AGRONEGÓCIO CONTINUA SENDO A MOLA MESTRA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Posted On Segunda, 23 Janeiro 2023 13:29
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou, no último dia 16, que o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2022 fechou em R$ 1,189 trilhão. O valor é o segundo maior em uma série de 34 anos de cálculo desse indicador. O faturamento das lavouras foi de R$ 814,77 bilhões e o da pecuária de R$ 374,27 bilhões. 

 

Por Luciano Moreira

 

O VBP de 2022 foi marcado por resultados positivos para diversos produtos, crescimento das exportações do agronegócio e dos preços agrícolas. O fator que mais prejudicou o desempenho foi a seca, especialmente na região Sul e parte do Centro-Oeste, que resultou em prejuízos aos agricultores causados por perdas de produção de soja, milho e feijão. A pecuária também foi afetada devido às perdas de suprimento. 

 

Os produtos que mais se destacaram em 2022 foram o algodão, café, milho, trigo e leite. Esses cinco produtos atingiram, nesse ano, o maior valor do VBP em todo o período histórico. Preços e quantidades produzidas foram os principais fatores que promoveram esses produtos.

 

 

 

Trocando em miúdos, a cada minuto, o agronegócio brasileiro movimenta 1,6 milhão de reais.  Se você levar cinco minutos para ler esta matéria, a economia brasileira terá movimentado 8 bilhões de reais vindos do trabalho do home do campo.

 

TOCANTINS  GANHA DESTAQUE

 

Em matéria publicada na Folha de São Paulo, o Tocantins aparece em destaque como um dos estados que, atrelado ao agronegócio e com os avanços dos preços das commodities, deve registrar crescimento maior do Produto Interno Brut(PIB) ao longo da pandemia, segundo indicam projeções de uma consultoria realizada pela MB Associados.

 

De acordo com a publicação, os dados da consultoria apontam que o Tocantins tende a apresentar as altas mais intensas do PIB no acumulado de 2020 a 2022 de 4,7%, ficando atrás apenas do Mato Grosso do Sul (4,9%), e a frente do estado de Goiás (4,5%), na comparação com 2019, o ano anterior à crise sanitária.

 

POTENCIAL PARA MAIS

 

Entre as principais lavouras desenvolvidas no Estado, destaca-se, em primeiro lugar, o arroz, com uma área colhida de 137.886 hectares, em 1995/96, seguido pelo milho, com 48.083 ha, soja, com 7.041 ha, mandioca, com 63.625 ha e, por fim, pelo feijão, com 3.563 ha.

 

 

Todo esse valor ainda está aquém do valor total que o Tocantins pode produzir na agricultura. No entanto, esse aumento deve estar pautado inicialmente no emprego de novas tecnologias para incremento da produtividade, ou seja, produção de maior volume na mesma área e nisso o Estado tem se equiparado aos demais estados produtores de grãos.

 

Um levantamento feito pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), confirma que o Estado do Tocantins tem uma grande aptidão agrícola e o crescimento desse setor nos últimos 13 anos foi superior a 79%. Os motivos por trás desse avanço estão ligados à disponibilidade de água, terras férteis, período chuvoso bem definido e topografia.

 

De acordo com dados da Secretaria de Planejamento e Assuntos Econômicos (Seplan), o Estado conta com uma área total de aproximadamente 28 milhões de hectares, sendo que quase 14 milhões possuem potencial para a produção agrícola. Desse total, cerca de 8 milhões estão ocupados com pastagens. 

 

INVESTIMENTOS PARA DECOLAR

 

Ou seja, o Tocantins sabe – e sempre soube – da sua aptidão natural pelo agronegócio, e todos os dados apresentados acimas comprovam isso.

 

Logo, faz-se mais que necessário que o governo do Estado e os deputados estaduais, assim como os parlamentares federais que nos representam, deem a atenção devida ao setor, cuidem da infraestrutura necessária para a continuidade do desenvolvimento do setor e não trate o aporte de recursos como “gasto” e, sim, como investimento.

 

No governo do Estado temos a certeza de que o “governador curraleiro” agirá da melhor maneira possível para que o agronegócio tocantinense continue avançando.  Já nossos representantes no Congresso Nacional terão que se desdobrar para manter os recursos federais destinados ao agronegócio, já que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou estar descontente com o setor, a quem acusou de ter financiado e participado dos atos de vandalismo praticados por extremistas de direita, n´último dia oito, nas sedes dos Três Poderes, em Brasília.

 

Esperemos que tudo se resolva, e que nosso agronegócio não seja freado por opiniões e declarações infelizes.