Evento, que ocorre até esta quinta-feira, 3, reúne lideranças de todo o país para discutir inovação, tecnologia e estratégias integradas no enfrentamento à criminalidade
Por Lidieth Sanchez
O Governo do Tocantins está presente na 1º Conferência de Segurança Pública iLab-Segurança 2025, que ocorre até esta quinta-feira, 3, em Brasília, representado pelo secretário de Segurança Pública do Tocantins, Bruno Azevedo. O evento é promovido pelo Conselho Nacional dos Secretários de Segurança Pública (Consesp), presidido pelo secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, e reúne representantes dos 26 estados, do Distrito Federal, órgãos federais e instituições da sociedade civil, com o objetivo de fortalecer o sistema de segurança pública brasileiro por meio da integração, inovação e cooperação entre os entes federativos.
O encontro ocorre em um momento estratégico, marcado pelos debates em torno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/2025, que trata da governança da segurança pública no país. Com início no dia 1º de julho, os participantes debatem temas como inteligência policial, combate ao crime organizado, uso de tecnologias, políticas de prevenção, valorização dos profissionais da área e gestão baseada em dados.
I Conferência de Segurança Pública iLab-Segurança 2025, reuniu secretários estaduais, representantes do Governo Federal, especialistas e gestores de segurança de todo o país.
A participação do Governo do Tocantins reforça o compromisso da gestão estadual com o aprimoramento contínuo das políticas de segurança pública. Estar presente em um evento dessa magnitude permite ao Estado acompanhar de perto as discussões nacionais, acessar soluções inovadoras e fortalecer parcerias estratégicas que podem resultar em melhorias concretas para a segurança da população tocantinense. Entre os benefícios esperados estão o acesso a novas tecnologias, o intercâmbio de boas práticas com outros estados e a ampliação da articulação institucional para captação de recursos e projetos.
O secretário de Segurança Pública do Tocantins, Bruno Azevedo, destacou a relevância das propostas apresentadas durante a primeira reunião sobre o Pacote Consesp, com ênfase no debate sobre a criação de um Conselho Nacional de Segurança Pública. “Quero parabenizar todos os envolvidos na construção dessas propostas, que certamente contribuirão de forma significativa para o fortalecimento da segurança nos estados. É essencial que discutamos, com profundidade, cada propositura do Pacote Consesp de anteprojetos infraconstitucionais prioritários para a segurança pública, os quais foram elaborados por profissionais qualificados e conhecedores das suas realidades locais”, afirmou.
iLab-Segurança
Com mais de 130 participantes, entre comandantes das polícias, delegados-gerais, peritos, gestores e especialistas, a conferência se consolida como um dos maiores fóruns já realizados no país para discussão de políticas públicas de segurança. Um dos destaques do evento é a exposição de soluções tecnológicas aplicadas à área, que conecta teoria e prática por meio de equipamentos, softwares e metodologias operacionais de ponta.
O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, ressaltou que o iLab é uma oportunidade de construção de consensos e fortalecimento do pacto federativo. “O que defendemos é o respeito à autonomia dos estados, ao mesmo tempo em que buscamos integração real, com compartilhamento de dados, interoperabilidade entre sistemas e sinergia nas estratégias de enfrentamento ao crime”, concluiu o secretário.
Durante a conferência, também será apresentado um pacote de anteprojetos legislativos elaborados por representantes dos estados. As propostas visam endurecer as penas para crimes cometidos por facções armadas, aprimorar a tipificação penal de atentados contra agentes públicos e ampliar o uso de tecnologias na prevenção e repressão criminal. Além dos painéis e mesas de discussão, a conferência conta com uma exposição de produtos e soluções tecnológicas voltadas à segurança pública, conectando teoria e prática com o que há de mais moderno em equipamentos, softwares e metodologias operacionais.
