Pensamento da Semana
Muitas coisas não ousamos empreender por parecerem difíceis; entretanto, são difíceis porque não ousamos empreendê-las.
Sêneca
Segundo pesquisas nacionais e internacionais nos próximos anos o Brasil deixará de ser o maior país católico do mundo. Os evangélicos serão maioria
Pesquisas indicam que o Brasil está prestes a se tornar uma minoria católica nos próximos anos de acordo com especialistas. Segundo X. Rocca, Luciana Magalhães e Samantha Pearson, três jornalistas do Wall Street Journal, o declínio do catolicismo no Brasil e o crescimento dos evangélicos é definitivo. Entre 1970 e 2020, o número de pentecostais no Brasil cresceu de 6,8 milhões para 46,7 milhões, segundo o World Christian Database. Essa nova realidade se deve a mudança de fé por uma conexão mais pessoal com Deus — algo que foi citado por 81% dos entrevistados. Quase seis em cada 10 disseram que deixaram o catolicismo porque encontraram uma igreja que ajuda mais os seus membros. "É por isso é muito mais que o Vaticano está perdendo o maior país católico do mundo – é uma perda enorme, irreversível”, disse José Eustáquio Diniz Alves, um importante demógrafo brasileiro e pesquisador titular do IBGE, que aponta: "Nos próximos anos a Brasil será evangélico." Os motivos são diversos, como o caso de Tatiana Aparecida de Jesus, uma ex-prostituta e ex-viciada em crack, que no ano passado se juntou a uma pequena igreja pentecostal no centro do Rio, e deixou sua antiga vida para trás, dizendo "o pastor me abraçou sem pedir nada”, revelou. Já Maria de Jesus, de 41 anos, que foi criada como católica e passou a ser evangélica recentemente, acrescenta: “Quando você é pobre, faz muita diferença quando alguém apenas te diz 'bom dia', 'boa tarde' ou aperta sua mão”. "Nas paróquias católicas, principalmente nas periferias das cidades, seus líderes não têm tempo para isso", diz o pesquisador.
Sob o comando de Dona Dinorha os irmãos Toinho Andrade e Otoniel Andrade unem suas forças para mais uma batalha eleitoral em Porto Nacional
Alguns articuladores políticos de mesa de bar, em Porto Nacional, jogam inverdades pelos quatro cantos da cidade afirmando que a Família Andrade vai dividida para a disputa da prefeutra portuense, como se isso fosse possível tendo Dona Dinorha como elo indivisível ligando sua prole, na vida e nas urnas. Na foto, pode se notar os sorrisos dos irmãos Toinho Andrade e Otoniel Andrade, que caminham unidos para mais uma batalha eleitoral no município portuense, representando o grupo familiar (mãe, pai, irmãos e irmã), que detém o maior número de mandatos eletivos no Tocantins, e ainda contando com muita força política para aumentar essa estatística, tanto com a atual, quanto com as futuras gerações.
Antes das celebrações pela eleição de Javier Milei na Argentina é preciso ler os números que podem jogar esperanças num abismo sem volta
Leitores, é importante ressaltar que a democracia na Argentina funciona, e a eleição de Javier Milei demonstra claramente a consolidação das instituições do país. Agora, apostar em uma solução imediata pela escolha, nas urnas, de um nome fora da normalidade, e festejado no Brasil, é um passo no escuro, senão vejamos: o eleito propagou, em todas as oportunidades que foi questionado sobre seus planos, que fecharia o Banco Central, ia dolarizar a economia local, além de romper relações, políticas e econômicas, com o FMI, Brasil e China; como também não participaria do Mercosul e nem do Brics. Tudo bem! resumo: A Argentina vende 60% do que produz para a China e 20% para o Brasil. Além disso, deve 44 bilhões de dólares ao FMI, e 80% de suas reservas são em Yuan, moeda chinesa. E tem mais: não há um centavo em caixa da moeda americana para dolarizar a economia, e os grandes investidores das bolsas mundiais querem distância das inseguranças econômicas ali expostas mensalmente, com uma inflação que já ultrapassa os 140%. Para dificultar mais ainda, o partido de Milei "Liberdade Avançar", só tem 39 dos 257 deputados na Câmara e 7 dos 72 senadores no Sensdo. E lá não tem "centrão". Como se vê, antes das comemorações, há um longo e obstaculoso caminho a percorrer.
