A LIÇÃO DO RATO E AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2024

Posted On Quarta, 06 Março 2024 06:27
Avalie este item
(0 votos)

ANÁLISE POLÍTICA

 

Por Edson Rodrigues

 

Trocando mensagens via whatsapp, meu amigo Diego Costa me enviou uma curiosa fábula que conta a “lição do rato”:

 

Lição do Rato

 

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote.

 

Pensou logo no tipo de comida que haveria ali. Ao descobrir que era ratoeira ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos: - Há ratoeira na casa, ratoeira na casa !!

 

A galinha: - Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.

 

O rato foi até o porco e: - Há ratoeira na casa, ratoeira !

 

- Desculpe-me Sr. Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranquilo que o Sr. será lembrado nas minhas orações.

 

O rato dirigiu-se à vaca e: - Há ratoeira na casa!

 

- O que ? Ratoeira ? Por acaso estou em perigo? Acho que não!

 

Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira.

 

Naquela noite, ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima.. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não percebeu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher... 

 

O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.

 

Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.

 

Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.

 

A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.

 

Moral da História: da próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco.  O problema de um irmão é problema de todos!

 

" Nós aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a conviver como irmãos".

 

Autor desconhecido

 

A FÁBULA NA POLÍTICA

 

Essa fábula serve como um ótimo comparativo para a movimentação que antecede as eleições municipais de outubro próximo nos 139 municípios tocantinenses, acerca de como os eleitores irão votar.

 

Independente de quem estiver apto a votar, exercendo o direito de escolher seu candidato, de forma secreta, para prefeito e para vereador, se rico, se pobre, se estudado, se não alfabetizado, se empregado ou patrão, se funcionário público ou profissional liberal, se jovem ou velho, todos serão responsáveis pelo resultado que sair das urnas.

 

Afinal, todos, inclusive os que se abstiverem de votar, deixando a decisão nas mãos de terceiros, irão depender da habilidade política dos eleitos para que possam fazer uma boa gestão, que possibilite aumento na qualidade de vida, com mais água tratada, mais esgoto, estradas vicinais em bom estado, bom atendimento na saúde, com vacinas e um serviço eficaz contra a dengue, prevenção à Covid e eficiência nos atendimentos emergências, qualidade na educação e capacidade de trazer recursos estaduais e federais por meio dos representantes na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional.

 

Para se evitar os mesmos erros dos animais que não se sentiram ameaçados pela ratoeira e acabaram sendo os mais impactados pelo objeto que, achavam, ameaçava apenas a existência do rato, os cidadãos tocantinenses devem estar atentos aos avisos que já surgem e continuarão a surgir até que se finde o período de campanha.

 

Qualquer “ratoeira” deve ser temida. Qualquer aviso deve ser levado em consideração e ponderado. Qualquer alerta deve ser respeitado.

 

O CONFIÁVEL E O INCERTO

 

Uma pesquisa de opinião do Instituto DataSenado aponta a influência crescente das redes sociais como fonte de informação para o eleitor, o que pode em parte explicar as escolhas dos cidadãos nas eleições de 2018. Quase metade dos entrevistados (45%) afirmaram ter decidido o voto levando em consideração informações vistas em alguma rede social. Os dados são da pesquisa nacional Redes Sociais, Notícias Falsas e Privacidade na Internet, realizada pelo DataSenado em parceria com as Ouvidorias da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

 

O problema é que as redes sociais não são uma fonte confiável, ainda mais depois da tal Inteligência Artificial, que coloca rosto de um no lugar do outro, imita a voz de qualquer um e coloca “depoimentos” e “denúncias” com rosto e voz de quem quiser.

 

Definir o voto baseado nas redes sociais é a pior das escolhas. É a escolha da galinha, do porco e da vaca.

 

Já a mídia séria, os veículos de comunicação consagrados por seu tempo de atuação e credibilidade, esses são os mais recomendados para a consulta dos eleitores na busca pela definição do seu voto.

 

A imprensa exerce a função ímpar na sociedade de proteger a informação. E diga-se, informação correta, verdadeira, que contribui para o sempre necessário fortalecimento da nossa democracia. É isso que se espera do bom jornalismo, pelo menos. É como se fosse o rato da fábula a fazer ecoar pelo sítio a presença da ratoeira.

 

E a ratoeira? A ratoeira são os candidatos profissionais, que só têm intenção de ganhar dinheiro com a eleição e, não, de ser eleitos. São os lobos em pela de cordeiro, aqueles que pregam uma coisa, mas fazem o exato contrário longe dos holofotes.  São os candidatos que buscam a eleição penando apenas em seu benefício próprio e, não, o da população. São os candidatos corruptos, que querem apenas a chance de estar mais próximo dos recursos públicos. Dentre tantos outros que habitam a política brasileira.

 

Portanto, caro cidadão – não só os eleitores, mas todos aqueles que, de alguma forma, influenciam no voto dos demais – esteja atento aos “avisos do rato”.  Eles já são muitos, e muitos outros vão surgir, e precisam ser levados em consideração.

 

Apesar de dever, o voto é um direito. E precisa ser muito bem exercido!

 

Quem avisa amigo é!

 

 

Última modificação em Quarta, 06 Março 2024 07:19