Governador do Tocantins se mostra disposto a fazer o necessário para adequar economia do Estado à crise brasileira e conta com AL
Por Edson Rodrigues
Marcelo Miranda reatou com a realidade e assumiu de vez as rédeas do estado do qual é governador. Para isso, foi preciso vencer muitas pressões e passar por cima de vários egos, firmar um pacto de cooperação com a Assembleia Legislativa e, principalmente, colocar alguns pingos nos “is”.
Essa assertividade de posicionamento passou pelo posicionamento firme e irredutível contra o impeachment da presidente Dilma, indo de encontro com parte significante do seu partido, o PMDB, que tem uma grande ala trabalhando pelo impedimento da presidente, capitaneada pelo enrolado presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha.
Uma fonte palaciana garaniu que Marcelo Miranda está determinado em fazer o que deve ser feito para que o Tocantins se adéqüe ao momento econômico atual, em que a realidade é de recessão agravada pelos escândalos de corrupção, que afastam a opinião pública de qualquer tentativa do governo federal em solicitar sacrifícios do povo.
Esse processo de adequação passa, obrigatoriamente, pela extinção de cargos, fusão e extinção de secretarias e identificação e eliminação de servidores ineficazes ou omissos.
Medidas assim são consideradas nos corredores palacianos como duras ou até perigosas, ante a possibilidade de perda de alguns apoios e da possibilidade da criação de núcleos insatisfeitos, mas Marcelo Miranda tem experiência política suficiente para saber lidar com essas conseqüências e mantê-las em níveis que não atrapalhem todo o trabalho que tem pela frente.
AÇÃO COMEÇARÁ CEDO
O governador deve, já nestes próximos dias, enviar um “pacotaço” à Assembleia Legislativa, contendo as extinções de cargos e secretarias, além da fusão de pastas, que dará início ao processo de enxugamento da máquina. Outro conteúdo do “pacotaço” é a nomeação de novos auxiliares do primeiro ao quarto escalões do governo, que deve acontecer já no ascender das primeiras luzes de fevereiro deste ano.
Ao “pacotaço” deve se seguir uma série de ordens de serviço que vai incluir a construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins em Porto Nacional, a duplicação das rodovias que ligam Porto Nacional à Palmas e Palmas à Paraíso. Outras frentes de trabalho serão abertas com a recuperação de diversas outras rodovias, com recursos que já estão em caixa, oriundos do Banco Mundial. Segundo a fonte palaciana, muitas outras coisas boas vêm por aí.
“2015 foi um ano difícil para todos os governantes, mas Marcelo Miranda, o nosso governador, soube plantar sementes discretas, que vão germinar com força e pujança neste ano, certamente colheremos bons frutos”, sentenciou nossa fonte.