O Secretário Extraordinário da Prefeitura de Palmas em Brasília, Vicentinho Alves foi recebido pelo futuro presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos) na tarde desta quarta, 29 de janeiro
Por Edson Rodrigues
Acompanhado do Deputado Federal Vicentinho Júnior (PP/TO) e do Secretário de Planejamento Urbano de Palmas, Ronaldo Dimas. Na ocasião, a audiência foi pautada pela a busca de recursos para Palmas, com foco na Infraestrutura da Capital e obras estruturantes.
A nomeação do ex-senador Vicentinho Alves como representante da prefeitura de Palmas em Brasília foi uma jogada de mestre do prefeito Eduardo Siqueira Campos que, ciente das grandes demandas que sua gestão encontrou, principalmente nesta primeira fase do seu governo, com dívidas deixadas pela gestão anterior, precisaria estar mais presente na Capital tocantinense que na Capital Federal.
Vicentinho Alves tem experiência política e parlamentar suficientes e capacidade comprovada de bater e abrir as portas certas, tanto no Congresso Nacional quanto nos ministérios, em busca de recursos federais para oxigenar esta primeira etapa da gestão de Eduardo Siqueira Campos.
Eduardo, assim, ganha mais tempo para cumprir seus compromissos de campanha, de estar nas ruas, longe dos gabinetes, implementando as ações prioritárias junto ao povo, ao mesmo tempo em que tem um representante à altura da importância da Capital do Tocantins e da população de Palmas, trabalhando em seu favor nos gabinetes em Brasília.
Mais uma prova do amadurecimento e da assertividade com que Eduardo Siqueira Campos vem tocando essa nova oportunidade de governar a Capital idealizada por seu pai, o saudoso ex-governador Siqueira Campos, e honrar o seu legado.
Gol de placa!
Travessia por embarcações está funcionando desde a segunda-feira, 27, e atende moradores da região do Bico do Papagaio
Por Guilherme Lima
Os moradores de Aguiarnópolis/TO e Estreito/MA passaram a contar, desde a segunda-feira, 27, com a travessia gratuita entre os dois municípios, por meio de embarcações. A medida foi determinada pelo governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, para amenizar os impactos causados pelo desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, ocorrido em dezembro de 2024.
A conexão entre as duas cidades faz parte da rotina de muitos moradores, que utilizam serviços, trabalham e fazem compras nos municípios vizinhos. Com a travessia, as pessoas podem cruzar o Rio Tocantins em, no máximo, 3 minutos.
A gratuidade da travessia garante que trabalhadores e comerciantes continuem suas atividades entre os municípios de Aguiarnópolis e Estreito sem custo extra
As voadeiras, contratadas pela prefeitura de Aguiarnópolis com recursos do Governo do Tocantins, somam esforços com as balsas disponibilizadas nesta quarta-feira, 29, pela prefeitura de Estreito/MA. Isso porque a região precisa, neste momento crítico, desse tipo de transporte para a locomoção dos moradores entre os dois municípios, e também de quem está do lado do Maranhão e precisa estar tanto em Aguiarnópolis quanto quem está no Tocantins e necessita ir até Estreito. Quanto mais embarcações estiverem ativas, menos tempo levará para a pessoa atravessar o Rio Tocantins, assim expressam vários moradores da região.
Cotidiano entre dois estados
A lavradora Lenilda Macedo é um exemplo dessa integração. Natural de Estreito, ela se mudou para Aguiarnópolis pouco antes do desabamento da ponte e, desde então, precisa cruzar o rio frequentemente para resolver questões no Maranhão. Antes, o custo da travessia estava pesando no orçamento. “Eu pagava, porque precisava, minha vida está entre as duas cidades. Agora, com a passagem gratuita, fica muito mais fácil começar a rotina em Aguiarnópolis”, pontuou.
A lavradora Lenilda Macedo ressaltou que a travessia é essencial para sua rotina entre os dois municípios
Já a cozinheira Ana Célia Rodrigues, moradora de Aguiarnópolis e que trabalha em Estreito, conta que o transporte gratuito facilitou a vida dos moradores dos dois lados. “Não é uma responsabilidade nossa e que bom que as autoridades entenderam e foram sensíveis à nossa causa”, ressaltou, ao complementar que a área é de extrema importância para os moradores locais. “Nós, que vivemos entre as duas cidades, temos muito a celebrar. Às vezes, pagamos contas, fazemos compras e vivemos realidades entre os dois estados. Com o desabamento da ponte, ficamos isolados, o que agora não é mais realidade. Nossa situação é outra, agradeço ao Governo do Tocantins pela sensibilidade, aos poucos voltamos a nossa rotina”, enfatizou.
