A partir de hoje, todos os candidatos a cargos eletivos no pleito municipal de seis de outubro próximo, já podem pedir votos, fazer carreatas distribuir propaganda eleitoral, e utilizar tudo o que a Legislação eleitoral permite para ganhar a simpatia, a confiança e o voto do eleitor. Isso também significa que todos estão sob os olhos da Justiça Eleitoral, e qualquer deslize ou passo fora das quatro linhas da democracia, pode significar o fim do sonho
Por Edson Rodrigues
No Tocantins, há dois grupos disputando espaço político nos 139 municípios, de olho nas eleições majoritárias de 2026. Um grupo é o do Palácio Araguaia, sob o comando do governador Wanderlei Barbosa, o outro grupo é o da oposição ao governo do Estado que não têm nem líder nem bandeira. Faz oposição pura e simples contra o governo e, por isso é uma oposição fragilizada, mas que tem um diferencial. Alguns dos seus membros se alimentam das benesses da gestão de Wanderlei Barbosa. São detentores de mandatos no parlamento estadual e no Congresso Federal, em sua maioria eleitos na mesma chapa que levou o governador ao seu segundo mandato.
Esse posicionamento desses políticos leva o governador do Estado a passar por constrangimentos como o que aconteceu em Paraíso. Na convenção do candidato do Palácio Araguaia, o ex-deputado federal Osires Damaso, estavam Wanderlei Barbosa e Moisés Avelino. No palanque da oposição, que apoia o atual prefeito Celso Morais, estavam senadores, deputados federais e estaduais, que se dizem da base de apoio ao Governo.
Acontece que Celso Morais apoiou Ronaldo Dimas, o “professor de Deus”, candidato que concorreu ao governo contra Wanderlei Barbosa.
O mesmo Wanderlei Barbosa cujas gestões tiraram o Tocantins das páginas policiais da mídia nacional e o colocaram de volta ao cenário econômico, com bons números, bons resultados que trouxeram de volta os investidores nacionais e internacionais, abriram as portas para os convênios e recursos federais, devolvendo o orgulho aos tocantinenses, e o mesmo governo que emprega milhares de apadrinhados desses “companheiros” que, neste momento eleitoral, estão habitando outros palanques.
A mesma situação se repete nos municípios de Porto Nacional, Araguaína e Almas, onde o candidato a prefeito, Goianyr Barbosa, é cunhado e tratado como irmão por Wanderlei Barbosa.
O caso da senadora Dorinha Seabra, merece uma ressalva justa. Por ser presidente estadual do União Brasil, uma parceria partidária anterior ao período eleitoral a impede de não apoiar os candidatos do seu próprio partido.
FALTA DE VONTADE OU DE BOM SENSO
Os “companheiros” de Wanderlei Barbosa com mandatos na Assembleia Legislativa, no mínimo, deveriam usar do bom senso para com o governador que empregou centenas de apadrinhados, deu cargos de chefia, tantos e tantos cargos de direção de colégios e outros departamentos de órgãos públicos estaduais pelos 139 municípios afora. Pagou as emendas impositivas e atendeu muitos e muitos pedidos políticos por parte dos nobres deputados estaduais, demonstrando, sempre, companheirismo e lealdade.
Agora, esses mesmos deputados estaduais estão sendo, no mínimo, ingratos, em sua maioria, demonstrando que na hora H, vão pensar neles, mesmos, nos seus interesses pessoais, primeiro, e deixar o companheirismo de lado. Chegando ao cúmulo de estarem no mesmo palanque que o senador Irajá Abreu, maior inimigo político do governo do Tocantins, que tenta, a todo momento, sujar o bom nome do Estado.
O Observatório Político de O Paralelo 13 percebe nessa movimentação política, cenas de um filme repetido, que já aconteceu com outros governantes do Tocantins, abandonados pelos parlamentares ao fim dos seus mandatos.
A diferença é que Wanderlei Barbosa não está em fim de mandato. O constrangimento que os “companheiros” estão impondo ao governador são como “facadas nas costas” de um líder que vem conduzindo o Tocantins de forma brilhante, um curraleiro que está dando orgulho a todos os tocantinenses, com um grande desempenho, também, na Educação, em que os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2023 divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) apontam que o Tocantins apresenta avanços importantes no que se refere às taxas de aprovação e desempenho nas avaliações. Na média de todas as etapas de ensino da Região Norte, a rede estadual do Tocantins foi a 1ª colocada com o resultado de 4,9, seguido do Acre e Rondônia com 4,87; Amazonas 4,77; Pará com 4,63; Roraima com 4,43; e Amapá com 4,37. E, avança com investimentos na área da Saúde, resgatando demandas antigas como uma nova unidade hospitalar em Palmas, em substituição à Maternidade Dona Regina.
Traduzindo, Wanderlei Barbosa foi amigo de todos e está recebendo da maioria dos parlamentares, atitudes que beiram uma traição.
O povo está vendo isso. E nós, registrando.
O Mundo dá voltas...