É março. Depois das comemorações da virada do ano, e finalmente do carnaval podemos afirmar que 2017 começou. No Brasil, terra oficial do samba, o ano só inicia oficialmente após o carnaval. É de lei!
Por Edson Rodrigues
Neste mês, realmente os trabalhos dos Executivos Nacional, Estadual e Municipal, bem como dos legislativos começam com a abertura dos orçamentos de ambos os poderes e execução do Plano PluriAnual (PPA) e Lei Orçamentária Anual (LOA), com anúncios de ordens de serviços e subprioridades para 2017.
Este ano também antecede o ano eleitoral dos estados e da União. Ajustes nas equipes, linha política, possíveis alianças, e uma série de ações também ocorrem nos bastidores de um palco, em que os protagonistas precisam contar com o apoio de coadjuvantes para eleger o máximo dos 24 deputados estaduais, oito deputados federais, dois senadores, governador e vice-governador, no caso do Tocantins. Vale ressaltar ainda que eleger o presidente conta muitos pontos para a base dos governos que forem eleitos.
Em março inicia diversas ações que visam um objetivo único, a sucessão estadual. Não tenham dúvida disso.
Marcelo Miranda
Apesar de não parecer tão óbvio, principalmente para aqueles que são leigos quando o assunto é política e tudo o que acontece em seus bastidores, algumas frentes de oposição ao atual governo já começaram a se formar, com discursos claros, inclusive, sobre a pretensão em suceder o posto do atual governador Marcelo de Carvalho Miranda (PMDB).
Há um ano e sete meses da escolha dos futuros representantes do Tocantins, o atual prefeito de Palmas, o colombiano Carlos Henrique Amastha (PSB), tem deixado explícito o seu desejo em governar o nosso Estado.
Também respeitado o senador Vicentinho Alves (PR) com umpassado político traz como diziam os mais velhos, “parido e crescido”. Educado na região tocantinense. Já foi prefeito da Capital Cultural do Tocantins, Porto Nacional. Eleito por três mandatos a deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa, deputado federal por dois mandatos, atual senador da república, membro da cúpula do Congresso onde ocupou até fevereiro o cargo de 1º secretário da mesa do senado.
O senador acaba de ser ovacionado líder da bancada do PR no senado e por unanimidade foi escolhido pelos congressistas tocantinenses com acento nas duas casas: Câmara e senado como coordenador da bancada do Tocantins no congresso o portuense já fez questão de deixar claro que quer contribuir com o governo de Marcelo Miranda, quer o melhor para o Estado e para o tocantinense está também a seu modo construindo condições para também disputar o cargo de governador. Vicentinho Alves já está na estrada abrindo caminhos em busca de conquistar espaço, oportunidade de forma respeitosa, harmônica e democrática respeitando aos demais para ser também respeitado.
Outra frente que tem demonstrado o mesmo interesse e encabeçada pela ex- ministra da Agricultura no governo Dilma Rousseff, e atual senadora Kátia Abreu (PMDB). Nos cabe, no entanto uma ressalva, se a senadora Kátia Abreu candidatar-se ao cargo de governadora e o atual governador Marcelo Miranda a reeleição, para qual partido iria senadora, uma vez que é explícito que ela não é bem-vinda no partido do atual governador e presidente da república Michel Temer?
Por enquanto, estes são os políticos com cargos eletivos que já demonstraram interesse e principalmente fazem questão de tornar público os seus anseios, assim como sua oposição ao atual governo. Diante de tal pretensão, sem nenhuma imparcialidade, o prefeito Carlos Amastha (PSB), já chegou a passar por uma situação constrangedora ao tentar impedir que o governador Marcelo Miranda participasse de uma solenidade com a presença de um ministro em uma ação que envolvia os três Executivos, além de outras “bravatas”, em que já acusou o governador publicamente em diversos aspectos, que saem da gestão e chegam ao pessoal, declarações sobre a pessoa de Marcelo Miranda.
Já a senadora Kátia Abreu, opositora do governo Marcelo Miranda, apesar de estar filiada ao mesmo partido do gestor, utiliza de uma linha mais “elegante”, no entanto com a rispidez que possui. Kátia faz ataques embasada na legislação, dentro de um processo democrático com o cargo de senadora, utiliza-se dele para criticar a gestão do opositor e seu grupo político, o mesmo no qual ela fez parte para disputar as eleições em 2014. Tais acusações, ataques, declarações, como preferirem faz parte de uma demonstração do que está por vir durante o processo eleitoral, uma vez que há pouco menos de dois anos da disputa, os grupos já articulam-se.
Esta é só uma demonstração das diversas situações em que o eleitor será obrigado a passar até a escolha do seu representante por meio do voto. Um aquecimento dos inúmeros “barracos” que assistiremos de camarote.
2017 de fato é o ano da plantação. Os políticos estão se preparando para futuras colheitas, no qual os resultados serão vistos só em outubro de 2018. Ambos os grupos, liderados por Amastha, Vicentinho Alves e Kátia por ora estão simplesmente demarcando territórios e dando início a formação de seus exércitos, para só então no início de 2018 entrarem de corpo e alma. Vale frisar ainda que o atual cenário pode sofrer modificações bruscas até o registro das candidaturas, pois assim como na mega-sena, os resultados do processo eleitoral e de toda a sua trajetória pode ser, e na maioria dos casos é sempre surpreendente.
