DORINHA “NO MATO SEM CACHORRO”
A deputada federal Dorinha Seabra se colocou naquele tipo de situação que costumamos chamar de “no mato sem cachorro”, politicamente falando.
O caso é que Dorinha resolveu seguir, politicamente, o então, todo poderoso ex-presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia, e se posicionou contra as decisões do partido (DEM) e contra o candidato apoiado pelo Palácio do Planalto, deputado Arthur Lira e, não satisfeita, votou quatro vezes contra os interesses do presidente Jair Bolsonaro.
Enquanto isso, no Tocantins, deu “um canto de carroceria” ao governador Mauro Carlesse, que ingressou no partido por meio de articulações do também deputado federal Carlos Gaguim, quando o prometido para Carlesse era o comando do DEM no Tocantins.
Dorinha se aproximou da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, emplacou uma aliada na secretaria da Educação, mas, agora, com a aproximação entre o Palácio Araguaia e o Paço Municipal, sua aliada foi colocada no “congelador” da prefeitura, sem autonomia nem poder de comando.
Agora, Dorinha está sem o apoio do governo federal, sem o apoio do governo estadual e sem o apoio da prefeita do maior colégio eleitoral do Tocantins, e será obrigada a “se virar nos trinta” para garantir sua reeleição, em um ambiente onde muitos bons nomes, os chamados “papa mandatos”, estão sendo ventilados para concorrer à uma das oito vagas de deputado federal.
Ou seja, ao invés de se fortalecer, Dorinha Seabra ficou sem retaguarda, e o jogo eleitoral de 2022 será pesado!
DISTRITÃO EM DISCUSSÃO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS
Com uma Reforma Política em pleno desenvolvimento, definitivamente não é hora de se filiar a qualquer legenda.
O presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira colocou em discussão a prometida Reforma Política com Distritão, que, se passar na Câmara, pode ser engavetado no Senado, ou simplesmente rejeitado. O prazo limite será dia três de outubro.
Até lá, será um “abacaxi para ser descascado com os dentes”, pois os partidos nanicos podem desaparecer, assim como os que não têm uma bancada volumosa de parlamentares terão que se fundir para evitar a “degola” cláusula de barreira que rege a distribuição do Horário Eleitoral Gratuito de Rádio e TV e dos recursos partidários para custear a manutenção das legendas e o fundo de campanha.
Logo, se há partidos, praticamente, com dias contados, não é hora de pensar em se filiar ou mudar de legenda.
Quem avisa, amigo é.
MINISTÉRIO CONFIRMA ERRO COM VACINAS
O Ministério da Saúde confirmou ter divulgado informações imprecisas, e acima da realidade, sobre a contratação de 560 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. Em ofício publicado no dia 12 de abril deste ano, a equipe do ministro Marcelo Queiroga admitiu ter comprado apenas metade dos imunizantes que foram informados pela pasta em peças publicitárias publicadas nas redes sociais e encaminhadas à imprensa.
Em resposta ao requerimento de informação apresentado pelo deputado federal Gustavo Fruet (PDT-PR), que cobrou esclarecimentos sobre as propagandas do governo federal, a pasta da Saúde admitiu ter superestimado o número real de doses adquiridas.
O gabinete do ministro Queiroga explica na resposta ao requerimento que o montante de 560 milhões de doses anunciadas incluía "outras 281.889.400 doses (que) estão em fase de negociação", portanto, sem acordo de compra definido, mas que foi apresentado pelo governo federal como parte do estoque de vacinas adquiridas.
O QUE HÁ, REALMENTE, NO “ESTOQUE”
O ministério da Saúde detalhou as vacinas adquiridas até o momento, sendo 100 milhões de doses da Coronavac, 100 milhões da Pfizer, 38 milhões da Janssen, 20 milhões da Covaxin, 12 milhões da Astrazeneca e 10 milhões da Sputnik V.
Ainda segundo o ministério, as 281 milhões de doses pendentes para completar a proposta de 560 milhões estão sendo negociadas com a Oxford/Astrazeneca (210 milhões de doses), Sinovac (30 milhões), Covax Facility (41 milhões) e ainda há expectativa de que 13 milhões de doses possam ser fornecidas pela farmacêutica Moderna.
A resposta ao requerimento do deputado Fruet foi assinada pelo diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do ministério da Saúde, Lauricio Monteiro Cruz, no dia 12 de abril. As informações, no entanto, só puderam ser apreciadas pela Câmara nesta segunda-feira, ainda dentro do prazo de 30 dias para que o requerimento de informações fosse devolvido com os dados solicitados.
