O eco reproduzido pela superfície das urnas traduz um alerta geral

Posted On Quarta, 25 Novembro 2020 05:11
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“Resistência aos tiranos é obediência a Deus” 

 

THOMAS JEFFERSON

 

 

 Por Edson Rodrigues

 

A grande certeza que as urnas trouxeram após o último dia 15 foi, além dos eleitos, que muitos dirigentes partidários apostaram apenas em suas próprias fichas, no “eu” em detrimento do “nós”, e acabaram “nus”, sozinhos, para a sucessão estadual de 2022.  Alguns já “desenganados” pelos “médicos eleitores”, outros aguardando no corredor da UTI política e uns poucos na área de tentativa de recuperação, com alguma chance de ressuscitação política.

 

Daqui, da Capital da Cultura do Estado do Tocantins, minha amada Porto Nacional, me dou ao regozijo de poder fazer uma análise mais tranquila e baseada nos fatos que as urnas revelaram após a finalização da apuração.

 

Já que cá estou, inicio por nossa Porto Nacional, que acabou dividida entre os eleitores de Luzimangues e do restante da cidade. Luzimangues é um distrito que sobrevive de forma independente de Porto Nacional, quase que sem convivência entre os habitantes da mesma municipalidade.  Esse distanciamento foi acirrado pela atual gestão que, praticamente, se desobrigou de atuar como gestor do distrito, relegando-o à própria sorte.

 

RECADO

 

Dessa forma, os eleitores do distrito fizeram valer a sua união em torno dos candidatos a vereadores e do candidato a vice-prefeito, Joaquim do Luzimangues, elegendo de uma tacada só sete dos quinze vereadores além de terem sido decisivos na eleição para prefeito, elegendo Ronivon Maciel.

O recado do povo de Luzimangues, do povo de Porto Nacional foi claro e límpido, mandando para o “olho da rua” 75% dos detentores de mandato eletivo na cidade e gritando em alto e bom som: “ou os políticos portuenses cuidam de todos, ou vão cuidar apenas de si mesmos”, mostrando que os eleitores estão mais que antenados e de mente aberta para a renovação política.

 

GURUPI: RESGATE DO PASSADO, COM SENTIMENTO DO PRESENTE E VISÃO GARANTIDA DO FUTURO

 

Os eleitores da Capital da Amizade, Gurupi, decidiram apostar em um futuro promissor, elegendo a cidadã, Josi Nunes, uma pessoa que é um poço de humildade, uma fonte de bondade e filha de um casal que foi exemplo de como servir ao povo – Comandante Jacinto Nunes e Dolores Nunes – além de visionários, muito atuantes na área da Ação Social.  A própria Josi se destacou no legislativo tocantinense pela atuação à frente de projetos importantes e de grande relevância para o Estado com mais de duas décadas de trabalho em prol do progresso do Estado, Josi sempre defendeu, principalmente, Educação e Desenvolvimento Social, neste último, especificamente, os direitos da mulher, da infância e da juventude. Como deputada federal, relatou matérias importantes como o Projeto de Lei 5274/16, que cria a Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) por desmembramento de campus da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

 

Tanto Josi quanto seus pais passaram por diversos cargos e posições de poder e saíram sempre de “mãos limpas”, o que deixou os cidadãos gurupienses tranquilos em escolher Josi para prefeita na eleição de domingo passado, mesmo com a boa administração de seu antecessor, Laurez Moreira, que caiu no erro de tentar emplacar seu sucessor goela abaixo do eleitorado e dos seus próprios correligionários.

Ao eleger Josi, o eleitor gurupiense atendeu ao apelo do governador Mauro Carlesse, pela possibilidade de parcerias positivas entre o governo do Estado e a cidade, que é seu berço eleitoral, assim como do senador Eduardo Gomes, relator setorial do orçamento do Ministério do Desenvolvimento, membro da Comissão de Infraestrutura do Senado e líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, que já demonstrou a capacidade de carrear recursos federais, via emendas impositivas e convênios para o município.

 

Ou seja, a opção do eleitor gurupiense foi pela tradição, pelo presente e uma aposta no futuro, completamente baseada em uma análise criteriosa das possibilidades de cada candidato.

