Há um consenso entre os principais cientistas e analistas políticos sobre o poder de transferência de votos nas eleições majoritárias de 2026. Segundo esse consenso, os governadores que estiverem com, pelo menos, 75% de aprovação popular em suas avaliações, terá a capacidade de transferir entre 35% a 40% dos votos aos seus apoiados, levando-se em consideração, claro, os pontos positivos de cada pré-candidato
Por Edson Rodrigues
Entre os presidenciáveis, Jair Bolsonaro, mesmo inelegível, tem maior capacidade de transferência de votos que o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, embora os eleitores estejam analisando – e esperando – o surgimento de novos nomes, ante o clima de forte polarização que ainda rege a política nacional.
A tendência do eleitorado brasileiro, hoje, com o pífio desempenho do governo Lula III é escolher um candidato mais ao centro do espectro político.
TOCANTINS: AS ENTRELINHAS DA SUCESSÃO ESTADUAL
O momento atual é de céu de brigadeiro para o governador Wanderlei Barbosa, com mais de 80% de aprovação à sua gestão e uma ótima base política consolidado na Assembleia Legislativa, onde reúne o apoio de 20 dos 24 deputados estaduais, e com mais de 65% dos prefeitos eleitos por partidos que compõem o entorno do Palácio Araguaia.
Deputado Amélio Cayres e Senadora Sorinha Seabra
No grupo palaciano há duas pré-candidaturas ao governo: a senadora Dorinha Seabra, do União Brasil, prestes a formar uma federação com o PP, e o deputado estadual e presidente da AL, Amélio Cayres, do Republicanos, que tem mantido muito próximo de Wanderlei Barbosa, participando das viagens e atos governamentais, mantendo suas pretensões eleitorais em pleno crescimento, impactando, positivamente, diversos partidos e grupos políticos com a forma respeitosa e dinâmica com que vem tocando sua pré-candidatura.
Outros nomes no páreo da sucessão estadual são o do vice-governador Laurez Moreira, que vem percorrendo o Estado e mantendo conversações com toda a classe política, fazendo questão de não demonstrar qualquer ressentimento em relação ao governador Wanderlei Barbosa; o ex-governador Mauro Carlesse e o ex-senador Ataídes Oliveira.
É bom lembrar que para ser candidato ao governo, não basta colocar o nome à apreciação popular. É preciso agir, mostrar trabalhos anteriores e dizer, claramente à que está vindo e o que pretende realizar de diferente.
Vice=governador Laurez Moreira
Não há espaço para amadorismo nas eleições de 2026, nem para governador nem para senador. O eleitorado está muito mais consciente e exigente,, buscando propostas e planos de governo ao invés de picuinhas políticas e denuncismo. As candidaturas terão que ser muito bem justificadas e baseadas em muito trabalho, coisa que os próximos seis meses serão tempo mais que suficiente para que cada postulante se apresente, de forma coerente, aos eleitores e se organizem para o embate.
Nesse ponto, Amélio Caires sai na frente dosa demais, por conta do seu entrosamento e apoio junto à classe política.
Mas, antes da abertura das urnas, sabe-se muito bem, não há vencedores nem perdedores.
G5 + ou MENOS?
Prefeitos do G 5 em duas fotos uma com a senadora Dorihna e outra com o senador Iraja Abreu
Enquanto isso, o G5+, grupo formado pelos prefeitos dos cinco maiores colégios eleitorais do Estado em apoio declarado à candidatura da senadora Dorinha Seabra, ainda não decolou . continua “taxiando na pista” aguardando uma “autorização de vôo”.
Josi Nunes, de Gurupi, Wagner Rodrigues, de Araguaína, Celso Morais, de Paraíso, Eduardo Siqueira Campos, de Palmas e Ronivon Maciel, de Porto Nacional, demonstraram coerência e atitude ao lançar o G5+, mas, desde então, fatos políticos vêm adiando a decolagem do grupo, como a nomeação do vice-prefeito de Paraíso como titular uma secretaria estadual, a declaração de Josi Nunes se dizendo parceira do governador Wanderlei Barbosa e a proximidade cada vez maior deste com o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos.
Enquanto isso, Wagner Rodrigues e Ronivon Maciel dão tempo ao tempo para, mais à frente, se decidir como irão agir.
Em meio a isso tudo, não está descartada uma reviravolta em todo esse panorama estadual, com data marcada para março, caso o governador Wanderlei Barbosa decida renunciar ao cargo para se candidatar ao Senado, abrindo espaço para que Laurez Moreira assuma o governo.
Governador Wanderlei Barbosa
O certo é que a permanência de Wanderlei garantirá vaga no segundo turno ao candidato que estiver apoiando.
Como já foi dito, os próximos 6 meses serão decisivos para o destino e o futuro de cada um dos envolvidos na sucessão estadual de 2026. Criar musculatura política e fortalecer seu grupo será primordial, mas ter canais de diálogo com os eleitores e reforçar seu posicionamento em relação ao governo do Estado será fundamental.
Por enquanto, a única certeza é que todos terão muito trabalho para garantir seus nomes nas urnas eletrônicas em outubro do ano que vem.
Por hoje é só!