O lavrador Francisco de Assis enfatizou a importância da iniciativa do Governo do Tocantins
Enquanto aguardam uma solução definitiva para a reconstrução da ponte, a medida já é motivo de agradecimento por parte da população. O lavrador e morador da zona rural de Aguiarnópolis, Francisco de Assis, se diz grato pela agilidade da travessia, já que precisa diariamente ir ao Maranhão para trabalhar, fazer compras e utilizar serviços bancários. Antes, ele gastava R$ 10 por dia pelo trajeto, um custo que agora não arca mais. “Antes, tinha que gastar do nosso orçamento para atravessar. Nem todos têm condições de arcar com essa despesa, eu mesmo tinha que comprometer meu orçamento e, agora, pela primeira vez não paguei. Estou muito satisfeito com essa iniciativa”, salientou.
Novos caminhos e oportunidades
A gratuidade na travessia representa um alívio para moradores de outras cidades da região, garantindo que suas rotinas possam seguir sem mais um peso financeiro. Essa é a expectativa da dona de casa Maria Aparecida Lima, moradora de Palmeiras do Tocantins, que já sente os benefícios de ter barcos e balsas disponíveis para travessia. "Estou acostumada a fazer compras e utilizar serviços em Estreito. Considero importante essa travessia para a minha família, já que somos cinco em casa. Então, economizamos R$ 10 de cada um. No fim do mês, isso faz diferença. Do lado do Tocantins, há os barcos; e ainda há as balsas, que juntos somam esforços para melhorar o nosso dia a dia”, evidenciou.
Maria Aparecida Lima, de Palmeira do Tocantins, salientou os benefícios financeiros da gratuidade
Sua filha, Maria Anatalia Lima, estudante em preparação para concursos públicos, precisa ir frequentemente ao município de Estreito, onde encontra suporte para os seus estudos. “Nossa vida dependia da ponte. Transitávamos tranquilamente entre os dois estados. Para os moradores da região, isso era ótimo. Agora, não pagando para atravessar, já conseguimos ver uma luz no fim do túnel”, pontuou a estudante.
Apoio ao município de Aguiarnópolis
A travessia gratuita foi viabilizada por meio de uma articulação do Governo do Tocantins em parceria com outras entidades. O deputado estadual Léo Barbosa destinou R$ 300 mil para garantir o transporte pelo Rio Tocantins entre Aguiarnópolis e Estreito. Os recursos são provenientes de emenda parlamentar destinada ao governo estadual.
Serviços realizados por equipes da Ageto têm o objetivo de garantir melhores condições de trafegabilidade e segurança
Por Guilherme Lima
O Governo do Tocantins, por meio da Agência de Transportes, Obras e Infraestrutura (Ageto), intensifica os reparos em rodovias estaduais na região do Bico do Papagaio, com os objetivos de garantir melhores condições de trafegabilidade e segurança nas vias alternativas utilizadas após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226. As rotas disponibilizadas, que já haviam sido avaliadas pelo governador Wanderlei Barbosa no final de dezembro de 2024, incluem as rodovias TO-126, que liga Tocantinópolis a Aguiarnópolis; a TO-134, entre Darcinópolis e Axixá do Tocantins; e a TO-201, conectando Axixá ao distrito de Bela Vista, em São Miguel do Tocantins.
As vias estão devidamente sinalizadas e passam por serviços como o de tapa-buracos. Além disso, o Governo do Tocantins oferece travessias gratuitas para passageiros, por meio de embarcações em Aguiarnópolis, reduzindo os impactos causados pela interrupção da ponte.
"A ponte é responsabilidade do governo federal, mas estamos agindo como podemos, pois sabemos das necessidades do nosso povo. Continuaremos dialogando com os órgãos responsáveis, nos colocando à disposição e atuando no que for possível para o bem da população”, ressaltou o governador Wanderlei Barbosa.
O coordenador de Residência Viária da Ageto em Tocantinópolis, Carlos Alves, destacou que as equipes da Agência estão nas localidades para dar todo o suporte necessário. “Intensificamos os trabalhos nas rodovias da região, priorizando as rotas alternativas. Estão sendo realizadas ações de tapa-buracos, limpeza das placas e roçagem. A Ageto concluiu todas as intervenções necessárias nas rotas principais, que dão acesso ao estado do Maranhão”, explicou.
