Já a aprovação de Lula caiu em relação ao último levantamento, em janeiro, de 47% para 41%
Por Daniela Santos - Metrópoles
Nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (2/4), aponta que a reprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a 56% — é o pior índice desde o início do mandato.
O número representa aumento de sete pontos percentuais em relação ao último levantamento, feito em janeiro, no qual a avaliação negativa do petista era de 49%.
Ainda de acordo com a sondagem, 41% dos entrevistados aprovam a gestão do petista – eram 47% em janeiro –, enquanto 3% não souberam ou não responderam.
A pesquisa ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais, entre os dias 27 e 31 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Trata-se do primeiro levantamento após o pacote de medidas divulgadas pelo governo para tentar reverter a maré de reprovação. No início de março, o presidente aprovou um conjunto de ações para reduzir o preço dos alimentos, fator apontado como crucial na reprovação do petista.
Além disso, Lula tem intensificado as viagens pelo país e, recentemente, divulgou iniciativas para ampliar o acesso ao crédito, como o empréstimo consignado para trabalhadores CLT e a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil.
Recortes
Segundo o levantamento, a aprovação do petista na Região Nordeste seguiu o ritmo de queda, chegando a 52%. A desaprovação é de 46%. A rejeição é maior na Região Sul: 64% de reprovação contra 34% de aprovação.
A pesquisa ainda aponta que a desaprovação ultrapassou a avaliação positiva, pela primeira vez, em grupos como mulheres e pessoas pretas e pardas.
Prefeitos tocantinenses e representantes da Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais estiveram reunidos, nesta terça-feira, 1º de abril, no gabinete do vice-presidente do Senado e presidente do PL Tocantins, Eduardo Gomes, para tratar de projetos, obras e políticas públicas voltadas ao desenvolvimento do Estado
Com Assessoria
Entre os gestores municipais presentes estavam o prefeito de Augustinópolis, Antônio do Bar; a prefeita de Santa Teresa, Eliene Batista; o prefeito de Aparecida do Rio Negro, Deusimar Amorim; e o prefeito de Aliança do Tocantins, Elves Guimarães.
Durante a reunião, foram debatidos investimentos estratégicos para a infraestrutura dos municípios, com foco na melhoria da mobilidade e no desenvolvimento urbano. “Em Aliança, por exemplo, estamos avançando com importantes investimentos em infraestrutura. Em breve, vamos entregar o terminal rodoviário e a ponte São José, que são obras fundamentais para a mobilidade e o desenvolvimento da região. Além disso, já estamos planejando a urbanização da avenida do eixo central até a duplicação, assim que tivermos a liberação orçamentária”, afirmou Eduardo Gomes.
O senador também se reuniu com o secretário de Estado dos Povos Originários e Tradicionais, Paulo Waikarnãse Xerente, e sua equipe Filipi Holanda Cavalcante Santos Martins Ubaldo Monteiro Barbosa, gerente de planejamento e captação de recursos e Heid Karla Pereira de Oliveira, diretora de fomento e proteção à cultura dos povos originários e tradicionais para falar sobre investimentos e projetos visando avanços nas políticas públicas.
“É essencial manter esse diálogo e garantir investimentos que tragam melhorias para nossa gente”, afirmou Eduardo Gomes.
A pesquisa foi conduzida entre os dias 20 e 24 de março, com 4.659 entrevistados
Por Gabriel Alves
O desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta desaprovação de 53,6%, conforme apontou uma pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta terça-feira, 1º de abril. O levantamento também revelou que 44,9% aprovam a gestão, enquanto 1,5% não souberam responder.
Em comparação com a pesquisa anterior, realizada em fevereiro, a desaprovação subiu de 53% para 53,6%, enquanto a aprovação caiu de 45,7% para 44,9%.
A pesquisa foi conduzida entre os dias 20 e 24 de março, com 4.659 entrevistados. A margem de erro é de 1 ponto percentual para mais ou para menos, e o índice de confiança alcança 95%.
