O ano de 2014 foi marcado pela forte estiagem no Sudeste do Brasil, o que resultou numa queda acentuada dos reservatórios de água e energia. Para não correr o risco da falta de luz, o Governo Federal utilizou as termoelétricas para gerar energia, o que elevou o custo de produção. O brasileiro ainda não sentiu no bolso, mas em 2015 esse repasse será feito gradativamente e a conta ficará entre 15% e 20% mais cara. A previsão climática de chuva não é otimista para o próximo ano.
O reajuste na conta de energia será elevado, por conta de vários fatores. Mas, o principal deles é para pagar os custos com as termoelétricas. De acordo com o setor, a cada R$ 1 bilhão gasto com essa energia, o impacto tarifário é de 1% e em 2014 foram gastos R$ 20 bilhões para a geração elétrica, ou seja, um impacto de cerca de 20%.
Uma das medidas tomadas pelo Governo Federal foi reduzir o custo da operação de produção de energia. Atualmente o teto do preço da energia no mercado livre é de R$ 822,00 por megawatss. A partir de janeiro do ano que vem esse teto será reduzido para R$ 388,00/MWh. Todo custo acima desse valor, será cobrado em encargos.
O consumidor terá mais uma cobrança para se preocupar: a bandeira tarifária. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) informa que o sistema funcionará assim: as bandeiras verde, amarela e vermelha indicarão se a energia custará mais ou menos, em função das condições de geração de eletricidade. Na verde não será cobrado nada a mais, na amarela a conta terá um acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 KWh e na vermelha, o custo será de R$ 3,00 por 100 KWh.
Para o setor elétrico, a produção de energia e os preços entrariam nos eixos se em 2015 as chuvas fossem fortes, com elevados acumulados nas bacias, que abastecem as hidrelétricas. Mas o cenário climático é outro, apesar de uma primeira quinzena de chuvas mais fortes no subsistema Sudeste-Centro-Oeste, o principal do Brasil, a partir da segunda quinzena de dezembro, as chuvas ganham força sobre todo o Subsistema Sul, além de atingir parcialmente o Subsistema Norte e Nordeste.