Goiás: Iris desiste e Friboi é o nome do PMDB ao governo

Posted On Quarta, 30 Abril 2014 07:26
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O ex-governador Iris Rezende (PMDB), sempre esteve bem colocado nas pesquisas de intenção de votos em Goiás. Seu partido ainda dividido com a candidatura de Junior Friboi o colocava em segundo lugar colado em no atual governador Marconi Perillo (PSDB).

 

Iris tinha a seu favor  a decisão do diretório nacional do PMDB, comunicada pelo senador Valdir Raupp na semana passada. A prévia partidária estava descartada porque o páreo já tinha ganhador. Mas Iris optou pela composição. Conversou com o empresário Júnior Friboi (PMDB) na quarta-feira, buscou o consenso, que parecia certo, mas não vingou.

 

“É com enorme pesar no coração que retiro minha pré-candidatura às eleições desse ano. Tomo essa decisão em respeito ao meu partido, à minha história e, sobretudo, em respeito ao povo goiano. Sigo sempre em busca de um bem maior para o Estado de Goiás e para o Brasil.”

 

O jornal  Diário da Manhã desta quarta-feira resume, com precisão cirúrgica, os eventos que abalaram o cenário político goiano. “o poder do dinheiro” é o titulo do jornal dessa quarta-feira.

 

São candidatos ao governo o atual governador Marconi Perillo pelo PSDB, ele chegou a declarar que ser candidato à reeleição seria quase impossível, mas no último mês de é inegável que não entre na disputa.

 

Antônio Gomide é pré-candidato ao cargo de Governador  pelo Partido dos Trabalhadores (PT).A pré-candidatura do atual prefeito de Anápolis foi definida pelos militantes do partido.

 

Vanderlan Cardoso é pré-candidato  pelo PSB, ele é ex-prefeito de Senador Canedo é tido como pré-candidato ao Governo desde o início de 2013, quando ainda não tinha partido.

 

Júnior Friboi, 54 anos nascido na cidade de Anápolis, em 12 de fevereiro de 1960, ele é casado e tem três filhos. Tinha sete anos quando seu pai, José Batista Sobrinho, montou com os irmãos a Casa de Carne Mineira, em Anápolis, rebatizada anos depois como Friboi.

 

Em 1980, aos 20 anos, Júnior assumiu o comando da companhia. Em 2005, coordenou o processo de internacionalização da empresa. Nascia a JBS.

 

 

"Carta ao PMDB e ao povo de Goiás

Nos meus 56 anos de vida pública lutei e vivi intensamente o sonho de deixar como legado um país melhor para as futuras gerações. E tive a honra de participar da construção do maior partido político do Brasil livre e democrático, após o fim da ditadura militar, o PMDB.

Acredito até hoje, do fundo de minha alma, que política se faz com ideais, com respeito às pessoas e com verdadeiro amor às causas pelas quais vale a pena lutar.

Falo de combater a miséria em nosso Estado. Falo de melhorar a vida dos que têm menos e dependem do Poder Público até para conseguir uma casa. Falo de fazer com que essa casa tenha asfalto na porta e que a energia elétrica, a água e a rede de esgoto cheguem a todos. E falo também, com fervor ainda maior, da luta para que não faltem educação e saúde de qualidade para todos.

Para mim são causas que valem a dedicação de toda uma existência. Esta é minha luta, por onde passei: de líder estudantil à Câmara Municipal e prefeitura de Goiânia, de lá para a Assembleia Legislativa e o governo do Estado, aos ministérios da Agricultura e da Justiça e ao Senado Federal.

Nesse momento, contudo, vejo Goiás muito fragilizado. Nossa infraestrutura está comprometida. A população está assustada diante dos maiores índices de violência da nossa história. Ninguém sabe quem de fato controla a segurança pública em Goiás. E como se não bastasse, temos serviços públicos cada vez piores, especialmente na educação, saúde e distribuição de energia.

Por outro lado, vejo a oposição fragmentada e também fragilizada. Por isso, lancei minha pré-candidatura ao governo de Goiás. Senti que meu nome seria novamente o mais competitivo, com maior capacidade de aglutinar os anseios populares – basta ver a lembrança ao meu nome nas pesquisas eleitorais, mesmo sem que eu me movimentasse como pré-candidato – e de outros partidos de oposição numa disputa contra o atual governo estadual.

Atendi, inclusive, ao apelo do Partido dos Trabalhadores (PT), de que só manteria a aliança com o PMDB em Goiás se eu me dispusesse a ser candidato a governador.

Mas nunca pensei que veria o PMDB dividido internamente e lançado ao mercado de especulações pouco republicanas. Já participei de muitas disputas internas no partido, nacionais e em Goiás, ganhei e perdi, mas sempre foram embates leais, pautados por ideais. Não quero, contudo, que meu nome seja instrumento de cisão desse partido, que é resultado do sentimento de muitos goianos.

Desta forma, é com enorme pesar no coração que retiro minha pré-candidatura às eleições desse ano. Tomo essa decisão em respeito ao meu partido, à minha história e, sobretudo, em respeito ao povo goiano.

 

Sigo sempre em busca do bem maior para o Estado de Goiás e para o Brasil.

Iris Rezende Machado"