TO-126: travessia por balsa
Em Tocantinópolis, há a possibilidade de travessia por balsas - Ademir dos Anjos/Governo do Tocantins
A rota alternativa pela TO-126, que conecta Tocantinópolis a Aguiarnópolis, oferece uma importante ligação entre os dois municípios tocantinenses. Em Tocantinópolis, há a possibilidade de travessia por balsas, permitindo que veículos sigam para Porto Franco/MA. O trecho de 29 km entre os dois municípios está devidamente sinalizado e estruturado, garantindo uma viagem segura para os condutores.
O coordenador de Obras da Ageto, Edivil Soares, destacou que o órgão vem cumprindo um cronograma de reparos nas vias tocantinenses que dão acesso ao Maranhão - Ademir dos Anjos/Governo do Tocantins
Caminhoneiro com mais de 30 anos de experiência nas estradas brasileiras, Adimilson Sobrinho, elogiou as condições da TO-126. “A estrada está boa, não tive dificuldades. Essa foi a melhor opção para acessar o estado vizinho. São poucos quilômetros, mas está totalmente seguro”, pontuou.
Acesso ao Maranhão por Darcinópolis e Axixá
Outra alternativa é a TO-134, que liga Darcinópolis a Axixá do Tocantins, em um trajeto de 149 km. Essa rota dá acesso a outras vias que encontram municípios tocantinenses, como Sítio Novo e São Miguel do Tocantins, facilitando o acesso à cidade de Imperatriz/MA. A TO-201 também está sendo estruturada, onde liga Axixá ao povoado de Bela Vista, em São Miguel do Tocantins. O trecho de 29 km recebeu sinalização e reparos, ampliando a segurança para motoristas que utilizam essa via alternativa.
Segundo o coordenador de Obras da Ageto, Edivil Soares, os trabalhos de reparos já se aproximam da ponte que liga ao município de Imperatriz, e que a equipe vai retornar, reestruturando o outro lado da via, caso seja necessário. “Já cumprimos a missão em várias estradas que ligam ao Maranhão e estamos seguindo com o trabalho. Passamos a massa asfáltica CBUQ [Concreto Betuminoso Usinado a Quente] nos pontos que apresentam buracos”, informou.
Ageto também está operando com balanças de pesagem nas rodovias do Tocantins que dão acesso ao Maranhão - Ademir dos Anjos/Governo do Tocantins
Proprietário de um restaurante na TO-201, próximo a Bela Vista, em São Miguel do Tocantins, Ismael Santos, salientou que a rota alternativa trouxe um impacto positivo para o seu negócio. “A movimentação aumentou bastante, com mais caminhoneiros parando para almoçar. As vias estão sendo reparadas, o que facilita o fluxo de veículos”, concluiu.
Pesagem veículos
A Ageto também está operando com balanças de pesagem nas rodovias do Tocantins que dão acesso ao Maranhão. O equipamento realiza a medição de eixo por eixo, calculando o Peso Bruto Total (PBT) do veículo. Com base nos dados registrados, é feita a verificação no sistema e, se necessário, o procedimento de autuação conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
O limite de peso permitido varia de acordo com o tipo de veículo, seguindo as especificações da tabela oficial do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Diariamente, dependendo do fluxo nas rodovias, cerca de 50 a 80 veículos são fiscalizados. Após a pesagem e eventual regularização, o veículo é liberado para seguir viagem.
“A imprensa é a vista da Nação. Por ela é que a Nação acompanha o que lhe passa ao perto e ao longe, enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o que lhe sonegam, ou roubam, percebe onde lhe alvejam, ou nodoam, mede o que lhe cerceia..." Machado de Assis.
Do jornal O Girassol
Por mais experiência que um político tenha, sempre acaba caminhando na mesma direção. De início percorre passos que atravessam os caminhos da humildade, mas logo aceleram em direção ao mundo das vaidades cercado de bajuladores e sanguessugas que estão ali para lhe aplaudir e promover a sensação de êxtase em uma realidade paralela onde tudo está aparentemente bem. Esses parasitas têm na maioria das vezes históricos questionáveis do ponto de vista moral e ético. Servindo apenas para esticar o tapete vermelho que garantem os seus interesses pessoais.