Apresentadora Ana Maria Braga recebe convite para ser Embaixadora do Turismo na Itália
Ana Maria Braga foi convidada para ser embaixadora do turismo na Itália. A apresentadora, que tem cidadania italiana, ficou surpresa e caiu no choro no Mais Você do último dia 21. O cargo foi oferecido a ela por cidadãos do país europeu, que acreditam que a comunicadora será uma boa representação para o povo. Ana não terá de se mudar do Brasil, mas precisará ir pelo menos uma vez ao ano à Itália. O repórter Mateus Luz, direto de Roma, anunciou o pedido dos italianos durante uma reportagem. Ele afirmou que a apresentadora poderia pensar antes de dar a resposta, mas Ana prontamente aceitou o convite. "É uma honra para mim, inigualável. Eu me orgulho muito das minhas tradições, que são muito caras desde a infância. Não à toa eu sou boa de fazer comida italiana. Além de agradecer muito o intermédio desse convite em um momento tão especial da minha vida, queria pedir que você desse um abraço em todos os italianos daí", recomendou a apresentadora.
Deputado Bispo Nunes apresentou Projeto de Lei para retonar o voto em cédula de papel nas eleições do Brasil
O deputado federal Bibo Nunes, do PL, apresentou neste último dia 20 de novembro, um Projeto de Lei para encerrar o sistema eletrônico e reintroduzir a cédula de papel para votação no Brasil. A mudança, segundo a propositura, deverá valer a partir de 2026. Sem evidências, Nunes a afirma que a aprovação da matéria poderia gerar “credibilidade e paz eleitoral”. Alega, também, que as controvérsias com a segurança e a transparência dos sistemas
eletrônicos ainda são motivo de dúvida entre eleitores. Em 2022, diversas entidades acompanharam e fiscalizaram o processo eleitoral no País, sem encontrar indícios de ilegitimidade. Uma delas, a Comissão Especial de Direito Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil, atestou que “não houve qualquer fato que aponte suspeita de irregularidades no processo de votação”.
O filme tocantinense "Barulho da Noite" foi exibido para convidados em Palmas antes de chegar aos cinemas de todo Brasil
O loga metragem tocantinense O Barulho da Noite, dirigido pela cineasta Eva Pereira, foi exibido em quatro sessões première promovidas pela Fundação Cultural de Palmas, exclusivamente para convidados e imprensa. As sessões aconteceram no último dia 21, no Cinemark Capim Dourado Shopping; dia 22, na Comunidade Jaú e em seguida a exibição ocorreu na programação do Cine Debate, no auditório da Reitoria da Universidade Federal do Tocantins, com a presença de equipe técnica e elenco, incluindo a atriz Emanuelle Araújo, uma das protagonistas do filme. O Barulho da Noite retrata a reviravolta na vida das irmãs Maria Luiza (Alícia Santana) e Ritinha (Anna Alice), com a chegada de um suposto sobrinho do seu pai, Agenor (Marcos Palmeira). O rapaz vem para ajudá-lo na lavoura enquanto ele parte para cumprir com suas obrigações na Folia do Divino Espírito Santo. Sônia (Emanuelle Araújo), mãe das meninas, segue atormentada por traumas e lembranças da infância, e tenta, sem sucesso, buscar equilíbrio em meio as tensões da vida dura do sertão.
No Dia da Consciência Negra, parlamentares negros passam a ter uma bancada na Câmara dos Deputados
Bancada Negra da Câmara dos Deputados foi oficialmente inaugurada neste último dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, ao se reunir com o presidente da Casa, Arthur Lira, do PP, para discutir prioridades. A iniciativa para a criação da frente parlamentar, que tem cerca de 130 deputados, foi da deputada Talíria Petrone do Psol, que será vice-coordenadora, e do deputado Damião Feliciano , dobUnião Brasil, que será o coordenador da bancada. Além de Talíria, as deputadas Benedita da Silva, do PT, e Silvia Cristina, do PL, também serão vice-coordenadoras.
