Carlos Amastha elege Marcelo Miranda como “inimigo número um” dentro do contexto da corrida eleitoral de outubro e solta o verbo contra o governo do Estado em solenidade

 

Por Edson Rodrigues

Taquaruçu  foi sendo considerada, nesta quarta-feira, 1º, a Capital do Tocantins e, como tal, foi palco de importantes indícios de como será a relação entre o Paço Municipal e o Palácio Araguaia em ano de eleições municipais. O prefeito Carlos Amastha, presidente do PSB estadual, participou da solenidade de hasteamento da bandeira e aproveitou para afirmar que irá entrar com ação contra o Estado para garantir repasses da saúde.

Carlos Amastha aproveitou a pompa e circunstância e, como bom marketeiro de si mesmo, manifestou sua insatisfação - já anunciada nas redes sociais - sobre a postura do governo do Estado em parcelar em 27 vezes os cerca de R$ 20 milhões para saúde da cidade, enquanto pagará a integralidade da dívida para outros 127 municípios. O prefeito resumiu como “falta de respeito” e anunciou que entrará com ação contra o Palácio Araguaia.

“O Poder Público tem que ter impessoalidade. Se Palmas é o maior credor, obviamente é por que é o município que mais gasta e recebe gente do Tocantins inteiro. Então, esta foi uma medida totalmente injusta, desnecessária e uma afronta e agressão ao povo de Palmas. O dinheiro tinha que ser dividido proporcionalmente à dívida. Nós vamos à Justiça procurar nossos direitos”, anunciou o prefeito de Palmas.

Amastha também não poupou críticas aos políticos que não se manifestaram contra o parcelamento da dívida, citando Claudia Lelis (PV), potencial adversária no pleito de 2016. “Eu como representante máximo da cidade não posso deixar de expressar o meu repúdio a atitude. Eu fico com pena dos que dizem que são representantes de Palmas, tanto na Assembleia Legislativa, como no próprio governo do Estado. A vice-governadora é pretensa pré-candidata à prefeitura de Palmas e não se coloca para defender os interesses da cidade”, disse o prefeito.

Deputado Ricardo Ayres, pré-candidato a prefeito e vice-presidente do PSB

Carlos Amastha foi duro com governo do Estado, que disse estar sendo “pessimamente mal administrado” e “sem dinheiro para nada”. O prefeito revelou que teria conversado com secretário da Fazenda, Edson Nascimento, sobre a dívida, e que o que lhe foi prometido não foi cumprido. “Estive pessoalmente sentado com ele, conversamos, e o que ele apertou a mão comigo, na frente de testemunhas, não foi isso. Palmas foi a única que fez o dever de casa, todo o levantamento, mostramos para o Estado o que era devido, e o secretário assumiu um compromisso com a gente que não está sendo cumprido”, comentou.

 

PALÁCIO ARAGUAIA REFUTA ACUSAÇÕES

Após as manifestações de insatisfação do prefeito de Palmas, Carlos Amashta (PSB) sobre a parcela da dívida do Estado com o município, o Palácio Araguaia divulgou nota para lamentar a “falta de respeito e sensibilidade” do gestor em “não reconhecer os esforços para saldar compromissos”. O governo do Tocantins destaca que a Capital está recebendo o maior repasse mensal de todos os municípios: R$ 560 mil.

De acordo com o Palácio Araguaia, a recém-anunciado Pactuação da Atenção à Saúde (Pase-SUS) tem o objetivo de fortalecer a parceria entre as gestão do Estado e das prefeituras, além de quitar débitos dos 139 municípios, visando o cumprimento do acordo firmado na Comissão Intergestores Regionais (CIRs) em “em oferecer os serviços de atenção básica e vigilância”.

“O primeiro município a ser beneficiado com a pactuação foi exatamente Palmas que, conforme acordo feito com a própria Prefeitura, já está recebendo pelo terceiro mês consecutivo o maior repasse mensal de todos os municípios tocantinenses, no valor de R$ 560 mil. Por isso, o prefeito dá declarações que contrariam o próprio Secretário Municipal de Saúde, Nésio Fernandes”, comenta a nota do governo do Tocantins.

