DELAÇÃO DA JBS IMPLODE GOVERNO TEMER

Posted On Quinta, 18 Mai 2017 07:30
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Agora, não tem mais pra onde correr.  O Brasil virou motivo de vergonha mundial por meio da sua classe política e o povo brasileiro se vê estarrecido e sem poder de reação.

 

PLANALTO É AVISADO QUE BASE ALIADA QUER RENÚNCIA DE TEMER

 

Por Edson Rodrigues

 

Quem vem acompanhando os noticiários chega à única certeza de que a podridão é o habitat dos políticos brasileiros, de vereadores até, infelizmente, ao presidente da República – sem esquecer do eleitor  - e é da lama podre da corrupção que todos se alimentam.

 

Como mudar?  Como depurar?  Como tirar os que enganaram os eleitores e estão nos corredores de Brasília roubando e corrompendo tudo em que tocam?

 

PLANALTO É AVISADO QUE BASE ALIADA QUER RENÚNCIA DE TEMER

 

Articuladores políticos do governo foram avisados no fim da noite desta quarta-feira (17) que vários grupos de parlamentares que integram o núcleo duro da base aliada querem a renúncia do presidente Michel Temer.

 

Segundo o jornal "O Globo", o dono da JBS, Joesley Batista, entregou gravação ao Ministério Público com uma conversa entre ele e Temer na qual eles discutiram a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A Presidência confirmou a reunião, mas negou a tentativa de impedir a delação.

 

Em uma reunião com conselheiros políticos, na noite desta quarta, o presidente já disse que não tem disposição em renunciar. Além disso, segundo auxiliares, o presidente se defendeu e ressaltou que, em nenhum momento, falou sobre o silêncio de Cunha.

 

Várias reuniões aconteceram dentro e fora da Câmara durante a noite. Segundo relatos feitos por parlamentares da base, o clima é de velório.

 

O Planalto foi avisado que, se Temer não der sinalização rápida de solução para a crise política, através da renúncia, haverá forte movimento nesse sentido pelos próprios aliados, o que deixaria a situação do presidente insustentável.

 

Já há parlamentares que avaliam que, se Temer não tomar essa posição, será atropelado e perderá qualquer tipo de influência sobre o processo de sucessão.

 

Na avaliação de deputados da base, só o fato de Temer ter recebido Joesley Batista reservadamente no Palácio do Jaburu mostra que houve movimento desesperado do presidente, que sofria chantagem explícita de Cunha, inclusive através de perguntas encaminhadas à Justiça Federal.

 

Se Temer não optar pela saída mais rápida, a renúncia, ele poderia, dizem aliados, sofrer um processo de impeachment ou ter o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitora, que julgará, no mês que vem, a ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer.

 

"A renúncia do presidente passou a ser um imperativo para não agravar ainda mais a crise. O governo Temer acabou hoje", disse ao Blog o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. O partido comanda o Ministério de Minas e Energia.

 

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), também defende a renúncia de Temer. O partido chefia o Ministério da Educação.

 

E até deputados do PPS já cobram até a saída do partido do govenro. Atualmente, o PPS tem dois ministros: Roberto Freire (Cultura) e Raul Jungmann (Defesa).

 

 

FRAGILIDADE

A revelação de que Michel Temer foi gravado autorizando pagamentos para silenciar o ex-deputado Eduardo Cunha e o operador Lúcio Funaro, alvos da Operação Lava Jato, divulgada pelo jornal O Globo, pôs o presidente sob máxima pressão e abriu especulações sobre sua eventual saída do cargo. Especialistas em direito penal consideram que a nova acusação, saída da delação premiada de executivos da JBS, fragiliza o peemedebista no processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e também no Congresso, onde a oposição já pede seu impeachment.

 

Embora o áudio de Temer não seja objeto do processo que corre no TSE, cujo julgamento será retomado em 6 de junho, a sombra lançada sobre o presidente pode influenciar a decisão dos ministros e levá-los a dar uma solução rápida ao escândalo. “Pode ser a opção menos traumática”, disse um ex-ministro do TSE e atual advogado de figurões da política. “Os ministros não decidem de forma desconectada à sociedade. A ação já tem bastante provas contra a chapa, além de já ter um entendimento de que não tem como separar as condutas [conforme defende Temer].”

 

Outro risco para Temer é tornar-se alvo de um processo de impeachment. Um pedido do afastamento já foi protocolado na Câmara pelo deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) na noite desta quarta-feira. Embora alguns especialistas hesitem em enquadrar a nova acusação como crime de responsabilidade — tipificado como um delito político-administrativo executado durante o exercício da função pública —, há os que enxergam flagrante quebra do decoro e violação à probidade na administração, também previstos na lei do impeachment. Em comum, juristas consultados pelo site de VEJA acreditam que um novo processo do gênero, apenas um ano após o afastamento de Dilma Rousseff, poderia arrastar-se até o fim do mandato do peemedebista.

 

Como o brasileiro pode ser um povo tão cego, a ponto de não perceber que um País rico, celeiro do mundo, não consegue se desenvolver, não consegue dar qualidade de vida à população, não consegue cumprir com seus deveres de Estado e proporcionar Saúde, Educação e Segurança?

 

POLICIA FEDERAL

A nossa Polícia Federal é, hoje, a instituição com maior credibilidade no País e está fazendo um trabalho muito importante para as novas gerações.  Infelizmente, esse trabalho vem se traduzindo em revelar corrupção sobre corrupção e prender pessoas que deveriam preservar e proteger o patrimônio público, expondo as entranhas podres dos bastidores de Brasília, onde cifras milionárias viram troco em negociatas e acordos espúrios.

 

Muita gente tem criticado os apelos feitos aos militares, mas, ante a atual situação, até o mais radical dos defensores da democracia começa a ver uma intervenção militar como a única saída possível para resgatar a segurança institucional e econômica.

 

Enquanto a Polícia Federal prende e as primeiras instâncias da Justiça condenam os envolvidos, o povo fica à espera das Cortes Supremas, que até agora não condenaram ninguém, para que passem da complacência à ação, com o equilíbrio e a sensatez que a situação exige.

 

A verdade é que o tsunami provocado pelas últimas revelações atingiram em cheio o cerne do governo brasileiro, implicou todos os políticos mais importantes desse cenário e colocou em xeque a nossa democracia.

 

Como disse um grande amigo, que conhece de perto os corredores da capital federal: “tudo pode acontecer, assim como pode não acontecer nada.  Qualquer previsão, neste momento, é chute”!

Que Deus nos abençoe...