Investimentos na casa dos R$ 500 mil e instalação de 20 a 25 micros e pequenos empreendimentos industriais utilizando instalações abandonadas de antigos armazéns de propriedade do Estado. Esta é a proposta básica para a implantação do projeto Berçário Industrial, que prevê a interiorização do desenvolvimento industrial no Estado. O projeto é desenvolvido pelo Governo do Tocantins, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), em parceria com outras entidades e instituições.
Maria José Batista / Governo do Tocantins
O tema foi discutido nesta segunda-feira, 31, em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico (CDE), na sede da Sedetur, em Palmas, quando ficou decidido que Paraíso do Tocantins será sede de um projeto-piloto, no qual serão disponibilizados três galpões, que totalizam uma área construída superior a seis mil m², alcançando mais de 12 mil m² com a área livre. Conforme a proposta, os empreendedores também poderão contar com escritórios de faculdades de Administração de Empresas, Direito e Ciências Contábeis, em parceria com instituições de ensino superior, para terem a sua disposição assessoramento técnico, consultoria, palestras, formação profissional e orientação básica necessária.
“Essa parceria com a Universidade é fundamental para implantação do projeto, porque o micro e pequeno empreendedor precisa dessa orientação, de informações técnicas que o permitam entrar e permanecer no mercado”, analisou o secretário do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Eudoro Pedroza.
Durante a apresentação do projeto ao CDE, o diretor de Desenvolvimento Econômico da Sedetur, Eremilson Ferreira Leite, explicou que serão realizadas parcerias com o município e entidades afins para seleção das empresas, que se dará observando as vocações locais para negócios e através de edital público, dentro dos critérios e procedimentos legais, ficando a coordenação sob responsabilidade da Sedetur. “Essa é uma experiência que tem dado certo em outras regiões do Brasil, como em Santa Cruz do Sul [RS], e que podemos aplicar com sucesso também aqui”, disse o diretor.
A previsão é de que no projeto-piloto em Paraíso, cada empreendimento permaneça no local pelo período inicial de dois anos, podendo o prazo ser prorrogado por mais um ano, tempo que, tecnicamente, é necessário para superar as dificuldades iniciais e a empresa se firmar em sua área de atuação. Durante esse período, os empreendedores terão despesas apenas com o consumo de energia elétrica e uma pequena contribuição para manutenção do condomínio. Posteriormente, a implantação do projeto será efetivada em outros municípios. Foto: Maradona