A reunião que Lula tenta costurar com Alcolumbre tem como objetivo reduzir a temperatura e estabelecer algum nível de cooperação para a sabatina

 

 

POR TÚLIO AMÂNCIO

 

 

A indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao Supremo Tribunal Federal acentuou tensões entre o Palácio do Planalto e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

 

Diante do risco concreto de derrota na votação em plenário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu buscar uma reunião reservada com Alcolumbre antes da sabatina marcada para 10 de dezembro, numa tentativa de conter desgastes e recompor pontes políticas.

 

A resistência do senador não é nova, mas ganhou contornos mais explícitos após o anúncio da indicação. Alcolumbre, responsável por comandar a Comissão de Constituição e Justiça — etapa decisiva para qualquer nome aspirante ao STF — vinha defendendo nos bastidores que o escolhido fosse o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), seu aliado político e nome que ampliaria sua influência institucional.

 

A escolha de Messias contrariou esse movimento, e o senador fez questão de demonstrar incômodo de forma pública. Em seu primeiro comentário após a indicação, afirmou: “Se eu pudesse, eu faria a indicação”, frase interpretada como um recado direto ao Planalto sobre a insatisfação com o processo.

 

O mal-estar aumentou com relatos de que Alcolumbre teria tomado conhecimento da decisão presidencial “pela imprensa”, o que o levou a interpretar a escolha como uma desconsideração ao seu papel no Senado.

 

O episódio, segundo pessoas próximas, deixou o senador visivelmente abalado e provocou reações de alta temperatura política. Em meio à crise, ele acelerou a tramitação de uma pauta de grande impacto fiscal — vista por aliados do governo como um gesto de pressão — e passou a se movimentar de forma a sinalizar que a sabatina não será mero protocolo.

 

O Planalto acompanha com preocupação a contagem de votos. Embora Messias seja visto como um nome técnico e leal ao governo, corre o risco de não atingir os 41 votos necessários. Levantamentos internos apontam que ele teria, hoje, apoio seguro de pouco mais de duas dezenas de senadores, cenário insuficiente para evitar uma derrota constrangedora para Lula.

 

O cálculo político considera ainda que parte dos senadores de centro — tradicionalmente decisivos para formar maioria — está inclinada a demonstrar independência em relação ao Executivo.

 

A situação expôs fissuras na relação entre Lula e Alcolumbre, até então aliados frequentes em votações cruciais. O presidente do Senado esperava que o governo concluísse a escolha em sintonia com sua ala política, garantindo-lhe prestígio no tabuleiro institucional.

 

Ao optar por Messias, Lula privilegiou a proximidade com a AGU, mas abriu espaço para um desgaste que coloca em xeque não apenas a indicação, mas também a articulação futura com o Congresso, especialmente às vésperas do ciclo eleitoral de 2026.

 

A reunião que Lula tenta costurar com Alcolumbre tem como objetivo reduzir a temperatura e estabelecer algum nível de cooperação para a sabatina.

 

No governo, aliados reconhecem que a indicação virou um teste de força entre os Poderes e que um revés agora poderia comprometer o capital político do presidente em outras pautas sensíveis.

 

Para Alcolumbre, a disputa envolve mais do que a aprovação de um nome: trata-se de reafirmar sua centralidade no Senado e demonstrar que não aceitará ser marginalizado nas grandes decisões institucionais.

 

Com a sabatina de Messias se aproximando, o ambiente tende a ficar ainda mais tenso. Sem acordo entre Planalto e Senado, a indicação corre risco real — e a crise pode se transformar no episódio de maior desgaste entre Lula e sua base parlamentar desde o início do mandato.

 

 

 

Posted On Quinta, 27 Novembro 2025 14:30 Escrito por O Paralelo 13

Em troca de abrir caminhos para o governo, Davi Alcolumbre quer o controle de bancos públicos e de importantes autarquias federais

 

 

Por Igor Gadelha

 

 

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), tem em mãos uma longa e cara fatura a ser cobrada do Palácio do Planalto em troca de abrir caminhos para o governo na Casa.

 

Segundo aliados de Alcolumbre e fontes do Palácio do Planalto ouvidos pela coluna sob reserva, o senador quer o comando de bancos públicos e de importantes autarquias federais.

 

Na lista, estão as presidências do Banco do Brasil, do Banco do Nordeste (BNB), do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e da CVM (Comissão de Valores Mobiliários

 

Lula, segundo aliados, está disposto a dar alguns espaços a Alcolumbre, mas não todos. O principal objetivo do petista, no momento, é aprovar a indicação de Jorge Messias ao STF no Senado.

 

Segundo auxiliares presidenciais, Lula pretende procurar Alcolumbre pessoalmente nos próximos dias para interceder por Messias, cuja sabatina está marcada para 10 de dezembro.

