Calamidade na saúde pública vira manchete nos principais jornais do País

Posted On Sexta, 03 Março 2017 19:48
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Que o Sistema Único de Saúde (SUS) do País está falido ninguém contesta. Na teoria o SUS é um dos programas mais bem organizados e estruturados do governo federal, em que há subdivisão por estados, municípios e áreas de atuação.

 

Por: Edson Rodrigues

 

Conforme o seu projeto, os agentes municipais de saúde visitam as unidades residenciais mensalmente para acompanhar a saúde familiar. Caso necessite, o usuário é encaminhado a uma Unidade Básica de Saúde, no qual recebe alguns atendimentos. Caso diagnosticado com uma doença grave é encaminhado para hospitais especializados. Paralelo a estas ações existem os hospitais de grande porte, que atendem casos graves, esses hospitais são divididos por região, e normalmente os pacientes dos interiores são encaminhados para eles.

 

Isso tudo funciona perfeitamente na teoria. Hoje, os principais veículos de comunicação do Centro-Oeste trouxeram em suas manchetes, mais uma vez, evidencias do descaso e falta de gestão do SUS. Goiânia e Brasília foram citados pelos inúmeros problemas registrados diariamente.

 

Brasília, Capital Federal, uma cidade em que todos os olhos são voltados pra ela diariamente. A cidade que concentra o maior número de políticos do País, dos governantes, dos ministros, das pessoas que concentram em suas mãos e poder e as soluções.

 

Brasília

De acordo com matéria veiculada na Globo.com desta sexta-feira, 3, Hospitais do Distrito Federal suspenderam a realização de exames por falta de materiais básicos como agulhas e reagentes. Segundo informações do site, em Sobradinho os pacientes com câncer não conseguira realizar hemodiálise.

 

Já no Hospital do Paranoá, segundo a notícia um produtor se passando por paciente foi orientado a procurar uma clínica particular.  No Hospital de Taguatinga, a situação é a mesma. Uma paciente passou em todos os postos de saúde local buscando atendimento para a filha com câncer de pele que necessita realizar exames, mas não conseguiu atendimento.

 

Os Hospitais afixaram uma lista dos equipamentos que estão faltando há três meses, dentre eles medicamentos e até agulhas para coleta de sangue. A Secretária de Saúde de Brasília informou que já fez a compra dos equipamentos e que iniciará a distribuição, no entanto, as datas não foram anunciadas.

 

 

Goiânia

 

Na Capital goiana a situação é a mesma e a população enfrenta problemas constantes, na Santa Casa, pacientes suplicam por tratamento que estão sendo interrompidos por falta de insumos. A matéria foi veiculada no Jornal O Popular. A interrupção do tratamento piora o quadro clínico do paciente, uma vez que as células se multiplicam e a doença pode afetar demais órgãos do corpo.

 

Gestão de Recursos Públicos

 

Corrupção, má gestão do dinheiro público, falta de planejamento e bons profissionais na administração e saúde são alguns dos fatores que causam estes problemas em todo o País. Não falta compromisso dos nossos governantes com a saúde pública, mas com a sociedade, falta desenvolver um trabalho de forma responsável e honesta, de amor ao próximo.

Saúde é coisa séria. Quem busca por um tratamento passa por um estado de debilitação física e mental, no caso do serviço público a situação ainda é mais agravante, pois sofrem humilhações, constrangimentos, e intermináveis filas para conseguir um atendimento que nem sempre é de qualidade.

O pior disso tudo é saber que esta é apenas a primeira parte de uma série de longos capítulos, uma vez que não é oferecido o mínimo como medicamento ou exames laboratoriais. Sem contar a falta de equipamentos como é o caso da máquina de hemodiálise e quimioterapia, que são restritas e não tem em todos os municípios, é comum ainda pacientes com câncer enfrentarem horas de estrada para ter atendimento.

O câncer e falta de estrutura consome aos poucos e vidas vão como como se fosse bichos selvagens. Os familiares indefesos, as vezes sem conhecer os seus direitos não sabem a quem recorrer diante de uma situação desumana que torna o cidadão um ser descartável.

 

Impostos

 

O Brasil é considerado hoje um dos países como o maior índice de taxas de impostos pagas no mundo, e diante disso tornou-se comum ver nos noticiários sofrimento, dor, falta de infraestrutura, paralelos a esquemas de corrupção desviam recursos dos cofres públicos destinados aqueles que mais precisam nãom só de saúde, mas de educação, segurança, infraestrutura. Esse dinheiro encontra-se nos paraísos fiscais, vez ou outra descobertos em contas privadas abertas em outros países.  Mas não podemos desistir de sonhar com o renascimento de uma nova nação, pois há uma luz no fim do túnel, com uma esperança e a certeza de justiça.

 

 

Tocantins

 

Noticia veiculada no Bom Dia Brasil da Rede Globo a matéria começa assim: Olha o descaso em um hospital para crianças no Tocantins. Por causa da falta de leitos, uma menina ficou internada em um banco de madeira no corredor.

Imagens gravadas com um celular mostram a Camila, de 7 anos, no banco de madeira onde ela passou a noite, no Hospital Infantil de Palmas.  A menina foi picada por uma cobra quando brincava no quintal de casa em Divinópolis, no interior do Tocantins.

Depois de receber os primeiros socorros na cidade, foi transferida para a capital, mas não tinha nenhum leito vago.

“Ali atrás tem um espaço no pátio e tem uns bancos de madeira, acho que o povo que vem acompanhando dorme, aí a enfermeira, com bom coração, pegou um banco de madeira e colocou a minha filha”, contou a dona de casa Ester Silva, mãe de Camila.

 

No caso do Tocantins podemos afirmar que o sistema de saúde também não serve de referência nacional. Não é considerado bom, mas comparado a inúmeros estados tem saído a frente, tanto que atualmente o Hospital Geral de Palmas (HGP) recebe pacientes de diversas localidades como Pará, Maranhão, Mato Grosso, dentre outros.

 

Cabe salientar que tem melhorado gradativamente e que o governo tem buscado soluções e alternativas para reduzir o sofrimento das pessoas que buscam pelo serviço público de saúde. É notório alguns avanços, a passos lentos, mas que estão acontecendo no Tocantins.

 

Esperamos que na próxima semana, durante o tão aguardado anúncio do governador Marcelo Miranda, seja apresentado também novos investimentos para esta área que precisa de uma atenção especial. A sociedade não merece mais passar por momentos humilhantes. Nos corredores dos nossos hospitais públicos.O governador Marcelo Miranda deve agora em março apresentar uma resposta ao povo Tocantinense diante deste quadro que tem e necessita de atenção.