 

ARAGUAINA: SATISFAÇÃO RETRIBUÍDA

 

Uma população satisfeita coma gestão de um prefeito que concede a ele uma aprovação de 88%, jamais deixaria de eleger a pessoa que esse prefeito apontasse como seu sucessor.  Assim aconteceu em Araguaína, quando o prefeito Ronaldo Dimas apresentou Wagner Rodrigues como o seu candidato, que acabou eleito com pouco mais de 50% dos votos válidos.

 

Apesar das oposições, com respaldo do Palácio Araguaia, atuarem juntas para derrotar o candidato de Dimas, que transformou Araguaína em um gigantesco canteiro de obras, Wagner Rodrigues teve o apoio público do senador Eduardo Gomes, responsável pela maior parte dos recursos que a administração de Ronaldo Dimas transformou em obras.

 

O prefeito eleito Wagner Rodrigues e Ronaldo Dimas 

Dimas, inclusive, por conta desse apoio “luxuoso” de Eduardo Gomes, irá entregar a prefeitura a Wagner com dinheiro em caixa e com todos os compromissos assumidos em dia, com certidões negativas, um novo hospital, várias UPAs, milhares de metros de pavimentação asfáltica e milhares de moradias populares, e deixou tudo certo para continuar e firmar mais parcerias com o governo federal, por meio dos membros da bancada federal tocantinense.

 

Dimas é presidente estadual do PODEMOS e candidatíssimo ao governo do Estado em 2020, caso seu amigo e parceiro, senador Eduardo Gomes, não se candidate ao mesmo cargo.

 

PALMAS: EXECUTIVO MANTIDO, LEGISLATIVO RENOVADO

 

A capital mais nova do Brasil e a última planejada, construída por seu idealizador, o governador por três mandatos, José Wilson Siqueira Campos, símbolo do progresso e do desenvolvimento do “Tocantins construído por milhares de mãos e mentes”, reelegeu sua prefeita, Cinthia Ribeiro, tendo como principal esteio o apoio do senador Eduardo Gomes, que desde o início do ano encampou, publicamente, a candidatura da atual gestora e empenhou seu nome  e seu prestígio na atração de mais apoiadores de peso, como o da deputada federal Dorinha Seabra.

 

Foi um embate árduo, que não envolveu somente o nome de Cinthia, mas que também tentou fragilizar o nome de quem quer que fosse que a apoiasse, principalmente, é claro, Eduardo Gomes.  Os adversários não mediram esforços para minar o prestígio do senador em nível nacional, tentando ofuscar todo o seu sucesso no Congresso, onde assumiu cargos cada vez mais importantes, dia a dia, até chegar à liderança do governo Jair Bolsonaro na principal Casa de Leis do País.

 

Senador Eduardo Gomes e a prefeita de Palmas Cinthia Ribeiro

Enquanto a miríade de adversários tentava, em vão, tapar o sol com a peneira, e impedir que a população percebesse a importância de se ter um aliado como Eduardo Gomes, o senador tratava de se repaginar, acompanhar a evolução da forma de fazer política e garantir recursos financeiros para oxigenar a administração de Cinthia Ribeiro e transformar Palmas na única capital do Brasil que cresceu e gerou empregos enquanto enfrentava o pior momento da pandemia de Covid-19, que se instalou no mundo, arrasando economias e comprometendo governos.

 

Com a vitória de Cinthia e o apoio de Eduardo Gomes, Palmas entrará 2021 com a mesma filosofia administrativa e com um sem número de obras em pleno andamento, mantendo empregos, mantendo a economia aquecida, proporcionando aos cidadãos possibilidade de crescimento e de garantia de manutenção de seus lares.

 

Já o Poder Legislativo da Capital recebeu dos eleitores a resposta pelas suas omissões e falta de ações, com cerca de 67% de renovação, com cada um dos que foram substituídos ainda procurando as respostas para a descontinuidade de seus trabalhos.

Deputado Valdemar Júnior

Um Poder Legislativo que já produziu diversos deputados estaduais e federais, um governador – Carlos Gaguim – e um senador – Eduardo Gomes – que tinha ares de “escola democrática”, produzindo nomes que galgaram espaços e cargos importantes no Brasil, no Estado e no próprio Município, amargou, no domingo passado, um revés jamais visto em sua história, pelas mãos do próprio eleitor, o que aumenta a responsabilidade dos que foram eleitos, para retomar a dignidade e o reconhecimento do Parlamento Municipal palmense.

