Presidente do Senado classificou o ato do presidente interino da Câmara como 'ilegal' a líderes partidários
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse, nesta segunda-feira, que seguirá com o processo de impeachment na Casa. Em sua fala, ele argumentou que já ocorreram mais de 70 horas de trabalho, inclusive, como a escolha de integrantes da comissão especial, leitura e voto do relatório e chamou de “intepestiva” a decisão e declarou o “não conhecimento” da decisão de Waldir Maranhão (PP-AL) . “Aaceitar essa brincadeira com democracia seria ficar pessoalmente comprometido com o atraso do processo e, ao fim e ao cabo, não cabe ao presidente do Senado Federal dizer se o processo é justo ou injusto, mas ao plenário e a colegialidade”, afirmou sob aplauso dos senadores.
A avaliação de Renan, conforme relatos dos parlamentares presentes ao encontro, é de que o ato de Maranhão foi "ilegal" e "intempestivo". Ele disse ainda aos senadores que a Câmara não poderia tomar a decisão de anular a sessão em que 367 deputados deram aval ao prosseguimento do processo de impeachment para o Senado quase 30 dias após a votação da admissibilidade - muito menos quando o Senado está prestes a deliberar sobre o tema. "O presidente do Senado disse que é uma decisão contra a qual não caberia recurso quase 30 dias depois. Isso deveria ter sido analisado 48 horas após a sessão", afirmou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), ao deixar a reunião emergencial.
Na reunião de líderes, PT e PCdoB fizeram apelos para que a decisão de Waldir Maranhão fosse cumprida, mas Renan não cedeu. Com isso, a leitura do parecer da comissão especial que, na última sexta-feira, deu aval para o seguimento do processo contra Dilma será feita ainda hoje, abrindo prazo de 48 horas para que o plenário do Senado julgue se abre processo contra a petista - decisão que, se tomada, afasta a presidente do cargo por 180 dias.
Com informações de Veja