O prefeito de Capital bem que tentou, mas não conseguiu ser ouvido em Brasília. Já Eduardo disse que acusações não o afetam. Porto Nacional também tem investigações sobre desvios na Saúde
Por Edson Rodrigues
O prefeito de Palmas, Carlos Amastha, não conseguiu um tratamento diferenciado para ser ouvido em Brasília, no TRF, longe dos olhos do povo palmense e da imprensa, seu sonho foi frustrado pelo Ministério Público.
O prefeito de Palmas foi ouvido por 8 horas, na superintendência da Polícia Federal na Capital tocantinense e, depois, saiu escondido e sem falar com a imprensa. Amastha depôs em cumprimento ao mandado de condução coercitiva a respeito da Operação Nosotros, deflagrada em novembro.
Prefeito de Palmas Carlos Amastha e Deputado Estadual Eduardo Siqueira Campos são investigados
Dissimulado, Amastha postou em uma rede social que respondeu todas as perguntas, mesmo havendo afirmado que convocaria uma coletiva de imprensa após o depoimento na Polícia Federal.
O prefeito é investigado pela Operação Nosotros da PF, que apura um suposto esquema sobre a utilização da máquina pública do município envolvendo o processo de licitação do Bus Rapid Transit (BRT) e no Imposto de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). A suspeita é que informações privilegiadas estariam sendo passadas para empresas que participaram da concorrência, além de coações a proprietários de terras privadas para que repassem parte das propriedades para grandes imobiliárias.
Apesar das evidências, o prefeito de Palmas, ainda não é réu, mas sim investigado pela Polícia Federal.
EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS
O deputado Eduardo Siqueira Campos é investigado também na Operação Ápia, nas denúncias sobre desvio de dinheiro do IGEPREV, e agora na Operação Acrônimo. No início da manhã desta quarta-feira, 30, Eduardo Siqueira Campos esteve na sede da Polícia Federal, em Palmas, prestando esclarecimentos depois de seu nome ter sido citado m delação premiada da Operação Acrônimo, quanto a recebimento de propina.
Ao sair da PF, depois de prestar depoimento, ele falou com os jornalistas. Questionado sobre o motivo de seu nome ter sido citado na operação, Eduardo informou que “isso tem que ser perguntado a quem citou. Às vezes pela maldade, inveja. Eu não sei dizer”.
Já sobre a delação em que ele é citado por, supostamente, ter recebido propina nas cartilhas de educação de trânsito do Detran, ele garantiu que não recebeu dinheiro algum e que não sabe quem recebeu. “Não fui delatado! Eles disseram que o dinheiro foi entregue a terceiros, que por sua vez poderiam ter entregado a mim. Então não há acusação direta a mim. Eu não sei quem recebeu. Cabe a Polícia Federal descobrir isso”, defendeu-se.
PAULO MOURÃO E PASTOR ANDERSON
Na Capital da Cultura, Porto Nacional, também há operações em andamento por parte da Polícia Federal. Uma de busca apreensão de documentos na prefeitura de Porto Nacional, referente a administração do ex-prefeito e atual deputado estadual Paulo Mourão, com apreensão de documentos e computadores que corre em segredo de justiça. A operação é a continuidade da ação iniciada em junho deste ano, envolvendo operações da Funasa, envolvendo obras de saneamento básico na zona urbana de Porto Nacional, principalmente no distrito de Luzimangues, à época em valores de cerca de 14 milhões de reais e que, hoje, já somam mais de 26 milhões de reais, com juros e correção monetária. Esse processo contra Paulo Mourão, inclusive, já está concluso e tem até o próximo dia 19 deste mês para entrar em julgamento no TCU. Caso isso não aconteça, será um dos primeiros a serem votados em 2017.
Ex-prefeito Paulo Mourão investigado
Outra operação culminou com a prisão do ex-secretário de Saúde na gestão de Otoniel Andrade, pastor Anderson, também com apreensão de computadores e documentos que apuram desvios de mais de 22 milhões de reais..
Recentemente, uma operação pela Polícia Federal foi deflagrada tendo como alvo o Clero de Porto Nacional, com apreensão de documentos de computadores, que corre em segredo de Justiça.
A população de Porto Nacional, agradecida, aplaude e dá força às ações contra a corrupção em andamento na cidade, ansiosa por tempos melhores e por uma faxina política..
Até agora não há um resultado final das operações da Polícia Federal nem do MPE, mas tudo caminha para, em breve, a justiça se pronunciar. Não estão descartadas novas ações a qualquer momento Por enquanto, ninguém é réu em nenhuma operação, mas podemos assegurar que não são Santos.
Pastor Anderson Oliveira Costa, preso
O que espanta, em Porto Nacional, é o fato de os vereadores não terem levantado uma palavra em defesa ou em crítica do que vem acontecendo na cidade, enquanto a população aplaude de pé as ações da Polícia Federal enquanto se pergunta se teria sido apenas ele a usar de forma ilícita o dinheiro público.
SOBREVIVÊNCIA
Acreditamos que poucos conseguirão sobreviver e essa será, sem sombra de dúvidas, uma depuração na classe política do Estado mais novo da Federação, que apresenta vícios caninos entre os membros de todos os partidos.
Aos homens e mulheres, que assumirão os executivos municipais no dia 1º de janeiro, todo o cuidado será pouco. Cuidado para não escolherem raposas para cuidar dos galinheiros, para não escolherem fichas sujas e pessoas desonestas.
Quem achar que entrou na política para ficar rico, cuidado para não terminar miserável, preso, condenado e abandonado.
Que Deus nos abençoe!