 

TRISTEZA POR VIR

 

No último sábado, em conversa reservada com um vereador eleito e, em seguida, na segunda-feira, com o dirigente de uma legenda que elegeu vereadores na capital, os dois se mostraram assustados com uma proposta que receberam de um grupo – que chamaremos, aqui, de meliantes – que formou um pool para eleger, custe o que custar, o presidente da Câmara Municipal de Palmas e, via porta-vozes de fora da política, querem comprar os votos dos vereadores novatos, eleitos no último dia 15.

 

Deputada Professora Dorinha

 

Essa movimentação, nada mais é, que uma engenharia para travar o próximo governo de Cinthia Ribeiro, e atrapalhar qualquer tipo de sucesso da prefeita e de seu grupo de apoiadores, principalmente o MDB do senador Eduardo Gomes, de Marcelo Miranda, de Dulce Miranda, de Raul Filho e outros tantos líderes, como a deputada federal Dorinha Seabra, do DEM.

 

Ex-governador Marcelo Miranda e Dulce Miranda

Caso esse grupo persista e colocar em prática suas intenções diabólicas, que teria como principal reflexo desrespeitar a vontade da maioria dos eleitores palmenses, 36,24%, que escolheram Cinthia Ribeiro para continuar à frente da administração da Capital por mais quatro anos. 

 

Uma maioria esmagadora, que deu à prefeita mais que o dobro de votos do segundo colocado, que obteve 14, 52%, entre exatos 12 candidatos, mantendo seu voto mesmo com os 11 demais candidatos fazendo de Cinthia uma “janela”, alvo de todas as pedradas, acusações e ataques, muitos deles vis, de baixo calão e imorais.

 

E é exatamente para esses 46.243 eleitores que escolheram pela permanência de Cinthia Ribeiro que O Paralelo 13 e os demais veículos de comunicação do Estado que atuam com seriedade e retidão moral, vão acompanhar de perto esse movimento de insurreição, de afronta e de leviandade que se horizonta na política da Capital, com gravações, depoimentos anônimos e todos os instrumentos que houver, para denunciar essa tentativa de compra de votos para a eleição da nova mesa-diretora da Câmara Municipal, que, ao se comprovarem, terminarão resultando em cadeia para “peixes grandes”, levando tudo o que conseguirmos para o Ministério Público.

 

As mensagens solicitando encontros “discretos” já estão “printadas” e vão ser apenas mais um ingrediente no rol de provas materiais e, quando houver a confirmação, O Paralelo 13 dará nome aos bois, assim como os demais veículos de comunicação.

 

TUDO PELA DEMOCRACIA

 

O Brasil tenta, desesperadamente, sair da estrada da falta de ética política, rumo a um novo ciclo político que se inicia a partir de primeiro de janeiro de 2021.  No Tocantins não é diferente e escolheu, pelas urnas, mudanças que levem a uma nova forma de exercício democrático nos Executivos e Legislativos municipais, trazendo a modernidade de gestão e de atuação política, em busca de dias melhores para todos.

 

Acreditamos que essa tentativa esdrúxula de compra de votos para a mesa-diretora da Câmara Municipal, em Palmas, que fede a esgoto, jamais conseguirá prosperar por acreditar que a maioria dos vereadores, eleitos ou reeleitos, nunca aceitarão uma prática antidemocrática como esta.

 

Prezaremos para que a nova mesa-diretora da Câmara Municipal de Palmas seja eleita da forma mais democrática possível, tendo a ética como chave do parlamento palmense, eleito por um povo esperançoso de representantes atuantes.

 

Essa, inclusive, é a principal característica que captamos na análise da voz que saiu das urnas no último dia 15, um sentimento de mudança e de retidão nos principais colégios eleitorais, que ecoa nos veículos de comunicação impressos, online, televisados ou irradiados, que souberam levar as informações corretas e úteis para que os eleitores pudessem decidir seus votos nos 139 municípios tocantinenses.

 

Parabéns para a nossa liberdade de expressão, uma garantia constitucional básica, mas que se mostra tão indispensável em horas como essa, em que o que importa é a união pelo que é certo, pelo que é de direito e pelo que é moral, mantendo, sempre, a classe política ciente de que está sob observação e avaliação e que a hora é de mudança, imposta pelo eleitor, e de humildade aos que querem continuar na vida pública.

 

O poder e os cargos, emanam do povo.  Mas são passageiros!!!!

 

Última modificação em Quarta, 25 Novembro 2020 06:46