Com todo o foco da mídia nas revelações de Joesley Batista sobre Temer, Lula e o PT ficam livres de pressões e acirram polêmicas

Posted On Domingo, 21 Mai 2017 23:25
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CLASSE POLÍTICA EM ALERTA APÓS SUSPEITAS DE QUE DELAÇÃO DA JBS TENHA SIDO “ORIENTADA” POR LULA

 

Por Edson Rodrigues

 

Se os delatores comuns já era perigosos, agora a “ação controlada”, em que são montadas verdadeiras armadilhas para a coleta de provas, apavora os políticos que têm algum tipo de problema cm a Justiça.

Joesley Batista solicitou o encontro com Temer só para fazer a gravação que está desestabilizando o País.  O mesmo método já foi usado contra o ex-presidente José Sarney, gravado por um dedo-duro quando estava hospitalizado, e os mesmos artifícios da pior espécie possível de “trairagem” passarão a ser usados daqui por diante.

 

Falar ao celular, agora, só para chamar a polícia e manter conversas com quem quer que seja passa a ser uma atividade de alta periculosidade para os políticos.  Os traidores, os Judas, estarão fazendo qualquer coisa para escapar da cadeia ou, se for o caso, até mesmo do País, como fizeram os donos da JBS e alguns dos seus executivos.

 

DELAÇÃO “COMBINADA”

Para ser “premiada”, a delação da JBS foi previamente combinada entre os donos da empresa e a Justiça, o que vem servindo de base para diversas teorias.  A mais forte delas é a de que Joesley Batista teria esquematizado toda a delação sob a orientação de ninguém menos que a cúpula de juristas e assessores pensantes do ex-presidente Lula.  A cada momento essa hipótese ganha força, mas só o tempo dirá o que há por trás dessa delação.

 

Solicitar uma reunião com o presidente da República com o único intuito de gravá-lo enquanto citava uma série de irregularidades envolvendo políticos e o próprio Michel Temer, foi uma ousadia tremenda do empresário, que só agiu assim por estar totalmente amparado pela Justiça, inclusive com a liberdade para um de seus executivos chamar o presidente de ladrão sem que nada acontecesse, já seria naturalmente suspeito. 

 

Agora, permitir isso tudo e ainda que os delatores embarcassem para os Estados Unidos sem intenção de voltar, levando “no bolso” milhões de reais ganhos com o impacto das delações nas bolsas de valores, foi um tapa na cara da sociedade, que além de tomar conhecimento da podridão, ainda vê criminosos, corruptores, saírem impunes sob o véu protetor da Justiça, deixando na mente da sociedade uma dúvida perigosa sobre as reais intenções do Procurador-Geral da República e da Polícia Federal.

 

Teriam agido com a melhor das intenções?  Foram usados pelos delatores orientados por Lula? Ou a intenção era, mesmo, tirar o foco das investigações sobre o PT e desestabilizar o governo Temer?

 

ARMADILHA

Michel Temer, sabemos agora, não é santo e cometeu muitos pecados, mas, no caso da delação da JBS, foi vítima de uma armadilha canalha e amoral.

 

Basta observarmos que o grupo JBS cresceu durante os governos do PT, passando de uma simples empresa familiar para a maior empresa de processamento animal do mundo, comprando empresas no exterior com dinheiro do BNDES, com dinheiro público, pagando juros bem mais baixos que os praticados pelo mercado convencional e, ao fim de sua delação, não teve sequer um de seus executivos ou proprietários presos e ainda recebeu permissão para sair do País, levando junto suas fortunas e deixando as empresas amparadas por um acordo de leniência.

 

Ou seja, a delação do grupo JBS abriu precedentes que colocam em risco toda a classe política brasileira e a Justiça sob suspeita:

 

O vazamento da JBS aconteceu às 19h, depois do fechamento do pregão da bolsa. Coincidentemente as empresas do grupo JBS fizeram uma grande compra de dólares durante o dia. Com o escândalo o dólar entrou em forte alta. O acordo da JBS prevê o pagamento de multa de R$ 200 milhões.  Nesta operação entre ontem e hoje só com a variação cambial o grupo ganhou mais que R$ 400 milhões.