Avaliação do governo
Entre os entrevistados, 49,6% consideram a gestão ruim ou péssima, enquanto 37,4% classificam como ótima ou boa. Outros 12,5% avaliam como regular, e 0,5% não souberam opinar.
No levantamento anterior, os números foram semelhantes: 50,8% avaliaram o governo de forma negativa, 37,6% positiva e 11,3% consideraram a administração regular.
Pesquisa: 54% dos brasileiros desaprovam o governo Lula
Outra desaprovação de Lula
A pesquisa Pulso Brasil do Instituto de Pesquisas Sociais, Politicas e Econômicas (Ipespe) divulgada na última quinta-feira, 27 de março, mostra que 54% dos brasileiros desaprovam o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Enquanto isso, 41% aprovam o terceiro mandato do petista. Já 5% não sabiam ou não respondeu.
O presidente se sai melhor entre os que têm 16 a 24 anos (54% de aprovação), os que concluíram apenas o ensino fundamental (47%) e os que possuem renda familiar de até dois salários mínimos (48%). Lula leva a pior entre os que têm 45 a 59 anos (58% de desaprovação), os que concluíram o ensino médio (58%) e possuem renda familiar superior a cinco salários mínimos (60%).
A única região com aprovação superior a desaprovação é o nordeste, onde o PT não perde uma eleição desde 2002, com 50% de aprovação e 45% de reprovação. Já a que o presidente vai pior é a região sul, com 33% de validação e 62% de rejeição.
O levantamento também aponta que 58% da população acredita que a economia brasileira está no caminho errado. Já 35% têm a percepção de que o rumo está na direção correta. E 6% não sabiam ou não respondeu.
Encontros começaram antes mesmo de Sidônio tomar posse; presidente fará evento nesta semana visando ampliar aprovação
Por Ana Isabel Mansur
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém reuniões quase diárias com o ministro da Secom (Secretaria de Comunicação), Sidônio Palmeira, desde que indicou o publicitário ao cargo, em janeiro. Desde a posse, em 14 de janeiro, até essa segunda (31), passaram-se 76 dias — e as reuniões só não ocorreram em 24 deles, incluídos fins de semana, feriados e deslocamentos nacionais e internacionais de Lula, como a recente viagem à Ásia. O levantamento foi feito pelo R7. Nesta terça-feira (1°), inclusive, a primeira agenda do dia de Lula é exatamente com Sidônio, às 9h.
Apesar dos encontros frequentes, a popularidade do presidente segue em baixa desde o início do ano. Lula trocou o comando da Secom, antes sob o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), em meio a insatisfações e críticas públicas à divulgação das ações do governo federal, de responsabilidade da pasta. No entanto, pesquisa Ipsos-Ipec recém-divulgada mostrou que 41% dos brasileiros consideram a gestão ruim ou péssima (leia mais sobre pesquisas abaixo).
A gestão aposta em ações recentes para alavancar a aprovação ao petista, como a expansão do crédito consignado para todos os trabalhadores com carteira assinada e a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 por mês.
Na quinta-feira (3), o presidente vai participar de um evento para apresentar programas e ações de dois anos de governo visando melhorar a aprovação dele. De acordo com o Palácio do Planalto, o evento recebeu o nome de “O Brasil Dando a Volta Por Cima”. A cerimônia vai contar com a participação de ministros de Estado, parlamentares, autoridades e integrantes da sociedade civil organizada.
A iniciativa de crédito já está em vigor, mas, por ser uma medida provisória, precisa ser aprovada pelo Legislativo — em até 120 dias contados da publicação, em 21 de fevereiro — para não perder a validade.
Embora a isenção do IR precise receber o aval do Congresso para valer, o Executivo acredita que a nova faixa esteja em vigor já a partir do próximo ano. Não há ainda, contudo, data para os parlamentares votarem o tema.
