Durante o evento, foram divulgados detalhes dos procedimentos realizados
Por Rogério de Oliveira
A Secretaria de Estado da Segurança Pública do Tocantins (SSP/TO) realizou, no início da tarde desta quinta-feira, 10, uma coletiva de imprensa com o objetivo de divulgar um balanço da operação ‘Espada de Themis’, deflagrada nas primeiras horas da manhã de hoje pela Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC).
A operação interestadual teve por objetivo dar cumprimento a 10 mandados de prisão provisória e nove de busca e apreensão em endereços de pessoas envolvidas no chamado ‘golpe do falso advogado’. As equipes da DRCC apuraram que o grupo criminoso aplicava a fraude em pessoas que aguardavam resultados de demandas judiciais e administrativas.
A coletiva foi aberta pelo secretário Bruno Azevedo que fez um breve apanhado dos resultados alcançados e agradeceu o empenho e a dedicação dos policiais civis que atuaram nas ações, tanto em municípios do Estado do Ceará, quanto em Maceió, capital do Estado de Alagoas.
Dos 10 mandados de prisão temporária, seis já foram cumpridos e outros quatro seguem em diligências.
Como funcionava o golpe
O gestor da SSP -TO ressaltou que o golpe do falso advogado consiste basicamente em um grupo de criminosos que encaminhava mensagens, via WhatsApp, para determinadas vítimas que possuem processos visando recebimento de valores. O grupo informava que elas efetivamente ganharam a causa, mas que para receber os valores eles precisavam pagar algumas taxas impostas.
Nesse sentido, eles encaminharam contas bancárias para que os valores fossem destinados a esse pagamento fictício, depois os valores eram desviados a outras contas. Por meio das investigações da DRCC, foi possível apurar que o grupo criminoso tinha um modus operandi bem delineado, uma vez que eles mandavam mensagem para as vítimas com levantamento de dados de processos públicos e a partir de engenharia social, eles conseguiam convencer as vítimas de que elas tinham que pagar taxas.
O delegado geral da Polícia Civil do Tocantins, Claudemir Luiz Ferreira, informou que o esquema criminoso prejudicou dezenas de pessoas no Estado do Tocantins e causou prejuízos, estimados em mais de R$ 150 mil reais.
A operação Espada de Themis envolveu mais de 90 policiais civis do estado do Tocantins, sendo que a PC/TO contou com o apoio operacional dos estados de Alagoas e também do Ceará.
O delegado geral da PC/TO também explicou que a operação tem um cunho pedagógico, porque não só combate essa organização criminosa, mas também joga à luz a esse tipo de fraude e tem por objetivo conscientizar a população.
“Ao receber mensagem de advogado ou de escritórios de advocacia, é imprescindível que a pessoa procure checar a informação antes de fazer qualquer tipo de repasse e também faça o contato com o seu advogado, não com aquele número que fez que encaminhou a mensagem, mas com o seu advogado mesmo, para verificar a situação do seu processo”, frisou o chefe da Polícia Civil.
Ao final da coletiva, o secretário Bruno Azevedo classificou a ação como muito exitosa.
“Essa operação é muito importante não apenas pelo caráter criminoso desse grupo que vem atuando constantemente no Estado, mas também pelo aspecto de preservar a credibilidade do sistema judicial. Além do volume de mandados que foram cumpridos hoje, nós tivemos a possibilidade de alertar a população sobre esse golpe, que vem sendo praticado de forma recorrente contra vítimas que possuem processos judiciais para recebimento de valores”, concluiu.
O delegado-geral da PC/TO ressaltou que trata-se de mais uma grande operação da Polícia Civil, que gera e demonstra o trabalho de excelência, realizado pela Divisão de Crimes Cibernéticos no combate a essa modalidade criminosa. “Tenho certeza que o resultado advindo dessa fase da operação são muito exitosos e nos ajudarão a identificar se ainda há mais vítimas dos golpes e outros suspeitos envolvidos que poderão ser presos futuramente”, disse.
Foto 1, Secretário Bruno Azevedo e delegado-geral, Claudemir Luiz Ferreira falam sobre a operação Espada de Themis
Foto 2: Durante a coletiva, foram revelados detalhes sobre a operação
Foto 3: 19 mandados judiciais foram cumpridos durante a operação Em coletiva de imprensa, Segurança Pública divulga balanço da operação Espada de Themis
Estado executou mandados, apreendeu armas, drogas, realizou prisões e atividades preventivas
Por Larissa Mendes
A Polícia Civil do Tocantins participou da Operação Narke IV com ações em diversas regiões do Estado, reforçando o enfrentamento ao tráfico de drogas. As atividades ocorreram durante o mês de junho e envolveram unidades especializadas em repressão ao narcotráfico de todo o Brasil, sob coordenação da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (DIOPI/SENASP/MJSP), em alusão ao Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico de Drogas, celebrado em 26 de junho.
