Cooptação de oito prefeitos, liderados por Laurez Moreira tem contornos de “revanche” após o “caso” Cíntia Ribeiro
Da Redação
Há algum tempo, um só tinha ao outro. Hoje, o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB) e o senador Ataídes Oliveira (PSDB) não devem ser convidados para a mesma mesa.
Em evento da Frente Nacional dos Prefeitos, realizado em Palmas, Amastha deu mostras de que sentiu o “golpe” desferido pelo senador Ataídes Oliveira, que cooptou oito prefeitos do PSB, que se filiaram ao PSDB, comandados por Laurez Moreira, prefeito de Gurupi, terceiro maior colégio eleitoral do Tocantins.
Amastha deu declarações à imprensa de que a atitude de Ataídes é um “caminho sem volta”, tentando demonstrar alguma força, mas, logo depois, insinuou que a presença “do grande conciliador” João Dória, prefeito de São Paulo, em Palmas, poderia ser o início de uma reversão nas filiações.
Carlos Amastha só esqueceu que João Dória é do PSDB, partido do senador Ataídes e, muito provavelmente, não vai jogar contra o próprio time, uma vez que vem sendo alentada na imprensa uma suposta traição de Dória ao seu grande mentor político, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que lançou Dória na política e, agora, disputa com sua “criatura” a indicação do PSDB para ser o candidato do partido à presidência da República em 2018.
A filiação dos oito prefeitos do PSB ao PSDB é um duro golpe nas intenções de Amastha em ser candidato ao governo do Estado, já que o PSB tem pouca representatividade e, sem a aliança com o PSDB, perde a maior parte do seu tempo no Horário Eleitoral Gratuito de Rádio e TV.
Ao apelar pela intermediação de João Dória no caso, Carlos Amastha mostrou que a ação de Ataídes o pegou em cheio, em um momento em que está difícil para ele cooptar nomes de peso para a construção de sua chapa ao governo do Estado, já que chamou os políticos tocantinenses de “vagabundos” e conseguiu irritar toda a classe.
Para Ataídes, o êxodo de prefeitos rumo à sua sigla é uma revanche pessoal, já que, após atrair o PSDB para seu governo, Amastha iniciou uma espécie de aliciamento aos principais nomes tucanos, tendo, inclusive, atraído a vice-prefeita, Cíntia Ribeiro, indicada pelo próprio Ataídes.
MARCELO ENTREGA OBRAS E PREPARA MUDANÇAS
Enquanto a oposição dá sinais de falta de harmonia, o governador Marcelo Miranda continua suas viagens pelo interior do Estado, ouvindo lideranças regionais, colhendo aconselhamentos e sugestões, dando um compasso certo ao andamento de suas pretensões de se candidatar à reeleição e, principalmente, entregando obras em um momento em que o País todo enfrente dificuldades financeiras. São colégios, estradas e hospitais, obras que só se tornaram realidade pela dedicação com que o governador percorre ministérios e agentes financiadores internacionais, em busca de recursos para melhorar a vida dos cidadãos.
O governador inaugurou, na cidade de Alvorada, a adequação e ampliação do Centro Cirúrgico do Hospital de Referência de Alvorada, que está sendo reativado para atender os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Na sequência, o governador inaugurou, na rodovia TO-373, um total de 112,61 km de pavimentação, ligando Alvorada a São Miguel, já na divisa com o estado de Goiás.
Na área da Saúde, o governo também vem investindo em uma maior oferta de vagas, e entrega à população mais leitos de internação, quatro leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto e dois leitos de UTI Pediátrica serão entregues ainda neste mês de agosto.
Os novos leitos vão se juntar aos outros 96 leitos que já foram entregues pelo governador no último mês de maio, totalizando 192 novos apartamentos, que irão acomodar mais pessoas que precisam de cuidados. Os mais de 90 leitos, já entregues, acolheram pacientes após a desativação do antigo Anexo Provisório do hospital, uma tenda que era utilizada para internação desde o ano de 2013. Os locais são amplos e contam com banheiros adaptados.
Paralelamente à agenda de viagens, o governador também prepara uma mudança em sua equipe, de secretários à chefes de regionais nos municípios do interior. Marcelo sabe que esse é o momento adequado para acolher novas e velhas lideranças, dar lugar à companheiros competentes e leais e preparar a arrancada final do seu governo, rumo à campanha eleitoral de 2018.
Marcelo aguarda apenas a conclusão de um estudo técnico-financeiro feito por seu grupo gestor para finalizar as modificações, que devem ser feitas todas de uma só vez.
Nas conversas privadas com o presidente da República Michel Temer, ministros, agentes financiadores, como BNDES, Caixa e Banco do Brasil e com a bancada federal do Tocantins, Marcelo quer garantir os recursos necessários para o início de obras importantes, como a nova ponte sobre o Rio Tocantins, em Porto Nacional.
A maior certeza que temos é que Marcelo finalizará seu mandato com um governo de coalizão, agregando todas as forças que querem ajudá-lo a construir um Tocantins melhor. Disso temos certeza!