Por Luciano Moreira
Está nos principais blogs de notícias políticas do País. Tanto Josias de Souza quanto Claudio Humberto são unânimes em afirmar que a senadora e ministra demorou para se decidir e, agora, pode amargar um “inferno astral” perdendo força tanto junto ao Planalto quanto junto às suas bases, por não ter mais “gordura para queimar”.
Dos sete ministros que representam o PMDB no governo Dilma Rousseff, três resistem à ideia de se exonerar dos respectivos cargos: Marcelo Castro (Saúde), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Kátia Abreu (Agricultura). Arriscam-se a enfrentar processos de expulsão.
Alçada à Esplanada por escolha pessoal de Dilma, a senadora licenciada Kátia (TO) cogita deixar o PMDB, mas teve suas pretensões de se filiar ao PSD – partido que ajudou a criar, junto com o ministro Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo – elegantemente negadas pelo próprio, que afirmou que Kátia não teria respaldo político no Congresso e que o PSD não pode servir aos interesses da carreira política de Kátia Abreu, numa alusão aos atritos entre ambos, quando Kátia ainda era membro do partido, e acusou Kassab do mesmo comportamento.
Kassab, aliás, é ligado umbilicalmente a José Serra, de quem já foi vice-prefeito em São Paulo e fontes internas nos informaram que a recusa à entrada de Kátia no PSD tem ligações diretas com o episódio recente em que Kártia Abreu jogou um copo de vinho no rosto de Serra durante um jantar que reuniu autoridades políticas.
O episódio irritou profundamente José Serra, que estaria cobrando, homeopaticamente de Kassab, uma resposta á Kátia pelo ocorrido.
Dessa forma, segundo o colunista Cláudio Humberto, Kátia abreu pode se confirmar com a primeira “sem teto” da atual crise política, econômica e institucional pela qual o País passa.
Resta saber se Kátia tem algum “ás escondido na manga” para driblar essa situação e confirmar sua força política, ou se abraça á Dilma Rousseff para naufragarem juntas no governo do PT.
Com a palavra a senadora e – ainda – ministra...