O Senador pelo (PR), veio a óbito hoje após complicações pulmonares, decorrentes após transplante de medula para tratamento da Sindrome Mielodisplásica hiperfibrótica, (um tipo de leucemia). Ele estava internado desde o dia 16 do novembro em São Paulo.
João Batista de Jesus Ribeiro era natural de Campo Alegre de Goiás e tinha 59 anos. Ele era casado com Cínthia Ribeiro, presidente estadual do PTN, com quem tem um filho, João Antônio Caetano Ribeiro . O senador deixa outros seis filhos: a deputada estadual do Tocantins, Luana Ribeiro (PR), o presidente estadual do PRTB, João Ribeiro Júnior, Diêgo Afonso Ribeiro, Giovanna Remor Stecanela Ribeiro, Maria Teresa Paranaguá Ribeiro e Fábio da Cunha Ribeiro.
O velório do senador será no Palácio Araguaia, segundo informações de pessoas ligadas á família o governo do estado sugeriu o Palácio e ainda ofereceu o translado para o Estado. O corpo deve ser sepultado na capital.
João Ribeiro começou a carreira política como vereador em Araguaína, em 1982, na época pelo PDS (Partido Democrático Social). Em 1986, foi eleito deputado estadual por Goiás, pelo Partido da Frente Liberal (PFL), teve importante papel na divisão do Estado.
Com sua morta a vaga no Senado será ocupada pelo senador Ataídes de Oliveira (PROS).
Carreira política
Filho de uma funcionária pública e de um pedreiro, o goiano João Batista de Jesus Ribeiro, nascido em 1954 na cidade de Campo Alegre de Goiás, estava em seu segundo mandato consecutivo no Senado Federal. Cumpriria o mandato até janeiro de 2019. Sua carreira política, no entanto, começou muitos anos antes.
A vida pública teve início em 1982, quando João Ribeiro foi eleito vereador de Araguaína, numa época em que a cidade, que hoje pertence a Tocantins, ainda fazia parte do território goiano. Era, naquele momento, filiado ao PDS. Quatro anos depois, nos quadros do PFL, foi o deputado estadual mais bem votado em Goiás. Destacou-se na defesa dos garimpeiros, em um período em que o Brasil vivia o auge do garimpo de Serra Pelada. Ainda naquele mandato, João Ribeiro se empenhou pela criação do estado de Tocantins. O senador considerava sua vitoriosa luta nesse sentido o principal marco de sua carreira política.
Disputou e venceu as eleições para prefeito de Araguaína, e ficou frente à administração municipal entre 1989 e 1993. No ano seguinte chegou a Brasília como deputado federal. Foi reeleito em 1998. Nesses dois mandatos, deu prioridade à busca de recursos para Tocantins.
Durante o mandato de deputado, licenciou-se em duas oportunidades para ocupar cargos no governo de Tocantins. Foi secretário de Turismo Ecológico e secretário de Governo, nas gestões de Siqueira Campos, que atualmente governa o estado pela quarta vez.
Mandato no Senado
A atuação no Senado foi marcada por um caráter municipalista. Agiu com empenho pela construção da Ferrovia Norte-Sul, das hidrelétricas dos rios Araguaia e Tocantins e para levar saneamento básico, esportes, estradas e turismo para as cidades do estado.
João Ribeiro era casado com Cinthia Alves Caetano Ribeiro. Tinha sete filhos. O suplente do senador é Ataídes Oliveira (PSDB-TO), que já exerceu o mandato em 2011 e no período de fevereiro a agosto deste ano, durante licenças do titular.
A doença
Conforme a sua assessoria de comunicação, João Ribeiro foi diagnosticado em maio de 2012 com a Síndrome Mielodisplásica Hiperfibrótica (SMD), doença rara que tornou necessário o transplante de medula. Submeteu-se a novo transplante de medula no último mês de junho, após infecção viral que o deixou debilitado por um bom tempo e em tratamento intensivo no Hospital Sírio-Libanês.
Teve alta em agosto deste ano, e logo reassumiu suas atividades parlamentares, dando ênfase ao esforço para captar recursos em favor dos municípios tocantinenses. Com esse objetivo, foi recebido no último dia 16 de outubro pela presidente Dilma Rousseff, de quem - segundo a sua assessoria - ouviu manifestação de apoio para se candidatar a governador nas próximas eleições.
Mais uma vez hospitalizado em 16 de novembro, João Ribeiro não resistiu ao delicado tratamento a que era submetido desde o ano anterior.
Da Redação com Agência Senado