O ex-deputado estadual Pascoal Baylon Pedreira que foi deputado constituinte, autor da emenda constitucional que criou Palmas faz uma alerta aos partidos, candidatos a prefeitos e vereadores, entidades classistas e representativas como Sebrae, Fieto, Senai, Sesi, e universidades.
Por Edson Rodrigues
Em entrevista ao O Paralelo 13, o ex-deputado falou da importância dessas instituições promoverem ações no período eleitoral tendo como foco o eleitor, autor e responsável por todo o andamento do país. “Precisamos de pessoas que defendam a sociedade, que invista na população de forma a esclarecer, auxiliar neste processo democrático, criar discussões com temas de prioridades de todos. Não temos visto nos últimos anos quase ninguém defendendo ideias coletivas, e Palmas precisa de um oxigênio que possa fazer com que sua comunidade desenvolva”.
Pedreira ressaltou a necessidade de programas voltados para a ação social, geração de empregos. “Temos enquanto população de inúmeras coisas em caráter de urgência, como a construção de um hospital com maternidade feito pelo poder público municipal, para diminuir o fluxo do HGP – Hospital Geral de Palmas e Hospital e Maternidade dona Regina, construção de mais creches para que as mães consigam ser inseridas no mercado de trabalho já que terão um lugar específico e preparado para cuidar dos seus filhos”.
Para ele, o futuro prefeito precisa revisar as taxas de impostos e buscar reduzi-las pois a classe empresarial precisa ser envolvido neste processo de transformação, e com menos imposto, o comerciante consegue oferecer os seus serviços a um menor preço e aumentar o poder de compra da população.
Durante a conversa com a equipe do O Paralelo 13, Baylon foi categórico e disse que essas ações precisam ser feitas e os problemas enfrentados independente do partido, cor, religião ou raça do grupo político que assumir a Capital. Disse ainda que precisará garantir uma convivência harmônica de boas parcerias com os governos federal e estadual pois só por meio de parcerias é possível atender a comunidade. “Não justifica o fato de o prefeito da Capital não ter um bom relacionamento com o governo do estado, essa relação institucional facilita na execução de parcerias. O eleitor deve prestar atenção nesses fatos onde só a comunidade sofre as consequências”, disse
Crise Econômica
Para o ex-deputado o País ainda terá um longo período de recessão. Ele estima que a crise econômica, política pode durar ainda de dois a quatro anos. “Os municípios tem enfrentado um efeito cascata. Atingiu o país, por meio do governo federal, que baixou o repasse dos Estados, e paralelo a isso arrecadaram menos porque a população diminuiu o índice de consumo, e os municípios sofrem o impacto de forma maior, por isso defendo tanto a união dos poderes, e da sociedade porque o poder público precisa das pessoas para sair da crise. As entidades classistas tem papel fundamental neste processo, só assim o povo não será sacrificado”.
Com base nisso é importante ressaltar a participação que o eleitor tem neste processo. Ele é o ator principal, o norteador de tudo, e essa participação é mais efetiva por meio do voto. “O eleitor precisa conhecer os seus candidatos. Passado, presente, quem são seus aliados, conhecer a ideologia do partido, as propostas, e cobrar, um canal que facilita isso são os debates, e eles precisam da participação das pessoas. A população precisa tomar consciência que uma escolha errada pode mudar todo um percurso, os rumos, e votar consciente é o que vai definir isso”, finalizou o ex-deputado.