Acompanho a trajetória política do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), desde o início de sua vida pública como vereador de Palmas. No parlamento municipal, o agora governador “Curraleiro” era sempre o alegre e brincalhão que percorria os corredores da Câmara Municipal de Palmas e mesmo em plenário não perdia a oportunidade de fazer alguma graça. Sempre tratava a todos com distinção e até mesmo os adversários não eram poupados de seu bom humor e respeito. Diferente do passado, o governador tem demonstrado que mudou e não foi para melhor. Graças aos bajuladores e fofoqueiros de plantão, Wanderlei Barbosa tem demonstrado irritação e intolerância, principalmente em relação às opiniões de cunho político contraditórias a sua gestão divulgadas pela imprensa local. E quando aqui falo de imprensa deixo claro que não é aquela parcela que se autointitula de “veículos de comunicação” com o objetivo de extorquir o governo com denuncismo.
Em uma publicação na Folha de São Paulo em 09 de fevereiro de 1997, o renomado jornalista Celso Pinto aborda, em um artigo com o título “O Presidente e a Imprensa”, sobre o discurso do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para uma plateia de jornalistas e donos de veículos de comunicação no Encontro Anual de Entidades Jornalísticas em Porto Alegre. Diante de um tema delicado e escorregadio foi perguntado ‘Quais os limites dentro dos quais a imprensa deve exercer seu poder de crítica ao governo?’. Em resposta, o presidente Fernando Henrique Cardoso foi muito além do protocolar ao afirmar que ‘A liberdade de imprensa, a seu ver, é vital para a democracia, especialmente numa sociedade de massas, como a contemporânea, onde as expectativas de melhoria de vida são, ao mesmo tempo, amplas e fragmentadas. Nesse contexto, o papel nobre da imprensa seria o de traduzir essas aspirações fragmentadas da sociedade em demandas políticas. Aos partidos caberia transformar essas aspirações meio caóticas numa visão global de mundo.’
Na mesma abordagem o ex-presidente FHC fala que o papel legitimo da imprensa é o que ele chamou de ‘fator irritante’, com suas críticas aos governantes, ao fazerem o papel de oposição quando ela não existe, e ao levantar temas que não estão colocados no plano político.
Transcrevo aqui parte do artigo em que o ex-presidente e intelectual FHC responde sobre os limites do poder de irritação da imprensa e seu entendimento como homem público. “E qual o limite para o uso legítimo do poder de irritação da imprensa?”. A “boa-fé” segundo o presidente. Com boa-fé, a crítica irritante deve ser engolida como válida. Mas quem deve julgar o grau de boa-fé numa crítica irritante? O próprio governo? A sociedade? Quando os jornais passaram, por exemplo, a pedir a cabeça do ex-presidente Collor, estavam sendo irritantes de boa ou má-fé?
O presidente lembrou que o governo, os políticos e a imprensa devem exercer seu poder sem arrogância e sem supor que podem agir sozinhos. Deveriam caminhar para uma convivência harmônica, não no sentido de estar de acordo, mas sim de ouvir o argumento do outro, e quando for o caso ceder pelo argumento. “E mesmo que não seja só pelo argumento, que seja pela compreensão do momento e da necessidade de esperar um pouco para dar outro passo adiante'', argumentou.
Mas quem exatamente é capaz de definir que o momento indica a necessidade de se esperar para dar outros passos? Tanto os políticos quanto a imprensa podem, de boa-fé, achar exatamente o contrário e que o momento é de dar novos passos, não de harmonizar. Nesse caso, qual a fronteira para a imprensa usar de forma democrática, não arrogante, e de boa-fé, seu poder de irritação?
Ninguém discute as credenciais impecáveis do presidente enquanto um democrata. O que sua análise mostra é que o conceito de liberdade de imprensa sofre do mesmo problema do conceito de democracia. Quanto menos adjetivados e qualificados eles forem, melhor”.
No momento em que se encontra o Tocantins, de agitação política e administrativa com a ocorrência de eventos que sacudiram o Palácio Araguaia e todas as suas estruturas de poder, é necessário que haja o fortalecimento e respeito por um dos principais pilares da democracia que é a imprensa. E aqui não estou defendendo a imprensa picareta que utilizando de artifícios pressiona governos por faturamento através de chantagens. Falo aqui que o governador precisa se reconectar com a comunicação do estado que ele governa. Os seus colaboradores precisam acima de tudo rever seus conceitos em relação ao papel da imprensa, de criticar e mostrar aquilo que num raio de 100 metros à sua volta não é mostrado pelo aparato da comunicação institucional. Costumo dizer que o governante inteligente e astuto precisa afastar da sua circunferência os bajuladores pois só assim conseguirá ouvir a voz e os anseios do povo para o qual governa.