De acordo com o Palácio Araguaia, o secretário da Capital teria parabenizado o governador e o estado por “assumir o compromisso de atualizar os repasses e acertar todas as contas devidas aos municípios ainda nesta gestão”. “Marcelo Miranda e o Governo do Tocantins se sentem extremamente honrados e prestigiados com as palavras dos demais prefeitos tocantinenses, que somadas às declarações do Ministério Público Estadual, da Associação Tocantinense dos Municípios e de parlamentares estaduais que estiveram presentes no evento, destacaram a postura de estadista”, acrescenta.

A nota ainda cita a parceria do Estado com a Capital, além dos repasses da saúde e “mesmo quando o município não cumpre suas obrigações”. Elencando obras de pavimentação de quadras na cidade, manutenção da cessão de uma frota de máquinas, a busca por recursos para viabilizar a pavimentação da Avenida NS-15 e em projetos habitacionais.

“O governo do Tocantins reafirma que não serão devaneios oportunistas que vão tirar o estado do foco de seus objetivos como o de trabalhar pela melhoria da qualidade de vida da nossa gente. Até porque Palmas e o Tocantins são muito maiores e mais importantes do que interesses pessoais ou conjunturais, muitas vezes fomentado pelo período eleitoral que se avizinha”, diz a nota.

 

NOSSO PONTO DE VISTA

Para nós já está claro que o prefeito de Palmas e presidente do PSB, Carlos Amastha, escolheu o governador Marcelo Miranda para ser seu “Cristo” pessoal.  Isso por que, sabedor de que estratégica e politicamente o governador estará apto, em meados de agosto, a se transformar no maior cabo eleitoral do pleito municipal, tanto em Palmas quanto nos demais 138 municípios, será necessário marcar seu território e assumir uma postura coerente já no início da corrida eleitoral, no seu caso, pela reeleição.

Amastha sabe que ante do período eleitoral, a continuar como está a administração estadual, as contas do Estado estarão em dia ou renegociadas de forma amigável com entidades classistas, fornecedores e outros credores.  Dessa forma, seus maiores adversários, que seriam Raul Filho e Marcelo Lélis – que estão inelegíveis – passam a ser os possíveis escolhidos por Marcelo Miranda para receberem as bênçãos do Palácio Araguaia.

Apesar do atual desgaste, Marcelo Miranda ainda é a única liderança política que toca o coração do eleitorado tocantinense – e palmense – o que o coloca em plenas condições de se unir a outras lideranças políticas e avalizar e dar credibilidade a qualquer liderança ou dirigente político para iniciar a engenharia de uma candidatura oposicionista única, capz de derrotar Amastha em outubro.

Graças ao seu tino empresarial e competitivo, Amastha já previu essa situação e voltou a mira de suas “metralhadoras” para os lados do Palácio Araguaia.  Se alguém tinha dúvidas, o primeiro tiro foi disparado nas declarações feitas por Amastha em Taquaruçu.  Esse tiro acertou em cheio e rompeu de vez o último fio que unia a prefeitura de Palmas e o governo do Estado, que era o relacionamento institucional.

No fundo, no fundo, esse rompimento acaba sendo ruim para Palmas, o que mostra que o prefeito está visando apenas seus interesses pessoais.  Apesar de estar com “o burro na sombra”, com recursos em caixa, oriundos  de uma taxa tributária tida como abusiva pelas entidades classistas, o rompimento com o governo do Estado fere a convivência democrática entre as duas gestões, contrariando algumas das premissas da boa vizinhança.

 

ESTRANHO

Mas, no frigir dos ovos, as declarações viscerais de Amastha acabam por levantar outra questão inerente ao Palácio Araguaia, que diz respeito á omissão e falta de compromisso de quem se diz da base de apoio ao governador Marcelo Miranda.

Já se passam algumas boas horas, mas, até agora, ninguém, nenhum deputado da “base de apoio” ou dirigente de partido ou pré-candidato à prefeitura de qualquer um dos 139 municípios que espera ser ungido pelas bênçãos do Palácio Araguaia – principalmente os de Palmas – nenhum secretário ou assessor de Marcelo Miranda sair em defesa do governador, seja com palavra, seja com atitudes.

Mas o silêncio mais gritante ainda é o do deputado estadual e pré-candidato à prefeitura de Porto Nacional, Ricardo Ayres, que espera contar com o apoio de Marcelo Miranda nas eleições, pois é membro da “base de apoio” na Assembleia Legislativa e “encolheu o pescoço” ante as declarações do presidente do seu partido contra o governador.