 

PORQUE A DELAÇÃO DA JBS PODE TER SIDO PLANEJADA PELO PT:

- Prepararam a operação como estratégia comercial e revelaram os fatos no momento planejado.

 

- A JBS recebeu 1 bilhão do BNDES no governo Dilma.

 

- Joesley é amigo de Lula e fez negócios com filhos de Lula.

 

- Lula, Marisa e Dilma foram padrinhos de casamento de Wesley Batista, como comprova a foto a seguir:

- Joesley armou toda a situação, inclusive tentou induzir Aécio a se incriminar, colocando palavras em sua boca, quando disse que “precisa ser alguém que pode matar depois”.

 

- Joesley armou um possível pagamento a Cunha, que ainda não foi comprovado.

 

- Joesley é quem foi a Temer informar sobre Cunha, com gravador, pra induzir Temer concordar com o esquema.

 

- Joesley criou uma situação de troca de favores pra incriminar Temer por favorecimento ilícito.

 

 

Objetivos:

 

- Derrubar Temer.

 

- Incriminar Aécio e associá-lo à Sergio Moro.

 

- Atingir a operação Lava Jato.

 

 

Quem se beneficia com isso:

 

- Lula e o PT são os únicos beneficiados, politicamente falando. Lula vai se fazer de vítima e tentar se sair como perseguido por Aécio e Sergio Moro.

 

- Segundo foi noticiado pela imprensa nacional, o grupo JBS deve ao INSS mais de 12 bilhões de reais. Especulações dão conta de que no acordo de delação, essa dívida teria sido perdoada.

O que pode acontecer:

 

- Com Aécio, Nada. Pedir dinheiro não é crime.

 

- Com Temer, pode ser acusado de concordar com o “manter Cunha calado”, mas calado sobre o que? O que Cunha poderia falar para prejudicar Temer? Se o PT diz que Cunha aconselhava e aconselha Temer no governo, não tem sentido pagar um “cala boca” para um “colaborador”.  Isso não fez sentido.

 

Quem está por trás disso:

Os amigos de Lula e Joesley Batista, da JBS. Os fatos revelados hoje são nada mais que um esquema de assassinato de reputação, aparentemente articulado pelo próprio Lula.

É bom lembrar que essa semana Lula  foi indiciado e se tornou réu na operação Zelotes, por vender medida provisória e embolsar 6 bilhões de reais, valores infinitamente maiores que os 2 milhões que Aécio pediu.

 

TODO CUIDADO É POUCO                  

De um simples presidente de Câmara Municipal, passando por prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores, governadores, secretários, presidentes de empresas públicas, de comissão de licitação, e não só aqueles que obtém vantagens ilícitas, mas, também aqueles.que agem de boa fé, podem ser levados a produzir provas contra si próprios, com seus telefonemas sendo gravados, suas conversas no cotidiano, durante viagens, pescarias, almoços de confraternização, por todos os lugares podem estar os canalhas dedos-duros, querendo livrar-se das garras da Justiça às custas da liberdade e da confiança alheia.

 

A “senha” foi dada pela Justiça para que os ladrões e corruptores garantam suas liberdades e fortunas em detrimento dos incautos.  Todo cuidado é pouco!!!

 

MATÉRIAS CORRELATAS

 

ASSOCIAÇÃO CRITICA FALTA DE PERÍCIA EM GRAMPO COM TEMER

A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais divulgou nota questionando o fato de a Procuradoria-Geral da República (PGR) não ter periciado o áudio da conversa que o empresário Joesley Batista, dono da JBS, gravou com o presidente Michel Temer, antes de anexá-la ao pedido de abertura de inquérito contra o presidente.