No município de Pedro Afonso, os policiais civis cumpriram cinco mandados de busca e apreensão, resultando na prisão de três pessoas. Durante a ação, foram apreendidos entorpecentes como maconha e crack, além de dinheiro em espécie e veículos.
Em Palmas, a 1ª Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc - Palmas) incinerou aproximadamente 200 quilos de entorpecentes. Na região sul da capital, os agentes da 1ª Denarc também desarticularam um ponto de venda de drogas, localizado no setor Taquari. No local, um adolescente de 16 anos foi apreendido e com ele foi encontrado uma pistola calibre 40 com mira laser, além de 450 gramas de substância análoga à cocaína, 22 munições de diversos calibres e duas balanças de precisão.
Em Porto Nacional, a Polícia Civil promoveu palestras educativas com foco na prevenção ao uso de drogas e no fortalecimento de vínculos comunitários.
“A Operação Narke IV demonstra o comprometimento da Polícia Civil do Tocantins com a repressão qualificada ao tráfico de drogas, além do investimento em ações preventivas. A integração com as demais forças fortalece nossa capacidade de resposta e amplia os impactos contra o crime organizado”, afirmou o delegado da 1ª Denarc, Alexander Pereira da Costa.
Resultados da Operação Narke IV em todo o Brasil
A operação foi executada de forma simultânea em todas as unidades da federação. De acordo com balanço do Ministério da Justiça e Segurança Pública, 664 pessoas foram presas, 5,8 toneladas de entorpecentes foram apreendidas, 128 veículos foram recolhidos, e dezenas de documentos e valores em espécie foram interceptados.
Além disso, cerca de 65 toneladas de drogas foram incineradas, com um prejuízo estimado de mais de R$ 155 milhões às organizações criminosas. A Operação Narke IV reforça a importância da atuação integrada das Polícias Civis estaduais e contribui para o fortalecimento da Rede Nacional de Unidades de Enfrentamento ao Narcotráfico (RENARC), demonstrando uma resposta efetiva frente ao tráfico de drogas em nível nacional.
Evento, que ocorre até esta quinta-feira, 3, reúne lideranças de todo o país para discutir inovação, tecnologia e estratégias integradas no enfrentamento à criminalidade
Por Lidieth Sanchez
O Governo do Tocantins está presente na 1º Conferência de Segurança Pública iLab-Segurança 2025, que ocorre até esta quinta-feira, 3, em Brasília, representado pelo secretário de Segurança Pública do Tocantins, Bruno Azevedo. O evento é promovido pelo Conselho Nacional dos Secretários de Segurança Pública (Consesp), presidido pelo secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, e reúne representantes dos 26 estados, do Distrito Federal, órgãos federais e instituições da sociedade civil, com o objetivo de fortalecer o sistema de segurança pública brasileiro por meio da integração, inovação e cooperação entre os entes federativos.
O encontro ocorre em um momento estratégico, marcado pelos debates em torno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/2025, que trata da governança da segurança pública no país. Com início no dia 1º de julho, os participantes debatem temas como inteligência policial, combate ao crime organizado, uso de tecnologias, políticas de prevenção, valorização dos profissionais da área e gestão baseada em dados.
I Conferência de Segurança Pública iLab-Segurança 2025, reuniu secretários estaduais, representantes do Governo Federal, especialistas e gestores de segurança de todo o país.
A participação do Governo do Tocantins reforça o compromisso da gestão estadual com o aprimoramento contínuo das políticas de segurança pública. Estar presente em um evento dessa magnitude permite ao Estado acompanhar de perto as discussões nacionais, acessar soluções inovadoras e fortalecer parcerias estratégicas que podem resultar em melhorias concretas para a segurança da população tocantinense. Entre os benefícios esperados estão o acesso a novas tecnologias, o intercâmbio de boas práticas com outros estados e a ampliação da articulação institucional para captação de recursos e projetos.
O secretário de Segurança Pública do Tocantins, Bruno Azevedo, destacou a relevância das propostas apresentadas durante a primeira reunião sobre o Pacote Consesp, com ênfase no debate sobre a criação de um Conselho Nacional de Segurança Pública. “Quero parabenizar todos os envolvidos na construção dessas propostas, que certamente contribuirão de forma significativa para o fortalecimento da segurança nos estados. É essencial que discutamos, com profundidade, cada propositura do Pacote Consesp de anteprojetos infraconstitucionais prioritários para a segurança pública, os quais foram elaborados por profissionais qualificados e conhecedores das suas realidades locais”, afirmou.
iLab-Segurança
Com mais de 130 participantes, entre comandantes das polícias, delegados-gerais, peritos, gestores e especialistas, a conferência se consolida como um dos maiores fóruns já realizados no país para discussão de políticas públicas de segurança. Um dos destaques do evento é a exposição de soluções tecnológicas aplicadas à área, que conecta teoria e prática por meio de equipamentos, softwares e metodologias operacionais de ponta.
