Imprimir esta página

Eduardo Leite deixa PSDB e se filia ao PSD nesta sexta-feira

Posted On Sexta, 09 Mai 2025 04:58
Avalie este item
(0 votos)
O governador Eduardo Leite O governador Eduardo Leite

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, vai deixar o PSDB após 24 anos para se filiar ao PSD, partido comandado por Gilberto Kassab, e disputar a Presidência da República. O ato de filiação está marcado para esta sexta-feira, às 15h, no gabinete da Direção Nacional do partido, em São Paulo.

 

 

Por Bianca Gomes

 

 

“Eduardo Leite possui enorme experiência na vida pública, mesmo ainda muito jovem. É um extraordinário gestor, com enorme espírito público. Será uma grande liderança a se somar ao PSD, partido que quer oferecer os melhores quadros e as melhores políticas públicas aos brasileiros. Chega ao partido como um pré-candidato à Presidência da República, por todas as suas qualidades e experiência”, afirmou Kassab. Segundo o dirigente partidário, Leite será o presidente do PSD no Rio Grande do Sul.

 

O governador disse, em nota, que “as circunstâncias do cenário político e eleitoral, tanto no Rio Grande do Sul quanto no Brasil, exigem novos caminhos”. “Mesmo fora do PSDB, continuo ao lado de todos os tucanos que, como eu, acreditam na política como instrumento de transformação da realidade”.

Já o PSDB informou, em nota, que respeita a decisão de Leite “de escolher outro partido para dar continuidade à sua carreira política”. “Lamentamos que essa decisão ocorra exatamente no momento em que o PSDB está se reconstruindo e se fortalecendo para voltar a liderar um projeto nacional de centro”, diz o texto. (Leia a íntegra abaixo).

 

A filiação ocorre após o avanço das negociações para a incorporação do Podemos pelo PSDB. Em entrevista ao portal InfoMoney publicada nesta quinta, Leite afirmou estar preparado para disputar a Presidência da República, mas sinalizou que isso não deveria ocorrer pelo PSDB, partido que, segundo ele, está “deixando de existir”.

 

“O PSDB a que eu me filiei há 24 anos está deixando de existir. Tomou-se uma decisão de fazer uma fusão com o Podemos e, provavelmente, essa fusão vai ensejar um novo nome, um novo número, uma nova marca, um novo programa partidário. O PSDB, no formato que historicamente se apresentou para a população brasileira, está saindo do cenário. Vai ser um novo partido”, disse.

Leite se filia ao PSD com a expectativa de disputar a Presidência da República. Na última eleição, o partido de Gilberto Kassab foi o que mais elegeu prefeitos, governando um em cada seis municípios do País. Para se viabilizar, no entanto, Leite terá de enfrentar a concorrência interna de Ratinho Junior (PSD), governador do Paraná, que também mira o Planalto.

 

Em março, o PSDB já havia perdido a governadora do de Pernambuco, Raquel Lyra, para o PSD. Agora, com a saída de Leite, a legenda terá apenas um chefe de Executivo estadual para chamar de seu: Eduardo Riedel, governador do Mato Grosso do Sul.

 

Riedel mantém conversas com outros partidos, mas prometeu esperar o desfecho da negociação com o Podemos para tomar sua decisão. Como mostrou o Estadão, o Mato Grosso do Sul se tornou o último reduto do PSDB em meio ao apequenamento do partido nos anos recentes. Lá, os tucanos comandam mais da metade dos 79 municípios.

 

Leia a nota do PSDB sobre a saída de Leite da sigla

 

O PSDB manifesta seu respeito à decisão do governador Eduardo Leite de escolher outro partido para dar continuidade à sua carreira política.

 

Lamentamos que essa decisão ocorra exatamente no momento em que o PSDB está se reconstruindo e se fortalecendo para voltar a liderar um projeto nacional de centro, longe dos extremos. A fusão com o Podemos, caminho que estamos construindo para fortalecer o PSDB, contou inclusive com o voto do próprio governador Eduardo Leite.

 

Desde a sua fundação, o PSDB nunca escolheu o caminho mais fácil, mas o mais coerente com nossos princípios e valores.

 

Foi assim que transformamos o Brasil, e assim continuaremos a fazer.

 

O Brasil precisa voltar ao caminho da responsabilidade fiscal, da modernização da máquina pública e da sensibilidade social, longe dos extremismos e do populismo.

 

E por mais árdua que possa parecer a travessia, resistiremos com força, fé e com a certeza de que o Brasil ainda precisa do PSDB.

 

Comissão Executiva Nacional do PSDB

 

 

{loadposition compartilhar} {loadmoduleid 252}
O Paralelo 13

Mais recentes de O Paralelo 13

Itens relacionados (por tag)