Educação lança campanha para coleta de óleo residual

Posted On Terça, 20 Junho 2017 10:46
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O lançamento ocorreu nesta segunda-feira, 19

Por Thaís Souza

Foto; Márcio Vieira

A Diretoria de Educação Integral, por meio da Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc), realizou na tarde desta segunda-feira, 19, o lançamento da campanha para o recolhimento de óleo residual de frituras. A ação ocorreu no hall da Seduc e contou com a participação dos servidores da pasta. O objetivo do projeto é sensibilizar os servidores sobre a coleta do óleo em recipientes para posterior fabricação de sabão e detergente ecológico.

“Com esta ação socioambiental, contribuímos para a preservação dos nossos recursos hídricos e evitamos o lançamento de resíduos nas tubulações das redes de esgoto”, explicou Roselice Ferreira, técnica da Gerência de Educação Ambiental da Seduc, frisando que as ações serão desenvolvidas de forma contínua e que diversas outras pastas já aderiram ao projeto, uma iniciativa da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).

Durante o lançamento, Eliene Gomes, técnica da Educação Ambiental da Seduc, ressaltou a importância de os cidadãos mudarem seus hábitos. “Precisamos contribuir e, principalmente, nos responsabilizarmos pela restauração do meio ambiente, e isso se dá de formas simples, como a coleta destes resíduos. Essa atitude é uma alternativa para que o lixo seja convertido em produtos. A coleta do óleo dá trabalho, seria muito mais fácil jogá-lo pelo ralo, mas precisamos reconhecer a necessidade de tomar uma atitude diante do atual cenário, e este esforço é de grande valia”.

Eliene Gomes, responsável pelo desenvolvimento do trabalho na Educação, explicou ainda sobre a integração entre os órgãos governamentais, buscando o fortalecimento nas atividades e nas parcerias. “Nós, educadores, sentimos a necessidade de colaborar com a campanha, que se estenderá a todas as unidades educacionais”.

A princípio serão disponibilizados quatro pontos de coleta, um na Seduc e outros três nos anexos da secretaria, em Palmas. No entanto, a Gerência de Educação Ambiental tem realizado ações de conscientização em todos os setores administrativos da pasta para que o índice de adesão seja satisfatório.

Coleta O descarte do óleo de cozinha usado não deve ser feito no ralo da pia, no vaso sanitário e nem com o lixo orgânico, pois esses destinos incorretos levam à contaminação dos mananciais aquáticos, do solo e da atmosfera, além de entupir ralos e bueiros. O impacto causado pelo óleo é a diminuição de oxigênio dissolvido na água, por meio da atividade de micro-organismos que degradam o óleo e ao mesmo tempo consome muito oxigênio, o que provoca a morte da fauna aquática. Um litro de óleo, por exemplo, polui um milhão de litros de água.

Ao utilizar o óleo, espere que ele esfrie completamente. Com um funil, despeje o óleo em um recipiente, de preferência em garrafas pet. Limpe a panela e o funil com um guardanapo e descarte-o no lixo orgânico, e leve o óleo a um ponto de coleta.

Utilização O material será destinado à fabricação de sabão e detergente ecológico. O tempo da coleta será definido conforme o cálculo de tempo necessário para encher os tonéis de 50 litros que ficarão nos pontos de coleta. “Sabemos que diversas unidades da rede estadual já desenvolvem esse trabalho com os alunos e a comunidade, objetivando a consciência ambiental e também a economia, uma vez que as escolas produzem seu próprio sabão”, pontuou Roselice Ferreira.

Ampliação A Diretoria de Educação Integral, em parceria com as Diretorias Regionais de Educação (DREs), visa estender o projeto lançado na Capital a todas as 518 escolas da rede estadual. Assim como as unidades educacionais, instituições filantrópicas também serão beneficiadas com a ação, que além de receberem o material coletado serão contempladas com oficinas de fabricação do sabão caseiro.

A engenheira ambiental, da Diretoria de Desenvolvimento Sustentável da Semarh, Cinthia Barbosa Azevedo, que participou do lançamento da campanha na Seduc explicou que o projeto é desenvolvido pela Secretaria desde o início do ano e a previsão é instalar 20 pontos de coleta. Segundo ela, “Palmas conta atualmente com oito pontos incluído os da Seduc. Gurupi e Palmeirópolis também já solicitaram a instalação, uma parceria realizada com instituições nos municípios”.

Dados Segundo a Oil World, consultoria de oleaginosas, o Brasil produz nove bilhões de litros de óleos vegetais por ano. Desse volume, 1/3 é óleo comestível. O consumo per capita fica em torno de 20 litros/ano, o que resulta em uma produção de três bilhões de óleos por ano no país. Desse volume produzido, pouco é coletado e reaproveitado. O restante acaba sendo lançado na natureza, por meio do lixo ou na rede de esgoto. Quando se joga o óleo de cozinha na pia ou no ralo, além de poluir a água e dificultar o tratamento, o óleo fica retido nos encanamentos e nas estruturas da rede coletora, provocando entupimentos e rompimentos das tubulações. E quando não passa pela estação de tratamento vai direto para o rio ou para o mar, e a cadeia de gordura demora meses para se desfazer.