 

Para a associação dos peritos criminais, a homologação de delações premiadas sem a devida análise pericial prévia é temerária. “É inaceitável que, tendo à disposição a Perícia Oficial da União, que tem os melhores especialistas forenses em evidências multimídia do país, não se tenha solicitado a necessária análise técnica no material divulgado, permitindo que um evento de grande importância criminal para o país venha a ser apresentado sem a qualificada comprovação científica”.

 

Segundo a entidade, a mera audição da reprodução, pela imprensa, do áudio entregue por Joesley Batista permite notar “a presença de eventos acústicos que precisam passar por análise técnica, especializada e aprofundada”. No entanto, a associação frisa que não é possível emitir qualquer conclusão sobre a autenticidade da gravação sem que o áudio e o equipamento usado para gravar a conversa sejam periciados pelo Instituto Nacional de Criminalística, da Polícia Federal.

 

As conversas foram gravadas em março deste ano, sem o conhecimento de Temer, durante um encontro à noite, no Palácio do Jaburu.

 

JBS TEVE 'AULA DE DELAÇÃO' 15 DIAS ANTES DE GRAVAR TEMER

A gravação de conversas com o presidente Michel Temer (PMDB) e com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi apenas parte de um longo processo da delação premia da J&F, empresa controladora das marcas JBS e Friboi. Duas semanas antes de chegar dirigindo o próprio carro ao Palácio do Jaburu e gravado com sua conversa com Temer, Joesley Batista, presidente da holding, assim como seu irmão Wesley e colaboradores seus, passou por uma verdadeira "aula" de delação premiada.

 

Tudo havia sido combinado entre os dias 19 e 20 de fevereiro entre o advogado Francisco de Assis e Silva, diretor jurídico da JBS, o procurador da República Anselmo Lopes e a delegada Rubia Pinheiro, da Polícia Federal. Lopes e Rubia explicaram em detalhes ao advogado, profissional da estrita confiança dos Batista, como funcionaria a colaboração premiada.

 

Joesley disse aos investigadores que tinha como missão falar com o presidente que vinha comprando o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha e do doleiro Lúcio Funaro. A dupla está presa em Curitiba. Temer, no entanto, nega que tenha concordado com isso.

 

Joesley gravou o presidente por iniciativa própria. Logo depois da "armadilha" para o presidente, o advogado do empresário comunicou os investigadores do encontro com Temer e do teor da conversa. Joesley, Wesley e cinco executivos assinaram então um pré-acordo de delação com a Procuradoria Geral da República (PGR).

 

A partir daí, começariam oficialmente as "ações controladas", nas quais conversas e mensagens seriam monitoradas para engordar o arsenal dos Batista. O senador Aécio Neves (PSDB) foi outro que caiu na "armadilha" ao ser flagrado pedindo dinheiro. No total, a delação da JBS envolve 1.829 políticos do país.

 

JOAQUIM BARBOSA: BRASILEIROS DEVEM SE MOBILIZAR E EXIGIR RENÚNCIA DE TEMER

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa disse nesta sexta-feira, 19, que os brasileiros devem se mobilizar para pedir a renúncia imediata do presidente Michel Temer.

 

 "Não há outra saída: os brasileiros devem se mobilizar, ir para as ruas e reivindicar com força: a renúncia imediata de Michel Temer", escreveu Barbosa em seu Twitter.

 

"Isoladamente, a notícia extraída de um inquérito criminal e veiculada há poucas semanas, de que o sr. Michel Temer usou o Palácio do Jaburu para pedir propina a um empresário seria um motivo forte o bastante para se desencadear um clamor pela sua renúncia", continuou.

 

O ex-ministro do Supremo chama de "estarrecedoras" as delações do empresário Joesley Batista, da JBS, envolvendo o presidente. "São fatos gravíssimos", avaliou Barbosa.

 

Última modificação em Terça, 23 Mai 2017 05:07