Em um estado onde a grande maioria da população é carente, o governo deve evitar excessos de exposição e ostentação, e é seu dever prestar contas à sociedade de tudo que está acontecendo dentro do seu gabinete e de sua equipe. Viagens internacionais com extensa comitiva, com divulgação de fotos em lugares luxuosos ferem os olhos daqueles que nem têm o que comer. O lindo e rico Tocantins ainda é um lugar de pobreza em que a maioria da sua população vive no limite de suas necessidades.
Governador Wanderlei Barbosa, o Tocantins que o senhor governa tem uma população que vive em luto imensurável, seja pela família que enterrou uma mãe com o bebê na barriga por falta de assistência médica na Maternidade Dona Regina, seja pelas três vidas sucumbidas no fundo do Rio Tocantins na fatídica tragédia da Ponte JK. Tragédia esta que deixou cidades vivendo o caos. E sobre esta catástrofe anunciada eu afirmo categoricamente que todos são culpados. Todos sabiam que aquela estrutura estava colapsada. Os únicos inocentes nesse capitulo triste da nossa história estão sepultados e três deles nas profundezas do Rio Tocantins, com suas falas que só podem ser ouvidas no choro dos seus familiares e na voz da imprensa.
Em relação ao tema liberdade de imprensa, que nos últimos dias no Tocantins, tem sido alvo de insatisfação e críticas por parte de integrantes do governo trago aqui o depoimento não apenas do ex-presidente FHC, mas também a fala do controverso ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pelo qual esse jornalista e uma gigante parcela da imprensa brasileira não nutre nenhuma admiração devido à forma desrespeitosa e truculenta com que tratou a imprensa. Mesmo não conseguindo um bom relacionamento com os profissionais da imprensa o ex-presidente Bolsonaro, em uma fala confusa durante cerimônia de entrega do Prêmio Marechal Rondon, distinção do Ministério das Comunicações que reconhece o trabalho de pessoas e instituições para o setor falou "A nossa liberdade de imprensa, com todos os seus defeitos, tem que persistir. Com todos os seus defeitos, é melhor ela falando do que calada", afirmou. Mesmo não dando detalhes do que considera “defeitos dessa liberdade”, o ex-presidente que passou quatro anos do seu governo em atritos com a imprensa deixou claro que é melhor a imprensa falando do que calada.
O jornalista Gomes que escreve este artigo concluiu o curso de comunicação social e artes na Universidade Estadual da Paraíba com habilitação em jornalismo. Aprendi no ambiente acadêmico que além do informativo, investigativo, o jornalismo opinativo é a “menina dos olhos” no vasto universo que abrange o papel da imprensa. Tenho certeza que todas as faculdades de jornalismo espalhadas pelo Brasil e mundo ensinem isso. O que seria da história do Tocantins sem os ricos artigos de opinião do saudoso amigo Salomão Wenceslau que de forma bem-humorada chamava a atenção dos governantes e figuras importantes do Judiciário com puxões de orelhas no seu Dedo de Prosa. O que seria da história recente do Tocantins sem os artigos de opinião dos amigos Cleber Toledo, Roberta Tum, Edivaldo Rodrigues, Edson Rodrigues, Luiz Armando, Antônio Oliveira e tantos outros cuja memória me falha nesse momento. O que seria da sociedade tocantinense que não consegue falar o que pensa sem a escriba desses que têm os olhos voltados para os problemas do povo.
Diante do momento delicado que passa a comunicação do Tocantins no que tange a sua liberdade, desejo que o governador Wanderlei Barbosa enxergue e faça sua equipe ver a imprensa do seu estado não como inimigos do seu governo e sim com o ver dos olhos que podem alcançar o que ele não consegue ver. Assim como a vida o poder é transitório. Todo governo tem início, meio e fim. Que a vaidade não faça com que seu governo deixe de ver e ouvir o clamor dos necessitados e o choro dos enlutados. Desejo que o seu governo não carregue e não termine com a marca indelével do cerceamento à liberdade de imprensa.