A clareza das alianças partidárias e de pessoas só teremos com o passar do tempo, por ora nos atentemos a março, um mês que torna-se um diferencial nas nossas vidas, pois é a partir dele que 2017 inicia de fato.
Transparência
O governador Marcelo Miranda tem sido discreto ao tratar-se a uma possível disputa a reeleição. Ainda assim, a partir de agora precisará ser transparente com a sociedade. Seu governo deve estar baseado na lealdade ao povo, que foi quem o elegeu. A ele cabe ser claro e cristalino diante do atual cenário. Miranda precisa trazer a público quais são seus anseios, dificuldades e metas para 2017. O que ele pretende fazer pelos tocantinenses? Quais serão suas prioridades?
É comum ouvir dos apoiadores do governador, daqueles que estão com Marcelo Miranda e gozam das benesses do poder que nesta regra vale analisar aqueles que estão que fazem parte da sua gestão com cargos de confiança e são cruciais para o desenvolvimento do Estado e do trabalho da equipe quem está, e principalmente quem continuará.
O governador precisa definir, ou redefinir sua equipe política e institucional. Sem o apoio político de pessoas que de fato contribuem para que ele cresça elegendo-se para funções eletivas. Sem uma boa base política Marcelo Miranda pode declinar-se diante de seus adversários já declarados, assim como aqueles que aparecerão no decorrer do tempo.
Sua equipe de gestão também é fundamental neste processo. Não se administra sozinho, é preciso contar com o apoio e conhecimento de pessoas comprometidas e dispostas a realizar um bom trabalho diante de qualquer cargo que exerça. Os secretários e subsecretários, assim como superintendes e diretores são uma linha de frente, que auxiliam com conhecimento técnico o governador e toda equipe a buscar a melhor alternativa diante dos desafios, assim como parcerias e emendas com os deputados estaduais, federais e senadores.
Este envolvimento de todos é como um ciclo, onde um depende claramente do outro. Os gestores dos políticos, e os políticos dos gestores. Caso realizem um bom trabalho, com alianças corretas, obterão sucesso, do contrário o resultado será catastrófico, uma vez que o político que é detentor de mandato é o principal alvo dos demais adversários.
Não se faz política sem vítimas
Também não se faz política sem vítimas. Alguém será sempre o alvo de alguma acusação, nem sempre verdadeira, ou mentirosa. Vice-versa. O governador, sua equipe, seus aliados, já pensaram em fazer um pente fino nos cargos e assimilar as pessoas que os ocupam? Verificar se estas pessoas de fato tem conhecimento técnico para exercê-los.
Atualmente Marcelo Miranda tem alimentado adversários para que os mesmos na calada da noite o sangrem pelas costas. Eles estão sentando, literalmente, na cabeceira da mesa do poder em detrimento de muitos que estão sendo excluídos para dar lugar aos “amigos do poder”, muitos destes excluídos foram e são de fato verdadeiros aliados, companheiros, correligionários, auxiliares e amigos.
A sociedade em geral, e principalmente os grupos classistas como políticos, empresários, comerciantes, servidores públicos aguardam boas novas vindas do governador para um Tocantins que homens e mulheres sonham e tem buscado tornar diariamente uma realidade.
Amastha x Marcelo
Já se foram muitas declarações feitas pelo prefeito da Capital, Carlos Amastha a Marcelo, a maioria delas pejorativas, insultuosas e provocativas, que não cabe a nós comentá-las, pois já é de conhecimento público as bravatas que Amastha dilui na sua conta pessoal nas redes sociais e na mídia, todas elas dirigidas ao governador.
São declarações provocantes, diminutivas, que não convém mencioná-las. Logo depois das eleições o atual prefeito solicitou uma audiência com o governador Marcelo Miranda, a qual foi concedida, como o conhecido bate assopra, uma vez que ele busca parceria com o governo, mas critica a gestão do Tocantins. Amastha de fato faz questão de mencionar apenas fatos negativos, uma vez que a audiência, por exemplo, não foi exposta a público por ele.
Mudanças previstas
Segundo um membro do grupo político de Marcelo, apesar da aparência calma, de atitudes pacifistas no qual ignora diversos xingamentos feitos por seus opositores, dentre as diversas decisões a serem tomadas no âmbito político por Marcelo Miranda, cobradas ao governador pelos aliados, seguidores e partidários será a de dar respostas políticas e administrativas e o tratamento diferenciado para os “traíras que se dizem amigos de Marcelo”.
De acordo com a nossa fonte a orientação é que a partir de agora será a regra número um para o Marcelo político, mas que o Marcelo Miranda governador do Tocantins continuará administrando e levando ações de melhorias para todos os tocantinenses independente de cor, religião, raça, credo ou partido político.
A nossa fonte afirmou que a partir de agora mudanças acontecerão sob pena de naufragar toda a embarcação de Marcelo Miranda. Esperamos impactos positivos para todos, pois os tocantinenses têm honrado suas lutas. Até o momento, o governador mantém sigilo sobre uma possível reforma estrutural da sua gestão, assim como os próximos passos enquanto político, representante de um grupo.
A nós cabe aguardar o desfecho dessas histórias que entrelaçam e envolvem a todos e desejar dias prósperos para todos neste ano que de fato inicia a partir de agora!