Ao ser filmado abusando de duas crianças, ex-senador tocantinense, serve de base para tese de que já se discutem assuntos do futuro, deixando de lado crimes do passado, que ainda ecoam, impunes, ante a sociedade brasileira

 

Da Redação

Existe a agenda do século XXI, que pede banheiros para transgêneros, história d’África nos currículos e livre consumo de maconha. É bonita e moderna, mas embute um truque. Discutindo-se a agenda do XXI, esquecem-se os restos a pagar do XIX.

No XIX, os patriarcas escondiam-se na escravidão para viver naquilo que Gilberto Freyre chamou de “intoxicação sexual”. No XXI, essa figura do oligarca, senhor de seus domínios, perdeu espaço, mas ainda vai bem, obrigado.

No dia 23 de janeiro de 2015 deste século XXI, o ex-senador Manoel Alencar Neto (PSB-TO), também conhecido como Nezinho Alencar, foi preso pela Polícia Federal sob a acusação de ter abusado sexualmente de duas meninas menores, uma de 6 e outra de 8 anos.

Nezinho é uma próspero político do estado de Tocantins e chegou ao Senado em 2005, cavalgando uma suplência. Esteve na cadeira por alguns meses, durante os quais honrou a base governista, defendeu a prorrogação das dívidas do agronegócio, falou em nome do “choro de mães de família”, pediu mudanças na legislação trabalhista e lembrou ter começado sua vida política nos “movimentos estudantis pelas liberdades democráticas”. Na região de Guaraí, há quem peça bênção a Nezinho.

No governo Temer, o PSB de Nezinho continua aninhado no Planalto, e o pernambucano Fernando Coelho Filho ganhou o Ministério da Integração Nacional. Seu pai é o senador Fernando Coelho, que, por sua vez, é sobrinho do ex-governador Nilo Coelho, filho do coronel Quelê, o patriarca dos Coelho de Petrolina (PE).

Nezinho foi preso porque um vaqueiro escondeu um celular numa árvore e fotografou-o, com a cabeça branca de seus 67 anos, bolinando duas crianças, uma da quais mantinha no colo. Em nenhum momento ele desmentiu a veracidade da cena.

Em março, o juiz Ricardo Gagliardi, da Primeira Vara Criminal de Colmeia, soltou o ex-senador argumentando que “o fato de o investigado ser colocado em liberdade em nada afronta a ordem pública”. Pode ser, mas, por via das dúvidas, o vaqueiro e outras nove pessoas de sua família estão hoje escondidos, sob proteção da Polícia Federal.

Os advogados de Nezinho defendem-no com dois argumentos. Primeiro, foi tudo “armação” do pai das meninas. Tudo bem, um pai analfabeto e pobre deve ser sempre o primeiro suspeito, mas quem está na fotografia bolinando as crianças é o ilustre ex-suplente de senador pelo PSB.

Na segunda linha de defesa, o bolinador teria agido sob influência de antidepressivos misturados a álcool. Em suma, Nezinho Alencar é a verdadeira vítima, pois até chorou quando lhe mostraram a cena. Não chorava quando mantinha a criança no colo. Tomara que nenhum consumidor de álcool com antidepressivos cruze com familiares de Nezinho ou de seus advogados.

Felizmente, a repórter Renata Mariz recuperou o caso do vaqueiro e de suas filhas. Eles vivem com medo. Fazem bem, porque o doutor continua acusando-os de “armação” e até hoje não passou pela sua cabeça pedir desculpas por ter bolinado crianças, filhas de um empregado.

O pai das duas meninas dá uma aula de ciência política aos novos poderosos de Brasília e aos barbudos que acreditaram numa aliança com a oligarquia. Segundo ele, Nezinho não estaria solto se tivesse “mexido com a filha do juiz, do delegado, do promotor ou de outro fazendeiro”.

É, Nezinho Alencar.  Você envergonha os tocantinenses....

