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Posted On Sexta, 30 Abril 2021 05:55
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CENTRÃO COM O DOMÍNIO NO CONGRESSO NACIONAL

O centrão chegou ao Congresso Nacional com domínio nas duas Casas, transformando o presidente Jair Bolsonaro em seu “refém”, com pouca margem de manobra para resolver as pendências.

 

Com a instalação da CPI da Covid-19, formada em sua maioria por oposicionistas e agindo com independência, tendo Renan Calheiros (MDB) como relator, Bolsonaro fica, praticamente, dependente dos humores do centrão para sua sobrevivência política.

 

PACHECO FLERTA COM CANDIDATURA PRESIDENCIAL

Tudo indica que as movimentações do centrão são uma espécie de preparação de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, para ser o candidato do grupo à presidência da República em 2022.

 

Esse flerte de Pacheco com a presidência ligou alerta máximo na Câmara Federal e no Senado, pois aumenta, em muito, as chances da CPI da Covid-19 ser usada para desestabilizar o governo federal e o nome de consenso da esquerda para a disputa.

 

Os principais auxiliares de Bolsonaro já vem percebendo o afastamento de muitas lideranças políticas e empresariais do seu grupo político, o que aumenta ainda mais a possibilidade da sobrevivência política de Bolsonaro depender, exclusivamente, da lealdade dos membros do centrão.

 

AFASTAMENTO EVIDENCIADO

A instalação da CPI da Covid evidenciou o afastamento entre o governo e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Em fevereiro, Pacheco foi eleito presidente da Casa contando com o apoio do Palácio do Planalto.

 

Antes mesmo da reunião da comissão, na terça de manhã, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, cobrou Pacheco no grupo que senadores mantêm nas redes sociais.

 

Segundo relatos ao blog, Flávio Bolsonaro demonstrou, nas mensagens, forte contrariedade com o fato de o presidente do Senado ter desconsiderado uma decisão de um juiz federal de Brasília, que havia suspendido a eventual indicação de Renan Calheiros (MDB-AL) para a relatoria da CPI.

 

SITUAÇÕES DIFERENTES

Omar Aziz (foto) é o presidente da CPI da Covid

 

Sobre a decisão de Barroso, referendada pelo plenário do Supremo, Pacheco disse que, apesar de discordar do mérito, a determinação "se impunha", por reconhecer direito "líquido e certo da minoria do Senado para instalar a CPI, invocando precedentes no mesmo sentido".

 

Rodrigo Pacheco terminou dizendo que "são situações absolutamente distintas e que não revelam incoerência da presidência do Senado".

 

Flávio Bolsonaro, crítico do isolamento social, assim como o pai, rebateu Pacheco. Disse que a CPI, neste momento, é "desumana" e que esperava que o presidente do Senado não fosse "responsabilizado" após "morrer o primeiro senador, assessor ou funcionário do cafezinho que estivesse trabalhando na CPI".

 

Em mais uma resposta, Rodrigo Pacheco disse ter "grande preocupação com a saúde dos senadores" e que, por isso, determinou "todas as cautelas para garantir a segurança sanitária dos envolvidos".

 

GOVERNO CONVOCA MDB PARA REUNIÃO

O governo identificou o MDB como principal responsável pelas dificuldades na CPI da Pandemia e articula uma ampla reunião com toda a bancada do partido no Senado para a semana que vem.

 

Por ora, não está prevista a participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Apenas da ministra da Secretaria de Governo, Flavia Arruda, e do ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos. A ideia é convidar todos os 15 senadores do partido, incluindo Renan Calheiros.

 

O encontro, se viabilizado, será mais uma tentativa de conter a maioria oposicionista que dominou a CPI da Pandemia. Para o governo, o MDB é um dos principais responsáveis na medida em que indicou para a comissão senadores que não são alinhados ao Planalto, como Renan e Eduardo Braga.

 

A leitura no Palácio do Planalto é a de que isso ocorreu como retaliação pelo fato de Bolsonaro ter apoiado Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na eleição para a presidência do Senado. O MDB foi para a disputa com Simone Tebet.

 

BOLSONARO DESPREOCUPADO

Com o governo na mira e acumulando derrotas no âmbito da CPI da Covid, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quinta-feira, 29, que não está preocupado com a atuação do colegiado. O presidente destacou que as ações do governo seguem "a todo vapor". "Quinta-feira última desembarcaram no Brasil aqui 14 carretas para o transporte de oxigênio (medicinal). A gente continua trabalhando a todo vapor. Não estamos preocupados com essa CPI. Nós não estamos preocupados", disse em transmissão ao vivo nas redes sociais.