Isso soa á omissão pura e simples e nos faz refletir sobre a fragilidade ou falta de compromisso dessa “base de apoio”.

O tempo é sabedor da verdade...

 

Posted On Quinta, 02 Junho 2016 08:19 Escrito por

Subestimaram o TCE, o MPF, o MPE, o CGU, o TCU, as Câmaras Municipais, a Justiça Eleitoral, O TSE, o TJ e o TRE. Mas relação deve ser divulgada até junho

 

Por Edson Rodrigues

Uma das mais confiáveis fontes de O Paralelo 13, nos revelou o tamanho da lista dos “ficha-sujas” do universo político tocantinense. Muitos deles estão em plena campanha em busca de um mandato eletivo nas próximas eleições municipais em outubro próximo. Ex-prefeitos, ex-presidentes de câmaras, ex-coordenadores e, por incrível que pareça, a maiorias nós os conhecemos, vivendo de migalhas em assessorias de deputados estaduais e federais, no Senado ou no próprio governo.

Outros andam de ônibus (sem nenhum demérito aos trabalhadores que fazem uso do sistema de transporte coletivo) ou pegando carona com mototaxista. A maioria condenada a revelia por não ter condições de constituir um advogado para fazer suas defesas.

Por outro lado, há uns 15% a 20% desses “fichas-sujas” que têm um patrimônio considerável – talvez, justamente por causa dessa “qualidade” de “ficha-suja” – que  já estão com o pelo limpo, pele macia, bons advogados, boi no pasto, casas de aluguel e o burro na sombra, e terminam negociando, dividindo em leves parcelas ou a longo prazo suas condenações e, tudo bem arrumado, mesmo inelegíveis, lançaram a esposa, filhos ou pai ou irmãos – ou até todos juntos – com grandes chances de voltar a mamar nas tetas da viúva prefeitura.

Isso aconteceu ontem, acontece hoje e vai acontecer sempre.

 

Fim da impunidade

 

Cada centímetro de impunidade, está diminuindo significativamente com a Lei da Responsabilidade Fiscal (LRF), com o Portal da Transparência, com a Lei da “ficha Limpa” e outras atitudes da Justiça, como o aumento do poder do Ministério Público, da Defensoria Pública, com a aplicação de novas súmulas em que, caso o condenado não tenha bens, os bens dos herdeiros são também bloqueados e os que estiverem em nome dos cônjuges. Isso vem intimidando os mal-intencionados, impedindo que pratiquem certos delitos.

Mas, além das listas do TCE, do TER e TJ, uma outra lista está sendo elaborada, em nível nacional, de crimes cometidos na esfera federal, que será ao TSE, que até meados de junho, quando irá tornara-se pública.

 

Nosso papel

 

À impressa cabe a divulgação dos nomes dos “ficha-sujas”, pois, muitos, impedidos de se candidatarem, irão buscar liminares que podem até permitir o registro de suas candidaturas.  A divulgação de seus nomes antes disso, vai, certamente, diminuir a intenção de voto do eleitorado mais esclarecido nesses candidatos. Ainda assim, mesmo que consigam ser eleitos, sendo “fichas-sujas”, tomar posse, serem diplomados, será quase impossível.

Uma força tarefa já está se formando no Estado voluntariamente, tendo como organizadora a OAB, que estará junto com MPF, MPE, DPE e a impressa, fazendo o papel de olhos e ouvidos da sociedade tocantinense.

O Paralelo 13 estará 24 horas em ação, de olho na aplicação da minirreforma política, que valerá já nestas eleições municipais de outubro próximo. Uma das novidades é que os candidatos a vereadores não terão participação no horário gratuito eleitoral de rádio e TV. O candidato a vereador terá que ir pessoalmente de encontro com o eleitor, tendo sua participação nos veículos de comunicação restrita a intervalos de programas fora dos horários tradicionais de propaganda gratuita.  Ou seja, acabou aquele “meu nome é fulano, meu número é tal”, em que o eleitor mal vê a cara do cidadão.

O quadro não é nada amimador para quem esteja candidatando-se à reeleição como vereador, principalmente os de Palmas, cuja Câmara Municipal tem orçamento anual acima de 30 milhões, com 19 cadeiras e 600 funcionários, para as assessoras.

