Um grupo de policiais militares fortemente armado desloca-se de Porto Nacional para Ipueiras, onde fazem abordagem truculenta em ato político que transcorria pacificamente. Um dos PMs, inclusive, impede de forma agressiva o exercício profissional de uma advogada presente ao evento. Duplo ato politicamente incorreto: uso excessivo da força e contra uma mulher
Da Redação
O que mais surpreende é que essa não é forma usual de agir da Polícia Militar tocantinense, reconhecida como uma das melhores do país, em todos os sentidos.
Causa estranheza, também, o fato de que, no mesmo dia, os grupos políticos que disputam a sucessão municipal, um liderado pela ipuerense Irisnete Pinto, filha do ex-vereador do município por cinco mandatos André Pinto, e outro pelo portuense e ex-presidente da Câmara Municipal de Porto Nacional, Neto Aires, realizavam movimento da juventude de cada segmento político em locais diferentes da cidade no mesmo dia.
Candidato Neto Aires
Segundo os PMs, a força foi deslocada de Porto Nacional para Ipueiras (60 km) para atender a uma denúncia "anônima" de que uma pessoa estaria usando substância ilícita no local onde houve a abordagem policial, estava armado e teris ameaçado o candidato adversário. A chegada de duas viaturas com policiais fortemente armados em Ipueiras provocou pânico na cidade.
Candidata Irisnete
Depois de fazer a revista de praxe na pessoa denunciada e não encontrarem nenhuma prova da denúncia "anônima", os policiais queriam levá-la para uma oitiva fora do ambiente. Foi nesse momento que entrou em ação a advogada..., que foi impedida, de forma agressiva, de prestar assistência jurídica ao acusado. Diante da resistência da advogada e populares, os policiais militares retornaram a Porto Nacional.
OAB NOTIFICADA
Uma representação já foi protocolada junto à OAB-TO, para tomar as providências necessárias na defesa do livre exercício da profissão de seus associados.
POSIÇÃO DA PM
(Veja Aqui a Representação na integra)
A população de Ipueiras aguarda um posicionamento da Polícia Militar, no sentido de esclarecer de onde partiu o tal telefonema "anônimo". O número do telefone wue fez a denúncia está nos arquivos da PM. Daí para identificar quem é o proprietário da linha telefônica é um passo.
Ipueiras em peso aguarda esse esclarecimento. Caso contrário, fica a certeza de que a briosa Polícia Militar do Tocantins foi usada para um ato meramente político partidário.