Seminário Estadual debate Trabalho Escravo Contemporâneo

Posted On Terça, 24 Janeiro 2017 17:09
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Por Nara Moura
Será realizado nesta quinta-feira, 26, no Câmpus Cimba da Universidade Federal do Tocantins (UFT), em Araguaína, o Seminário Estadual Sobre Trabalho Escravo Contemporâneo. Uma parceria entrea Secretaria da Cidadania e Justiça (Seciju) e a Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae-TO), o evento faz parte da Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, lembrado no dia 28 de janeiro.
A secretária estadual da Cidadania e Justiça e presidente da  Coetrae-TO, Gleidy Braga explicou a necessidade de promover seminários temáticos. “O trabalho é um direito humano fundamental e precisa ser assegurado a todos. Daí a importância de se realizar eventos de mobilização da sociedade para combater essa prática”, enfatizou. “No combate ao trabalho escravo, é necessário que haja uma formação contextualizada com a realidade do trabalhador. O seminário leva conhecimento quanto aos direitos desses trabalhadores”, disse Maria Vanir Ilídio, diretora de Direitos Humanos da Seciju.
Mesa-redonda
Durante o evento, também ocorrerá uma mesa-redonda com minipalestras, entre elas a “O Conceito atual de Trabalho Escravo e atuação da Justiça do Trabalho – Casos Recentes”, com Dr. Jonatas dos Santos Andrade, Juizdo Titular do Tribunal Regional do Trabalho - 8ª Regiãoem Marabá (PA).
Outra minipalestra ofertada será “O trabalho escravo pode cair na invisibilidade? Caso Brasil Verde e o papel da Sociedade - dados atuais”, com o Frei Xavier Plassat da Comissão  Pastoral da  Terra no Tocantins (CPT - TO).
Além do seminário, ocorrerá também um debate sobre o trabalho escravo com os alunos da UFT (Câmpus Cimba) das 14h às 18h, dia 26, e na sexta-feira, 28, uma blitz educativa no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Araguaína, ação da PRF juntamente com a Coetrae-TO.
“As atividades alusivas à semana [Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo] é de suma importância para também formar multiplicadores que levam o conhecimento para as bases. Temos os dados e também um plano de trabalho onde estamos constantemente promovendo ações com o apoio da própria Coetrae-TO, para diminuiur os índices e mudar a realidade do Estado”, finalizou Maria Vanir Ilídio.
Coetrae-TO
Fazem parte da Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo no Tocantins a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju); a Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc); Secretaria de Estado do Trabalho e da Assistência Social (Setas); Defensoria Pública Estadual (DPE); o Ministério Público Federal (MPF); o Ministério Público do Trabalho (MPT); a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Federal (PF), Advocacia Geral da União no Estado do Tocantins (AGU); Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (Faet); Federação dos trabalhadores na agricultura do Estado do Tocantins (Fetaet); Procuradoria Regional do Trabalho da 10 Região; Procuradoria da República no Tocantins; Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE –TO); Universidade Federal do Tocantins (UFT); Tribunal Regional do Trabalho da 10° Região (TRT); Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) Alternativas para a Pequena Agricultura no Tocantins (APA-TO) Comissão Pastoral da Terra (CPT-TO) e Movimento Estadual de Direitos Humanos (MEDH Tocantins).
Semana Nacional Na próxima sexta-feira, 28, o Brasil lembra o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, data que teve início em 2004, após o assassinato de quatro funcionários do Ministério do Trabalho (MT), quando apuravam denúncia de trabalho escravo na zona rural de Unaí, em Minas Gerais. No Brasil, esse atentado contra a dignidade humana ainda vitima milhares de pessoas. Segundo levantamentos do Observatório Social do Brasil (OSB), nos últimos quinze anos foram libertadas mais de 38 mil pessoas em diferentes regiões do Brasil. Estima-se que mais de 25 mil entram no ciclo do trabalho escravo a cada ano. A entidade aponta os fatores que levam à continuidade do trabalho escravo no país. “Três fatores contribuem diretamente para que essa triste realidade ainda perdure: ganância, miséria e impunidade”.