Enquanto um solta a língua em críticas ferinas, o outro desarquiva pedido de impeachment do governador. União de forças??
Por Edson Rodrigues
Um almoço, nesta última sexta-feira, deu as primeiras pistas de como está se articulando a oposição contra governo estadual. sentados à mesma mesa, no restaurante Cabana do Lago, o prefeito de Palmas, Carlos Amastha – futuro candidato ao governo do Estado ou ao Senado – e o presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Carlesse que, recentemente, solicitou o desarquivamento do pedido de impeachment contra o governador Marcelo Miranda.
Os dois gastaram muito mais tempo que se gasta para um simples almoço, trocando idéias entre uma garfada e outra, degustando e tecendo receitas oposicionistas, mas entre goles de água e refrigerante, destilaram o fel de quem arma estratégias de ação para minar as forças do Palácio Araguaia.
Amastha, o “boquirroto”, já fez de tudo contra o governo, tendo como principal e mais contundente ato de hostilidade, a tentativa de impedir – ou de constranger, na menor das avaliações – Marcelo Miranda de participar de um evento, em Palmas, do qual estava presente um ministro, tentando humilhar o governador.
O outro front de artilharia de Amastha são as redes sociais, onde, ao sabor da falta de regulamentação do que é crime ou não, cansa de tecer críticas pejorativas tanto ao governo do Estado qanto à pessoa do governador Marcelo Miranda.
Já Carlesse, empresário bem sucedido, oriundo de Gurupi, deputado estadual em primeiro mandato, talvez deslumbrado com a presidência da Casa de Leis e vislumbrando um futuro de maiores atenções e possibilidades, depois de assumir dizendo que iria “primar pela harmonia dos poderes” e “ajudar o governador a governar o Estado”, parece que resolveu governar sozinho e viu no desarquivamento do pedido de impeachment a maneira mais fácil para tal.
PONTOS A PONDERAR
Vale ressaltar que Carlesse é um político de boas articulação e reputação, mas resolveu desarquivar um processo arquivado pela gestão passada por falta de baseamento legal, em que a própria Procuradoria da Assembleia Legislativa apontou varias falhas, dentre elas, a falta de provas documentais, e que foi requerido por um dirigente classista insatisfeito com o governo.
Mesmo assim, Carlesse resolveu apostar no “se colar, colou” e decidiu ver no que vai dar.
O encontro de Amastha e Carlesse é um recado claro de ambos de que estão juntando forças, peça após peça, para formar um grupo político com condições de fazer frente a qualquer outros nas eleições de 2018.
Amastha mostra que é oportunista e sabe aproveitar as brechas.
Já Carlesse mostra que suas idéias podem atrair aliados.
É pagar pra ver quem estará mais forte em 2018. Que Deus nos ajude!