Na obstaculosa travessia do tempo, em que lutaram desmedidamente incontáveis idealistas da causa tocantina, abraçando batalhas que os feriram de desesperança e os tombaram no pó da terra, roubando deles os sonhos de não vislumbrar a criação Estado Tocantins; do mesmo modo outros tantos desses guerreiros morreram em vida, marginalizados pelos mandatários de plantão, que os esconderam intencionalmente no rodapé dos compêndios de história
Por Edivaldo Rodrigues e Edson Rodrigues
Ao contrário do exposto acima, alguns bons ventos começam a soprar lufadas de esperanças no cenário político tocantinense, momento em que os novos líderes de um Tocantins em reconstrução, acreditam e trabalham diuturnamente para garantir que a história é uma janela que se escancara para o passado, e que nos permite ver as ações de coletividade entranhadas na alma e no coração dos que por aqui passaram, nos permitindo exemplos de dignidade, urbanidade é fé no futuro.
É assim que enxergamos o Programa Saudades , uma inteligente realização da Assembleia Legislativa do Tocantins, através da DICOM, que tem a competente condução da jornalista Wanja Nóbrega, está registrando a história de homens singulares no seu tempo e espaço, documentando os feitos, ações, pensamentos e sentimentos desses líderes incomuns, o que nos abre um olhar de aprendizagem para compreender as suas contribuições no decorrer de suas existências. Certamente um magnífico conjunto de legados em forma de exemplos.
Prova disso é o registro das batalhas, vencidas e perdidas, e os feitos singulares do nosso inesquecível irmão Salomão Wenceslau Rodrigues, que ilustrar esse editorial - (vídeo) - , demostrando a grandiosidade desse projeto, que nasceu dos rabiscos políticos, mas com interesses de cimentar e fortificar, ainda mais, os pilares de cidadania da nossa jovem coletividade tocantinense.
O vídeo diz muito desse homem singular, que nos deixou prematuramente, mas não fala tudo do Jornalista Salomão Wenceslau Rodrigues, pois seria impossível registrar o pulsar de sua alma e do seu coração nas batalhas travadas por ele na busca de um Tocantins mais desenvolvido, justo e igualitário.
Foi um jornalista ousado, corajoso e justo, e cabia bem nele a frase do icônica Assis Chateaubriand, que disse certa feita: "Jornal não se faz com papel, tinta e pedaços de ferro. Jornal se faz com os estilhaços da alma". E Salomão fez assim com seu "O Jornal", abrindo as os caminhos por onde passou um jornalismo engatinhando em um Tocantins no nascedouro.
Salomão foi um dos grandes pioneiros da comunicação nessa planície desassistida, atuando como Jornalista, radialista e agitador cultural; decisivamente presente nos momentos mais decisivos na trajetória política, social, econômica e cultural da nova unidade federativa da do Brasil. Através de sua coluna "Dois Dedos de Prosa", destaque nas páginas do respeitando período que fundou, opinava sobre os mais diversos temas do dia a dia, principalmente sobre os acontecimentos na política tocantinense, além enriquecer seus leitores com relevantes informações através de importantes coberturas nacionais e internacionais.
Além disso tudo, Salomão era um amigo inigualável, um companheiro admirável e, ao lado da sua Joana e do filho Aurélio, construiu um império de bem-querência, de admiração e respeito, o que até hoje impacta positivamente no fazer jornalismo no Tocantins. É por isso é muito mais que reverenciamos e parabenizamos essa histórica iniciativa da Assembleia Legislativa do Tocantins.