O estado do Tocantins não tem crédito junto aos grandes fornecedores de medicamentos do Brasil, fruto da inadimplência persistente dos últimos tempos. Os governos anteriores, de José Wilson Siqueira Campos e Sandoval Cardoso, compraram e não conseguiram pagar por falta de recursos, planejamento, por falta de vontade ou até mesmo por ter priorizado outros compromissos, mas a verdade é que o estado está no vermelho, com o nome sujo. O porquê dessa situação já vem rolando há muitos anos, talvez nos corredores palacianos e, houvesse sido percebida a sua gravidade, vidas teriam sido salvas, sofrimentos, dores, indignações evitadas, tudo por falta de comprometimento dos gestores.
Por: Edson Rodrigues
Pavimentações asfálticas pagas com recursos da saúde. A verdade é essa. É sabido que recursos da saúde, carimbados, foram desviados para pagamentos de pavimentações asfálticas, tudo isso no último governo, segundo algumas fontes. Isso com os recursos carimbados. Já pensou o que pode ter acontecido com outros recursos?
ATUAL GOVERNO
O atual governo tem pagado caro pelo estado em que recebeu a saúde tocantinense, com folha de pagamento em atraso, plantões, progressões, inadimplência com fornecimento de luz, água, telefones, com os fornecedores de medicamentos, combustíveis, gêneros alimentícios, fornecedores de oxigênio, material de consumo em todas as unidades.
Samuel Bonilha, que já se provou excelente gestor, recebeu esta bomba com uma ordem do governador Marcelo Miranda, mais ou menos assim: “Samuel, faça o possível e o impossível para resolver, amenizar os problemas com a saúde do Estado”.
Com greve, salários atrasados, caixa zerado, esse bom gestor arregaçou as mangas da camisa e passou a dialogar com os profissionais da saúde, buscou o Ministério da Saúde como o seu porto seguro e, com muitas e muitas viagens à Brasília, vem realizando uma verdadeira operação “tapa buraco”, vencendo os obstáculos encontrados e sem fazer acusações a ninguém. Samuel Bonilha optou por lutar, por amenizar, por resolver os problemas encontrados e os que vêm surgindo, como um verdadeiro “Dom Quixote de La Mancha”.. Xingado, denunciado, alvo de vários e vários discursos nas Câmaras Municipais, na Assembleia Legislativa, cobrando por uma saúde pública de qualidade, sem que seus inquisidores saibam ou finjam não saber a real situação que o secretário enfrenta.
Os competentes membros do Ministério Público, agindo de forma correta, todos na tentativa de salvar vidas, garantir ao tocantinense a oportunidade de um atendimento médico hospitalar mínimo que seja, vêm ajudando nessa tarefa de colocar a Saúde do Estado nos trilhos. Afinal, mais importante que encontrar culpados, neste momento, são os milhares de pacientes na fila por uma cirurgia e os hospitais lotados.
Assim, humildemente, o secretário “garimpeiro” de recurso para Saúde tocantinense, vem salvando vidas, vem cumprindo a tarefa que lhe foi incumbida pelo governador Marcelo Miranda. Muito já foi feito em relação ao pagamento dos plantões, ao pagamentos dos médicos em atraso há mais de um ano, reforma e ampliação do hospital de Porto Nacional, compra de ambulâncias, equipamentos hospitalares e compras de medicamentos.
IMPASE
Agora, com muito luta, Samuel Bonilha conseguiu do governo federal e do governo do Estado, um montante de recursos para abastecer as unidades hospitalares nos municípios. A licitação foi feita, mas a empresa vencedora não entregou os medicamentos. Foi chamada a segunda colocada, que também não quer entregar. Isso por que já levaram calote de milhões de reais dos governos anteriores e, enquanto não receberem, não entregarão, pois têm medo de outro calote.
Fica a pergunta: será que este secretário da Saúde tão combativo e competente é o culpado do herdado caos da saúde? Será que o governador Marcelo Miranda não esta fazendo nada para amenizar esse caos?
Não há outro caminho que não seja a nossa Justiça autorizar a compra desses medicamentos sem a realização de licitação, com o devido acompanhamento do TCE e do MPE, antes que mais pessoas percam suas vidas.
Quem viver – até os remédios chegarem –, verá!