O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, surpreendeu e ficou em segundo lugar na corrida ao Palácio do Planalto com 33,5% dos votos válidos. Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, ficou em primeiro lugar, com 41,5% dos votos válidos, o pior desempenho do PT em 12 anos. Já Marina Silva (PSB), que desidratou na reta final, ficou em terceiro, com 21,3% dos votos.
A virada de Aécio na reta final da eleição tem forte influência no maior colégio eleitoral do País. No Estado de São Paulo, com quase 32 milhões de eleitores (22,4% do total do País), Aécio Neves conquistou mais de dez milhões de votos, cerca de 44,25%.
Considerado fora do jogo depois da morte de Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco e então candidato do PSB, o tucano ressurgiu das cinzas e garantiu na última hora a lógica da política brasileira desde 1994, com a polarização PT-PSDB.
Já a presidente Dilma teve desempenho próximo ao de Marina Silva em São Paulo. A petista recebeu cerca de 5,9 milhões de votos, ante 5,7 milhões da pessebista.
Em 2010, quando Dilma disputou a Presidência com o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), eleito ontem senador, a petista teve 46,9% dos votos no Estado.
Já em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral e Estado natal dos candidatos Aécio Neves e Dilma Rousseff, a petista levou a melhor - teve cerca de 4,8 milhões de votos, contra 4,4 milhões do tucano.
CRESCIMENTO
No consolidado do País, trata-se do pior desempenho em eleições desde 2002, quando o ex-presidente Lula disputou a Presidência. Naquele ano, Lula teve 45,4% dos votos contra Serra. Quatro anos depois, Lula obteve 48,6% em disputa com Geraldo Alckmin (PSDB).
Para o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, os resultados das eleições vão ao encontro das últimas pesquisas feitas pelo instituto.
"O Aécio é mais forte para enfrentar Dilma no segundo turno. Fizemos um estudo e vimos que a curva de crescimento dele é maior que a de Marina, pois tem menos eleitores que não votariam de jeito nenhum nele. Mas vamos esperar o resultado das urnas", disse Paulino.
O Estado de Minas e Redação