Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas acontece em Belém e reúne líderes mundiais
Por Edilene Lopes , Amanda Carvalho
A COP 30 nem começou, mas os preços da alimentação dentro da área do evento já estão dando o que falar. O Parque da Cidade, construído especialmente para sediar a Conferência do Clima, ocupa o espaço onde antes funcionava um pequeno aeroporto em Belém (PA).
A estrutura ainda está em fase de montagem, com tapumes e obras por toda parte. Mesmo assim, com a Cúpula dos Líderes antecipada para esta quinta (6) e sexta-feira (7), alguns estandes de alimentação já abriram - e os valores cobrados impressionam.
Uma coxinha de camarão custa R$ 45, o mesmo preço de uma porção de mini pães de queijo. Um refrigerante sai por R$ 25, enquanto o suco natural chega a R$ 35. Para quem não abre mão de um doce, o brownie é vendido por R$ 55, e uma salada de frutas sai por R$ 50. Uma garrafinha de água, por R$ 20.
Outro detalhe que tem gerado reclamações é o sistema de pagamento: não são aceitos cartão, Pix ou dinheiro diretamente nos estandes. Para comprar qualquer item, o visitante precisa adquirir um cartão recarregável nos caixas do evento e utilizá-lo nas lojas credenciadas.
A COP 30
A COP30, conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, acontece em Belém, reunindo líderes mundiais para discutir metas de redução de emissões de carbono, preservação ambiental e financiamento da transição verde.
O evento reúne países com grandes florestas tropicais e nações parceiras na agenda climática. Houve discursos de abertura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e demais chefes de Estado, que apresentam suas propostas formais de cooperação ambiental.
Mais cedo, o Brasil anunciou o Fundo de Florestas Tropicais (TFFF), com o objetivo de dar protagonismo aos países do Sul Global na preservação das florestas e na remuneração dos serviços ambientais.
A Itatiaia antecipou o investimento de US$ 3 bilhões da Noruega no fundo. A meta do Brasil é arrecadar US$ 10 bilhões em um ano, antes de o país entregar a presidência para o país que pode ser Turquia ou Austrália.
Até o momento, o Brasil investiu US$ 1 bilhão no fundo, anunciado na Assembleia da ONU, em Nova York. A Noruega anuncia US$ 3 bilhões, a Indonésia vai doar US$ 1 bilhão e a França está doando € 500 milhões.