DEPOIMENTO DE TEICH
O ex-ministro da Saúde Nelson Teich, em depoimento à CPI da Covid-19, lembrou do clima "tenso de politização" que existia, segundo ele, quando assumiu a titularidade da pasta em abril do ano passado, nos primeiros meses da pandemia do novo coronavírus no Brasil.
"Quando eu entrei, existia um clima de politização e disputa muito grande, era um clima muito tenso. Então eu via que as coisas que eu falava, elas eram mais usadas do que ouvidas. Então existiu ali um primeiro momento em que a ideia era só tentar diminuir um pouco a tensão. Esse momento é o momento em que eu tomo mais um pouco do conhecimento do dia a dia do ministério", disse Teich durante depoimento à CPI da Covid.
Teich comentou também que não teve acesso à carta que foi entregue pelo seu antecessor, Luiz Henrique Mandetta, ao presidente Bolsonaro. Nela, Mandetta alertou o presidente sobre o número de mortes pela covid-19 que o Brasil alcançaria caso o Planalto não seguisse as recomendações do Ministério da Saúde - o que ocorreu.
EUA VAI DOAR VACINAS AO BRASIL
Pressionado a ampliar a ajuda contra covid-19 a outros países, o governo de Joe Biden prometeu fornecer ao Brasil medicamentos para intubação no valor de US$ 20 milhões (cerca de R$ 105 milhões). A parceria está em discussão entre os dois governos, que também negociam a possibilidade de os americanos enviarem doses da vacina da AstraZeneca.
A ajuda com medicamentos foi informado pela porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki. "Esse apoio está sendo oferecido para compensar os surtos de abastecimento global e permitir que o Brasil receba medicamentos suficientes para atender às suas necessidades imediatas. O esforço está em andamento, ainda não foi finalizado, mas estamos trabalhando em parceria com o governo do Brasil", disse Psaki.
VOTO DE PAPEL?
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciou a criação de uma comissão especial para analisar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que cria o voto auditável.
A decisão se deu por meio de Ato da Presidência da Câmara, lido por Lira logo após o encerramento da sessão plenária desta terça-feira, 4. O colegiado terá 34 membros titulares e o mesmo número de suplentes. A PEC 135/2019 é de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF) e determina a impressão de cédulas em papel na votação e na apuração de eleições, plebiscitos e referendos.
CIRO ELEGE LULA COMO “ALVO”
Em novos vídeos produzidos pelo marqueteiro João Santana para o PDT, o ex-ministro Ciro Gomes, apontado como candidato à Presidência em 2022, escolheu os ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) como alvos. "O Brasil era a sexta maior economia do mundo. Com Dilma virou a nona e com Bolsonaro a 12°. Precisa dizer mais?", disse o pedetista na gravação mais recente, que foi divulgada ontem nas redes sociais.
Em outra mensagem, o ex-ministro disse que Lula "deu pouco para os pobres e muito para os ricos". As gravações foram divulgadas nos canais do ex-presidenciável e do PDT no momento em que Lula está em Brasília para se reunir com lideranças de vários partidos.
GILMAR MENDES QUE FISCALIZAR PENITENCIÁRIAS
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), convocou nesta segunda, 3, a realização de uma audiência pública para discutir a fiscalização do sistema penitenciário brasileiro. A medida foi adotada na esteira da decisão referendada pela Segunda Turma que em outubro do ano passado concedeu prisão domiciliar aos detentos provisórios responsáveis por crianças menores de 12 anos e pessoas com deficiência. A data provável da audiência é 14 de junho.
Segundo Gilmar, a audiência deve focar, entre outros pontos, na questão do Estado de Coisas Inconstitucional (ECI) do sistema penitenciário brasileiro e os impactos da superlotação carcerária. "Também será avaliada, ao final da audiência, a possibilidade de criação de comissão de acompanhamento das medidas de implementação desta ordem coletiva e de enfrentamento à questão da superlotação carcerária", anotou o ministro.
MILITARES “NA ATIVA” EM REDES SOCIAIS
Pesquisa feita em contas de 115 militares da ativa ligadas ao ex-comandante do Exército general Eduardo Villas Bôas localizou 3.427 tuítes de caráter político-partidário, entre abril de 2018 e abril de 2020. Eles estavam nas contas mantidas na rede social por 82 integrantes das Forças Armadas, entre os quais 22 oficiais-generais - 19 generais, dois almirantes e dois brigadeiros.
São casos como o do coronel Ricardo. Era 7 de outubro de 2018, dia do primeiro turno da eleição presidencial, quando a conta do militar no Twitter fez propaganda do então candidato Jair Bolsonaro: "É dia de mudar o Brasil. Vote consciente. Brasil acima de tudo! Deus acima de tudo!" Outro oficial - um tenente-coronel de Cavalaria - escreveu:
#MitoPrimeiroTurno.