 

 

 

Posted On Quinta, 27 Novembro 2025 10:42 Escrito por O Paralelo 13

 Da Assessoria

 

 

Uma nova rodada de investimentos articulados pelo vice-presidente do Senado e presidente do PL no Tocantins, Eduardo Gomes, garantiu mais de R$ 8,7 milhões em recursos empenhados para atender demandas estruturantes em 11 municípios. O volume financeiro contempla aquisição de máquinas pesadas, veículos para suporte operacional e obras que impactam diretamente no desenvolvimento das cidades.

 

Foram assegurados recursos para escavadeiras hidráulicas, motoniveladoras, caminhões basculantes, caminhão-pipa e retroescavadeiras, além da construção de pontes em Monte Santo e de um matadouro em São Sebastião do Tocantins. Os investimentos alcançam os municípios de Almas, Aragominas, Cristalândia, Crixás, Monte do Carmo, Monte Santo, Paraíso, Pau D’Arco, Presidente Kennedy, São Sebastião e Sucupira, beneficiando diretamente o campo, a mobilidade e o escoamento da produção local.

 

O senador destacou que o pacote reforça o compromisso de continuar ampliando infraestrutura e oportunidades no estado. “Cada recurso destinado tem o objetivo de gerar oportunidades, garantir mais eficiência aos serviços e fortalecer as economias municipais. Seguimos atuando para ampliar investimentos, principalmente nas cidades que mais precisam,” afirmou.

 

O senador também destacou que com os novos empenhos, os municípios terão melhores condições para manutenção de estradas rurais, apoio à produção agropecuária, logística de atendimento e ampliação de serviços essenciais.

 

 

Posted On Quinta, 27 Novembro 2025 04:20 Escrito por O Paralelo 13

Da Assessoria

 

 

A Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto) aprovou, na sessão dessa terça-feira, 25, o Projeto de Lei nº 685/2024, de autoria do deputado estadual Eduardo Fortes (PSD), que institui a Política Estadual de Incentivo à Economia Circular. A iniciativa estabelece diretrizes para fortalecer modelos produtivos mais sustentáveis, com foco no reaproveitamento de materiais, na redução de resíduos e na ampliação da eficiência no uso de recursos.

 

De acordo com o texto aprovado, a política tem como objetivos promover o uso racional de matérias-primas; incentivar a reutilização e a reciclagem; estimular o desenvolvimento de produtos com maior durabilidade; e ampliar práticas de logística reversa. A lei também prevê ações de educação ambiental e de estímulo à inovação e ao empreendedorismo voltado à economia circular, além de parcerias entre o poder público, a iniciativa privada e a sociedade civil.

 

O PL ainda define que o Governo poderá adotar instrumentos econômicos, como incentivos e linhas de financiamento, para apoiar iniciativas que contribuam para a redução de impactos ambientais e para a transição de modelos tradicionais de produção para sistemas circulares.

 

Para o autor da matéria, a aprovação representa um passo importante para modernizar a gestão de resíduos e fomentar novas oportunidades econômicas. “A economia circular é uma alternativa eficiente para diminuir desperdícios, ampliar o aproveitamento de materiais e gerar desenvolvimento sustentável em todas as regiões do Estado”, disse ele. 

 

Com a aprovação em plenário, o Projeto de Lei nº 685/2024 segue agora para sanção do Executivo.

 

 

 

Posted On Quinta, 27 Novembro 2025 04:06 Escrito por O Paralelo 13

Evento para sancionar projeto que isenta quem ganha até R$ 5 mil do Imposto de Renda está marcado para a manhã desta quarta-feira (26), no Palácio do Planalto

 

Por Isabel Mega e Pedro Venceslau

 

Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiram não ir ao evento de sanção da ampliação da faixa do IR (Imposto de Renda), marcado para a manhã desta quarta-feira (26), n Palácio do Planalto.

 

Os dois estão em Brasília e cumprirão outras agendas durante cerimônia. O gesto é considerado um recado ao governo sobre a má relação com o Congresso Nacional neste momento.

 

O Planalto esperava um grande evento e com presença maciça dos parlamentares.

 

 

Hugo e Alcolumbre foram consideradas peças essenciais para que a proposta do IR fosse aprovada ainda neste ano pelo Congresso Nacional. Nas duas casas, o projeto de lei teve unanimidade.

 

Parlamentares ligados à cúpula do Congresso lembram, inclusive, que o Legislativo ampliou a faixa de isenção para R$ 7.350 mil, de forma escalonada.

 

O presidente da Câmara rompeu na semana passada com o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias (RJ), e acusa o partido de fazer uma campanha contra ele nas redes sociais, o que a legenda nega.

 

Hugo também está com a relação estremecida com a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, desde a escolha de Guilherme Derrite (PP-SP) como relator do PL Antifacção, aprovado pela Câmara na semana passada.

 

 

Posted On Quarta, 26 Novembro 2025 14:19 Escrito por O Paralelo 13
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