Contra Wesley Parente Pereira há um mandado de prisão preventiva; população pode colaborar de forma anônima
Por Hiago Muniz
A Polícia Civil do Tocantins está à procura de Wesley Parente Pereira, 42 anos, investigado pelo envolvimento em um crime de homicídio e tentativa de homicídio, ocorrido em Porto Nacional no dia 12 de maio de 2025. Contra o homem há um mandado de prisão preventiva em aberto, expedido pelo Poder Judiciário da Comarca de Porto Nacional, após representação da Polícia Civil. Quem tiver informações que possam auxiliar na localização de seu paradeiro, pode acionar a 7ª Divisão Especializada de Combate ao Crime Organizado (DEIC – Porto Nacional), por meio do telefone/WhatsApp (63) 3363-7218 ou ainda pelo número 197 da Polícia Civil. O anonimato é garantido.
As vítimas, de 21 e 37 anos, estavam consumindo bebidas alcoólicas no setor Jardim dos Ypês, em Porto Nacional, e foram surpreendidas por disparos de armas de fogo efetuados por Wesley Parente Pereira e um adolescente de 17 anos. Ambas foram atingidas e, em estado grave, encaminhadas ao hospital. No entanto, uma das vítimas não resistiu aos ferimentos e foi a óbito no último dia 24 de maio.
O delegado responsável pelo caso e titular da 7ª DEIC, Wagner Rayelly Pereira Siqueira, explica que o crime foi elucidado, restando pendente apenas a localização e prisão do indiciado, sendo que o mandado de internação do adolescente suspeito de envolvimento no crime foi cumprido no último dia 19 de maio.
“Esperamos que com ampla divulgação do mandado de prisão em aberto, associada à imagem do suspeito, a população possa ajudar a localizar Wesley Parente Pereira, para que seja devidamente preso e responsabilizado por seus atos. Contamos com o apoio da população para localizar o suspeito para que ele possa responder pelos crimes cometidos”, afirma.
Cinco pessoas foram presas e 31 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em quatro municípios
Por Hiago Muniz
A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 3ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC - Araguaína) e da 2ª Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (DENARC - Araguaína), em ação conjunta com a Polícia Federal (PF), deflagrou nesta quarta-feira, 4, a Operação Cerberus, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa com atuação na região norte do Tocantins, envolvida em crimes contra instituições financeiras, comércio ilegal de armas de fogo, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Ao todo, cinco pessoas foram presas e 31 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios tocantinenses de Araguaína e Wanderlândia, Altamira (PA) e Imperatriz (MA), todos expedidos pela 1ª Vara Criminal de Araguaína. Durante a ação, foram apreendidas 13 armas de fogo e mais de 15 quilos de drogas análogas à maconha e à cocaína.
Durante as investigações, foi constatado que os indivíduos residentes em Araguaína participaram diretamente de ataques violentos contra instituições bancárias, além de envolvimento na lavagem de capitais oriundos dessas ações criminosas.
As investigações revelaram ainda que um estabelecimento comercial de venda de armas de fogo estava sendo utilizado para o fornecimento ilegal de armamentos a indivíduos com antecedentes criminais, especialmente ligados ao tráfico de entorpecentes. Diante dos indícios, o funcionamento do local foi suspenso por decisão da Justiça.
Conforme explica o delegado Márcio Lopes da Silva, titular da 3ª DEIC e responsável pelo caso, a operação representa o combate efetivo às organizações criminosas que atuam na região. “Essa ação representa um avanço significativo no combate às organizações criminosas que atuam de forma organizada e violenta em nossa região. A integração entre as forças de segurança foi fundamental para desmantelar essa quadrilha, que praticava crimes graves contra a sociedade, como ataques a instituições financeiras, tráfico de drogas e comércio ilegal de armas", afirma.
Força Empregada
A ação contou ainda com o apoio da Polícia Militar do Tocantins, da Receita Estadual, do Exército Brasileiro e da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/TO).
Operação Cerberus
O nome da operação faz referência à figura mitológica do cão de três cabeças que guardava os portões do mundo dos mortos, simbolizando a tríade de crimes investigados e a atuação integrada das forças de segurança pública.
Vítima tem 65 anos e registrou caso na 1ª Delegacia de Atendimento à Vulneráveis de Palmas. Polícia Civil faz alerta sobre as características do golpe
Por Rogério de Oliveira
A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 1ª Delegacia de Atendimento à Vulneráveis (1ª DAV) de Palmas, alerta toda a população a respeito de um golpe que tem sido praticado em Palmas e também no interior do Estado. Trata-se do golpe do vale-gás, em que uma pessoa se apresenta em residências de idosos, passando-se por representante de uma empresa que estaria fazendo o credenciamento de cidadãos para a obtenção do benefício.