Posted On Sexta, 20 Mai 2016 11:26 Escrito por

Executivo foi confirmado nesta quinta-feira pelo Palácio do Planalto como novo presidente da estatal

Agência Brasil

Indicado para assumir a presidência da Petrobras, o ex-ministro Pedro Parente disse que não haverá indicações políticas na estatal. Em sua primeira entrevista após ser nomeado pelo presidente interino Michel Temer para o cargo, Parente disse ser "claro e taxativo" com relação ao assunto. Segundo ele, esta é a "orientação clara" de Temer. Elogiando a gestão atual de Aldemir Bendine à frente da empresa, o engenheiro disse que a decisão de aceitar o convite para o posto não foi um processo simples. Ele disse sentir a relevância e responsabilidade do cargo e disse que a determinação de Temer é que a empresa vai continuar e aperfeiçoar a sua governança para que seja "estritamente profissional". "A relação do governo com a Petrobras é de acionista controlador. Portanto, o seu primeiro interesse é o sucesso da empresa. É assim que o presidente Michel Temer vê, é assim que eu também vejo e é assim que a gente vai trabalhar. Teremos uma visão absolutamente profissional, voltada aos interesses da empresa e dos acionistas", disse.

Posted On Sexta, 20 Mai 2016 06:57 Escrito por

Por Jarbas Coutinho
O gerente de projetos do Banco Mundial (Bird), Satoshi Ogita, elogiou o andamento das obras do Projeto de Desenvolvimento Regional Integrado Sustentável (PDRIS) no Tocantins. A declaração foi dada durante audiência com o governador Marcelo Miranda, na manhã desta segunda-feira, 16. Segundo Satoshi Ogita, desde que as ações do projeto foram retomadas no Estado, no ano passado, o resultado tem sido positivo. “A reabilitação das obras estaduais está avançando bastante. Os contratos do Crema [Contrato de Reabilitação e Manutenção] já foram iniciados e em outros setores, a exemplo da Educação, as atividades estão em andamento de forma satisfatória, o que deixa o banco satisfeito”, comentou Satoshi Ogita que parabenizou o desempenho da equipe do governo. Ao agradecer a visita da missão do Banco Mundial, o governador Marcelo Miranda ressaltou a importância da parceria para promover o desenvolvimento do Estado. “A partir da execução desses projetos a realidade do Tocantins começou a mudar”, disse, citando como exemplo o início das obras de recuperação das rodovias estaduais.
Andamento Segundo o secretário de Estado do Planejamento e Orçamento, David Torres, o Governo do Estado passou a receber uma nova reclassificação pela equipe do Banco Mundial e a expectativa é que, pelo andamento dos projetos, as metas sejam atingidas. “Esse monitoramento é bastante positivo para poder realizar os ajustes necessários. O Banco Mundial é um dos principais parceiros do Tocantins e o Governo só tem o que agradecer”, disse o secretário. O secretário de Estado da Educação, Juventude e Esporte, Adão Francisco, comentou que no que diz respeito à educação, as ações do PDRIS estavam desatualizadas no início da atual gestão, e desde então foi possível atualizar, produzir e alcançar as metas preconizadas pela Instituição. “Já foram realizadas licitações para reforma de seis escolas e estamos concluindo os projetos para mais nove unidades educacionais. E ainda iniciamos outras atividades em vários municípios contemplados com projetos da instituição”, explicou. Já na área de infraestrutura, o secretário da pasta, Sérgio Leão, explicou que essa parceria com o Banco Mundial tem possibilitado a recuperação asfáltica de vários trechos de rodovias estaduais. “Essa parceria com o Banco Mundial demonstra o caráter municipalista do governador Marcelo Miranda, que prima pela infraestrutura para promover o desenvolvimento do Estado”, ressaltou.
  Missão A missão do Banco Mundial no Estado conta com dez consultores e se estende até quinta-feira, 19. Durante este período, a equipe do banco irá cumprir uma extensa agenda de trabalho, com reuniões com os representantes dos órgãos públicos estaduais coexecutores do PDRIS. É praxe do banco fazer o acompanhamento do desenvolvimento do projeto, inclusive com visitas a campo.
  PDRIS O PDRIS é uma das prioridades da atual gestão e visa preparar o Tocantins para um novo ciclo de crescimento econômico. O Projeto vai beneficiar 72 municípios tocantinenses, contribuindo com a melhoria da competitividade e da integração regional, promovendo a inclusão social e a sustentabilidade ambiental. A partir do projeto, será possível fomentar o aumento da eficiência do transporte rodoviário e dos serviços públicos.
 

Coexecutores do PDRIS São coexecutores do PDRIS, por parte do Estado, a Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento (Seplan); a Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc); a Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto); a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh); a Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro); a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Cultura (Seden); o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins).