A proposta para criação da bancada foi aprovada em 1º de novembro sob a relatoria do deputado Antônio Brito dobPSD, e promulgada nesta data, garantindo à frente parlamentar a presença no colégio de líderes com voz e voto. Na justificativa do texto, Talíria e Damião destacaram a importância de ações afirmativas para candidaturas negras, como os recursos específicos do Fundo Partidário e do Funduo Especial de Campanha. Apesar disso, reconhecem que o país ainda deve avançar ainda mais em políticas de igualdade racial.
Agente secreto que fazia segurança do presidente JFK contesta apuração e documentos analisados pela Comissão Warren e diz ter ouvido três tiros naquele 22 de novembro de 1963
Sessenta anos após o assassinato de John F. Kennedy em Dallas, as teorias sobre o primeiro assassinato da História a ser transmitido ao vivo se estenderam em documentários e teorias da conspiração, com supostas "pontas soltas" da investigação. Mas o aparecimento de uma testemunha agora arrisca desmontar a "teoria da bala mágica", estabelecida pela comissão especial que apurou a morte, em 1964. Para a Comissão Warren, um só projétil teria matado o presidente e ferido o governador do Texas, John Connally, que viajavam juntos no carro conversível. No entanto, segundo a testemunha, identificada como Paul Landis — um dos quatro agentes secretos que, de pé no estribo do veículo, tentavam proteger o presidente naquele dia — não foi isso que aconteceu. Landis afirma ter encontrado uma segunda bala no carro em que estava Kennedy. Esta hipótese põe em dúvida a existência de um único atirador, Lee Harwey Oswald, preso pelo assassinato e morto dois dias depois na delegacia central de polícia de Dallas, enquanto estava sob custódia. Os 3% dos documentos que permanecem sob sigilo, por força do artigo 5.º da Lei JFK (que impõe a reserva para salvaguardar a defesa nacional, as operações de inteligência ou as relações externas), alimentam a imaginação de muitos.
Embora rejeite teorias da conspiração, Landis contesta a principal conclusão da Comissão Warren, segundo a qual uma das balas disparadas naquele dia atingiu o presidente pelas costas, com um buraco de saída na frente da garganta, e atingiu o governador Connally, ferindo-o gravemente nas costas, peito, pulso e coxa. Descrentes de que uma única bala pudesse fazer tudo isso, os céticos batizaram a conclusão do caso como "teoria da bala mágica".
Livro revela que Toffoli aconselhou Bolsonaro a deixar o País antes da posse de Lula. A conversa entre os dois ocorreu após a derrota eleitoral de 2022
O ministro do STF, Dias Toffoli, que era presidente da Suprema Corte durante a gestão de Jair Bolsonaro, do PL, aconselhou o ex-presidente a deixar o País após a derrota eleitoral de 2022. A revelação consta no livro "O Tribunal - Como a Suprema Corte se uniu ante a ameaça autoritária", de autoria dos jornalistas Felipe Recondo e Luiz Waber. De acordo com o livro, que será lançado neste mês, o ministro do STF também sugeriu que Bolsonaro não passasse a faixa na cerimônia de posse de Luiz Inácio Lula da Silva do PT. "Presidente, sua presença na cerimônia de posse só vai mostrar um país dividido, as pessoas vão vaiar", disse o ministro na época. Ainda segundo a publicação, no decorrer da conversa entre os dois, Bolsonaro alegou que não era responsável pela reação dos apoiadores que acamparam em quartéis pelo País em protesto contra o resultado eleitoral. "Quem mobilizou essas pessoas não fui eu. Então, eu também não posso desmobilizar", rebateu. Em seguida, os dois chegaram a conclusão que "era melhor que Bolsonaro saísse do País e deixasse Lula receber a faixa presidencial de outra pessoa", diz trecho do livro. Toffoli é considerado um dos ministros da Corte mais próximos do ex-presidente. Inclusive, o magistrado manteve diálogo com Bolsonaro mesmo após os atos do dia 8 de janeiro.