Reuniões com o novo titular
O primeiro encontro entre Lula e Sidônio foi em 10 de janeiro, antes mesmo de o ministro assumir. As conversas também ocorreram nos dias 13 e 14. Ele, que foi responsável pela campanha presidencial do petista em 2022, começou na Secom em meio à crise do Pix e à alta do preço dos alimentos.
Para tentar unificar as ações de divulgação do governo em meio à baixa popularidade, o ministro da Secom reuniu, há duas semanas, as assessorias de comunicação dos ministérios e órgãos ligados ao Executivo. Sidônio chamou cerca de 500 profissionais para alinhar as estratégias e apresentar conceitos a serem usados na informação de serviços, programas e políticas públicas.
Alterações internas
Como prometido por Sidônio (veja mais abaixo), Lula aumentou as entrevistas concedidas à imprensa. Desde a posse do novo ministro até essa segunda (31), foram 20 conversas, além de um pronunciamento em rede nacional de TV e rádio. A título de comparação, no mesmo período do ano passado foram 11 entrevistas.
O novo ministro também fez alterações na equipe: trocou o secretário de Imprensa e contratou uma nova gestão para as redes digitais. José Chrispiniano, que tocava o relacionamento de Lula com os veículos de mídia desde 2011, foi substituído por Laércio Portela.
O comando da secretaria de Estratégias e Redes, que chefia áreas como pesquisa, análise e canais digitais, também foi trocado. No lugar de Brunna Rosa, que coordenou a comunicação digital do petista na campanha eleitoral de 2022, assumiu Mariah Queiroz. Na prática, a substituição indicou uma nova fase na estratégia da presença do governo nas redes sociais.
Com Sidônio, perfis pessoais de Lula em plataformas como Instagram e TikTok saíram da alçada de Ricardo Stuckert, que é fotógrafo do presidente desde o primeiro mandato.
Desaprovação
Apesar das atualizações e dos esforços, a popularidade de Lula segue em baixa. A pesquisa Ipsos-Ipec divulgada em 13 de março mostrou que 41% dos brasileiros consideram a gestão ruim ou péssima, contra 27% que a classificam como ótima ou boa.
Na comparação com o último levantamento, divulgado em dezembro de 2024, a avaliação negativa subiu sete pontos percentuais (eram 34%), e a positiva caiu sete pontos percentuais (eram 34%). Os dados também indicaram que 55% dos cidadãos desaprovam a forma como Lula administra o país (recorde para o atual mandato), contra 44% que aprovam.
O cenário negativo de março segue a tendência dos meses anteriores. No fim de janeiro, pesquisa Genial/Quaest mostrou que a desaprovação ao trabalho do presidente subiu dois pontos porcentuais na comparação com dezembro de 2024, de 47% para 49%. No período, a aprovação oscilou cinco pontos para baixo, de 52% para 47%.
Em 14 de fevereiro, pesquisa Datafolha apontou que 41% dos eleitores reprovavam o presidente, o maior número já registrado pelo levantamento considerando os mandatos anteriores de Lula. O petista tinha, ainda, a pior aprovação dos três governos dele, com 24%.
Dias depois, levantamento da CNT (Confederação Nacional do Transporte) divulgou que a gestão é avaliada como ruim ou péssima por 44% dos brasileiros. Esse foi o maior número medido pela CNT dos três mandatos de Lula. Houve, ainda, alta de 13,2 pontos percentuais em relação ao dado anterior.
Segundo a pesquisa, 28,7% achavam o governo de Lula ótimo ou bom, e 26,3% tinham uma avaliação regular. Pela primeira vez na história do levantamento da confederação, a avaliação negativa do petista superou a positiva.
Discursos problemáticos
Soma-se ao contexto falas controversas proferidas por Lula. O presidente é conhecido por escolher improvisar em vez de ler os discursos, escritos pela própria equipe. Apesar dos deslizes, que ocorrem desde o início do mandato, Sidônio informou, ao assumir a Secom, que não repreenderia o presidente por eventuais falas problemáticas (leia mais abaixo).
