis (1.414 votos, suplente que assumiu) hoje integram a base política do prefeito Eduardo Siqueira Campos e devem caminhar com ele também nas eleições estaduais de 2026. Na prática, um PSDB sem comando sobre seus quadros na Capital.

 

SANDOVAL CARDOSO NO PÁREO EM 2026

O ex-governador e empresário Sandoval Cardoso deve entrar no jogo das eleições estaduais de 2026 como candidato a deputado federal. Com passagem pela Assembleia Legislativa e pelo comando do Executivo estadual, Sandoval é visto como um nome de bom trânsito na classe política e empresarial tocantinense.

 

Avaliações de bastidor apontam que ele pode ser, sim, um dos oito deputados federais eleitos pelo Tocantins, levando para a Câmara dos Deputados em Brasília um quadro com experiência administrativa e densidade política. Para muitos, o Tocantins ganha com Sandoval de volta ao cenário nacional como representante no Congresso.

 

 

Última modificação em Quinta, 27 Novembro 2025 11:05
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