Dois quintilhões de cálculos em 1 segundo. Conheça Aurora, um dos supercomputadores mais poderosos do mundo que terá impacto inédito na ciência
Dois bilhões de bilhões — ou 2 quintilhões — de cálculos a serem feitos. O número colossal, que extrapola no número de zeros, é difícil até mesmo de ser mensurado, quem dirá realizado. Mas isto é o que Aurora consegue fazer, em um único segundo. Aurora é um supercomputador que, com sua alta velocidade computacional e capacidades de inteligência artificial, deve permitir à ciência o que hoje é impossível. A máquina está sendo construída no Laboratório Argonne, em Chicago, nos Estados Unidos, pela Intel e pela Hewlett Packard Enterprise. Seu desenvolvimento faz parte de um programa do Departamento de Energia norte-americano para construir supercomputadores exascala, capazes de executar pelo menos um exaflop, ou seja, um quintilhão de operações de ponto flutuante por segundo — no caso de Aurora, serão 2 exaflops. De acordo com os desenvolvedores, um dos diferenciais deste supercomputador será sua capacidade de integrar perfeitamente ferramentas científicas de análise de dados, modelagem e simulação e inteligência artificial. E esse "superpoder" poderá ser aplicado a inúmeros desenvolvimentos científicos, como tornar previsões climáticas mais confiáveis, gerar composições químicas inéditas para descobrir novos materiais e até mapear conexões no cérebro humano. Tudo isso, com dados extremamente precisos e em tempo recorde.
Fabrício Queiroz admite em áudios que recebeu dinheiro e garante possuir mais segredos da Família Bolsonaro e ameaça contar tudo
Fabrício Queiroz, ex-braço direito do clã Bolsonaro e indicado como o operador do esquema da Rachadinha de no gabinete de Flávio Bolsonaro voltou a ser destaque na grande mídia após jornalistas terem acesso a áudios envolvendo o antigo homem de confiança do clã.
“Um conjunto de áudios que revelam, em detalhes, a pressão de Queiroz e a maneira como ele ainda empareda os Bolsonaro, sob pena de abrir a boca e trazer à luz os bastidores de sua atuação nas transações heterodoxas em favor do clã”, explica a reportagem. Para além de pedir mais dinheiro na forma de “empréstimos” para serem quitados posteriormente não por ele próprio, mas por Flávio Bolsonaro, Queiroz admite que recebeu apoio financeiro, reclama por considerar que não vinha tendo tratamento igual ao de outros aliados dos Bolsonaro e diz, sem reservas, ter conhecimento de vários rolos relacionados à família.
Olivia, a gata da cantora americana Taylor Swift, vale R$ 400 milhões e é o 3º pet mais valioso do mundo
Olivia Benson, uma das gatas da cantora Taylor Swift, 33, é avaliada em US$ 97 milhões (R$ 471 milhões, conforme a cotação atual). O pet da cantora, que esteve no Brasil com a The Eras Tour, é considerado o terceiro mais valioso do mundo. O ranking The Ultimate Pet Rich List, patrocinado pela marca All About Cats, foi divulgado em janeiro deste ano. Entre os critérios foram avaliados cachês em campanhas publicitárias, posts patrocinados e participações em produtos audiovisuais. Por que Olivia é 3º pet mais rico do mundo? A gata da raça Scottish Fold participa de trabalhos de Taylor Swift, o que aumentou o "valor" de sua marca. Ela é um dos destaques do clipe da música "Blank Space". Oanimal também possui uma linha de produtos licenciados e aparições em propagandas de grande orçamento — as marcas Diet Coke e Ned Sneakers contaram com Olivia em comerciais, detalhou o ranking. Nome de Olivia foi dado em homenagem à personagem de Mariska Hargitay na série "Law & Order: SVU". Taylor ainda possui outros dois gatos: Meredith — em referência à personagem de "Grey's Anatomy" — e Benjamin.