A delegada Ana Carolina Coelho Marinho Braga, titular da 1ª DAV, explica que, no início do mês de maio, uma mulher de 65 anos registrou ocorrência informando que foi vítima do golpe. Um homem foi até sua casa alegando realizar um cadastro para um benefício social, coletou seus dados pessoais e tirou fotos — que, na verdade, foram utilizados para contrair dois empréstimos em bancos digitais, totalizando um prejuízo de quase R$ 25 mil.
“Diante da gravidade dos fatos, de imediato abrimos um procedimento investigativo com a intenção de apurar os fatos, ressaltando que o autor chegou a entregar um cartão do suposto vale-gás para enganar a vítima, quando, na verdade, abriu conta e realizou empréstimos fraudulentos em seu nome”, disse a autoridade policial.
Após a realização de diligências investigativas, foi constatada a prática de estelionato contra idoso ou pessoa vulnerável, crime tipificado pelo artigo 171, § 4º, do Código Penal. Diante disso, o inquérito policial será finalizado e remetido ao Poder Judiciário, com vistas ao Ministério Público, para a adoção das medidas legais cabíveis contra os responsáveis.
A delegada Ana Carolina ressalta que todos os cidadãos — sobretudo os idosos, que compõem um grupo mais vulnerável da população — devem adotar algumas medidas para se prevenir contra golpes como o do vale-gás. “É essencial que a pessoa nunca assine documentos ou permita que pessoas desconhecidas tirem fotos do seu rosto ou dos seus documentos, bem como conferir regularmente seus extratos bancários. Além disso, é muito importante lembrar que informações sobre benefícios como o vale-gás devem ser obtidas única e exclusivamente nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), presentes na maioria dos municípios brasileiros”, frisou.
Além dos presos, a Polícia Civil também apreendeu quatro veículos de luxo avaliados em mais de R$ 1 milhão
Por Rogério de Oliveira
No início da noite desta segunda-feira, 26, a Polícia Civil do Tocantins, por meio da 1ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (DEIC – Palmas), deflagrou a Operação Perfídia, que resultou nas prisões de quatro pessoas apontadas como integrantes de uma organização criminosa responsável por desviar mais de R$ 11, 8 milhões de duas empresas da Capital.
Durante as ações da Operação Perfídia foram apreendidos quatro veículos, ano 2025, sendo dois modelo Ford Bronco, uma camionete BYD Shark e uma camionete Ford Ranger. Conforme explica o delegado-chefe da 1ª DEIC, Wanderson Chaves de Queiroz, todos os veículos teriam sido adquiridos pelo grupo criminoso com o dinheiro desviado das duas construtoras e estão avaliados em mais de R$ 1 milhão.
Diligências e prisões
Durante toda esta segunda-feira, equipes da 1ª DEIC, com apoio de policiais civis da Diretoria de Repressão a Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO) e do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE), diligenciaram em vários endereços pertencentes ao grupo criminoso, no sentido de dar cumprimento a várias medidas cautelares, como sequestros de bens, mandados de busca e apreensão e mandados de prisões preventivas.
Na Quadra 509 Sul, foram presos a mulher de iniciais I.A.S., de 40 anos, e seu marido, G.C.B., de 43 anos. Em seguida, as equipes foram para o Jardim Taquari e prenderam o homem de iniciais L.F.S., de 38 anos. Em outro endereço, na região central da cidade, os policiais prenderam o indivíduo de iniciais S.M.P., de 24 anos.
Como funcionava o esquema criminoso
A autoridade policial explica que o caso passou a ser investigado pela 1ª DEIC depois que os proprietários das empresas lesadas procuraram a Polícia Civil e informaram que possivelmente estariam sendo vítimas de golpes que ultrapassaram milhões de reais.