Mesmo com todo esse aparato de gastos – e custos para os cidadãos - há quase 2 meses a Câmara não consegue ter quórum para votar nem um pequeno requerimento, porque a base de apoio ao prefeito Amastha vem bloqueando a pauta das sessões.

Tanto o eleitor de Palmas quanto dos 139 municípios tocantinense, bem como a maioria dos cidadãos e cidadãs brasileiros, assistem na TV, espantados com tanta cara-de-pau, o bacanal que a maioria dos detentores de mandatos eletivos, de vereadores a presidente da República, vem fazendo com os recursos públicos, enquanto são sobrecarregados de impostos, têm uma segurança pública inexistente, a educação e a saúde pública UTI, as crianças sem o seu direito assegurado pela Constituição à educação e à saúde, para que possa a vir ser o homem e a mulher, os cidadãos conscientes do amanhã.

Tudo falta às nossas crianças e aos nossos adolescentes exatamente porque, em sua maioria, seus pais, tios, avós têm exercido a escolha mal na hora de votar – talvez até mesmo por falta de opções melhores – esquecendo eles que um voto representa um cheque em branco, com validade por 4 anos.

Sozinho, o juiz Sérgio Moro, não conseguirá vencer essa batalha e mudar o Brasil. Nós cidadãos e cidadãs dos 139 municípios tocantinenses, temos que nos juntar ao “justiceiro” Moro e, como eleitores, sentenciarmos os maus políticos não votando em nenhum deles, principalmente naqueles que estão com seus patrimônios robustos, erguidos depois que chegaram ao poder.

Nós temos que ter vergonha na cara e não votar em “ficha-sujas”, em qualquer político que estiver respondendo a processo por suspeita de prática de improbidade administrativa. O momento é de dar uma descarga nos péssimos políticos, é agora o momento de começar a mudança, no próximo mês de outubro, não votando em candidatos “copa do mundo”, aquele que só aparecem de quatro em quatro anos.

Cabe aos eleitores tocantinenses votar consciente, livre, de forma republicana, pensando na coletividade.

Em relação aos candidatos à reeleição, tanto a prefeito como a vereadores, é bom fazer uma análise dos 4 anos que se passaram para, só então, decidir.

Haverá vários debates, reuniões e comícios. O cidadão tem que ouvir o máximo do candidato, conhecer as suas propostas e, principalmente, seu passado. Temos que ser justos e corretos.

A responsabilidade de reescrever a história de um novo Brasil, para que os nossos jovens de hoje e homens do amanhã, tenham uma educação eficaz, uma saúde pública de qualidade, com segurança pública que assegure o direito de ir e vir, um Brasil sem corrupção, está em nossas mãos.

O Brasil que todos nós sonhamos para o amanhã, mora dentro do voto consciente.

 

 

 

Posted On Quarta, 01 Junho 2016 11:38 Escrito por

O ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) disse, em conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que uma possível delação premiada da Odebrecht na Operação Lava-Jato seria “uma metralhadora de (calibre) ponto 100”. O peemedebista também deu a entender que a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) seria atingida, pois teria feito uma ação “diretamente” com a empreiteira durante a campanha eleitoral.

 

Agência Folha "Nesse caso, ao que eu sei, o único em que ela (Dilma) está envolvida diretamente é que falou com o pessoal da Odebrecht para dar para campanha do... E responsabilizar aquele (inaudível)", diz um os trechos divulgados na noite desta quarta-feira pelo site do jornal Folha de S.Paulo. Sarney também diz que os casos de corrupção denunciados na Lava-Jato eram de responsabilidade do governo federal. “Esse negócio da Petrobras, só os empresários que vão pagar, os políticos? E o governo que fez isso tudo, hein?", indagou o ex-presidente. Sérgio Machado diz que o PSDB também sabe que é a próxima bola da vez e indica que ninguém sairá ileso das investigações. “Tá todo mundo se cagando, presidente. Todo mundo se cagando. Então ou a gente age rápido. O erro da presidente foi deixar essa coisa andar. Essa coisa andou muito. Aí vai toda a classe política para o saco”, afirma. Machado chama o procurador-geral da República Rodrigo Janot de “mau caráter” e diz que ele está tentando seduzir seus advogados para que ele fale o que sabe. Em outro momento, o ex-dirigente da Transpetro diz que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acabou e Sarney concorda. “O Lula acabou, o Lula coitado deve estar numa depressão”, disse o peemedebista. Em uma segunda conversa divulgada, Sarney diz que o senado ter acatado a prisão do ex-líder do governo, senador Delcídio do Amaral, foi uma cilada. Segundo ele, a Casa se acovardou. “Não podia (ter aceitado a prisão), a partir dali ele acabou. Aquilo é uma página negra do Senado”. Sérgio Machado concordou e disse que não houve flagrante delito. Sarney emendou: “não tinha nem inquérito”. Em nota, o ex-advogado geral José Eduardo Cardozo disse à Folha que é impossível entender a totalidade das frases de Sarney. Afirmou ainda que a presidente afastada nunca pediu contribuições ilegais de campanha.