Se vivo estivesse, Salomão Wenceslau diria no seu lirismo poético e jornalístico que no Gongomé o seu povo repetiria o que disse Machado de Assis “A imprensa é a vista da Nação. Por ela é que a Nação acompanha o que lhe passa ao perto e ao longe, enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o que lhe sonegam, ou roubam, percebe onde lhe alvejam, ou nodoam, mede o que lhe cerceiam, ou destroem, vela pelo que lhe interessa, e se acautela do que ameaça"
“E, pois é. É isso aí” (SWR)
Wibergon Estrela Gomes – Editor do Jornal O Girassol com 25 anos de atuação ininterrupta no Tocantins.
Repasse de recursos via Benefícios Eventuais objetiva atender necessidades imediatas da população
Por Rafael de Oliveira
O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas), antecipou, na sexta-feira, 24, o repasse de cerca de R$ 32,4 mil em recursos destinados aos benefícios eventuais para o município de Aguiarnópolis. A medida emergencial foi determinada pelo governador Wanderlei Barbosa, com o objetivo de oferecer suporte imediato a 250 famílias em situação de vulnerabilidade social, a partir da distribuição de cestas básicas e outras ações voltadas à assistência social.
O valor corresponde à primeira parcela dos recursos, com a previsão de um novo aporte extra de R$ 32,4 mil em andamento, garantindo o atendimento às necessidades básicas das famílias mais impactadas pelo desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira. A iniciativa foi conduzida em Aguiarnópolis por gestores da Setas, que estiveram no município para fornecer orientações técnicas e prestar auxílio ao prefeito do município, Wanderly dos Santos Leite; e à secretária municipal de Assistência Social, Iara Gomes, na elaboração dos documentos necessários para viabilizar a antecipação dos recursos.
Governador Wanderlei Barbosa determinou suporte imediato às famílias em situação de vulnerabilidade social em Aguiarnópolis
“Nós antecipamos o Benefício Eventual para o município e fizemos um aporte extra para atender situações emergenciais, como alimentação, cestas básicas e auxílio funerário. Essa ação é voltada especialmente para mais de 200 famílias que estão em maior vulnerabilidade. Na próxima semana, em parceria com a Agência de Fomento e a Sics [Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços], vamos trazer uma equipe de profissionais para mais articulações para a população”, destacou a secretária de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social, Cleizenir dos Santos.
A titular da Setas reforçou, ainda, que a determinação do governador Wanderlei Barbosa é garantir o apoio imediato à população. “Essas ações reafirmam o compromisso do governo estadual, liderado pelo governador Wanderlei Barbosa, que diariamente reforça a importância de atender com rapidez e eficiência às demandas dos municípios, especialmente em momentos desafiadores como este”, pontuou a secretária Cleizenir dos Santos.
A gestora do Fundo Municipal de Assistência Social de Aguiarnópolis, Iara Gomes Bezerra, salientou a importância do apoio estadual. “Os recursos são de suma importância para o momento em que estamos vivendo. As demandas começaram a aumentar, além das que já tínhamos, então os recursos vão nos ajudar para dar assistência às pessoas que estão passando por dificuldades”, ressaltou.
A secretária de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social, Cleizenir dos Santos, destacou que a ação é voltada para mais de 200 famílias
Além disso, o Governo do Tocantins está monitorando as condições de tráfego e já destinou R$ 135 mil em recursos para a travessia gratuita de passageiros entre Aguiarnópolis/TO e Estreito/MA, inicialmente por 30 dias, enquanto as negociações para soluções permanentes estão em andamento.
Benefícios eventuais
Os benefícios eventuais visam ao atendimento imediato de necessidades humanas básicas decorrentes de contingências sociais, ou seja, situações inesperadas. O benefício é ofertado ao município nas situações de nascimento, morte, vulnerabilidade temporária e de calamidade pública, de acordo com o artigo 22 da Lei Orgânica de Assistência Social (Loas). O recurso é oriundo do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep).
Ponte JK
A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira (ponte JK), localizada na BR-226 e responsável pela ligação entre Aguiarnópolis, no Tocantins; e Estreito, no Maranhão, é uma estrutura de responsabilidade do governo federal. Embora a administração e a manutenção da ponte não sejam de competência estadual, o Governo do Tocantins tem atuado de forma emergencial para minimizar os impactos causados à população e garantir alternativas de mobilidade e apoio social.