“Com base nos relatos e documentos apresentados pelos proprietários das empresas, iniciamos as investigações e constatamos que, dois funcionários das construtoras teriam se associado e com a ajuda de seus respectivos cônjuges, passaram a praticar os crimes de furto qualificado mediante abuso de confiança, organização criminosa e lavagem de dinheiro, já que a mulher era responsável pela administração financeira das empresas e emitia as ordens de compra e que seu companheiro de trabalho ficava encarregado de fazer as compras”, informou o delegado.
Os montantes eram desviados em compras de combustíveis, materiais de construção e locação de máquinas que nunca eram entregues nos canteiros de obras das empresas lesadas. Além disso, há fortes indícios que os autores teriam incorrido também no crime de falsificação de documentos, delitos que poderão ser comprovados no decorrer das investigações.
O papel de cada um na organização criminosa
O delegado Wanderson detalha que a senhora I.A.S. era responsável pela área financeira da empresa e emitia as ordens de pagamentos que, por sua vez, eram passadas para seu colega de trabalho L.F.S. que era responsável por fazer as solicitações de compras dos produtos, sobretudo combustível que nunca eram entregues.
De outro modo, G.C.B., marido de I.A.S., ficava responsável por pulverizar o dinheiro com a aquisição de veículos, imóveis e outros itens de luxo, os quais eram frequentemente negociados para dar uma aparência de legalidade aos crimes.
Empresa de combustíveis de fachada
O quarto envolvido nos crimes, S.M.P., companheiro de L. F.S., teria aberto uma empresa de venda de combustível de fachada. Essa empresa vendia combustível para as construtoras, entretanto, conforme apurado pela Polícia Civil, a empresa de fachada recebia os valores dos suspeitos, mas não entregava combustível algum. Somente com a simulação de compra de combustíveis, que não eram efetivamente entregues nas obras das empresas, os suspeitos desviaram R$ 9,84 milhões.
O grupo ainda desviou outro montante com a suposta aquisição de materiais de construção e aluguel de máquinas. Com a compra de materiais de construção e aluguel de máquinas, que nunca chegaram aos canteiros de obras das empresas, mas sim em uma obra particular de um dos envolvidos, foram desviados aproximadamente R$ 132 mil e R$ 1,199 mil.
Procedimentos
Presos, os quatros envolvidos foram conduzidos até a sede da 1ª DEIC, onde foram interrogados pela autoridade policial e em seguida, encaminhados para as Unidades Penais Feminina e Masculina da capital. As investigações continuam no sentido de elucidar todas as circunstâncias dos crimes e apurar se há outras pessoas envolvidas.
Para o delegado Wanderson Chaves, a Operação Perfídia alcançou todos os objetivos estabelecidos neste primeiro momento, pois todos os alvos investigados foram presos, bem como ativos de valor como os veículos de luxo foram apreendidos. “A Polícia Civil está atenta e atuante para investigar e solucionar qualquer tipo de crime que ocorra em Palmas e em todo o Tocantins. Nós não vamos permitir que o crime organizado cresça e se estabeleça no nosso Estado. Nós vamos agir em todas as frentes sempre com muito rigor e celeridade”, pontuou.
O diretor da DRACCO, delegado Afonso Lyra, classificou a operação como mais uma ação exitosa da 1ª DEIC, que desarticulou uma organização criminosa responsável por causar um prejuízo de milhões de reais a duas empresas do Estado. “As unidades especializadas da Polícia Civil têm trabalhado diuturnamente no sentido de trazer segurança para a população, atuando tanto nos crimes violentos, como também crimes que envolvem o colarinho branco e lavagem de dinheiro. A operação de hoje é um grande exemplo da capacidade investigativa da Polícia Civil, na qual foi possível desarticular um grupo criminoso que está sendo investigado por suspeita de ter desviado aproximadamente R$ 12 milhões. Então, com essas prisões e sequestros de bens, a Polícia Civil dá um passo significativo em busca de elucidar mais esse crime e garantir mais segurança a toda a população”, disse.
Perfídia
A operação foi batizada de Perfídia em alusão ao termo que vem do latim e significa traição, deslealdade ou falsidade. O termo também descreve a quebra de confiança, especialmente em relações de lealdade ou compromisso, uma vez que dois dos envolvidos trabalhavam diretamente nas empresas lesadas.