O episódio mais recente teve a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, como alvo. Em 12 de março, o petista atribuiu a escolha de Gleisi para comandar a articulação política do governo ao fato de ela ser uma “mulher bonita”. Antes dela, a pasta era chefiada por Alexandre Padilha, agora ministro da Saúde.
“Acho muito importante trazer aqui o presidente da Câmara [Hugo Motta (Republicanos-PB)] e do Senado [Davi Alcolumbre (União-AP)], porque uma coisa que eu quero mudar, estabelecer a relação com vocês, por isso eu coloquei essa mulher bonita para ser ministra das Relações Institucionais, é que eu não quero mais ter distância de vocês”, declarou Lula.
No início de fevereiro, em meio à alta do preço dos alimentos, o presidente sugeriu que as pessoas deixassem de comprar os itens que estão caros para forçar os produtos a terem redução de preço. Para Lula, não adquirir alimentos caros faz parte da “sabedoria do ser humano”. O petista também afirmou que os brasileiros não podem ser “extorquidos”.
“Uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo. Se você vai no supermercado e você desconfia que tal produto está caro, você não compra. Ora, se todo mundo tiver essa consciência e não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, senão vai estragar”, declarou, à época.
Gestão de Sidônio
Quando foi confirmado como novo chefe da Secom, Sidônio afirmou que o presidente pediu a ele “uma comunicação perfeita”. O publicitário também destacou que o objetivo era aumentar a popularidade do governo e reforçou a necessidade de melhorar a comunicação digital e a presença do Executivo nas redes sociais.
Sidônio afirmou, ainda, que Lula aumentaria as entrevistas à imprensa e informou que “nunca puxaria a orelha” do presidente por eventuais deslizes nos discursos. O publicitário negou, ainda, que as falas do petista sejam melhores quando lidas, em detrimento de improvisos. “O presidente tem vários predicados e vários atributos. Tem vários atributos, inclusive a fala. Ele é quem é pelo jeito que ele fala”, defendeu.
“O que eu vou fazer é a melhor comunicação, de uma forma mais atualizada, mais adequada, é nisso que eu vou trabalhar. A comunicação tem que ser uníssona. Essa é a compreensão. Acho que a gente vai fazer primeiro uma anamnese [diagnóstico], para depois ver as medidas”, finalizou Sidônio.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), decidiu antecipar sua ida a Salvador para ter mais tempo para conversar com empresários e políticos, em busca de apoio para a eleição de 2026
Por Marina Demor
A previsão é de que ele embarque nesta terça-feira (1º), dois dias antes do evento de lançamento da sua pré-candidatura à Presidência da República, marcado para sexta-feira (4). Caiado já tem encontros marcados com empresários. Ele será homenageado pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e quer começar a interlocução com nomes influentes no estado, se apresentando como candidato alternativo ao do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a disputa presidencial.
Estender a estadia em Salvador faz parte de uma estratégia para ampliar sua visibilidade no Nordeste, considerado um reduto eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), onde Bolsonaro só alcançou 27% dos votos no segundo turno da eleição de 2022. Como mostrou a CNN, Ronaldo Caiado não declinou em se lançar pré-candidato ao Planalto mesmo com pressões do União Brasil, que está em negociação com o PP para formar uma federação.
Ainda assim, ele será recebido pelo vice-presidente da sigla, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, e pelo atual prefeito, Bruno Reis (União). Caiado também estará acompanhado por uma comitiva formada por empresários de Goiás, prefeitos, deputados estaduais e federais. O atual prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União), por exemplo, já bloqueou a agenda de compromissos para a próxima sexta-feira e confirmou que vai a Salvador.
Na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), o goiano vai receber o título de cidadão baiano e a comenda 2 de julho. O lançamento da pré-candidatura estava previsto para ocorrer no estacionamento da assembleia, mas foi transferido para um Centro de Convenções para, segundo interlocutores, evitar problemas com a Justiça Eleitoral.