O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, ressaltou que o iLab é uma oportunidade de construção de consensos e fortalecimento do pacto federativo. “O que defendemos é o respeito à autonomia dos estados, ao mesmo tempo em que buscamos integração real, com compartilhamento de dados, interoperabilidade entre sistemas e sinergia nas estratégias de enfrentamento ao crime”, concluiu o secretário.
Durante a conferência, também será apresentado um pacote de anteprojetos legislativos elaborados por representantes dos estados. As propostas visam endurecer as penas para crimes cometidos por facções armadas, aprimorar a tipificação penal de atentados contra agentes públicos e ampliar o uso de tecnologias na prevenção e repressão criminal. Além dos painéis e mesas de discussão, a conferência conta com uma exposição de produtos e soluções tecnológicas voltadas à segurança pública, conectando teoria e prática com o que há de mais moderno em equipamentos, softwares e metodologias operacionais.
Contra Wesley Parente Pereira há um mandado de prisão preventiva; população pode colaborar de forma anônima
Por Hiago Muniz
A Polícia Civil do Tocantins está à procura de Wesley Parente Pereira, 42 anos, investigado pelo envolvimento em um crime de homicídio e tentativa de homicídio, ocorrido em Porto Nacional no dia 12 de maio de 2025. Contra o homem há um mandado de prisão preventiva em aberto, expedido pelo Poder Judiciário da Comarca de Porto Nacional, após representação da Polícia Civil. Quem tiver informações que possam auxiliar na localização de seu paradeiro, pode acionar a 7ª Divisão Especializada de Combate ao Crime Organizado (DEIC – Porto Nacional), por meio do telefone/WhatsApp (63) 3363-7218 ou ainda pelo número 197 da Polícia Civil. O anonimato é garantido.
As vítimas, de 21 e 37 anos, estavam consumindo bebidas alcoólicas no setor Jardim dos Ypês, em Porto Nacional, e foram surpreendidas por disparos de armas de fogo efetuados por Wesley Parente Pereira e um adolescente de 17 anos. Ambas foram atingidas e, em estado grave, encaminhadas ao hospital. No entanto, uma das vítimas não resistiu aos ferimentos e foi a óbito no último dia 24 de maio.
O delegado responsável pelo caso e titular da 7ª DEIC, Wagner Rayelly Pereira Siqueira, explica que o crime foi elucidado, restando pendente apenas a localização e prisão do indiciado, sendo que o mandado de internação do adolescente suspeito de envolvimento no crime foi cumprido no último dia 19 de maio.
“Esperamos que com ampla divulgação do mandado de prisão em aberto, associada à imagem do suspeito, a população possa ajudar a localizar Wesley Parente Pereira, para que seja devidamente preso e responsabilizado por seus atos. Contamos com o apoio da população para localizar o suspeito para que ele possa responder pelos crimes cometidos”, afirma.
Cinco pessoas foram presas e 31 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em quatro municípios
Por Hiago Muniz
A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 3ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC - Araguaína) e da 2ª Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (DENARC - Araguaína), em ação conjunta com a Polícia Federal (PF), deflagrou nesta quarta-feira, 4, a Operação Cerberus, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa com atuação na região norte do Tocantins, envolvida em crimes contra instituições financeiras, comércio ilegal de armas de fogo, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Ao todo, cinco pessoas foram presas e 31 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios tocantinenses de Araguaína e Wanderlândia, Altamira (PA) e Imperatriz (MA), todos expedidos pela 1ª Vara Criminal de Araguaína. Durante a ação, foram apreendidas 13 armas de fogo e mais de 15 quilos de drogas análogas à maconha e à cocaína.
Durante as investigações, foi constatado que os indivíduos residentes em Araguaína participaram diretamente de ataques violentos contra instituições bancárias, além de envolvimento na lavagem de capitais oriundos dessas ações criminosas.
As investigações revelaram ainda que um estabelecimento comercial de venda de armas de fogo estava sendo utilizado para o fornecimento ilegal de armamentos a indivíduos com antecedentes criminais, especialmente ligados ao tráfico de entorpecentes. Diante dos indícios, o funcionamento do local foi suspenso por decisão da Justiça.
Conforme explica o delegado Márcio Lopes da Silva, titular da 3ª DEIC e responsável pelo caso, a operação representa o combate efetivo às organizações criminosas que atuam na região. “Essa ação representa um avanço significativo no combate às organizações criminosas que atuam de forma organizada e violenta em nossa região. A integração entre as forças de segurança foi fundamental para desmantelar essa quadrilha, que praticava crimes graves contra a sociedade, como ataques a instituições financeiras, tráfico de drogas e comércio ilegal de armas", afirma.
Força Empregada
A ação contou ainda com o apoio da Polícia Militar do Tocantins, da Receita Estadual, do Exército Brasileiro e da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/TO).
Operação Cerberus
O nome da operação faz referência à figura mitológica do cão de três cabeças que guardava os portões do mundo dos mortos, simbolizando a tríade de crimes investigados e a atuação integrada das forças de segurança pública.