 

"Num primeiro momento (a CPI) é para investigar omissões e ações do governo, nem tinha fato definido e acabou lá aquele ministro aquele ministro do Supremo (Tribunal Federal) determinando ao Senado que instaurasse, que abrisse, a CPI", declarou.

 

PRESIDENTE DO CLUBE MILITAR FALA EM GOLPE

Após agenda oficial do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, registrar dois encontros com militares da reserva no Rio, na sexta-feira e no domingo, o presidente do Clube Militar, general Eduardo José Barbosa, publicou na quinta-feira, 28, uma nota com críticas e ameaças aos Poderes Legislativo e Judiciário, à oposição e à imprensa. Ele diz que o Executivo (Jair Bolsonaro) é o único Poder a cumprir a Constituição e crítica a CPI da Covid, no Senado.

 

"O Poder Executivo, único dos três poderes que está sendo obrigado a seguir a Constituição a risca, que utilize o Art 142 da Constituição Federal para restabelecer a Lei e a Ordem. Que as algemas voltem a ser utilizadas, mas não nos trabalhadores que querem ganhar o sustento dos seus lares, e sim nos verdadeiros criminosos que estão a serviço do 'Poder das Trevas'."

 

Segundo o general as "trevas" são representadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "E como "as trevas" têm poder devastador, no dia 27 de abril de 2021, instalou-se uma CPI no Senado, encabeçada por um senador cuja família foi presa recentemente por acusações de esquema de corrupção no Amazonas."

 

DIMAS CARECE DE MUSCULATURA POLÍTICA EM PALMAS

O pré-candidato ao governo do Estado, Ronaldo Dimas, precisa ganhar musculatura política em Palmas, caso queira ter alguma chance de ser eleito em 2022.

 

O presidente do seu partido, o Podemos, em Palmas, Alan Barbiero, teve uma votação vergonhosa na eleição municipal do ano passado, conseguindo menos votos que a presidente da Câmara Municipal, Janad Valcari, ficando apenas com 1,59% dos votos válidos.

 

Além de sua ligação política como o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, outro vergonhosamente derrotado, junto com seu candidato, Thiago Andrino, sendo ele próprio, Amastha, derrotado consecutivas vezes nas eleições vencidas por Mauro Carlesse para o governo do Estado.

 

Dimas tem este ano para captar outras lideranças com capacidade para agregar forças políticas na Capital, capazes de respaldar sua pré-candidatura ao governo, pois Palmas é o maior e único colégio eleitoral do Tocantins capaz de decidir as eleições estaduais.

 

MANTER O BRIO

O MDB de Palmas precisa mostrar que tem brio, orgulho próprio, e entregar, o mais rápido possível, o cargo da secretaria de Ação Social, ocupado pela Coronel Patrícia.

 

A prefeita, Cinthia Ribeiro passou, há algumas semanas, a ser aliada do Palácio Araguaia, sob os auspícios do governador Mauro Carlesse, o que transforma a permanência do MDB na prefeitura um exercício constante de “óleo de peroba na cara”, a famosa cara de pau.

 

Na verdade, a secretaria municipal de Ação Social de Palmas já não tinha nenhuma autonomia e, agora, com Cinthia nas hostes palacianas, virou apenas “objeto de decoração”.

 

DEM NO CONGELADOR DO PAÇO MUNICIPAL

O DEM, da professora Dorinha Seabra, responsável pela indicação da secretária de Educação da prefeitura de Palmas é outro partido que precisa se posicionar em relação á permanência no Paço Municipal.

 

A situação da secretária da Educação é a mesmíssima da secretária de Ação Social.  Sem autonomia antes e muito menos agora, que Cinthia frequenta o Palácio Araguaia.

 

Dorinha foi a responsável por Mauro Carlesse não ter conseguido a presidência estadual do DEM quando se filiou ao partido, pelas mãos do deputado federal Carlos Gaguim, ficando relegado a um “cargo” que nem existe no estatuto.

 

Ser aliado de Mauro Carlesse é sinônimo de fidelidade, logo, já começam os boatos de que a secretária da Educação deve deixar o cargo em poucos dias....

 

CARLOS GAGUIM OU MAURO CARLESSE PARA O SENADO

O deputado federal e vice-líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara Federal, Carlos Gaguim, amigo e apoiador do governador Mauro Carlesse e um dos entusiastas da sua candidatura ao Senado, pode estar se preparando para uma guinada em sua carreira política.

 

As vozes dos bastidores dizem que, caso Carlesse decida não se candidatar – ou não possa – ao Senado, Gaguim será o nome de consenso no grupo político do Palácio Araguaia para concorrer à vaga, no lugar de Carlesse.

 

A conferir...