Posted On Quinta, 26 Mai 2016 08:12 Escrito por

Deve ocorrer nos próximos dias, o início da execução das ações da Agência Tocantinense de Saneamento (ATS) nos municípios que o órgão atende no interior do Tocantins. Ao todo são 80, e para cada um, segundo Eder Fernandes, presidente da Agência Tocantinense de Saneamento, algum tipo de benefício está garantido.

Por Luiz Henrique  /Luciene Lopes
Um orçamento, já estabelecido, de quase R$ 30 milhões. “Esse volume de investimento se dá em razão de os municípios com uma série de obras que precisam ser executadas, terem uma grande demanda de equipamentos e ainda precisamos assegurar a manutenção corriqueira que por anos deixou de ser executada, mas que são essenciais e urgentes”, argumentou.
De acordo com o gestor da ATS, a licitação para a perfuração dos poços artesianos já está com mais de 80% concluída e o próximo passo será a assinatura dos contratos com as empresas responsáveis pela a execução das obras. “Serão perfurados 80 poços artesianos e implantados 80 reservatórios com a instalação de 80 quilômetros de Rede de Extensão de Água – RDA. Só neste projeto a ATS deverá investir R$ 22 milhões, oriundos de recursos próprios”, pontuou o presidente. Manutenção/aquisições
Outro investimento anunciado pela ATS e que vai atender as 80 cidades de concessão da Agência é o que visa a manutenção dos poços artesianos já existentes, e que desde a perfuração, nunca passaram por esse tipo de obra. “Essa é uma questão que exige rapidez, pois há casos em que a qualquer hora a população pode ficar sem água. Um poço artesiano sem manutenção gera risco de entupimento, água de má qualidade e, consequentemente, pode deixar a todos sem atendimento por não ter uma vazão adequada”, observou explicando que há casos de poços que estão há vinte anos sem manutenção”, explicou o diretor de  Produção, Arlindo Lopes.

Na foto Arlindo Lopes, diretor de Produção, durante vistoria de obra

O projeto está em fase de licitação e vai atender 190 poços artesianos, com um volume de recursos na casa dos R$ 2,6 milhões. O diretor de Produção também anuncia que há no orçamento R$ 1,1 milhão que serão destinados para a aquisição de 80 motocicletas com carretinhas e um caminhão munck. As unidades serão entregues para os escritórios da ATS nas cidades onde o órgão estadual fornece o atendimento. O caminhão será destinado para uso geral das cidades, conforme as necessidades. O processo também está em fase de licitação. Operação caminhão-pipa
Diante da pouca incidência de chuva na região sudeste, após a operação caminhão-pipa executada no ano passado, quando mais de quatro mil famílias foram assistidas com água distribuída por 60 veículos, técnicos da ATS, Defesa Civil e Vigilância e Saúde já estão preparando a 3ª edição do programa emergencial.
De acordo com presidente da ATS, o setor de licitação já está finalizando a elaboração do termo de referência para o credenciamento dos caminhões-pipa. “Com base no que presenciamos e no que tivemos que fazer ano passado, desta vez teremos que aumentar a quantidade de caminhões e de cidades na lista de atendimentos”, comentou o gestor, assegurando que a busca pelos recursos junto ao governo Federal já teve início. Em 2015, a ATS investiu R$ 5 milhões, beneficiando, além dos 27 municípios do Sudeste, outros quatros de outras regiões. Números
 São 31 cidades com serviços de extensão de rede de água já concluídos desde o ano passado, num total de 44.600 metros lineares de canalização. O volume de recursos aplicados chega a R$ 2,2 milhões. Outras 22 cidades já estão com as Ordens de Serviços em execução, ou para serem executadas em breve. Serão mais 41 quilômetros no total e R$ 2,1 milhões em investimentos.
A parte de urbanização também está recebendo a devida atenção da ATS. A meta é concluir as obras até o final deste ano. São 17 cidades com os serviços concluídos (R$ 1,7 milhão), e outras 55 têm projetos em andamento ou os serviços serão iniciados nos próximos dias, recebendo R$ 3,7 milhões em investimentos. Desafios
Ao destacar o desempenho do Governo do Estado com o planejamento e execução dos projetos voltados para o saneamento, Eder Fernandes ressaltou que promover a saúde e o bem-estar da população têm sido uma das metas desafiadoras da gestão do governador Marcelo Miranda. Para Fernandes, as políticas de desenvolvimento implementadas no governo tocantinense, em consonância com o trabalho de uma equipe focada no mesmo propósito, tem resultado em uma vultosa melhora na prestação dos serviços públicos. “O governador Marcelo Miranda tem sido incansável nas tratativas junto ao Governo Federal para que possamos ter sucesso nas nossas ações, argumentou, acrescentando que as boas relações do governador junto a conjuntura nacional tem sido fundamental para execução dessa empreitada”, finalizou.

