O Jornal O Paralelo 13 vem acompanhando de perto os trabalhos desenvolvidos pela Defensoria Pública, pelo Ministério Público, Poder Legislativo, bem como por todas as entidades que representam o Governo, especialmente secretaria da saúde, na pessoa do secretário Samuel Bonilha e equipe, no empenho e esforços para colocar em ordem o principal componente do sistema de saúde do Estado, Hospital Geral de Palmas.
Por Edson Rodrigues
Olhando no retrovisor da vida, lembro-me do saudoso médico Gismar Gomes, ex-secretário da saúde que fez o que pôde e, ao que parece, o que não pôde também - na opinião dos mais poderosos - para oxigenar o setor. No entanto, é sabido por quem o conheceu e conviveu com seus ‘dilemas’ que ele sofreu claro boicote por parte de pessoas que exerciam algum tipo de influência dentro do HGP. Pessoas que não ficam bem, se as coisas estão bem naquela unidade de saúde.
As vítimas do “vírus”
Assim como Dr. Gismar Gomes sofreu boicotes, outros secretários que o sucederam também tiveram o mesmo tratamento, independentemente de quem quer que fosse o Governador.
Foi assim desde a gestão do médico Raimundo Boi, passando por Arnaldo Nunes, Gastão Neder (interino), Nicolau Carvalho Esteves, Luiz Fernando Freesz, Vanda Gonçalves Paiva, Luiz Antônio da Silva Ferreira, Marcio Carvalho da Silva Correia e agora com o atual secretário Samuel Bonilha.
Esse mesmo ‘grupelho’ percebeu que Bonilha está conseguindo desatar os nós do Hospital Geral de Palmas e já tenta sabotar as ações bem-intencionadas de todas as formas, para que a situação de caos e desgoverno permaneça na instituição.
Todos os secretários e suas respectivas equipes tiveram sua importante parcela de contribuição para a Saúde do Tocantins, mas, aos olhos do povo, o que salta são as mazelas causadas pelo “vírus”, inoculado nas veias do HGP, por uma minoria formada por ‘meia dúzia’ de pessoas.
Autonomia mais que necessária
Pelo histórico, os únicos caminhos para que se possa fugir desse “grupo do mal”, seriam uma maior autonomia para o secretário Samuel Bonilha, de forma que ele possa escolher sua equipe e delegar atribuições. Pessoas capazes, especializadas em saúde pública e com o compromisso de trabalhar com agilidade, apartidarismo e comprometimento, como o setor exige. Ou isso, ou um modelo exemplar de terceirização da saúde no HGP, como o adotado pelo governador Marconi Perillo, em Goiás, chancelado pelo Ministro da Saúde e que despertou interesse dos governos de Alagoas, Bahia e Paraná, que já visitaram o Estado com o intuito de replicar em seus respectivos Estados.
Esta forma de terceirização, ao que tudo indica, está dando certo. É transparente e tem o acompanhamento de instituições como Ministério Público (Federal e Estadual), Defensoria Pública e Ministério da Saúde, com auditorias mensais que fazem com que se economize de 28 a 32% dos gastos e, consequentemente, proporcionando um salto de eficiência na casa dos 88%. Gestão aprovada pela população.
Como o HGP se tornou um problema
crônico de Saúde
O Hospital Geral de Palmas representa o coração e o cérebro da Saúde Pública tocantinense. Quando um destes órgãos vai mal (ou os dois), um caos se instala e compromete todo o resto do corpo.
No caso da saúde do Tocantins, há tempos, tanto o coração, quanto o cérebro estão danificados. E por quê? Como já falamos aqui, existe no HGP um ‘vírus de sete cabeças’, que não tem sintomas, não deixa rastros, mas produz efeitos colaterais devastadores, que afeta diretamente o DNA da boa administração e destrói qualquer pessoa que esteja à frente da pasta, especialmente as que se dispõem a resolver o problema chamado HGP. Por isso o ‘apelidamos’ de vírus puxador de cadeiras.
Tem sido assim com todos os secretários da Secretaria de Estado da Saúde nos últimos 12 anos, quando acreditamos que se instalou o vírus naquele hospital. E esse ‘mal’ vem ganhando força na mesma proporção que dezenas de ambulâncias chegam, diariamente, com pacientes vindos dos 138 municípios tocantinenses. Na mesma velocidade que chegam ambulâncias e aviões dos estados do Pará e do Maranhão, transportando pacientes para serem atendidos pela saúde tocantinense.
Os nossos municípios estão falidos, sem recursos, à exceção de Palmas que já deveria ter um hospital municipal bem equipado material e humanamente, já que o município recebe milhões por mês, repassados pelo Ministério da Saúde.
Enquanto isso, o ‘vírus de sete cabeças’ segue triturando os secretários estaduais da saúde que demonstram, realmente, vontade de resolver os problemas do HGP.