SITUAÇÃO DE MINAS GERAIS É EXEMPLO NEGATIVO PARA ESTADOS QUE PERMANECEM OMISSOS ANTE A CRISE

Posted On Quarta, 06 Janeiro 2016 08:14
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A mensagem é clara: quem não enxugar a máquina administrativa e montar equipe competente e eficaz pode perder o bonde da história

 

Edson Rodrigues

 

Com dificuldade para pagar os servidores públicos, o governo de Minas Gerais atrasou os salários de dezembro e não sabe ainda como quitará os meses de janeiro, fevereiro e março. Não estão descartados novos atrasos nem a possibilidade de parcelamento.

Os pagamentos de dezembro deveriam ser feitos até sexta­feira (8), mas o governo Fernando Pimentel (PT) informou que só fará os depósitos no dia 13 de janeiro. Uma posição sobre este mês só deve ser anunciada na próxima semana.

Mesmo com as medidas para aumentar a arrecadação tomadas no ano passado, a situação seguirá incerta até março. Em 2015, Minas conseguiu a transferência da maior parte dos depósitos judiciais do Estado – aproximadamente R$ 5 bilhões– para os cofres do governo. Também obteve a aprovação do aumento de alíquotas de ICMS, que passam a valer este ano.

Outros Estados também têm tido dificuldades para pagar os servidores. No ano passado, o Rio Grande do Sul atrasou o pagamento e chegou a parcelar os rendimentos, o que gerou greves e protestos. Como os gaúchos, Sergipe também não conseguiu quitar o 13º e no Rio de Janeiro, servidores invadiram o plenário de Assembleia após parcelamento de 13º.

A CRISE NÃO POUPA NINGUÉM

Minas Gerais tem um governador do PT.  A presidente do Brasil é do PT.  Não deveria o histórico e importante estado brasileiro, tão comemorado pelo PT ao vencer o candidato de Aécio Neves, estar em melhores condições?  Estar sendo privilegiado pelos cofres da União?

Pois é essa a mensagem que queremos passar.  Não está fácil pra ninguém.  Nem pro governo federal.

Se cada estado da nação não cuidar de suas finanças e tratar de enxugar sua máquina administrativa, o futuro que terão pela frente é tenebroso.

Chegou a hora de explicar aos apaniguados que os cargos decorativos acabaram, que o cabide de empregos tirou férias, que as diárias desnecessárias sumiram, que os carros oficiais só devem ser usados em missões oficiais e que os caraminguás furtivos desapareceram.

Mas, o principal é mostrar a porta da rua para os secretários fictícios, omissos ou apenas incompetentes e, aproveitando que a porta está aberta, fechá-la quando se tratar de secretaria com mais de três nomes, como secretaria Extraordinária para assuntos Aleatórios e outras do tipo, carreando os recursos sugados por elas para as secretarias que realmente têm funções efetivas, como Saúde, Segurança Pública, Educação e Infraestrutura.

O governador Marcelo Miranda sabe muito bem disso e conhece a realidade acima descrita.

Foi tanta gente para agasalhar, tantos “líderes” para posicionar e tantos secretários inapetentes, que ele teve que se desdobrar para conseguir ficar acima da meta dos demais governadores e arrumar formas de quitar 13º salário.

Agora é a hora da ação urgente, da atuação pontual e de mostrar pulso firme e personalidade.

Colocar o Tocantins nos trilhos depende apenas do governador e do bom-senso que a assembléia Legislativa já mostrou ter.

O cidadãos já está fazendo sua parte, pagando impostos e taxas mais altos.  Chegou a hora do governo agir. 

Os próximos três meses serão cruciais e reveladores.

Quem viver verá.