Um tempo em que em Porto Nacional a razão pertencia aos loucos
Ciente da força do movimento separatista no norte goiano e, sabedor, nos bastidores, que já havia entendimentos políticos para criação do Estado do Tocantins, o então governador de Goiás, Ary Ribeiro Valadão, determinou a seu secretariado a implementações de ações administrativas na região que não frustrasse o sonho libertário da coletividade tocantinense.
Foi com essa visão colaborativa que ele passou a visitar constantemente as principais cidades nortenses, levando obras e articulando politicamente com poderosas lideranças da região, solidificando assim vínculos de amizade e o mando político de seus correligionários. Nessas andanças, Ary Valadão fazia questão de se hospedar na residência do seu representante naquela localidade, despachando ali, na sala principal, com as mais expressivas autoridades do lugar.
Por ser Porto Nacional, naquela época, inicio da década de 1980, um fervedouro político, com embates históricos entre o PDS de Ary Valadão, e o MDB de Iris Resende, em campanha para ocupar o Palacio das Esmeraldas, e contrário a criação do Estado do Tocantins, a cidade então foi escolhida para receber o governador e sua equipe administrativa. Naquele momento, e com aquelas ações governamentais, ele já pensava no seu futuro político no sonhado novo estado.
E assim, no dia 3 de março de 1981, as dependências do aeroporto de Porto Nacional ficaram lotadas de membros do PDS local, para receber o governador Ary Valadão, a primeira Dama Maria Valadão, e uma dezena de secretários de Estado, dentre eles o da Infraestrutura, que trazia em sua pasta de trabalho várias ordens de serviços para serem autorizadas em benefício da sociedade portuense.
As audiências aconteceram na casa de Laudemiro Gomes, um dos líderes portuenses mais próximos do governador goiano, que além dos seus aposentos, cedeu também ao chefe do poder executivo de Goiás, sua sala principal que foi transformada em um gabinete improvisado, ambiente em que, naquele primeiro dia, ele atendeu dezenas de pessoas, havidas por empregos e pela proximidade com o poder.
No dia seguinte, nas primeiras horas da manhã, o governador recebeu as principais lideranças do seu partido, o PDS, que entregariam a ele as reivindicações para o “desenvolvimento de Porto Nacional”. Numa mesa, estrategicamente instalada ao seu lado, e ainda mantida em segredo, pousava a pasta da Secretaria de Infraestrutura de Goiás, com ordens de serviços para serem anunciadas e assinadas na presença daqueles líderes partidários.
Ary Valadão queria ouvir primeiro as reivindicações dos portuenses, que certamente seriam parecidas com suas propostas, já com recursos alocados para suas execuções. Mas, para⁷ surpresa dele e de seus auxiliares, um dos representantes do PDS de Porto Nacional entregou a ele um documento com uma lista de nomes, todos do MDB local, para serem demitidos, transferidos, processados, afastados de suas funções, ou até presos.
Em silêncio, e vez por outra deslocando o olhar em direção a seus auxiliares, o governador Ary Valadão, autorizou todos os pedidos de seus correligionários e não olhou, um só instante, em direção à pasta que alçaria Porto Nacional aos trilhos do desenvolvimento, com a reforma e ampliação do Hospital da Osego, construção de um ginásio de esportes, reforma e instalação de um moderno laboratório no Colégio Estadual, e a pavimentação asfáltica da rodovia que liga o município à BR-153.
No aeroporto, sentado num banco de madeira, falando sozinho e matando moscas, inquietava-se Zé Doido, o mais maluco dos portuenses. Quando o governador Ary Valadão passou por ele, rumo ao seu avião que o levaria de volta a Goiânia, o demente gritou bem alto, e com toda intimidade:
--- Êi, Ary! Por quê você num manda crescer nosso hospital, e num pinta o colégio dos mininos, e manda lascar asfalto na estrada até Fátima, que é só pueira e buraco? Tem que dá dinheiro também pro prefeito Jurimar Macedo fazer asfalto nas ruas, e privada pra nóis cagá!
Ary Valadão parou, olhou em direção a Zé Doido e respondeu com sinceridade:
--- Eu quero fazer tudo isso, mas o povo não deixa!
Um ano depois, já no final de seu governo, por iniciativa própria, todas essas obras foram licitadas e encontravam-se, em execução.