Posted On Segunda, 16 Mai 2016 15:45 Escrito por

Em discurso a apoiadores do governo, concentrados em frente ao Palácio do Planalto, a presidenta afastada Dilma Rousseff disse que esta sendo vítima de injustiça e traição, após ter sido afastada do cargo por até 180 dias para julgamento do processo de impeachment no Senado.
Da Agência Brasil "Estou vivendo a dor da traição, a dor da injustiça", disse aos manifestantes. “Ao longo da minha vida enfrentei muitos desafios, enfrentei o desafio terrível e sombrio da ditadura, da tortura, enfrentei como muitas mulheres desse país a dor indizível da doença, o que mais dói nessa situação que estou vivendo agora, a inominável dor da injustiça, a profunda dor da injustiça, a dor da traição, a dor diante do fato que eu estou sendo [manifestantes gritam Fora Temer]. São duas palavras terríveis, traição e injustiça, são talvez as mais terríveis palavras que recai sobre uma pessoa e essa hora agora, esse momento é o momento em que as forças da injustiça e da traição estão soltas por aÍ”, disse. Dilma afirmou que irá resistir até o fim do processo de impeachment, que foi aberto no Senado. "Estou pronta para resistir por todos os meios legais. Lutei minha vida inteira e vou continuar lutando", afirmou. A presidenta afastada agradeceu o apoio de manifestantes que protestaram nos últimos meses contra o processo que, segundo Dilma, "estiveram do lado certo da história, do lado da democracia". “Eu sou a primeira mulher eleita presidenta da República, eu honrei os votos que as mulheres me deram. Eu fui a primeira mulher eleita presidenta da República, depois do primeiro operário eleito presidente da República, como primeira mulher, eu honrei as mulheres. Como qualquer pessoa humana, posso ter cometido erros, mas jamais cometi crimes", destacou. Após o discurso, do lado de fora do Planalto, Dilma recebeu um buquê de flores e cumprimentou os populares. Ela estava acompanhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros de seu governo. Pronunciamento à imprensa Antes do pronunciamento para o público, Dilma Rousseff fez um discurso para a imprensa. Cercada por dezenas de ex-ministros, parlamentares e servidores do Palácio do Planalto, a presidenta afastada classificou o processo contra ela de "impeachment fraudulento". “Diante da decisão do Senado quero mais uma vez esclarecer os fatos e denunciar os riscos para o país de um impeachment fraudulento, um verdadeiro golpe, desde que fui eleita, parte da oposição inconformada pediu recontagem de votos, tentou anular as eleisções depois e passou a conspirar abertamente pelo impeachment, mergulharam o país num ato de instabilidade e impediram a recuperação da economia com tomar na força o que não conquistaram nas urnas”. Dilma Rousseff admitiu que pode ter cometido erros, mas enfatizou que não cometeu crimes e que está sofrendo injustiça, a "maior das brutalidades que pode ser cometida". "Não cometi crime de responsabilidade. Não tenho contas no exterior, jamais compactuei com a corrupção. Esse processo é frágil, juridicamente inconsistente, injusto, desencadeado contra pessoa honesta e inocente. A maior das brutalidades que pode ser cometida por qualquer ser humano: puni-lo por um crime que não cometeu", disse. Em falas interrompidas por aplausos e gritos de apoio, a presidenta lembrou que foi eleita por 54 milhões de brasileiros e disse que o que está em jogo não é somente o seu mandato. "O que está em jogo não é apenas o meu mandato. É o respeito às urnas. À vontade soberana ao povo brasileiro e à Constituição. São as conquistas dos últimos 13 anos. O que está em jogo é a proteção às crianças, jovens chegando às universidades e escolas técnicas. O que está em jogo é o futuro do país, esperança de avançar cada vez mais. Quero mais uma vez esclarecer fatos e denunciar riscos para país de um impeachment fraudulento. Um verdadeiro golpe", declarou.
Brasília - A presidenta afastada Dilma Rousseff discursa para apoiadores do governo, em frente ao Palácio do Planalto, após ter sido notificada do afastamento do cargo por até 180 dias (Marcello Casal Jr/Agência Brasil) A presidenta afastada voltou a dizer que não cometeu crimes Marcello Casal Jr/Agência Brasil No pronunciamento, Dilma estava acompanhada de seus ex-ministros e parlamentares aliados, como a ex-ministra Eleonora Menicucci (das Mulheres), Kátia Abreu (da Agricultura) e Giles Azevedo (assessor especial). Dilma deu a declaração no Salão Leste do Palácio do Planalto que estava lotado de servidores que vieram dar apoio à presidenta afastada. Eles entoaram palavras de ordem: “É golpe”, “Golpistas, fascistas não passarão”, “Dilma, guerreira, da pátria brasileira”. E voltou a dizer que não cometeu crime, e que, por isso, se sente injustiçada. "Jamais compactuei com a corrupção, esse é um processo inconsistente, injusto, desencadeado contra uma pessoa inocente, é a maior brutalidade que pode ser cometida contra qualquer ser humano, puni-lo por um crime que não cometeu. Não existe injustiça mais devastadora que condenar um inocente, é uma injustiça, um mal irreparável, essa farsa jurídica de que estou sendo alvo. Como presidente, nunca aceitei chantagem alguma, posso ter cometidos erros, mas não cometi crime." Dilma também voltou a dizer que antecessores também usaram do artifício da pedalada fiscal para ajustar contas de governo. "Atos que pratiquei foram atos legais, honestos. Atos de governo idênticos foram executados pelos presidentes que me antecederam. Não era crime na época deles e não é crime também agora. Tratam  como crime um ato corriqueiro de gestão, me acusam de atraso no pagamento do Plano Safra. É falso. A lei não exige minha participação na execução desse plano. Meus acusadores tem que saber dizer que ato pratiquei. Nada restou para ser pago, nem dívida." Notificação Dilma foi notificada no Palácio do Planalto pelo primeiro-secretário da Mesa Diretora do Senado, senador Vicentinho Alves (PR-TO), de seu afastamento do cargo após a proclamação do resultado da votação da admissibilidade do seu processo de impeachment na manhã desta quinta-feira (12). O Senado aprovou, por 55 votos a favor e 22 contra, a admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Com isso, o processo será aberto no Senado e Dilma é afastada do cargo por até 180 dias. Os senadores votaram no painel eletrônico. Não houve abstenções. Estavam presentes 78 parlamentares, mas 77 votaram, já que o presidente da Casa, Renan Calheiros, se absteve. Assim que terminou sua declaração, Dilma saiu do Palácio do Planalto pela porta principal que fica no térreo do prédio. No caminho, ela cumprimentou servidores da Presidência, em sua maioria mulheres, que a recepcionaram no caminho, que estavam em um cercado próximo à rampa.