Posted On Segunda, 23 Mai 2016 08:31 Escrito por

Enquanto pacientes dos hospitais públicos e alunos da rede pública passam fome, um grupelho de deputados estaduais realizam dois shows em Porto Nacional de caráter beneficente duvidoso. Através de emendas impositivas, eles usaram os recursos públicos para fazer politicagem, tentando ludibriar o povo e as autoridades constituídas antecipando a corrida eleitoral no município.

Da Redação Caros leitores de O Paralelo 13, cidadãos, amigos, políticos, governantes.  Vimos, por meio deste editorial, testemunhar que a pior dor de todo e qualquer ser humano é a fome.Quando estamos com fome não conseguimos raciocinar com clareza, pois ela invade nossa mente ante a necessidade mais primária de qualquer ser vivente, que é manter-se vivo.
A fome não deixa quem a sente dormir, a tortura, associando tudo o que acontece a sua volta com comida.  Qualquer imagem, qualquer cheiro, qualquer sensação.A única coisa pior que sentir fome é sentir fome sentindo o cheiro da comida, vendo a comida sem ter cesso a ela.
Pois é nessa situação que estão os pacientes e acompanhantes do hospital e maternidade Tia Dedé e do Hospital Regional de Porto Nacional.Essas pessoas são, em sua maioria, oriundas de cidades distantes, que vieram buscar em Porto Nacional melhores condições para seus enfermos, mas que acabaram encontrando a fome e a falta de medicamentos.
Dirigentes e profissionais da saúde das duas unidades vêm fazendo milagres para dar condições mínimas de dignidade a esses pacientes e acompanhantes.  Somos sabedores, também, dos esforços da secretaria estadual da Saúde, dos seus servidores e do governador Marcelo Miranda em carrear recursos para sanar a sangria da Saúde, da Educação e da Segurança Pública estaduais, mas gostaríamos de salientar que alimentação e saúde são questões emergenciais, urgentes, que precisam ser resolvidos logo, sob pena de perda de vidas humanas.
Mas, ao que parece, há pessoas na equipe do governo estadual, detentores de cargos eletivos e membros da “base” aliada que ou são cegos ou não estão querendo enxergar de propósito o sofrimento da nossa boa gente.
Estamos falando do um grupelho de deputados estaduais de olho nas eleições para prefeito de Porto Nacional. Eles são autores de emendas impositivas que neste último dia 14 de maio, serviram para pagar dois shows politiqueiros na Orla da Avenida Beira Rio, na cidade portuense. Segundo se comenta as emendas somaram 400 mil reais para o pagamento dos artistas e da infraestrutura. Só para constar, emenda impositiva é aquela em que o deputado indica o destino do recurso a que tem direito e o governo do Estado é obrigado a pagar. “Pano de fundo”
Aliás, segundo apuramos, os shows seriam beneficentes, com o recolhimento de donativos para o abrigo João XXIII.  Mas, ao que parece, esse caráter beneficente serviu apenas de “pano de fundo” para que o evento fosse realizado sem gerar críticas ou protestos – que seriam naturais ante a crise que assola o Estado e o Brasil – pois não houve nenhum tipo de divulgação dessa intenção de beneficiar o abrigo, nem com carros de som nem panfletos, muito menos comunicados via rádio ou TV, o que resultou em alguns quilos de feijão, arroz, farinha e macarrão para os idosos segregados nas dependências, quase abandonadas, desta quase centenária instituição, agora usada irresponsavelmente por estes deputados..
Já que perguntar não ofende, se a intenção era realmente beneficiar o abrigo João XXIII, porque não carrear os recursos direto para a entidade?  Por que ajudar apenas o abrigo, se temos o Hospital Dr. Francisco Aires e ao Hospital Maternidade Tia Dedé,em situações precárias, ou as escolas estaduais de Tempo Integral, que no momento passam por dificuldades por falta de merendas oferecida aos estudantes?


