Não se fala em outro assunto nos bastidores da política portuense desde a tarde desta terça-feira (6), que não seja a intervenção branca sofrida nas últimas horas pelo Diretório Municipal do PMDB de Porto Nacional. Segundo uma fonte da cúpula do PMDB, tudo foi devidamente articulado, planejado e executado pelo Palácio Araguaia, leia-se governador Marcelo Miranda.
Por Edson Rodrigues
O presidente da nova Comissão Provisória é o suplente de vereador André Costa que, coincidentemente foi recentemente nomeado assessor do governador Marcelo Miranda, com assento em gabinete do segundo andar do Palácio Araguaia.
A cúpula do PMDB portuense está dividida em três grupos. O primeiro formado pelos seguidores do ex-governador biônico Carlos Gaguim e pelo seu sogro, o empresário e ex-presidente da sigla em Porto Nacional, Batista Pereira. O segundo grupo, o menor de todos, é formado pelos simpatizantes da senadora e Ministra Kátia Abreu. O terceiro e maior grupo é formado pelos peemedebistas autênticos, composto por ex-vereadores, ex-prefeitos, ex-deputados federais e ex-secretários de estado.
Ao decretar essa intervenção, o Palácio Araguaia não avisou nem convidou ninguém de nenhum desses grupos, apenas o ligados ao governador Marcelo Miranda, deixando de fora nomes importantes da velha guarda do partido, assim como os seguidores de Kátia e Gaguim, que tiveram conhecimento do fato por terceiros, o que acirrou ainda mais os ânimos dentro do partido.
Quando, no passado, Oswaldo reis tomou atitude semelhante, causou uma verdadeira implosão do diretório portuense do partido, que só teve forças e condições para se unir novamente na eleição do próprio Marcelo Miranda para o governo do Estado.
A intervenção de Oswaldo Reis alijou do poder a então presidente do diretório municipal, Maria Deusalice e seu vice-presidente, Marcelo Thomás, que era uma das principais lideranças do PMDB do Estado e que, apesar da sua influência política, resolveu abandonar de vez a vida pública para cuidar de seus assuntos profissionais.
Uma fonte de dentro do Palácio Araguaia chegou a nos perguntar se achávamos que “ante o fogo amigo constante do PMDB de porto nacional e a quantidade de boas notícias que a cidade pode vir a proporcionar economicamente para o Estado, deixariam Marcelo Miranda e seu líder na Assembleia Legislativa, Paulo sardinha Mourão de braços cruzados? Esses dois jamais deixariam de lutar para conquistar o comando do partido e a possibilidade de eleger o próximo prefeito!”, profetizou.
Segundo essa mesma fonte, esse intervenção vai abrir as portas para que diversas lideranças políticas, comunitárias, empresariais e até o povo, em geral, possam participar do processo sucessória na cidade, inclusive contando com uma sede municipal, coisa que há anos o PMDB não tem em Porto Nacional.
Por outro lado, um dos principais articuladores políticos do PMDB portuense disse que está acompanhando de perto toda essa movimentação e que o revide já está pronto e virá na hora certa, do jeito certo e com a intensidade certa para que o Palácio Araguaia sinta a real força do partido na cidade.
NOSSO PONTO DE VISTA
Esse filme nós já assistimos, quando houve a implosão do partido no passado, por conta das truculências de Oswaldo Reis. Caso um episódio parecido venha a se repetir, como os fatos se encaminham, acreditamos que haverá um novo, lento e cruel sangramento do partido, em que não se pode prever nem o tamanho nem a duração do estrago.
Um estrago que, desta vez, terá efeitos colaterais imprevisíveis, pois partirão dos gabinetes de Brasília, pois caso Katia Abreu e Carlos Gaguim sejam isolados, deve-se somar a isso as decisões de Dulce Miranda e Josi Nunes de se posicionarem contrárias à barganha de cargos pelo apoio do PMDB à presidente Dilma e aí as conseqüências podem ser desastrosas para o Tocantins, pois podem respingar em todos os prefeitos de todos os municípios tocantinenses e gerar uma intervenção total no PMDB do Tocantins.
Todo esse imbróglio só confirma que alguns líderes partidários do Tocantins estão, pelo menos neste momento, preocupados apenas com seus próprios umbigos, deixando de lado o que realmente interessa, que é o bem-estar do povo tocantinense.
Mas o povo está atento e observando cada movimento que é feito nessa disputa política.
Independente de partido, o povo sabe que deve votar em quem demonstra interesse em fazer o melhor pelo Estado e por suas cidades.
Nesse contexto, o PMDB tocantinense está dando um grande exemplo de como jogar votos no ralo....
Quem viver verá!