Posted On Quinta, 12 Mai 2016 16:08 Escrito por

Ele também autorizou a continuidade das investigações de Sílvio Pereira, ex-secretário geral do PT e do empresário Breno Fischberg

 

Agência Estado
Em decisão de sete páginas, o juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação "Lava Jato", aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o empresário Ronan Maria Pinto, de Santo André (SP), o operador do Mensalão Marcos Valério e mais seis investigados por lavagem de dinheiro. Todos foram alvo da Operação Carbono 14, desdobramento da Lava Jato, e agora são réus de Moro. "Presentes indícios suficientes de autoria e materialidade, recebo a denúncia contra os acusados", afirmou Moro. No mesmo despacho, o juiz da "Lava Jato" acolheu pedido da Procuradoria da República e arquivou imputação de lavagem em relação ao ex-ministro José Dirceu, ao pecuarista José Carlos Bumlai, amigo ao ex-presidente Lula, e aos empresários Milton Schahin e Salim Schahim, ‘por terem mais de 70 anos, o que acarreta a redução pela metade do prazo prescricional e considerando a data do último fato delitivo, em 10/12/2004'. Na denúncia do Ministério Público Federal, são acusados de lavagem de R$ 6 milhões o empresário Ronan Maria Pinto e mais 8 investigados. Segundo a força-tarefa, Ronan Maria Pinto ‘está entre os beneficiários de empréstimo fraudulento feito junto ao Banco Schahin em favor do PT’. O empresário de Santo André foi preso na Operação Carbono 14. Para os investigadores, os R$ 6 milhões fazem parte de um total de R$ 12 milhões emprestados pelo Schahin ao pecuarista José Carlos Bumlai, em outubro de 2004. O próprio Bumlai afirmou à Polícia Federal que o dinheiro foi destinado ao PT. Na época, Delúbio Soares - condenado no Mensalão - era o tesoureiro do partido.

Posted On Quinta, 12 Mai 2016 16:01 Escrito por
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