Há algum outro sentido em realizar um show beneficente com dinheiro público, advindo dos impostos que os cidadãos pagam com dificuldade, senão a autopromoção? E é total falta de conhecimento destes parlamentares sobre a nobre secular história politica e cultural da coletividade portuense, que nunca se vendeu e não se venderá por circo, ou patrocínios de troças. Se quer o voto deste povo tem que militar nas propostas, no campo das ideias, agindo como um homem público de princípios notadamente éticos e morais.
Nestas terras de Felix Camoa não valem as maracutaias rotineiras, os nós em pingo d’água, as gambiarras politiqueiras, que muitos dos que nos representam elegem como princípios doutrinários para a prática política. Porto Nacional, é diferenciada é por isso merece ser tratada com respeito, mesmo pelos que somente aparecem na cidade no período eleitoral, para vociferar inverdades, na tentativa de armar o circo dos horrores e do lamaçal da corrupção. Aqui não!!!
E aí perguntamos novamente: será que é esse o retorno que os cidadãos esperam para os altos impostos que pagam mês a mês? Será que não seria melhor ter aplicado estes milhares de dinheiro público, gasto com esses shows politiqueiros nas carências da Saúde, da Educação e da Segurança Pública? Merenda escolar
Nesta última sexta-feira presenciamos uma professora do colégio de tempo integral Dom Pedro Segundo, em Porto Nacional, aflita, nervosa e emocionada, abordando um político, clamando por comida, merenda escolar, para os alunos.
Ela explicava que 470 crianças estavam no colégio desde as sete horas da manhã, e já era quase meio-dia, sem um lanche sequer, e sem previsão de almoço.  “Como elas podem aprender, se a fome está a lhes turvar a mente e corroer o estômago?”, perguntava a professora. APELO
Por conhecer de perto e intimamente a fome, venho, aqui, fazer um apelo ao governador Marcelo Miranda, pois parece que os senhores deputados estão mais preocupados em fazer shows.  
Acredito piamente que o governador não esteja sabendo dessa realidade enfrentada pelos cidadãos portuenses, pois com sua boa criação religiosa, de princípios e valores, jamais deixaria que algo semelhante acontecesse, principalmente em se tratando de pessoas enfermas e de crianças de baixa renda.
Portanto, venho aqui, em nome do povo portuense, desses pacientes e dessas crianças, suplicar aos seus princípios morais, familiares e éticos, Sr. Governador, para que o senhor olhe para essas pessoas, compreenda sua dor e providencie o alívio que lhes é de direito.
O abrigo João XXIII, inclusive, não recebe nenhum tipo de ajuda do Estado há anos.  Os homens e mulheres que, hoje, precisam recorrer ao abrigo para ter um teto sobre suas cabeças, não têm um fisioterapeuta, um enfermeiro, um médico custeado pelo Estado a lhes servir.  Esses homens e mulheres são os mesmos que num passado próximo, ajudaram a construir o Tocantins como o conhecemos hoje.  São pessoas que mereciam muito mais.  Não por dó ou comiseração, mas por reconhecimento pelo papel que representaram na história deste Estado.
Esta situação, talvez, não tenha culpados imediatos ou atuais.  Pode tanto ser por acúmulo de descaso dos governos que passaram ou dos próprios dirigentes do abrigo.  Mas, a verdade, é que o que menos importa agora é encontrar culpados.  O que importa é ajudar, amparar e proteger essas crianças, esses pacientes e esses idosos.
São cidadãos, Sr. Governador, que necessitam da sua atenção, da sua intermediação e, principalmente, da sua ação.

Posted On Segunda, 23 Mai 2016 07:55 Escrito por
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